Aeronaves I Progressão manual Aeronaves - I 1 Definições e conceitos usuais na Aeronáutica 2 História e precursores da Aviação 2.1 Os caminhos da Aerostação 2.2

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Transcript Aeronaves I Progressão manual Aeronaves - I 1 Definições e conceitos usuais na Aeronáutica 2 História e precursores da Aviação 2.1 Os caminhos da Aerostação 2.2

Aeronaves
I
Progressão manual
Aeronaves - I
1 Definições e conceitos usuais na Aeronáutica
2 História e precursores da Aviação
2.1 Os caminhos da Aerostação
2.2 Os caminhos do Dirigível
2.3 Aeronaves
2.3.1 Balões
2.3.2 Dirigíveis
2.3.3 Aviação Geral
2.3.3.1 Planadores
2.3.3.2 Aviação Agrícola
2.3.3.3 Ultraleves
2.3.3.4 Pára-quedismo
2.3.3.5 Acrobacias
2.3.3.6 Girocóptero ou Autogiro
2.3.3.7 Helicópteros
2.3.3.8 Hidroaviões
2.3.3.8.1 Hidroaviões de casco
2.3.3.8.2 Hidroaviões de flutuadores
2.3.3.8.3 Aviões anfíbios
2.3.3.9 Ecranoplano
Formatação: José Carlos Suman
[email protected]
Progressão manual
A aeronáutica é a atividade e o estudo da locomoção aérea no interior da atmosfera terrestre,
bem como dos meios utilizados para esse fim (aeronaves).
No Brasil, "aeronáutica" designa muitas vezes também a Força Aérea.
A locomoção aérea fora da atmosfera terrestre (acima dos 200.000 m de altitude) passa a estar
incluída no âmbito da astronáutica.
Por definição, a Aeronáutica abrange dois ramos:
a “Aviação”, que trata da locomoção em aparelhos mais pesados que o ar (aerodinos) e a
“Aerostação”, que trata da locomoção em aparelhos mais leves que o ar (aeróstatos).
Para fins de utilização das aeronaves, existem igualmente dois ramos:
Aeronáutica Militar, uso militar de aeronaves;
Aeronáutica Civil, uso privado, comercial e geral de aeronaves.
Ainda hoje faz-se certa confusão entre Aerostação e Aviação.
São primas-irmãs, mas bem diferentes.
Aerostação é o estudo do mais leve que o ar, os balões, seu desenvolvimento e sua utilização
prática.
A aviação é o estudo do mais pesado do que o ar, respeitando-se as leis de física, para se
chegar ao avião como instrumento de utilização pelo homem.
É nesse ponto que está à confusão que se faz ao ligar o nome do nosso aeróstata Augusto
Severo, à aviação.
Na verdade todo o seu trabalho estava ligado diretamente a aerostação.
Mais de um século antes de Severo chegar à França, já pesquisavam o assunto:
História
Muitas culturas construíram veículos que viajavam pelo ar, desde os
projetos mais antigos aos mais sofisticados, como veículos flutuantes ou
dispositivos aerodinâmicos como o pombo mecânico de Archytas na
Grécia Antiga, o bumerangue na Austrália, a lanterna de ar quente, e
asas.
Esses projetos são os mais
antigos exemplos de vôo como a
história de Ícaro, e
recentemente, histórias mais
credíveis de vôos humanos de
curta distância, incluindo um
vôo alado de Yuan Huangtou na
China, e o vôo de pára-quedas e
um vôo controlado de planador
de Abbas Ibn Firnas
(Firman armênio).
As asas do Ornithopter de da Vinci
O corpo do Ornithopter de da Vinci
A Aerostação é a ciência que trata da
navegação aérea em aparelhos mais leves
que o ar (aeróstatos).
Como tal é um dos dois ramos da
Aeronáutica.
Imagem sem identificação, atribuída à Bartolomeu de Gusmão
ANTECEDENDO SANTOS DUMONT, OUTRO
BRASILEIRO ILUSTRE
BARTOLOMEU LOURENÇO DE GUSMÃO, O PAI
DA AEROSTAÇÃO
PADRE BARTOLOMEU LOURENÇO DE GUSMÃO.
