Ações para o Uso Racional da Água

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Transcript Ações para o Uso Racional da Água

Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
Unidade Acadêmica de Engenharia Civil – UAEC
Área de Engenharia de Recursos Hídricos - AERH
USANDO BEM A
ÁGUA: Gerenciando a demanda
Profa. Márcia Maria Rios Ribeiro
Mestranda Josicleide Felipe Guedes
1. Aspectos Conceituais
2. Ações indutoras do uso racional
3. Experiências e programas
4. Caso de estudo: Campina Grande-PB
Do ciclo hidrológico,
Da distribuição de água no Planeta
Aos Sistemas:
Sistema Bacia Hidrográfica
Sistema Público de Abastecimento
Sistema Edificações
Uso da Água nos Sistemas
Sistema
Bacia Hidrográfica
Sistema
Público de Abastecimento
Sistema
Edificação
Quem usa a água naqueles
sistemas
(usuários e demandas)?
Os Usuários da Água
Usos consuntivos:
abastecimento humano e animal;
Indústria;
Irrigação.
Usos não-consuntivos:
navegação;
recreação;
geração de energia.
Percentagem do Uso da Água entre
Os Usuários
Como as demandas são atendidas?
Historicamente: expansão da oferta
rios;
lagos;
fontes;
lençol subterrâneo (poços);
reservatórios (regularização);
transposição de vazões.
Expansão da Oferta
Visão tradicional: isolada, fragmentada
água como recurso inesgotável.
Sem consideração:
ciclo hidrológico, bacia hidrográfica;
integração águas superficiais e
subterrâneas;
integração quantidade e qualidade.
Sem preocupação:
Como a água está sendo
usada pela sociedade?
Conflito: Oferta X Demanda
Oferta < demanda:
necessidade de compatibilização.
Problemas nos sistemas:
bacia hidrográfica;
abastecimento público;
edificações (usuários final).
Como resolver os
conflitos?
Como Resolver?
Da visão tradicional à visão moderna
Gestão de recursos hídricos
gestão da oferta
gestão da demanda
Uso racional da água
Uso Racional da Água nos Sistemas
Sistema
Bacia Hidrográfica
Sistema
Público de Abastecimento
Sistema
Edificação
O que é ser Racional?
Novo Aurélio (Século XXI)
Racional. 1. Que usa da razão; que raciocina.
2. Que se deduz pela razão. 3. Conforme a razão.
Razão. ...3. Bom senso; juízo; prudência.
Racionalização. 1. Ato ou efeito de racionalizar.
Racionalizar. 1. Tornar racional. …3. Tornar
mais eficiente.
Uso Racional da Água na
Agenda 21
“…assegurar que se mantenha uma oferta
adequada de água de boa qualidade para
toda a população do planeta, …, adaptando
as atividades humanas aos limites da
capacidade da natureza”
“Os planos racionais de utilização da água
… têm de contar com o apoio de medidas
de conservação e minimização do
desperdício”
Uso Racional da Água na
Agenda 21
“É preciso dedicar atenção especial aos
efeitos crescentes da urbanização sobre a
demanda e o consumo de água…”
“Uma melhor gestão dos recursos hídricos
urbanos, incluindo a eliminação de padrões
insustentáveis, pode dar uma contribuição
susbtancial à mitigação da pobreza e à
melhora da saúde e da qualidade de vida
dos pobres das zonas urbanas e rurais”
Como Induzir o Uso Racional da
Água?
O que fazer?
Que ações, alternativas,
medidas propor e implementar?
Gerenciamento da Demanda de Água (GDA)
•
Consiste em medidas, práticas ou incentivos que
produzam um uso eficiente de água pela sociedade,
através da redução do consumo final do usuário e
modificação de hábitos de consumo, sem
prejudicar os atributos de higiene e conforto dos
sistemas originais (Silva et al., 1999);
•
Mudança de paradigma;
•
Este tipo de gerenciamento não deve ser aplicado
apenas em época de crise.
Gerenciamento da Demanda de Água
(GDA) - benefícios
•
Possibilidade de aumento do número
atendidos com a mesma oferta de água;
de
usuários
•
Redução de investimentos na busca da água originada
longe dos centros urbanos;
•
Preservação dos recursos hídricos disponíveis;
•
Diminuição do volume de águas residuárias, implicando
na redução de investimento em seu tratamento;
•
Redução da demanda de energia elétrica no sistema de
fornecimento, coleta e tratamento de esgoto.
