DNIT Instituto de Pesquisas Rodoviárias Estudo dos Impactos do Bitrem nas Rodovias Federais Brasileiras Engo.
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DNIT Instituto de Pesquisas Rodoviárias Estudo dos Impactos do Bitrem nas Rodovias Federais Brasileiras Engo. Paulo Petrassi Coordenador do Estudo DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem Antecedentes Estados Unidos: Surface Transportation Assistence Act de 1982: trator + 2 reboques de 8,5 m nas Rodovias Interestaduais. Aumento expressivo da utilização em países de grande extensão territorial (Estados Unidos, Canadá e Austrália) >> grandes distâncias de transporte. O Brasil: grande extensão territorial e longas rotas de transporte de safras agrícolas >> ampliação do emprego das CVC. Evolução dos bitrens (ANFIR) 1999: 3.530 bitrens >> 2004: 36.412 >>> 2006: + de 100.000 2009: ? DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem Antecedentes: vantagens das CVC Longer Combination Vehicles for Asia and Pacific Region – UNESCAP, 2007 Consumo de diesel 1.800 600.000 1.600 1.400 500.000 1.200 1.000 400.000 litros milhares de km Veículos-km 800 600 300.000 200.000 400 200 100.000 0 0 Veículos convencionais CVCs Veículos convencionais Emissão de CO2 Custo de Transporte 3 .0 0 0 1.600 2 .50 0 1.400 1.200 2 .0 0 0 CO2 em t Milhares de USD CVCs 1.50 0 1.0 0 0 1.000 800 600 400 50 0 200 0 0 Veículos convencionais CVCs Veículos convencionais CVCs DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem Antecedentes: legislação recente Portaria 93/08 do DENATRAN Portaria 86/06 do DENATRAN 60 tipos de CVCs homologadas 43 tipos de CVCs homologadas Resolução 211/06 do CONTRAN Resolução164/04 do CONTRAN Dispensa AET para o bitrem de 7 eixos, 19,80m, 57 t DENATRAN - Grupo Técnico de Pesos, Dimensões e Combinações de Veículos Resolução 68/98 do CONTRAN 7 tipos de CVCs homologadas Aumento dos tipos de CVC homologadas DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem Estrutura do Estudo ESTUDOS PROJETO GEOMÉTRICO ACIDENTES PONTES E VIADUTOS PAVIMENTAÇÃO Estudo da acomodação das CVC na geometria da via PRODUTOS Sugestões de alteração do corpo normativo do DNIT quanto ao projeto geométrico Estudo da influência das CVC na variação dos Índices e Acidentes Restrições ao trânsito de CVC e/ou sinalização especial Estudo do impacto das CVCs sobre pontes e viadutos Sugestões de alteração do corpo normativo do DNIT quanto às OAE Estudo do impacto das CVC sobre o pavimento Sugestões de alteração do corpo normativo do DNIT quanto à pavimentação DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem Medidas resultantes Exemplos de medidas imediatas visando aumento da segurança do trânsito de CVCs nas vias existentes: •Sinalização específica para CVCs em interseções; •Redução de velocidade e respectiva sinalização para CVCs em curvas; •Restrições ao trânsito noturno em rotas específicas; •Restrições absolutas ao trânsito em rotas específicas; •Inspeção veicular específica para CVCs (pino-rei e 5ª roda, freios dos reboques, sinalização, etc); •Qualificação adequada dos motoristas. DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem Estudo do Engo Amarílio Oliveira CVC e projeto geométrico DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e projeto geométrico Escopo de análise das CVCs: PBTC (t) Comprimento max (m) Denominação Tandem triplo 41,5 18,60 Carreta 6X2 3 eixos isolados 53 18,60 Vanderléia 6X4 Tandem duplo Tandem duplo 57 19,80 Bitrem de 7 eixos 6X4 Tandem duplo Tandem duplo Tandem duplo 74 30,00 Rodotrem 6X4 Tandem duplo Tandem duplo Tandem duplo 74 25,00 Rodotrem curto * 6X4 Tandem triplo Tandem triplo 74 30,00 Bitrem de 9 eixos Trator 1º reboque 4X2 Dolly 2º reboque DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e projeto geométrico Elementos do projeto geométrico analisados