Em dezembro de 1685 nascia na então Vila de
Santos, em São Paulo, Bartolomeu Lourenço de
Gusmão.
Brilhante, de idéias avançadas para sua época, fez
os estudos primários em Santos e seguiu para o
Seminário de Belém, Bahia, a fim de completar o
Curso de Humanidades, onde filiou-se à Companhia
de Jesus, sob a orientação do amigo de seu pai e
fundador daquele Seminário, Padre Alexandre de
Gusmão.
Em 1705, com apenas 20 anos de idade, requereu à
Câmara da Bahia o privilégio para o seu primeiro
invento: um aparelho que fazia subir a água de um
riacho até uma altura de cerca de 100 metros.
A água não precisaria mais ser transportada morro
acima nas costas de homens ou em lombo de
animais.
Ícaro
Bartolomeu de Gusmão se incorporou à série das
figuras que pertencem à história da humanidade,
no campo das ciências, com invenção notabilíssima,
integrando a galeria das nossas glórias nacionais e
nas do Mundo, com o primacial relevo que assumiu
na prioridade da navegação aérea.
A passarola de Bartolomeu de Gusmão
Entre 1708 e 1709, Bartolomeu de Gusmão, já
ingresso no sacerdócio, embarcou para Lisboa,
Capital do Império, onde aprofundaria seus
conhecimentos.
Na Universidade de Coimbra realizou estudos das
Ciências Matemática, Astronomia, Mecânica,
Física, Química e Filologia, e o exercício da
Diplomacia e da Criptografia, atendendo
designação de D. João V.
Bacharelou-se em 5 de maio de 1720 e
completou o Curso de Doutoramento da
Faculdade de Canones, da Universidade de
Coimbra, em junho de 1720.
Foi uma bolha de sabão elevando-se, ao se
aproximar do ar quente ao redor da chama de
uma vela, que acendeu o intelecto de Gusmão
para a diferença entre as densidades do ar.
"Um objeto mais Ieve que o ar poderia então
voar!".
Representação artística da experiência de Bartolomeu de Gusmão.
Em 1709, anunciou à corte que apresentaria uma "Máquina de Voar".
Em 3 de agosto de 1709 realizou a primeira tentativa na Sala de Audiências do Palácio.
No entanto, o pequeno balão de papel, aquecido por uma chama, incendiou-se antes ainda de alçar vôo.
Joseph Michel Montgolfier nascido no ano de 1740
e Jaques Étienme Montgolfier em 1745,
ambos da cidade de Annonay, Ardéche, construíram (utilizando o
mesmo princípio de Bartolomeu de Gusmão),
o primeiro balão tripulado de sucesso no ano de 1783.
Montgolfier – Brothers balloon Paris
No dia 5 de junho de 1783, o balão que
possuía 32m de circunferência e era feito de
linho foi cheio com fumaça de uma fogueira de
palha seca,
elevou-se do chão cerca de 300 m, durante
cerca de 10 minutos
voando uma distância de aproximadamente 3
quilômetros.
A era moderna da aviação em vôo tripulado
pelo ser humano estava se iniciando .
O francês Henri Giffard voara precariamente a uma velocidade de um km por
hora, num balão em forma de charuto.
Henri Giffard (Paris, 8 de janeiro de 1825 - Paris, abril de 1882), foi um engenheiro francês, inventor do injetor
e do balão motorizado.
Henri Giffard é uma das glórias da mecânica francesa.
Inventor genial, realizador notável, experimentador heróico, ele deixa uma lembrança profundamente ligada
à história dos caminhos de ferro pela criação do injetor das
locomotivas, que leva ainda seu nome, e ele detém na aeronáutica, um dos mais nobres lugares.
Retrato de Henri Giffard
feito por Deveaux em 1863
O dirigível de Giffard.
Foi Henri Giffard quem, pela
primeira vez, se elevou no ar
com um motor mecânico e
que conseguiu, sob a
impulsão desta máquina a
vapor, evoluir sua
embarcação aérea.