Ações para o Uso Racional da Água
Tecnológicas;
Regulatórias/Institucionais;
Econômicas;
Educacionais.
Ações Tecnológicas
Dispositivos economizadores;
Medição individualizada;
Sistemas individuais ou comunitários de
captação de água de chuva;
Reuso de água;

Micro e macro medição na rede;
 Controle de vazamentos na rede e
nas edificações;
 Outras.
Dispositivos Economizadores
de Água
Vasos de descarga reduzida (VDR);
Torneiras;
Chuveiros;
Arejadores;
etc.
Perfil de Consumo de Água
Residencial
Bacias Sanitárias
Volume de Descarga Reduzido (VDR)
Bacia sanitária: 29% do consumo de água
residencial;
A adoção de bacias VDR: tendência
internacional definida pela necessidade de
racionalizar o uso da água;
Comercializadas em países da Europa
(volume de descarga entre 9 e 3 litros);
Estados Unidos, Japão (9 e 6 litros);
No Brasil  NBR- 6452 da ABNT (2002).
Avaliação de Alguns Fatores em
Bacias Sanitárias VDR
Produto
Fatores Considerados
Procedência
Nível tecnológico
Impacto cultural
Dificuldade de implantação em
edifícios a construir
Dificuldade de implantação em
edifícios existentes
Dificuldade de manutenção
Consumo médio de água
(litros/descarga)
Bacia VDR (3 litros) Bacia VDR (6 litros)
Suécia
França
Alto
Baixo
Baixa
Brasil
EUA
Europa
Japão
Baixo
Baixo
Baixa
Baixa
Baixa
Baixa
3,0
Baixa
6,0
Preços para Bacias Sanitárias
Campina Grande-PB (novembro 2000)
Fabricante
l/descarga
Preço (R$)
1-modelo 10A
1-modelo 6A
1-modelo 6B
10
6
6
139,00
129,66
495,90
2 -modelo12A
2 -modelo 9A
12
9
600,00
670,00
Torneiras e Dispositivos de
Redução de Água
Arejador: dispositivo fixado na saída da
torneira, que reduz a vazão da água,
diminuem cerca de 50% o jato das
torneiras;
Torneiras e Dispositivos de
Redução de Água
Torneira com tempo de fluxo determinado:
dotada de dispositivo mecânico que acionado,
libera o fluxo de água, fechando-se
automaticamente após um tempo determinado
Torneiras e Dispositivos de
Redução de Água
Torneira acionada por sensor infravermelho:
funciona com um conjunto de emissor e receptor.
O receptor detecta a reflexão emitida pelas mãos
e aciona a válvula que libera a água para o uso,
cessando o fluxo quando as mãos são retiradas
do campo de ação do sensor.
Captação de Água de Chuva
Captar e armazenar água: opção de
aumento direto da oferta de água;
Técnica mais utilizada  Coletar água por
meio de calhas dispostas nos telhados e
armazenamento em cisternas;
Cisterna  elemento popular no meio-rural
nordestino;
Acesso a diversos níveis sócio-econômicos
da população.
Vantagens da Cisterna
A chuva que cai do telhado é coletada por
calhas e estocada em pequenos reservatórios
de fácil construção;
Como parte da precipitação é armazenada
em curto período de tempo previne-se
também as enchentes;
Aumenta-se a oferta de água, “aliviando-se”
o sistema formal de abastecimento d’água.
Recomendações para Construção
da Cisterna
Localizá-la em terreno mais baixo que a
casa, a fim de aproveitar toda a água do
telhado;
Manter uma distância mínima de 10 m de
fossas, latrinas, currais, pocilgas, etc.;
Inutilizar as primeiras chuvas.
Cisterna de Placas (PEASA)
Custo da cisterna
Campina Grande-PB (fevereiro 2000)
materiais
custo (R$)
materiais de consumo
ferramentas
total
300,00
140,00
400,00
Reuso de Água
Processo pelo qual a água, tratada ou não,
é reutilizada para o mesmo ou outro fim;
Finalidade  Suprir a deficiência do
fornecimento de água potável para fins
domésticos e/ou industriais;
Reciclagem  Reuso interno antes da
descarga em um sistema geral de
tratamento ou outro local de disposição.
Tipos de Reuso
Efluentes da Irrigação;
Efluentes Industriais;
Esgotos sanitários;
 Outros.
