CASO CLÍNICO - Dermatologia HUEC

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Transcript CASO CLÍNICO - Dermatologia HUEC

CASO CLÍNICO
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Masculino, branco, 44 anos, frentista,
reside em Curitiba há 14 anos
Encaminhado do dermatologista por
apresentar parestesias
QP: amortecimento na mão Direita
+mancha no pescoço + queda de pelos
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HDA: Notou perda irregular de pelso nas
axilas e pernas há 4 meses. Parestesia nas
pontas dos dedos da mão Direita há 1 ano
e atualmente com queixa de dor e
parestesia no período da noite que
melhora com os movimentos. Acha que as
mãos e o corpo estão inchados
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HPP: Acidente de caminhão há 14 anos.
Alcoolismo c/ histórico de internamento.
Há 4 anos em abstinência.
HAS, mas com abstinência normalização
de PA e não necessita de medicação.
Exame Físico
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Alopécia axilar e de MMII
Espessamento do nervo ulnar?
Coxas: lesões maculares de aspecto
livedóide.
HD? Querem alguma outra informação?
EXAMES ?
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TSH 104,6
NN 0,51 – 4,30
T4 – 0,08 NN 0,9 – 1,7
COL TOTAL = 384
TG = 362
TGO = 51
TGP = 45
SEMIOLOGIA DA PALPAÇÃO DE
TRONCOS NERVOSOS
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Como evitar confusão entre nervo e tendão
Perguntar ao paciente se ele sente choques
quando apertamos a estrutura que julgamos ser
o nervo
Quando o nervo for comprimido o paciente
refere sensação desconfortável de choque ou
latejamento
Neurite: dor à palpação (exceto neurite
silenciosa)
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Nervo
Nervo
Nervo
Nervo
Nervo
Nervo
Nervo
Ulnar
Mediano
Radial
Fibular
Tibial Posterior
Trigêmio
Facial
Nervo Ulnar
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Origem: cordão medial do
plexo braquial
Ff. Sensitivas, motoras e
autônomas
Ramos motores para a
musculatura intrínseca
(pequenos músculos) da
mão
Ramos sensitivos para a
porção medial do 4º dedo
e todo 5º dedo
Nervo Ulnar - Funções
SENSITIVA
 Parte medial do braço, mão, 5.º dedos e
parte medial do 4.º dedo
MOTORA
 Abdução e adução dos dedos
 Adução do polegar
 Posição intrínseca da mão (4.º e 5.º
dedos)
Nervo Ulnar
Nervo Ulnar
Avaliação Motora
Abdução do
2.º dedo
Posição intrinseca
do 5.º dedo
Nervo Ulnar
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Anestesia dos bordos
ulnar dos antebraços
e da metade palmar e
dorsal da mão
QUEIXAS/SINTOMAS
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Dor na região ulnar (cotovelo)
Dificuldade de abrir e fechar o dedo
mínimo
Dormência no 4.º e 5.º dedos, região
hipotenar
Diminuição da massa muscular do
primeiro interósseo (região entre polegar
e indicador)
Sinais de Paralisia do Nervo Ulnar
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Garra do 4.º e 5.º dedos
Diminuição da força de pinça
Atrofia do 1.º interósseo e região
hipotenar
Hipo-anestesia do bordo ulnar da mão
Lesão do Nervo Ulnar
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Amiotrofia dos
interósseos
Depressão dos espaços
metacarpeanos
Depressão da eminência
hipotenar
Hiperextensão das
articulações
metacarpofalangeanas e
flexão da falanges médias
e distais do 4. e 5.
quirodáctilos
Lesão de Nervo Ulnar
PRECOCE
TARDIA
Neuropatia do Nervo Ulnar
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Sinal de Froment:
típico de lesão o
nervo ulnar
Não consegue fazer a
pinça entre polegar e
indicador
Neuropatia Ulnar no Cotovelo
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Fraturas do cotovelo com deformidade articular
Trauma de cotovelo sem fratura
Flexão habitual do cotovelo durante o sono
Movimentos ocupacionais repetidos do cotovelo
Diabetes
Hanseníase
Artrite Reumatóide
Artrose do Cotovelo
Compressão externa durante cirurgias
Injeção de esteróide para cotovelo de tenista
Compressão crônica por apoio freqüente do cotovelo contra superfícies
rígidas (Paralisia Ulnar Tardia)
Síndrome do túnel cubital
Shunt AV para hemodiálise
Neuropatia Ulnar no punho e palma
- trauma
- compressões por cistos
- hanseníase
- artrite reumatóide
- ciclismo
Nervo Mediano
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Origem:plexo braquial
F. sensitiva: face
palmar da mão
(exceto área do
ulnar); face lateral do
antebraço
Ff motora: flexores do
antebraço,
pronadores, musc. da
região tenar
F. autonomas:
sudorese
Funções do N. Mediano
SENSITIVA
 Polegar, 2.º, 3.º e metade do 4.º dedo
MOTORA
 Musculatura intrínseca da mão ( da região
tenar)– exceto o adutor do polegar
 Flexores do antebraço
 Pronadores
 Oponência do polegar
Nervo Mediano
Nervo mediano
Queixas/Sintomas
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Dor no punho
Dificuldade de levantar o polegar
Dificuldade de segurar objetos
Dormência no polegar, 2.º e 3.º dedos
Paralisia do N.Mediano
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Garra do polegar, 2.º
e 3.º dedos
Hipoanestesia na
região da inervação
Atrofia da região
tenar
Não realiza oponência
do polegar
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Perda da oponência do polegar é uma das
graves incapacidades
A capacidade de oposição do polegar aos
outros dedos representa 50% da
funcionalidade da mão
Nervo Mediano
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Paralisia do n. mediano é,
em geral, posterior à do
n. ulnar
Amiotrofia e depressão
da eminência tenar
Queda do polegar que
fica no mesmo plano dos
demais dedos e perda da
concavidade habitual =
mão simiesca
Deformidades em flexão
de todos os quirodáctilos
= garra mediano-cubital
Causas de S. do Túnel do Carpo
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ocupacional (profissões que utilizam movimentos
repetitivos do punho e dos dedos)
doenças endócrinas: diabetes, hipotireoidismo,
acromegalia
doenças do tecido conectivo: AR, LES, S. de Sjogren
doenças inflamatórias: sarcoidose, amiloidose
doenças infecciosas: tb, artrite séptica do punho
tumores
Trauma: fratura de Colles, hemorragia no punho
(principalmente em usuários de anticoagulantes)
Medicamentos: uso crônico de corticosteróides ou
estrogênios
Outros:insuficiência renal crônica, fístulas arteriovenosas
para hemodiálise, gestação
Nervo Radial
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Origem:plexo braquial
Fibras autônomas
Fibras sensitivas:
Face dorsal da mão
(exceto área do ulnar
e lateral do antebraço
Fibras motoras: musc.