Após ter acompanhado
apaixonadamente as origens
do caminho de ferro de SaintGermain, depois por ter
conduzido as máquinas,
Giffard se torna em 1844,
auxiliar do Dr. Le Berrier
para o seu primeiro modelo
de dirigível a vapor.
O Injetor de Giffard
Os caminhos da “Aerostação”.
Lourenço de Gusmão, que em 1709 escandalizou a igreja com o seu
invento que denominou de “Passarola”.
Seguindo o rastro desses pioneiros, aqui no Brasil,estava Alberto
Santos Dumont e logo depois Augusto Severo de Albuquerque
Maranhão.
Em 08 de novembro de 1881, o brasileiro *Julio César Ribeiro de
Souza, nascido no estado do Pará, realiza em Paris o primeiro vôo
público e cativo do aeromodelo, que sobe avançando para frente,
feito repetido no dia 12 do mesmo mês.
* Biografia de Julio César Ribeiro de Souza –(Acará, 13 de junho de 1843-Belém, 14 de outubro de 1887).
Inventor brasileiro, reconhecido como o precursor da dirigibilidade aérea.
Em 1874, depois de observar o vôo de pássaros amazônicos, passa a dedicar-se ao estudo das ciências
aeronáuticas.
Após seis anos de pesquisas, Ribeiro de Sousa acredita que os balões devem ter formato assimétrico, com o
centro de empuxo à frente, formato já preconizado e utilizado por vários inventores franceses, como Guyot,
Eulriot e Pierre Jullien.
Após ter realizado conferência no Pará sobre suas idéias, parte para o Rio de Janeiro, onde vai ao encontro
do Barão de Teffé, conhecido e respeitado na comunidade científica brasileira.
Julio César Ribeiro de Souza
O Barão de Tefé analisa os estudos de Júlio César Ribeiro de Sousa, fica entusiasmado e pesquisa por um mês material europeu sobre aeronáutica.
Escapou-lhe, porém, o fato de que muitas das idéias de Júlio César Ribeiro de Sousa já haviam sido utilizadas por inventores franceses.
Desta forma Ribeiro de Sousa consegue apoio do Instituto Politécnico do Rio de Janeiro então a maior instituição científica da América Latina.
Com o apoio do Instituto e do governo imperial, consegue uma verba (20 contos de réis) da província do Pará.
Com estes recursos parte para à França e na Casa Lachambre em Paris encomenda a construção de seu balão batizado Le Victoria nome de sua esposa.
Antes do início de sua construção comparece à Sociedade Francesa de Navegação Aérea expõe suas idéias e providencia a patente de seu invento: o "balão planador".
Patenteou seu invento nos seguintes países: França, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Alemanha, Rússia, Portugal, Áustria e Brasil.
No Brasil, são feitas demonstrações no dia 25 de dezembro de 1881, no Pará, e em 29 de março de 1882, no Rio de Janeiro, sendo que nesta última o balão sofre um
rombo, ficando seriamente avariado.
Os caminhos da “Aerostação”.
Em 12 de julho de 1884, na Praça da Sé em Belém, Ribeiro de Sousa tenta realizar a ascensão de seu grande balão, então
denominado Santa Maria de Belém.
A fim de produzir o hidrogênio necessário para inflar o balão, ele conta com a ajuda de pessoas esforçadas, mas
inexperientes. Os materiais e equipamentos são manipulados de forma incorreta o que acaba por danificar e impossibilitar
a experiência.
Em 1886 conseguiu da Assembléia do Governo do Pará a quantia de 25 contos de réis.
Munido destes recursos retorna à França e constrói seu último balão: o Cruzeiro, com o qual realizou demonstrações
públicas.
Ao chegar a Paris propôs debates públicos com Renard e Krebs na Sorbonne e na Academia de Ciências da França, mas é
ignorado pelos capitães franceses.
Em seu editorial de 13 de maio de 1886, o jornal parisiense "L'Opinion" publica um histórico das realizações de Ribeiro de
Sousa, desde a aprovação de suas teorias no IPB no início de 1881 até aquela data, mencionando que o protesto do
brasileiro tinha merecido comentários favoráveis dos países que o receberam, e fazendo votos de que se fizesse justiça a
quem de direito.