em função das características operacionais das CVC: Veículo de projeto; Distância de visibilidade de ultrapassagem; Distância de visibilidade em interseções; Reformulações Largura de faixas em trechos tangente; Largura dos acostamentos; Superlargura nas curvas horizontais; Interseções; Faixas de aceleração e desaceleração. DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVCs, projeto geométrico e operação Veículos de Projeto DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVCs, projeto geométrico e operação Distância de visibilidade de ultrapassagem Para fins de sinalização: • carro de passeio x carro de passeio >> tráfego de CVC não altera Para orientação de projetistas em novas rodovias onde é previsto grande tráfego de CVC: • determinadas e recomendadas maiores distâncias DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVCs, projeto geométrico e operação Distância de visibilidade de parada: • são baseados em carros de passeio e não consideram explicitamente caminhões >> não alteradas pelas CVC Distância de visibilidade em interseções: • determinadas novas distâncias de visibilidade necessárias para os diversos tipos de manobra, considerando os gaps críticos, para diversas categorias de CVC Largura de faixa de rolamento em trecho tangente: • sem alteração pela consideração das CVC Largura dos acostamentos: • se previsto acostamento freqüente de CVC, >3,00m SUPERLARGURA - BITREM - 30,0 m DNIT / IPR CLASSE IVB- Região Montanhosa - R = 25 m m com 5,00 m - superlargura necessária Pista Simples Estudo dos Impactos do Bitrem CVC11,87 e projeto geométrico Superlargura exigida pelas Normas em vigor para veículo SR para velocidade de 30 km/h - 5,00 m Superlargura em curvas horizontais RES=31,986m R2=30,468m 81m 3 0,7 R 1= RE=32,252m R3=28,456m R 4=17,285 m R 3= 19 ,6 19 m R 2= 22 ,4 38 m R1=22,861m RI=15,985m 0 ,30 6 ,65 0 ,30 0 ,30 0 ,30 0 ,30 0 ,30 8 ,42 1 6,8 7 R4 =2 6 ,9 0 0m R I= 25 ,6 0 0m DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVCs, projeto geométrico e operação Superlargura em curvas horizontais • As CVCs exigem valores de superlarguras muito superiores aos das normas em vigor para o maior veículo de projeto(o semi-reboque SR) Região Montanhosa L11 L12 L23 L1p L2p K I LVF Velocidade Diretriz (km/h) R Faixa externa 4,378 9,026 7,502 0,228 1,240 0,845 1,495 2,490 50 80 Faixa interna 4,378 9,026 7,502 0,228 1,240 0,845 1,495 2,490 Superlargura para SR = 1,80 Superlargura Necessária (SR) = Pista em Tange 3,32 Classe II Região Ondulada L11 L12 L23 L1p L2p K I LVF Velocidade Diretriz (km/h) R Faixa externa 4,378 9,026 7,502 0,228 1,240 0,845 1,495 2,490 70 170 Faixa interna 4,378 9,026 7,502 0,228 1,240 0,845 1,495 2,490 Superlargura para SR = 1,00 Superlargura Necessária (SR) = Pista em Tange 1,79 Classe II Região Plana L11 L12 L23 L1p L2p K I LVF Velocidade Diretriz (km/h) R Faixa externa 4,378 9,026 7,502 0,228 1,240 0,845 1,495 2,490 100 375 Faixa interna 4,378 9,026 7,502 0,228 1,240 0,845 1,495 2,490 Superlargura para SR = 0,60 Superlargura Necessária (SR) = 0,89 Pista em Tange DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem Interseções • Projetos de novas interseções deverão utilizar gabaritos específicos para as CVCs, definindo raios mínimos de giro e trajetórias prevista para estes veículos , diferentes das do atual veículo de projeto SR. CVC e projeto geométrico DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e acidentes Estudo do estatístico Gil Duarte e do analista Alexandre Soares DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e acidentes As CVCs causam mais acidentes e/ou aumentam a gravidade dos acidentes??? Na literatura técnica disponível: Não Sim Não se conseguiu determinar diferença estatisticamente significativa Forkenbrock D.J / Hanley P.F. - Fatal Crash Involvement by Multiple-trailer