da face posterior do
antebraço
Funções do N. Raial
MOTORA
Musculatura dorsal do
antebraço
 SENSITIVA
Porção lateral do
antebraço
Parte do dorso da
mão,dedos e polegar
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Nervo Radial
Palpar no canal de torção do úmero
Nervo Radial
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Um ramo, radial
cutâneo
Palpa-se ao nível do
punho em direção à
tabaqueira
Nervo Radial
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Dor na região do
trajeto do nervo
Dificuldade de
levantar o punho
Dormência no dorso
da mão entre o
polegar e o indicador
Paralisia do Nervo Radial
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Atrofia da
musculatura dorsal do
antebraço
Hipo-anestesia da
metade radial do
dorso da mão
Mão caída
Nervo Fibular
Nervo Fibular
funções
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Autônoma
Sensitiva: parte
lateral da perna e
dorso do pé
Motora: dorsiflexores
da articulação tibiotársica e pododáctilos
e músculos fibulares
da perna
Lesão do Nervo Fibular Superfical
Eversão do pé
(↓ da força dos
músculos
fibulares)
Alterações em varo
do pé e úlceras
do bordo do pé
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Nervo Fibular Profundo
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Hipoanestesia entre
halux e 2.º artelho
Nervo Fibular Profundo
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↓ da dorsiflexão do pé
Nervo Fibular Profundo
↓ elev. do hálux
↓ flexão dos dedos
Lesão do Nervo Fibular Comum
SINTOMAS
 Dor na região do n.
fibular atrás do joelho
 Dificuldade de levantar o
pé, anda jogando para o
lado Marcha escarvante
PARALISIA
 Amiotrofia da massa
muscular antero-lateral
da perna
 Pé caído
Lesão de Nervo Fibular e Tibial
Posterior
Nervo Tibial Posterior
AUTONOMA
SENSITIVA
 Planta do pé
MOTORA
 musculatura
intrínseca do pé
Nervo Tibial Posterior
Mantem a posição horizontal dos artelhos no solo,
com as polpas digitais voltadas para frente
Nervo Tibial Posterior
Paralisia de Nervo Tibial Posterior
Nervo Facial
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2 porções: motora e
sensitiva
Sensitiva: gustação
Motora: inerva
musculatura da face
FF autonomas;
inervação de
glandulas lacrimais,
salivares e nasais
Nervo Facial
Fibras motoras = mov palpebra
Fibras sensitivas = gustação
Fibras autonomas = glândulas
lacrimais, nasais e salivares
Lagoftalmo, coceira, ardor, hiperemia,
↓ da acuidade visual
NERVO TRIGÊMIO
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Ramos Oftalmico,
Maxilar e Mandibular
Função: dor, tato
,temperatura de
boca,dentes, língua,
olhos, nariz
Nervo Trigêmio
↓ da sensibilidade córnea e do nariz
Outras queixas: diminuição da acuidade
Visual, hiperemia, úlceras de córnea
SÍNDROME DO TUNEL DO CARPO
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Ocorrem em até 15% da população
Mulheres mais acometidas
Isquemia do nervo por aumento da pressão no túnel do carpo.
Fisiopatologia básica é a desmielinização segmentar. Lesão severa - perda axonal
esente.
As fibras sensoriais são envolvidas mais precocemente que as motoras
Sintomas: dor na mão pode atingir o ombro
Parestesia de polegar, indicador e médio. Toda a mão pode ficar adormecida.
Os sintomas são intermitentes, mais intensos durante a noite (acroparestesias
noturnas), - o paciente referir que acorda durante a madrugada com a mão
amortecida.
Parestesias quando dirige
A movimentmão alivia os sintomas.
No exame físico, a discriminação entre dois pontos é a primeira anormalidade
detectável.
Sintomas sensoriais isolados podem ocorrer por mais de uma década.
Nos casos mais graves, sintomas motores também aparecem.
Atrofia da eminência tenar pode ser vista nos casos com degeneração axonal
importante.
manobras classicas para confirmar o diagnóstico
Phalen (reprodução da parestesia no território do nervo mediano após flexão
passiva prolongada da mão no punho) e o
sinal de Tinel (parestesia no território do nervo mediano após percussão do nervo
no punho. Entretanto, elas não são suficientemente sensíveis e especificas para
confirmar o diagnóstico.
ESTESIOMETRIA
Aplicar perpendicular e produzir curvatura
Tocar ponta da caneta sem forçar
ou causar depressão