Este artigo foi enviado pelo próprio Ribeiro de Sousa a membros do governo e às academias francesas, a Renard e Krebs, e a
toda a imprensa parisiense, sem ter recebido nem apoio nem contestação durante esta que foi a sua última estada na
França.
Júlio César Ribeiro de Sousa não influenciou praticamente nenhum dos pioneiros da aeronáutica que se seguiram a ele, à
exceção de Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, que passou a se interessar pelo mais leve que o ar depois de tomar
conhecimento das promissoras experiências do paraense com aeromodelos.
Júlio César Ribeiro de Sousa morreu em Belém a 14 de outubro de 1887.
A causa de sua morte foi o beribéri. Faleceu em completa pobreza.
Desenho explicativo do pedido de patente do dirigível
Vitória - Fonte: Arquivo Nacional
Départ de l'aérostat dirigeable électrique de Gaston et Albert Tissandier, le 8 octobre 1883 à Auteuil
Os caminhos da “Aerostação”.
Mas as fagulhas do motor a petróleo inflamaram o balão e o hidrogênio explodiu.”
Santos Dumont, tentando explicar as causas do acidente de Severo, assim registrou no seu livro, “Os Meus Balões”.p. 148:
“Uma das hipóteses pelas quais pode se explicar o terrível acidente sobrevindo ao PAX, dirigível do infortunado Augusto
Severo, se relaciona com este grave problema de válvulas (válvulas de segurança).
O PAX, inicialmente tinha duas válvulas.
Antes, porém de partir para a sua primeira e última viagem, o Sr. Severo, que não tinha prática aeronáutica, fechou uma
com cera.
Ora, dado que a pressão atmosférica
decresce com a altitude, a subida dum
dirigível deveria ser lenta e limitada:para dilatar o gás basta uma subida de
alguns metros.
(...) Parece que no mesmo instante em
que o PAX deixou a terra(...) parecia um
foguete, e a dilatação, a explosão e a
horrorosa queda não foram senão um
encadeamento de conseqüências”.
Especificamente, no caso de Severo, foi
uma frustração para o Brasil, o acidente
que o vitimou no dia 12 de maio de 1902.
Nunca se soube e nem vai se saber os
seus planos e as soluções que ele teria
dado aos balões para se tornarem
máquinas modernamente utilizáveis.
Os registros históricos estão aí
para serem consultados.
Por conta desse
Infeliz
acontecimento,
e pela ausência de anotações
técnicas
de Severo,
por mais esforço
que se faça em favor
do aeróstata,
que passou
para história,
como um mártir
da aerostação.
Os caminhos do “Dirigível”.
O primeiro dirigível do mundo é a aeronave N6, do mineiro Alberto Santos Dumont campeã
do ‘Prêmio Deutsch’, em 1901, que nada
aproveitava das idéias de Ribeiro de Sousa.
Santos Dumont, em 1891, depois de ler tudo
que se relacionava com os balões e a literatura
do escritor Julio Verne, decidiu partir para
Paris, já emancipado, a fim de realizar o seu
sonho.
Teve o apoio do pai, um rico plantador
de café no Brasil, que lhe deu os meios
para viver na França e pôr em prática
às suas idéias.
O pai disse-lhe uma frase: “Prefiro que
não se faça doutor.” Aí começou a sua
vida em busca do domínio dos balões;
continuou suas pesquisas até chegar
ao avião.
Alberto Santos Dumont (1916).
Aí começou a sua vida em busca do domínio dos balões; continuou suas pesquisas até chegar ao avião.
Severo, motivado pelo que já se fazia na Europa, passou a se interessar pelo assunto e foi aumentando
os seus conhecimentos com algumas experiências sem resultados práticos aqui no Brasil.
Chegou a conclusão que teria de ir para Paris onde achava que venceria com as suas teorias e
conhecimentos aqui acumulados.
Um piloto dos tempos iniciais da
aviação :
Eugene Ely
Quanto à invenção de um aparelho mais pesado que o ar, há controvérsias sobre o verdadeiro inventor.
Vários creditam os Irmãos Wright, que fizeram o primeiro vôo em 17de Dezembro de 1903, porém, na ausência de testemunhas credíveis e da
mídia, e usando a ajuda de uma catapulta.