Reuso Industrial
Setor industrial  Grande consumidor de água;
Principais Indústrias consumidoras de água:
 Siderúrgicas;
 De produtos químicos;
 Papel e celulose;
 Alimentos e bebidas;
 Têxtil;
 Extração de minérios.
Reuso industrial redução no consumo e na
carga poluidora lançada ao meio ambiente.
Ações Regulatórias/Institucionais
Legislação que induza o uso racional de
água;
Regulamentação de uso da água para
usos externos;
Regulamentação de novos sistemas
construtivos e de instalações prediais;
Ações Regulatórias/Institucionais
Regulamentação mais adequada da
prestação do serviço de concessão e
distribuição de água;
Outorga pelo uso da água;
Criação de comitês de bacias;
Outras.
Legislação e Normas no Brasil
NBR 6452/97 - a partir de 2002: bacias
sanitárias produzidas com volume de
descarga reduzido (6 l/descarga)
Leis Estaduais sobre Medição
Individualizada
São Paulo (Lei 12.638/98)
obrigatoriedade de hidrômetros em cada
uma das unidades habitacionias dos prédios
de apartamentos.
Guarulhos (Lei 4.650/94)
Belo Horizonte
Porto Alegre
Vitória
Lei 9.433/97
“Institui a Política Nacional de Recursos
Hídricos, cria o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos”
A água é:
–bem de domínio público;
–recurso natural limitado com valor econômico;
–bacia hidrográfica: unidade de planejamento;
–gestão: descentralizada.
PNRH
Objetivos da PNRH:
assegurar à atual e futuras gerações:
disponibilidade de água;
a utilização racional e integrada dos
recursos hídricos.
Instrumentos da PNRH:
outorga dos direitos de uso da água;
cobrança pelo uso da água.
Sistema de Gerenciamento de Rec. Hídricos:
Comitês de Bacia Hidrográfica.
Outorga dos Direitos de Uso da Água
“assegurar o controle quantitativo e
qualitativo dos usos da água e o efetivo
exercício de acesso a água”
Usos sujeitos à outorga:
captação (superficial e subterrânea)
lançamento de efluentes
outros
Comitês de Bacia Hidrográfica
Funções:
promover debate das questões sobre
rec. hídricos;
arbitrar os conflitos;
aprovar o plano de recursos hídricos;
sugerir valores para a cobrança;
Integrantes:
poder público;
usuários da água;
sociedade civil.
Ações Econômicas
Estímulos fiscais para redução de consumo
e adoção de novos instrumentos tecnológicos;
Tarifação que estimule o uso eficiente da
água sem penalizar os usuários mais frágeis
economicamente;
Estímulos ou penalização financeira que
induzam o aumento da eficiência da
concessionária de distribuição de água;
Cobrança pelo uso da água bruta;
 Outras.
Os Quatro Usos da Água
Lazer
Destinação f inal
das águas
serv idas
Captação
de água
bruta
ETE
Coleta de águas
serv idas
ETA
Distribuição de
água potáv el
Cidade
Cobrança pelo Uso da Água Bruta
Lei 9.433/97
Objetivos:
reconhecer a água como bem econômico;
incentivar a racionalização do uso da
água;
obter recursos financeiros.
Usos sujeitos à cobrança:
os sujeitos à outorga.
Valores Propostos
Captação:
indústria: R$ 0,03/m3;
doméstico: R$ 0,01/m3;
irrigação: R$ 0,005/m3.
Lançamento de efluentes:
DBO: R$ 0,10 - 1,00/Kg.
Ações Educacionais
Incorporação da questão da água aos
currículos escolares;
Programas e campanhas de educação
ambiental;
Adequação aos currículos dos cursos
técnicos e universitários;
Programas de reciclagem para profissionais;
Outras.
Dicas de como Economizar Água
Controle o tempo de descarga;
Tome banhos curtos;
 Mantenha a torneira fechada enquanto escova os
dentes ou faz a barba;
 Não lave a louça e a roupa com água corrente;
 Ligue a máquina de lavar só com a carga completa;
 Lave o carro com balde;
 Regue o jardim com regador;
 Reduza a pressão da torneira;
 Não use a mangueira para varrer as calçadas;
 Conserte os vazamentos.
