• • • • • • • • • • • Contrarreforma Teocentrismo Fé Exagero Complexidade Obscurantismo Predileção pelo feio Preocupação com a alma Memento mori – “lembra-te de que és mortal” Uso abusivo de antíteses – conflito Tema mais importante.
Download
Report
Transcript • • • • • • • • • • • Contrarreforma Teocentrismo Fé Exagero Complexidade Obscurantismo Predileção pelo feio Preocupação com a alma Memento mori – “lembra-te de que és mortal” Uso abusivo de antíteses – conflito Tema mais importante.
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Contrarreforma
Teocentrismo
Fé
Exagero
Complexidade
Obscurantismo
Predileção pelo feio
Preocupação com a alma
Memento mori – “lembra-te de que és mortal”
Uso abusivo de antíteses – conflito
Tema mais importante = efemeridade da vida
Nestes quadros poderemos verificar
algumas características barrocas como o
uso de antíteses, a preferência pelo feio
e pelo grotesco, a denúncia de pecados,
a efemeridade da vida e o memento
mori.
CULTISMO
CONCEPTISMO
Padre
Luís de Gôngora – Espanha
Estilo culto, complexo
Apela para os sentidos, principalmente a
visão – descritivo, cores, texturas...
Vocabulário requintado
Muitas figuras de linguagem
Jogos de palavras
A Serpe, que adornando várias cores,
Com passos mais oblíquos, que serenos,
Entre belos jardins, prados amenos,
É maio errante de torcidas flores;
Padre
Quevedo
Razão, raciocínio, lógica
Contra os gongóricos
Uso de Silogismos :
Premissa Maior- Todo homem é mortal
Premissa menor – Sócrates é homem
Conclusão – Sócrates é mortal
NUVEM – relâmpago
trovão
raio
olhos
ouvidos
coração
muitos
TODOS
um
VOZ DO PREGADOR
Início
– 1580 - Portugal cai sob domínio
Espanhol – D. Sebastião desaparece na
batalha de Alcácer-Quibir
Morre Camões = maior
nome da literatura classicista em
Portugal
Autor mais famoso – Padre Antônio Vieira
Mestre
da oratória
Estilo conceptista
Perseguido pela Inquisição, sai de
Portugal e vem ao Brasil – Salvador
Estilo claro, preciso e dialético
Produção literária – Sermões, cartas e
profecias
Famoso pelos sermões
Sebastianista
Protetor dos judeus e cristãos novos
Vestimenta
Posicionamento
Tom
das mãos
de voz
Olhar
Profundo conhecimento do assunto
Nascimento
Morte
Nacionalidade
Ocupação
6 de fevereiro de 1608
Lisboa
18 de julho de 1697 (89 anos)
Salvador-Bahia
português
religioso, escritor e orador
Sermão
da Sexagésima
Sermão
pelo bom sucesso das armas de
Portugal contra as da Holanda
Sermão
do ladrão
Sermão
de Santo Antônio aos peixes
Fazer pouco fruto da Deus no Mundo pode proceder de um de
três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte,
ou da parte de Deus. Para uma alma se converter por meio de um
sermão, há se haver três concursos: há de concorrer o pregador
com a doutrina, persuadindo; há de concorrer o ouvinte com
entendimento, percebendo; há de concorrer Deus com a graça,
alumiando. Para um homem ver a si mesmo, são necessárias três
coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode
ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é noite, não se
pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelhos e
há mister olhos.
Início – 1601, com a obra Prosopopeia, de
Bento Teixeira
Ciclo econômico da cana-de-açúcar
Bahia
Apelidado de “ Boca do inferno”
Nasceu em 7 de abril de 1633, na
cidade de
Salvador (Bahia).
Estudou num colégio Jesuíta da Bahia e
depois continuou seus estudos na cidade de
Lisboa e depois na Universidade de
Coimbra
Preso em 1694, foi deportado para Angola
(África).
Morre no Recife em 26 de novembro de
1696 de febre que havia contraído em
Angola.
POETA
Estilos
cultista e conceptista
Tipos de poesia:
Lírica: amorosa, religiosa e reflexiva
Satírica
Graciosa
Encomiástica
Escatológica ou fescenina
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa piedade me despido,
Porque quanto mais tenho delinqüido,
Vós tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido,
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida, e já cobrada
Gloria tal, e prazer tão repentino
vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada
Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória
Anjo no nome, Angélica na cara.
Isso é ser flor, e Anjo juntamente,
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
em quem, senão em vós se uniformara?
Quem veria uma flor, que a não cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus, o não idolatrara?
Se como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que tão bela, e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
A cada canto um grande conselheiro
Que nos quer governar cabana e vinha,
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um frequentado olheiro,
Que a vida do vizinho, e da vizinha,
Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha
Para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos pelos pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
Todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia
Um soneto começo em vosso gabo;
Contemos esta regra por primeira,
Já lá vão duas, e esta é a terceira,
Já este quartetinho está no cabo.
Na quinta torce agora a porca o rabo:
A sexta vá também desta maneira,
Na sétima entro já com grã canseira,
E saio dos quartetos muito brabo.
Agora nos tercetos que direi?
Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais,
Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei.
Nesta vida um soneto já ditei,
Se desta agora escapo, nunca mais;
Louvado seja Deus, que o acabei.
Neste mundo é mais rico, o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa:
Com sua língua ao nobre o vil decepa:
O Velhaco maior sempre tem capa.
Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.
A flor baixa se inculca por Tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa:
Mais isento se mostra, o que mais hupa.
Para a tropa do trapo vazio a tripa,
E mais não digo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.
O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga, que é parte, sendo todo
Em todo o Sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda a parte,
Em qualquer parte sempre fica o todo.
O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.
Não se sabendo parte deste todo,
Um braço, que lhe acharam, sendo parte,
Nos disse as partes todas deste todo.