Wilbur Wright
Irmãos Wright
Orville Wright
Vôo do Flyer dos Irmãos Wright, possivelmente um dos primeiros aviões da história.
Antes disso porém, em 9 de Outubro de 1890, o engenheiro
francês Clément Ader alegou ter percorrido 50 metros a uma
altura de 20 centímetros em seu aparelho chamado "Eóle", com
motor a vapor, mas seu vôo também não teve testemunhas.
Em 23 de Outubro de 1906, Alberto Santos-Dumont realizou o
vôo em um aparelho mais pesado que o ar, na presença de várias
testemunhas e membros da mídia que registrassem o feito, bem
como utilizando um veículo que voasse sem ajuda de
equipamentos de solo (ou seja, por si mesmo).
Segundo uma afirmação do ex-presidente estadunidense Bill
Clinton quando veio ao Brasil, o verdadeiro "pai" da aviação é
Santos-Dumont.
Os irmãos Wright chamaram duas vezes jornalistas para
presenciar seu feito, antes de Dumont realizar seu vôo, porém, as
duas vezes foram fracassadas.
O primeiro vôo confirmado na presença da mídia dos Wright foi
realizado em 1908.
O 14-bis de Santos Dumont sendo testado no
campo de Bagatelle,
em julho de 1906
Santos Dumont, considerado por
muitos como o inventor do primeiro
avião da história,
o 14-bis.
Charles Lindbergh Lands Spirit of St. Louis in Paris on May 21, 1927,
Successfully Completing the First Trans-Atlantic Flight
USS Los Angeles Over Manhattan - 1928
Aeronaves começaram a transportar passageiros e cargas quando os projetos aumentaram e ficaram mais confiáveis. Em
contraste com pequenos balões, gigantes aeronaves fizeram transporte de passageiros e cargas percorrendo grandes
distâncias.
O melhor exemplo de aeronaves deste tipo foram fabricados pela companhia alemã de Zeppelins.
O mais bem sucedido Zeppelin foi o Graf Zeppelin.
O Graf Zeppelin (LZ 127) foi um dirigível fabricado pela empresa Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha.
Zeppelin,Baia de Guanabara,25-5-1930
Voou sobre um milhão de milhas (1.600.000 kms, aproximadamente) incluindo um vôo de volta ao mundo em agosto de
1929.
Todavia, o domínio dos Zeppelins sobre os aviões neste período, que teve uma faixa de poucas centenas de milhas, foi
diminuindo, uma vez que o design dos aviões eram mais avançados.
A "Idade do Ouro " dos dirigíveis acabou em 1937, quando o Hindenburg pegou fogo matando 36 pessoas.
Hindenburg na Lakehurst Naval Air Station, 1936
Apesar de tudo, houve iniciativas
periódicas para retomar o uso deles.
Hindenburg momentos depois de incendiar-se
Descrição do desastre
Aeronave é qualquer máquina capaz de sustentar vôo, e
a grande maioria também é capaz de alçar vôo por
meios próprios.
Aeronaves podem ser divididas em dois grupos
distintos:
Mais leve do que o ar
Aeronaves mais leves do que o ar, aeróstatos, fazem uso
de um gás menos denso do que o ar ao seu redor, como
hélio ou ar aquecido, como modo de alçar e sustentar
vôo.
Tais aeronaves são chamadas de aeróstatos.
Balões
Balão de ar quente.
Um balão aquece ar à sua volta com o uso de
inflamadores.
O ar aquecido torna-se menos denso que o ar ao seu
redor, e sobe e fica presa no compartimento de ar do
balão, que o faz alçar voo.
Um balão, no ar, é guiado pelas correntes de vento, isto
é, uma pessoa não pode "pilotar" o balão, apenas
controlá-la.
Balões possuem uma capacidade muito pequena de
carga, podendo carregar de duas a no máximo sete
pessoas, dependendo do volume do compartimento de
ar quente.
Seu alcance, ou, mais precisamente, o tempo máximo de
voo de um balão, é limitado pela quantidade de
combustível carregado a bordo, que não é muito.