Experiências e Programas
Waterloo (Canadá);
 Cidade do México (México);
 Japão;
 África do Sul;
 Israel e México;
 Cidade de Bogor (Indonésia);
 África e Oriente Médio;
 Brasil.
Waterloo (Canadá)
“Water Efficient Master Plan” (WEMP) – 1991;
 Objetivo: redução da demanda em 6.820
m3/dia (2009);
 Programas de conscientização
 Programa de substituição de bacias
sanitárias pelas de 6 litros (1994)
 Resultados:
Redução de 10 % per capita no consumo;
Economia de 100 l/dia/cada 3 sanitários
trocados.
Cidade do México (México)
Campanhas educativas;
Programa de troca de bacias sanitárias para
6 l/descarga (1991);
 Resultados:
Redução de 28 milhões/m3/água por ano;
 Consumo: de 300 l/hab/dia para 250
l/hab/dia.
Japão
Programa de financiamento para
construção de cisternas e outros
sistemas de captação de água;
 Esgotos tratados para
descargas em bacias sanitárias de
edifícios comerciais.
Israel e México
Esgotos sanitários tratados usados
para irrigação.
Cidade de Bogor (Indonésia)
Aumento de tarifas de água em cerca de
30%;
Campanha para redução do consumo de
água (mecanismos poupadores);
Resultados:
 redução do consumo em 29%
Norte da África e Oriente Médio
Decréscimo de 80% na disponibilidade
hídrica;
International Development Research
Center;
Pesquisas em gerenciamento de demanda
de água.
África do Sul
Reuso de água através de efluentes das
indústrias de papel.
Brasil
Leis e normas (ex. Lei Federal 9433/97);
PNCDA (Programa Nacional de Combate
ao Desperdício de Água);
PURA (Programa de Uso Racional de
Água) – SABESP;
Medição individualizada;
Reuso industrial de água;
Campanhas educativas.
PNCDA
Implantado desde 1997;
Secretaria Especial de Desenvolvimento
Urbano;
Objetivo:
“promover o uso racional da
água para abastecimento
público nas cidades
brasileiras”
CONTEÚDO DA PRIMEIRA FASE
Documentos Técnicos de Apoio – DTA
Planejamento e Gestão
Gerenciamento da Demanda
Conservação nos Sistemas
Públicos
Conservação nos Sistemas
Prediais
A1 - Apresentação do
Programa
C1 - Recomendações Gerais
e Normas de Referência
E1 - Caracterização/Monitor.
do Consumo
A2 - Indicadores de Perdas
nos SAA
C2 - Panorama dos Sistemas
no País
E2 - Normalização/Qualidade
A3 - Caracterização da
Demanda Urbana de Água
C3 - Elementos para
Planejamento
F1 - Tecnologias Poupadoras
A4 - Bibliografia Anotada
D1 - Controle de Pressão na
Rede
F2 - Produtos Poupadores:
Fichas Técnicas
B1 - Elementos de Análise
Econômica (Predial)
D2 - Macromedição
F3* - Códigos Prática (CP)(roteiro)
Instalações AF/AQ
B2 - Campanhas de Educação
Pública
D3 - Micromedição
F4* - Códigos Prática (roteiro)
Ramais Prediais
B3 - Medidas de Racionalização
Grandes Consumidores
D4 - Redução de Perdas
e Trat. de Lodo em ETA
(*) Depois consolidados em
DTA único para CP.
Obs.: Na Fase I os DTA B3, D1, D2 e D3 foram apenas conceituados, sem emissão de texto base.
CONTEÚDO DA SEGUNDA FASE
Estrutura Institucional do PNCDA
Sistema de gestão do PNCDA
Planos regionais
e locais - DTA A5
Articulação com programas
Existentes
PMSS
DTA complementares
CONTEÚDO DA SEG. FASE
Curso/workshop regional
de aperfeiçoamento
B3 - Medidas de Racionalização
Grandes Consumidores
Instrumentos de planejamento
D1 - Controle de Pressão
na Rede
Controle de perdas nos
sistemas públicos
D2 - Macromedição
Gerenciamento da demanda
em sistemas prediais
D3 - Micromedição
Trabalho de curso: desenvolver
estudo setorial/local/regional
PASS
Revisão e publicação dos DTA
Pró-Saneamento
Estruturação de página do PNCDA
na Internet
Arquitetura do sistema
blocos interativos
Arquivos em hipertexto
Arquivos em PDF
Para impressão e rede
A1/A2/A3/B1/B2/B3/C1/C2/C3
D1/D2/D3/D4/E1/E2/F1/F2
Para rede somente
A4 - Bibliografia
F3 e F4 - Roteiros para CP
Experiência piloto – aplicação de
um plano local
Diagnóstico cf. indicadores
padronizados do PNCDA
Previsão de demanda real e de
consumo reprimido
Monitoramento predial
Cadastro de rede em setores
selecionados
Controle de pressão em
setores selecionados
Ações para redução de consumo
predial
PNCDA - Projeto Piloto
Juazeiro – BA;
Serviço Autônomo de Água e Esgoto
(SAEE);
Objetivo:
experimentar ações de redução de
perdas e combate ao desperdício de
água.