Trucks –- Transportation Research Part A, vol 37, June, 2003, pgs 419/433; DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem Rotas de CVC DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem É CVC e acidentes necessário quantificar e caracterizar os acidentes com CVCs e efetuar comparação com os acidentes dos demais veículos de carga. A DIFICULDADE: as estatísticas do DPRF (e de outros órgãos rodoviários do país) não discriminam as CVCs dos demais veículos como semi-reboques (2S2, 2S3, 3S3, etc). DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e acidentes 1a SOLUÇÃO ADOTADA: análise indireta – rotas com maior incidência de tráfego de CVCs têm maior incidência/gravidade de acidentes??? TÉCNICA ADOTADA: Escore de Propensão (técnica muito utilizada na área de saúde e introduzida na área de segurança rodoviária) DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e acidentes ELIMINAR CONFUNDIMENTO (PAREAMENTO) % de CVCS Confundidores Fator de Gravidade Pista, Relevo, Traçado, Condições atmosféricas, etc. DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e acidentes Conclusão usando a técnica do Escore de Propensão: Pela análise pareada pelo Escore de Propensão não foram encontradas evidências suficientes que permitissem afirmar que: “Rodovias com tráfego elevado de CVC tendem a ter Fator de Gravidade de Acidentes elevado”. DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem 2a CVC e acidentes SOLUÇÃO ADOTADA: utilização de dados do DPRF do Espírito Santo onde os patrulheiros sempre anotam número de todas as placas dos veículos de carga acidentados. Inferência: veículo com mais de duas placas é uma CVC (sem possibilidade de determinação do tipo) DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e acidentes CONCLUSÃO: para a amostra analisada não há evidência estatística de que o Índice de Acidentes das CVC difira do Índice de Acidentes dos demais veículos de carga. Índice de Acidentes Índice 70 60 50 40 30 20 10 0 CVC Cam/Carretas 1 6 11 16 21 26 Trecho 31 36 41 46 DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e pavimentação Estudo dos Engos Alayr Falcão e Lúcio Carvalho Formação de trilhas Trincas por fadiga DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem 1.1 Configurações usuais do tráfego N= 10**6 N=10**7 N=10**8 Dimensionamento do Pavimento 1.2 Equivalência em termos de tonelagem transportada no período de 10 anos T6 T7 T8 1.3 Simulações, alterando a configuração estabelecida no bloco 1.1, acrescendo-se a participação das CVCs em 10%, 20% e 30% e assumindo-se, em cada caso, as tonelagens estabelecidas no bloco 1.2 1.4 1.5 1.6 Não é necessário alterar o dimensionamento do pavimento para acomodar o tráfego de CVC Cálculo de novos valores do número N (9 valores) Dimensionamento do pavimento para: # os 3 valores de N do bloco 1.1 # os 9 valores de N do bloco 1.4 Análise comparativa considerando os diversos dimensionamentos obtidos 4 Conclusões & recomendações DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e pavimentos: dimensionamento Impacto na Construção Configuração básica de tráfego adotada (BR-158 MS) Classe 2C VMD 3C 146 114 Partic. 0,28 0,22 2S2 2S3 3S3 Bitrem 7 eixos Rodo trem Bitrem Σ Σ Σ 9 eixos Conv CVC Total 8 73 18 103 26 26 359 155 0,015 0,14 0,03 0,20 0,05 0,05 0,70 0,30 514 Dimensionamento do pavimento para participações crescentes de CVCs Ton./ dia VMD % CVC N da USACE Espessura total N da AASHTO pavim. (CBR 10) 8.130 514 1,05x107 2,84x106 8.130 490 30 35 1,07x107 2,81x106 8.130 466 1,09x107 2,76x106 8.130 442 40 45 1,10x107 2,71x106 Espessura total pavim. (CBR 6) 42,72 42,77 57,97 58,03 42,79 42,81 58,07 58,09 DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e pavimentos: análise econômica Reconstrução IRI Recapeamento Trincamento CO = f (IRI, tipo de veículo) Desgaste Custo de Conservação Custo de Restauração Custo de Operação do Veículo (CO) Para a mesma tonelagem de carga transportada as CVC trazem ligeira redução do custo total de transporte Custo considerado na modelagem do HDM-4 para este Estudo Custo de Manutenção DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e pavimento: análise econômica Impacto sobre manutenção da via e operação Configuração básica de tráfego adotada (BR 267 MS) Classe 2C 3C 2S2 2S3 3S3 Bitrem 7 eixos Rodo trem VMD 159 347 68 264 296 349 5 0 1.134 354 Partic. 