ESTUDOS SOBRE O ENVOLVIMENTO DE PAIS NA VIDA ESCOLAR DO ALUNO DEFINIÇÃO DE ENVOLVIMENTO: I - grau em que pais participam das atividades associadas.

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Transcript ESTUDOS SOBRE O ENVOLVIMENTO DE PAIS NA VIDA ESCOLAR DO ALUNO DEFINIÇÃO DE ENVOLVIMENTO: I - grau em que pais participam das atividades associadas.

ESTUDOS SOBRE O ENVOLVIMENTO DE
PAIS NA VIDA ESCOLAR DO ALUNO
DEFINIÇÃO DE ENVOLVIMENTO:
I - grau em que pais participam das atividades
associadas à vida escolar do filho, tais como:
acompanhar tarefas e trabalhos escolares, ver caderno
com as lições da escola, verificar se o filho fez as
tarefas, estabelecer horário de estudo, informar-se sobre
matérias e provas e outras - Freitas, Maimoni e Siqueira
(1994) e de Miranda e Siqueira (1998).
II - interações do filho direcionadas ao
desenvolvimento do mesmo, encorajamento do
desenvolvimento, através do reforçamento dos
esforços da criança e arranjo de experiências de
enriquecimento cultural (Bradley, Caldwell & Rock,
1998)
III - pai envolvido é aquele que auxilia nas tarefas de
casa, quando é solicitado, participa da programação
da escola, assiste às atividades esportivas e
extracurriculares do filho, auxilia o filho adolescente
a selecionar cursos e toma conhecimento de como o
filho está indo na escola ( Steinberg, Dornbush e
Darling, 1992)
IV - envolvimento pode ser demonstrado
pelo comportamento dos pais em relação
à escola, pela sua disponibilidade afetiva e
pessoal, relacionada à vida escolar do filho
e pela oportunidade de experiência
intelectual/cognitiva, que proporcionam ao
mesmo (Grolnick & Slowiaczeck, 1994).
OUTRAS VARIÁVEIS:
A pesquisa de Grolnick e Slowiaczeck (1994)
indicou que:
se professores percebem que os pais são
envolvidos, atendem melhor ao aluno na escola;
se o filho percebe pais como envolvidos, podem
ser influenciados pelo comportamento dos pais,
no que se refere à importância que dão à escola;
filhos que tiram boas notas podem levar mães a
serem mais envolvidas e mãe envolvida
influencia o envolvimento do pai.
A pesquisa longitudinal, realizada por Bradley, Caldwell e
Rock (1988), que acompanharam quarenta e dois alunos, durante
dez anos, com avaliações aos dois e dez anos de idade indicou:
- uma relação entre a estabilidade do envolvimento de pais e a
competência escolar dos alunos;
- o envolvimento dos pais nem sempre descresce com o
avanço da idade do filho.
A pesquisa em 160 famílias brasileiras, de Maimoni, Freitas e
Siqueira (1994) encontrou:
- uma correlação entre o horário de trabalho do pai ( e não da
mãe) e envolvimento com a vida escolar do filho;
- não existir relação entre nível sócio-econômico e
envolvimento de pais, dado confirmado por outros pesquisadores
(D’Ávila, 1998);
- um decréscimo no envolvimento dos pais, quando o aluno
progride na vida escolar.
UMA CRIANÇA SEM FAMÍLIA OU
CRIADA POR APENAS UM DOS PAIS
NÃO SERÁ BEM SUCEDIDA NA
ESCOLA?
Poderá ser bem sucedida, se houver fatores
protetivos. Marturano (1997) indica três fatores:
1) características de personalidade da criança
(autonomia, auto-estima, orientação social
positiva);
2) coesão e afeto familiar, sem discórdia;
3) disponibilidade de um sistema de suporte
externo, estimulando os esforços da criança
Esses fatores podem promover a resiliência:
“capacidade de resistência ao stress em
crianças que crescem em condições
desfavoráveis, desenvolvendo-se como
adultos que funcionam em um alto nível
de bem estar.” (Marturano, 1997).