Hot-air balloon
A prática do balonismo foi limitada porque eles só poderiam viajar com ventos soprando para baixo.
Foi imediatamente reconhecido como condutível, ou dirigível,o balão foi necessário.
Jean-Pierre Blanchard voou no primeiro dirigível movido com forças humanas em 1784 e cruzou o Canal da Mancha em 1785.
Projetos de dirigíveis posteriores incluíram propulsão movida por máquinas (Henri Giffard, 1852), quadros rígidos (David Schwarz, 1896) e
melhora de velocidade e maneabilidade (Alberto Santos-Dumont, 1901).
Dirigíveis
Dirigíveis são usados como um meio de propaganda por várias grandes empresas.
Dirigíveis fazem uso de um gás menos denso que o ar atmosférico, geralmente, hélio.
O gás é lacrado em uma câmera de ar de dimensão suficientemente grande para permitir sua sustentação.
Normalmente carregam mais peso do que balões não dirigíveis, até dez pessoas em determinados modelos atuais, e peso similar de carga
paga, podem ser carregadas sem dificuldades.
Dirigíveis diferenciam-se dos balões pelo fato de que a rota de voo de um dirigível não somente pode ser controlada, como também sua
velocidade.
Isto porque dirigíveis possuem hélices que a propulsionam, e um leme. Um dirigível moderno pode atingir velocidades de até 100 km/h,
entretanto, no passado já foi possível observar velocidades de até 130 km/h, como o caso do dirigível
Hindenburg.
AVIAÇÃO GERAL
A aviação geral se caracteriza pela grande quantidade de vôos (pousos e decolagens).
A aviação geral inclui a parte da aviação civil que não compreende a categoria de companhias aéreas, bem como a aviação
privada e comercial.
Nesta categoria, estão incluídas a aviação agrícola, a experimental, a desportiva, o táxi aéreo, aerofotogrametria,
transporte de cargas externas,a aviação executiva, vôos charter, aviação privada, treinamento de vôo, balonismo,
paraquedismo, vôo a vela, asa-delta, UTI aérea, Helicópteros de redes de TV, patrulhas aéreas e combate ao fogo florestal,
entre muitos outros exemplos.
O transporte aéreo comercial responsável pelo grande número de passageiros e cargas transportados, é tratado numa
segunda categoria da aviação civil.
Cada país regulamenta de forma diferente a aviação, mas a aviação geral, geralmente, se enquadra em regulamentos
diferentes dependendo do que se trate, se é privado ou comercial e sobre o tipo de equipamento usado.
Aviões
Aviões alçam e sustentam voo através de reações aerodinâmicas que acontecem quando o ar passa em determinada velocidade pela suas
asas.
Todo avião necessita de um trecho de terra longo e plano (geralmente, parte de um aeroporto), para conseguir alcançar a velocidade
necessária para a decolagem, bem como para frear seguramente em uma aterrissagem.
Alguns aviões são adaptados de modo a permitir seu pouso e
decolagem em um corpo de água, como lagos e rios de baixa
correnteza.
Eles são conhecidos como hidroplanos.
Aviões podem ser divididos em três categorias:
1- Aviões a pistão e turbo-hélices
2 Aviões a jato
3 Aviões super-sônicos
Um Dash 8, da De Havilland
Aviões a pistão e turbo-hélices
Aviões a pistão e turbo-hélices mono e multimotores fazem uso de motores de combustão, que por sua vez, fazem girar uma hélice, que cria
o empuxo necessário para a movimentação da aeronave à frente.
De maneira geral, são relativamente silenciosos, mas possuindo velocidades, capacidade de carga e alcance menores do que similares a jato.
Sua operação, no entanto, tende a ser mais econômica do que aviões a jato, o que torna aviões a pistão e turbo-hélices opções mais
econômicas para pessoas que querem possuir avião próprio ou para pequenas companhias de transporte de passageiros e/ou carga.
Demois12
Design Sky Lander
Delta Airlines
Bimotor com asas no plano superior da fuselagem
Air Birmingham LR
Planadores
O funcionamento de um planador é essencialmente a mesma de um avião, exceto que o planador não possui motores.