0,10 0,24 0,04 0,17 0,24 0 0 0,76 0,24 Aplicação do HDM-4 0,22 1.488 Custos de Manutenção + Operação em R$ 1.000 Revestimento (CBUQ): 4,00 cm Binder (CBUQ): 8,50cm Base (Granular): 23,cm CBR sub-leito: 10% Tráfego atual Bitrem Σ Σ Σ 9 eixos Conv CVC Total Montanhosa Ondulada 3.150 2.960 Período de projeto: 10 anos Taxa de crescimento tráfego: 3% Plana 2.961 Soma 9.071 0% CVC 3.216 3.034 3.045 9.295 25% CVC 3.149 2.960 2.962 9.071 50% CVC 3.082 2.886 2.880 8.848 75% CVC 3.018 2.814 2.800 8.632 DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e pavimentos CONCLUSÕES Para uma mesma tonelagem transportada, a substituição de carretas convencionais (2S2, 2S3, 3S3, etc) por CVCs: Não traz a necessidade de alterar o dimensionamento do pavimento Os custos de Operação + Manutenção da Rodovia são ligeiramente reduzidos (HDM-4) DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem Estudo do Engo Gilberto Filizola TB-24-1943 CVC e OAE DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e OAE Estudo comparou os esforços devidos aos trenstipo de norma (TB-36 e TB-45) com os esforços das CVCs (programa Laura da CERNE Engenharia) CVC é carga real, ocupando uma faixa : restante do tabuleiro com carga distribuída de norma (500 kgf/m2) Como a carga distribuída é significativa, quanto mais larga a ponte mais desfavorável ficou a comparação DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e OAE Para pontes de até 40m de vão e largura de 10m as CVC chegam, no máximo, a esforços causados pelo TB-36. Em pontes de 13m de largura, acima de 30m de vão, as CVC excedem o carregamento do TB-36 de 8 a 15% (redução da vida útil da ponte) Para pontes calculadas pelo TB-45 as CVC, para os tabuleiro estudados, levam a esforços menores que os do trem-tipo. DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e OAE A norma atual trata de um veículo fictício, e só um, sobre a ponte, preenchendo-se o restante do tabuleiro com carga uniformemente distribuída. Outras normas (AASHTO) consideram as cargas atuando por faixas de tráfego, o que no caso de CVCs, poderia ser relevante (duas faixas, duas CVCs). Mesmo com resultados da mesma ordem, esta formulação é mais realista e mais simples para readequação ao aumento de carga dos veículos DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e OAE: Ensaio dinâmico Ensaio efetuado pelo LSE Laboratório de Sistemas Estruturais São Paulo CVC empregado nos ensaios dinâmicos Instalação de sensores na suspensão do CVC DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e OAE: Ensaio dinâmico Servo-acelerômetros instalados no tabuleiro DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVC e OAE: Ensaio dinâmico Séries temporais de deslocamentos no meio do vão central – passagem da CVC a 30 km/h pela faixa central Séries temporais de deslocamentos no meio do vão central – passagem da CVC a 30 km/h pela faixa lateral DNIT / IPR Estudo dos Impactos do Bitrem CVCs e OAEs Os coeficientes de impacto medidos para velocidades médias entre 5 e 30 km/h chegaram a valores de 1,88 e 1,89, valores superiores aos especificados pela normalização corrente para esse tipo de estrutura (1,4). DNIT Instituto de Pesquisas Rodoviárias Esclarecimentos adicionais podem ser obtidos com a equipe do Estudo no e-mail: [email protected] Obrigado pela atenção