PURA - SP
Programa de Uso Racional de Água da
SABESP (Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo),desde 1996.
Atividades:
Uso racional de água em edifícios;
 Caracterização do consumo de água
em aparelhos sanitários economizadores;
 Controle de perdas.
Sub-programa “uso racional de água
em edifícios” do PURA
Objetivos:
reduzir o consumo de água;
reduzir os volumes de esgoto a serem
tratados;
diminuir a demanda de energia elétrica;
diminuir os investimentos na captação de
água;
prorrogar a vida útil dos mananciais
existentes;
reduzir investimentos em redes e estações
de tratamento.
Estudo de caso do PURA: Escola
Estadual Toufic Jouliam
Consumo mensal antes do PURA: 1.572
m3/mês;
Consumo mensal depois do PURA: 352
m3/mês;
Redução: 80%;
Consumo per capita antes do PURA: 23
l/aluno/dia;
Estudo de caso do PURA: Escola
Estadual Toufic Jouliam
Consumo per capita depois do PURA: 4,6
l/aluno/dia;
Ações
detecção de
vazamentos
campanha
educacional
Medição Individualizada no Recife
Medição individualizada em mais de 1500
edifícios antigos;
Emissão de conta de água/esgotos para
cada apartamento, com base nos consumos
individuais registrados nos hidrômetros;
Resultados: redução em 25% do consumo
de água.
Aceitação pela População da
Medição Individualizada
576 prédios pesquisados;
resultados:
ótima: 68,25%;
boa:
31,75%;
ruim: 00,00%.
Reuso de Água
Siderúrgicas nacionais:
investimento em tecnologias de tratamento e
reuso;
meta final: reduzir a vazão captada de
mananaciais;
Central Química de Camaçari – BA;
Aeroporto Internacional de São Paulo;
Reuso de Água
UFPB: pesquisas em reuso de água
(agrícola/industrial);
Movimento Habitacional Casa Para Todos (SP)
reaproveitamento de água para fins domésticos;
capta-se água usada pelos chuveiros e
lavatórios;
deposita-se em reservatório no sub-solo;
trata-se a água e a destina para outro
reservatório;
a água é usada para os vasos sanitários.
CAGECE
(Companhia de Água e Esgotos do CE)
Programa de Reuso de Água;
Reuso da água resultante do tratamento de
esgotos;
Objetivo:
economizar a água potável da CAGECE.
SABESP: venda de “água de reuso”
Reuso da água resultante do tratamento
de esgotos;
5% do preço da água comercializada pela
Companhia
Para as indústrias:
resfriar caldeiras, abastecer o sistema
de ar condicionado;
irrigar jardins, limpar pátios.
SABESP: venda de “água de reuso”
Experiência:
fabricante Linhas Coats Corrente
recebe 70 m3/h de água de reuso;
desistiu de se tranferir para outra região;
paga 60% menos que se consumisse
água tratada.
O caso “Campina Grande”
• População de 371.060 habitantes (IBGE, 2007);
• Segunda maior cidade do estado nos aspectos político e
econômico;
• Abastecida pelo Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão);
• Crise no sistema de abastecimento da cidade (1997-2000) 
Boqueirão: 15% de sua capacidade máxima.
Caso de estudo: Campina Grande
• Marcada por crises em seu sistema de abastecimento.
• Marcada pela política da açudagem.
• Abastecimento de Campina Grande e outras cidades do
Compartimento da Borborema;
• Perenização do rio Paraíba;
• Irrigação.
A Grande Crise (1997-2000)
• Crescente demanda;
• Ocorrência de anos de baixíssima pluviosidade;
• Ausência de gestão;
• Irrigação descontrolada (elevados índices de perdas);
• Construção de diversos reservatórios à montante do açude.