Propostas de Programas para a Promoção do
Envolvimento de Pais
1 - Vivência da Experiência da Aprendizagem
Mediada (EAM) – Feuerstein (1980)
2 - Intervenção junto a mães e cuidadoras –
Programa MISC (Mediational Intervention
Sensitizing Caregivers) – Klein (1992)
3 - Procedimentos de leitura, com a aprticipação
de pais – Topping (1990)
Cinco elementos básicos da EAM, no caso da criança pequena:
focalização
afetividade
expansão
recompensa
Regulação
Estudos recentes ( NICHD – Nacional Institute of Child
Health and Human Development), publicados em 2003,
reforçam essa proposta:
Foram acompanhadas 1.002 crianças norte-americanas,
durante cinco anos, a partir do nascimento, e suas famílias,
para encontrar a relação entre ambiente familiar, durante
54 meses, e resultados de desempenho e linguagem da
criança.
Principais conclusões:
- mães desenvolvem um conjunto de
comportamentos para obter a atenção
ou redirecionar a atenção do seu filho
(apontar, nomear, demonstrar, falar
sobre os objetos de interesse comum)
- este aspecto pode determinar uma
relação entre características da mãe ou
do lar e prontidão escolar.
A EXPERIÊNCIA DA
APRENDIZAGEM
MEDIADA EM
LEITURA E ESCRITA
COM PAIS E MÃES
UNIVERSITÁRIOS
História Viva e Leitura de Mundo
Reestruturação do conteúdo de História e Português,
valorizando a identidade da Escola Rural São Bento.
- Curso de língua portuguesa para as professoras a partir de
novos enfoque da ´lingüística.
- Desenvolvimento de uma abordagem histórica ampliando a
consciência de identidade.
- Desenvolvimento de uma abordagem discursiva culturalmente
sensível.
As crianças em atividade na
Escola Rural São Bento
Construção coletiva dos alunos da
Escola Rural São Bento
A distância não importa
A minha casa
Fica longe da escola
E a casa do meu
amigo
Fica perto da escola
A distância não
importa
O que importa é que
lá
Tenho amizade
E aprendo de
verdade
A amizade
É uma coisa importante
Para quem mora perto
E pra quem mora
distante
Levanto cedo e espero a
kombi chegar
E para a escola vou com
muita alegria
Pois é minha obrigação de
todo dia
Ir para a escola estudar
A distância não importa
O que importa é que lá
Tenho amizade
E aprendo de verdade
Envolvimento de pais no
processo de construção da leitura
na escola
A presente pesquisa teve como objetivo verificar como pais podem se
envolver com as atividades de leitura de seus filhos, em estreito contato com
os professores alfabetizadores, para, em conjunto, propiciarem melhores
condições de aprendizagem aos alunos em uma tarefa pré-requisito para toda
a vida escolar dos mesmos e, no futuro, para sua vida profissional, que é a
tarefa de ler e gostar de fazê-lo.
Os objetivos específicos foram:
l. Conhecer as percepções da família a respeito de leitura;
2. Obter a participação de pais em um programa de leitura conjunta com o
filho em casa;
3. Verificar o desempenho em leitura do aluno, antes e após a execução do
referido programa;
4. Observar as mudanças nas percepções da família com a participação nesse
programa e maior contato com a escola.
METODOLOGIA
Sujeitos:
Participaram deste estudo alunos de uma escola de ensino fundamental
do interior de Minas Gerais, mantida por uma fundação, em fase de
alfabetização.
Além dos alunos, também participaram do estudo pais e professores
A criança escolhe o material de leitura que seja do interesse dos pais e esteja dentro do
nível de leitura dos mesmos
O tutor (pai, mãe ou responsável) e a criança fazem uma discussão inicial sobre o texto
O tutor e a criança lêem juntos o texto em voz alta no ritmo da criança
Leitura
Qualquer erro da criança ou ausência de resposta durante
uns 5 minutos
elogio
Procedimento corretivo
O tutor diz corretamente a palavra (e pode indicar a
palavra incorreta)
A criança repete corretamente a palavra
Em pouco tempo prossegue a leitura conjunta
A criança indica com um sinal não verbal (um gesto, por exemplo) que
deseja ler sozinha
O tutor elogia a criança por fazer o sinal e fica em silêncio
A criança lê sozinha em voz alta
Com o tempo, a criança adquire segurança e passa a ler
palavras mais difíceis, a se corrigir, e a ter mais
curiosidade em relação ao texto e palavras desconhecidas
Qualquer erro da criança ou ausência de resposta
durante 5 segundos.
Procedimento corretivo igual ao anterior e ambos
continuam a ler juntos
elogio
Discussão sobre o texto
elogio
Procedimento de leitura conjunta
(adaptado de Keith Topping,
1989)