Isto torna a decolagem impossível para um planador, por meios próprios.
A maioria dos planadores precisam ser lançados do ar, através de outro avião, ou através de outro mecanismo como
catapultas, mas não possuem meios próprios de decolar e de aumentar e/ou manter sua altitude por muito tempo.
Decolagem de um “Ventus” por guincho
Certos planadores possuem um motor que permite ao planador decolar e sustentar vôo, podendo tal motor ser
escamoteado para completar o perfil aerodinâmico de sua fuselagem.
Porém, tais aeronaves são consideradas planadores porque são projetados especialmente e apenas para planeio.
Uma vez no ar, o piloto de planador procura guiá-lo através de correntes de ar ascendentes provenientes do solo
aquecido, ou de correntes orográficas, com o intuito de maximizar a distância a ser pecorrida ou a sua permanência em
vôo.
Planador Blanik em reboque por avião
Planadores possuem alcance limitado por esses fatores climáticos e, embora tivessem sido usados pelos aliados na
Segunda Guerra Mundial para desembarque rápido de tropas e armamentos, são mais usados hoje em dia como
aeronave de desporto e treinamento de pilotos.
O novo Schleicher ASG-29
Aviação Agrícola
Ipanema
Primavera - MT
Fonte: Assessoria Aeronáutica
Ultraleve é um aerodino de baixas velocidade, capacidade de carregamento,
potência e de baixos peso e custo.
Por isso, o ultraleve é considerado, pelo mercado, uma boa opção para os
aficcionados em aviação para pilotar suas próprias aeronaves.
Os ultraleves são conhecidos tecnicamente pelas siglas UL, quando não dispõe de motor,
e ULM, quando motorizado.
Fabricantes brasileiros:
Cimaer - Edra - Flyer - Inpaer - Jabiru Brazil - Microleve
Orion - Star Flight - Trike Icaros - Aerotrike - Aerobravo
Pára-quedismo
Acrobacias
Esquadrilha da Fumaça - Brasil
O Ultra-leve vem também sendo cada vez mais popular para uso recreacional, uma vez que na maior parte dos países que
permitem aviação privada, eles são muito mais baratos e menos fortemente regulamentados que aeronaves nãoregulamentadas.
A weight-shift “ultraleve”,
a Air Creation Tanarg
Girocóptero ou Autogiro
Girocóptero ou Autogiro é um tipo de aeronave cuja sustentação em vôo é fornecida por asas
rotativas, mas, ao contrário dos helicópteros,
o rotor gira independente do motor,
em auto-rotação como resultante aerodinâmica do movimento à frente;
a propulsão é fornecida por um hélice convencional movida por um motor.
O primeiro autogiro foi desenvolvido e construído por Juan de La Cierva, em 1923.
Da mesma maneira, girocópteros são muito semelhantes
aos helicópteros, mas seu rotor principal não é motorizado,
sendo necessário um curto espaço plano de solo para
decolar e pousar.
Helicópteros
A versatilidade dos helicópteros tornam-nos muito úteis em operações médicas, policiais e jornalísticas.
Mil Mi-26
O maior helicóptero do
mundo.
Helicóptero soviético Mil V -12, tem 42 m de comprimento, 18 m de altura, peso para
decolagem de 11 toneladas, velocidade máxima de 255 km/hora, velocidade de cruzeiro
de 237 km/hora, com autonomia de vôo de 1030 km
A versatilidade dos
helicópteros tornam-nos
muito úteis em operações
médicas, policiais e
jornalísticas
Helicóptero- rádio-control
Os helicópteros, ou
aeronaves de asa rotativas,
alçam e sustentam voo
graças às suas pás, que
agem como asas rotativas e
também propulsionam a
aeronave.
Helicópteros possuem extrema
manobrabilidade, podendo voar
de ré e pairar no ar, por exemplo.
Um rotor traseiro, montado no plano
horizontal, contrapõe o torque do
rotor principal, evitando que todo o
corpo (fuselagem) do helicóptero gire
em seu eixo vertical sem controle, e
também faz as funções de leme.
Helicópteros podem decolar e pousar
verticalmente, sem a necessidade das
longas pistas de pouso e decolagem das
quais os aviões necessitam.