Diagnóstico da situação dos RH
Antes da crise
• Período marcado por ausência de gestão tanto em nível de bacia
hidrográfica quanto em nível dos usuários finais aliado à falta de fiscalização
dos recursos naturais pelos órgãos competentes.
Durante a crise
• Suspensão da descarga de perenização;
• Racionamento;
• Suspensão da irrigação;
• Nenhuma atitude foi tomada em relação ao setor industrial;
• Construção da barragem de Acauã (conflitos sociais e de qualidade);
• Cenário nacional em plena mudança com a Lei nº. 9.433/97.
Diagnóstico da situação dos RH
Depois da crise
• Avanços nos aspectos legais e institucionais (criação de várias leis);
• Criação do órgão gestor do estado;
• Elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos – PERH-PB;
• Criação de comitês de bacia;
• Outorga dos direitos de usos da água;
• Deliberação nº. 01/08 do CBH-PB (aprova a cobrança pelo uso da água);
• Programa CAGEPA na escola;
• Transposição do rio São Francisco;
• Nenhuma atitude concreta em termos de GDA.
Avaliação da aceitabilidade das alternativas
Braga (2001)
• Propôs metodologia de avaliação  múltiplos critérios e múltiplo decisores;
• Inexistência de comitê à época;
• Criou-se um grupo decisor (Poder Público, usuários de água e sociedade civil).
Objetivos
Critérios
Categorias
Econômico
Viabilidade econômica
Baixa, média, alta e muito alta
Técnico
Viabilidade
técnica/operacional
Inviável, pouco viável e viável
Redução de consumo
Muito baixa, baixa, média e alta
Viabilidade legal/política
Inviável, pouco viável e viável
Aceitabilidade
Inaceitável, baixa, média e alta
Social
Ambiental
Avaliação global
Indesejável,
pouco
desejável,
extremamente desejável
desejável
e
• Alternativas  avaliadas por entrevistas, onde cada decisor expressou sua vontade;
• Avaliação global  o decisor expressou seu grau de vontade ou desejo em relação à
implementação de determinada alternativa, enquadrando-a como indesejável, pouco
desejável, desejável e extremamente desejável.
Avaliação da aceitabilidade das alternativas
Albuquerque e Guedes (2004)
• Avaliação de alternativas de GDA  2 bairros de CG;
• Bairros com realidades econômica, social e cultural bastante distintas;
• Instrumento de avaliação  questionários;
• Aceitabilidade geral  sem levar em considerar os custos e redução de consumo
proporcionada pela adoção da alternativa;
• Aceitabilidade econômica  considerando os custos de implementação das
alternativas;
• Aceitabilidade ambiental  alternativa que proporcionaria uma maior redução no
consumo de água segundo os entrevistados.
Aceitabilidade
Aceitabilidade das alternativas de GDA em CG
Braga (2001)
Aceitabilidade das alternativas tecnológicas (bairro 1)
Ordem de preferência
100%
1
81,30
80%
60%
Alternativas
Albuquerque e Guedes (2004)
53,30
2
53,00
59,40
46,90
40%
Educação ambiental
40,60
26,70
40,60
3
4
20%
Controle de vazamentos
na rede de abastecimento
53,10
20,00
5
0%
bacia sanitária VDR
Aceitabilidade geral
torneira/chuveiros
econômicos
43,80
Reúso industrial
Controle de vazamentos
na edificação
6,70
Outorga dos direitos de uso da água
uso de água de
reúso de água
Aceitabilidade das alternativas tecnológicas (bairro 2)
6 chuva
Legislação que induza o uso racional
7
Aceitabilidade econômica
Medição
individualizada
100%
90,00
Aceitabilidade
ambiental
85,00
8
Bacia sanitária 80%
de descarga reduzida
9
50,00
Cobrança pelo 60%
uso da água
bruta
10
40,00
40%
Captação de água de chuva
40,00
45,00
35,00
30,00
35,00
25,00
20%
11
Tarifa que estimule o uso racional
12
sanitária
VDR10%
torneira/chuveiros
Outorga + cobrança bacia
+ tarifa
com
de aumento uso de água de
13
20,00
10,00
0%
Reúso residencial
Aceitabilidade geral
econômicos
reúso de água
chuva
Aceitabilidade econômica
Aceitabilidade ambiental