fenômenos transicionais, precursores do brincar, espaço potencial

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DEPENDÊNCIA RELATIVA II: FENÔMENOS TRANSICIONAIS, PRECURSORES DO BRINCAR, ESPAÇO POTENCIAL

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OBJETOS E FENÔMENOS TRANSICIONAIS

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TEORIA DO AMADURECIMENTO 2/18 A TAREFA DE CONTATO COM A REALIDADE • Desde o nascimento o ser humano está envolvido com o problema de relacionar o que virá a ser objetivamente percebido com o que é subjetivamente concebido.(Elsa pg.233) • De início a adaptação suficientemente boa da mãe às necessidades do bebê dá à ele a ilusão de que existe uma realidade externa correspondente à sua própria capacidade de criá-la.

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O VALOR DA ILUSÃO 3/18 • No início a mãe propicia ao bebê a ilusão de que o mundo está sob seu controle mágico • Essa ilusão é o primeiro passo indispensável rumo ao contato objetivo com o mundo • Nesse contato importa aceder ao objetivo sem perda excessiva da pessoalidade • A onipotência é quase um fato da experiência do viver( Elsa pgs. 233/4) • A mãe coloca o seio real exatamente onde o bebê está pronto para criá-lo e no momento exato.(pg26)

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OBJETO TRANSICIONAL DÁ FORMA À ILUSÃO 4/18 DE ONIPOTÊNCIA • Os objetos e fenômenos transicionais surgem da ilusão de onipotência. Num recurso para tornar possível a perda da ilusão que se anuncia, eles dão forma à essa ilusão. O objeto transicional assim criado também é criado e encontrado. Não é percepção, não é representação, é experiência de posse. (pgs.15, 26, 27, 28 e 29)

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DESENVOLVIMENTO DE UM PADRÃO PESSOAL 5/18 • Existe um fator universal que acompanha o início da vida de todos os bebês que começa no erotismo oral e caminha na direção do manuseio de objetos não-eu que adquirem um padrão pessoal para cada bebê(pg. 16)(Elsa pg.234) • Esse padrão começa a surgir por volta dos 4-6 meses até os 8-12 meses • O uso desse objeto ou fenômeno torna-se vital para o bebê, sobretudo na hora de dormir

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QUALIDADES ESPECIAIS DESSA EXPERIÊNCIA 6/18 • O que mais importa não é o objeto em si, mas o uso que se faz dele • É uma posse sobre a qual o bebê assume direitos incontestáveis • Deve poder ser usado sem que suas características se alterem, a menos que o bebê as mude • (pgs. 17, 18 e 24)

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QUALIDADES ESPECIAIS DESSA EXPERIÊNCIA 7/18 • Ele é oriundo do exterior do ponto de vista do observador, mas não do ponto de vista do bebê • Seu destino não é ir para dentro, nem ser reprimido. Não é tampouco simplesmente ser esquecido, apenas perde significado, permitindo sua substituição pelo brincar e por toda fruição e contribuição cultural(pg. 18/19)

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RELAÇÃO DO OBJETO TRANSICIONAL COM O SIMBOLISMO 8/18 • Uma das características mais importantes do objeto transicional é sua existência real.

• Ele não é a mãe, mas faz as vezes dela (antes de representá-la, de simboliza-la) • Ele abre caminho para a possibilidade de aceitar diferenças e similaridades • O bebê está na passagem do controle onipotente do mundo para o controle pela manipulação ( o prazer no uso dos sentidos)

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RELAÇÃO COM O OBJETO INTERNO 1/18 • O obj. trans. não é um objeto interno (que é um conceito mental), é uma possessão (que é uma experiência do viver) • Tampouco é um objeto externo para o bebê • Para ser válido o obj. trans. precisa da existência viva da mãe e de seu comportamento (o ambiente compõe, por assim dizer, o objeto transicional).

• É PRECISO ACEITAR O PARADOXO – o que conta é a atitude do ambiente)

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RELAÇÃO DO OBJETO X EXPERIÊNCIA DE POSSESSÃO 1/18 • No início não há intercâmbio entre a mãe e o bebê(pg. 27). • Não há relação de objeto, mas uma superposição entre o o que a mãe supre e o que o bebê poderia conceber • No uso do objeto transicional também não se trata de relação de objeto, trata-se de uma experiência de possessão numa área entre o subjetivo e o objetivo.

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RELAÇÃO DO OBJETO X EXPERIÊNCIA DE POSSESSÃO 1/18 • Nesse contato ele encontra algo que lhe permite criar o mundo e ser ele mesmo. A criatividade primária torna-se possível a partir da ilusão de contato propiciada pela mãe.

• Ao aceitar o paradoxo a mãe age no sentido de favorecer a conciliação subjetivo/objetivo, essencial para o viver criativo daí até o final da vida

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O USO DO OBJETO TRANSICIONAL 1/18 • Espero que se entenda que não me refiro exatamente ao ursinho da criança pequena ou ao primeiro uso que o bebê dá a seu punho(polegar, dedos). Não estou

estudando especificamente o primeiro objeto das

relações de objeto. Estou interessado na primeira possessão e na área intermediária entre o subjetivo e aquilo que é objetivamente percebido." (pg.15)

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O ESPAÇO POTENCIAL CARACTERÍSTICAS 1/18 • “A área intermediária a que me refiro é a área que é concedida ao bebê, entre a criatividade primária e a percepção objetiva baseada no teste de realidade” pg. 26 • A criação do espaço potencial (pgs 15 e 24)

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DA TRANSCIONALIDADE PARA 1/18 O BRINCAR E A CULTURA • Essa área intermediaria da experiência, incontestada quanto a pertencer à realidade interna ou externa (compartilhada), constitui a parte maior da experiência do bebê e, através da vida, é conservada na experimentação intensa que diz respeito às artes, à religião, ao viver imaginativo e ao trabalho científico criador.”(pg. 30) • (ver tb pgs. 9-10-29 e 30)

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A NATUREZA HUMANA E A TERCEIRA ÁREA DA EXPERIÊNCIA 1/18 • Além da realidade externa e interna existe uma terceira área de experimentação para a qual contribuem tanto a realidade interna quanto a vida externa.

• Importância desse espaço para o amadurecimento e para a vida, inclusive a social.

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POTENCIALIDADES DO BEBÊ – RETOMANDO PARA PENSAR AS PATOLOGIAS 1/18 • O bebê dispõe dos seguintes meios: • A experiência de que a frustração tem um limite no tempo • A noção de tempo, de processo • Os primórdios da atividade mental • Emprego de satisfações auto-eróticas • Recordar, reviver, fantasiar, sonhar: integrar passado, presente, futuro

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PATOLOGIAS 1/18 FALHA DO AMBINTE • Se a mãe ficar ausente por um período função (pg. 31) que exceda a capacidade do bebê de manter viva a representação interna dela o objeto transicional perde o sentido e sua

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EXEMPLOS CLÍNICOS • O menino do cordão e a drogadição • O falso si mesmo, a ausência como verdadeiro si mesmo - a mulher da manta 1/18