Porém, helicópteros são lentos (até 300
km/h)
e possuem alcance e capacidade de carga
limitada.
Hidroaviões
Um hidroavião ou hidroaeroplano é um aeroplano preparado para descolar e pousar ("amarar" ou "amerissar") sobre a
superfície da água.
Nas décadas de 20 e 30 muitos países estavam construindo hidroaviões para uso civil e militar.
Hoje são usados com grande freqüência no Canadá e em outras áreas onde há muitos lagos.
No inverno, os flutuadores são muitas vezes substituídos por esquis para permitir o pouso no gelo.
Tipos
. 1 Hidroaviões de casco
. 2 Hidroaviões de flutuadores
. 3 Aviões anfíbios
Hidroavião de Casco Martin P5M
1 - Hidroaviões de casco
Neste tipo de hidroaviões, a flutuabilidade é proporcionada pela própria fuselagem que tem a forma do
casco de uma embarcação.
A maioria dispôe de flutuadores menores nas asas que ajudam à sua estabilidade.
Na língua inglesa, estes hidroaviões são conhecidos por "flying boats" (literalmente "barcos voadores").
2 - Hidroaviões de flutuadores
Os hidroaviões deste tipo utilizam flutuadores em lugar
de um trem de aterragem convencional, sendo que a sua
fuselagem não chega a tocar na água.
Normalmente estão equipados com dois flutuadores,
mas alguns antigos hidroaviões deste tipo dispunham de
um único grande flutuador colocado centralmente por
baixo da fuselagem, auxiliado por dois outros menores
debaixo de cada asa.
3 - Aviões anfíbios
Um hidroavião puro apenas pode decolar e
pousar na água.
As aeronaves que podem decolar e pousar tanto
na água como em terra são,
mais
apropriadamente, designadas por "aviões
anfíbios".
Os aviões anfíbios apresentam um aspecto e
características semelhantes aos Hidroaviões, apenas
com a diferença de terem rodas para pouso em terra,
além do casco ou dos flutuadores para pouso na água.
Ecranoplanos
Ecranoplano - é uma classe de
aerodinos com características
peculiares, diferente dos hidroaviões,
aerobarcos e hovercrafts.
O termo deriva da denominação que
recebe em russo o efeito solo:
(ecranniy effect).
História
Inventado pelo engenheiro naval
soviético Alexeev Rostislav
Evgenievich nos anos 50, o
ecranoplano foi projetado para
movimentar-se voando a poucos
metros de altura sobre uma superfície
plana, geralmente aquática, sem ser
detectado pelos radares inimigos,
aproveitando o chamado efeito solo.
Durante a Guerra Fria, os ecranoplanos
foram vistos, inicialmente no Mar
Cáspio, como veículos estranhos,
grandes e velozes.
Sea Eagle - Ecranoplano da Austrália
Ecranoplano «A-90 Orlyonok»
Airbus A330-323X aircraft
"O homem se descobre quando se mede com
um obstáculo."
"Liberdade é voar por espaços sem limites, que vão ao
encontro dos nossos sonhos."
ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY
ESCRITOR E AVIADOR FRANCÊS (*1900 +1944)
AUTOR DO LIVRO “O PEQUENO PRÍNCIPE”
Pesquisas/Ilustrações:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/05/investigadores-inspecionam-destrocos-de-boeing-na-india.html
http://peryserranegra.blogspot.com/2010/01/aerostacaoaviacao.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/McDonnell_Douglas“
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cemit%C3%A9rio_de_avi%C3%B5es
http://www.airliners.net/
http://www.bicodocorvo.com.br/.../acidentes-com-avioes
http://www.blogpaedia.com.br/2009/01/monte-decorao-da-sua-casa-com-peas-de.html
http://www.diariodepernambuco.com.br/imagens/2009/05/24/URBANA8_2.jpg
http:// www.museutec.org.br/.../enciclop/cap002/012.html
http://www.portalbrasil.net/aviacao.htm
Musica:
London, London – Interpretação: Caetano Veloso
FIM
Formatação: José Carlos Suman
[email protected]