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Animais Bilaterais
Aula Teórica 07
Animais Bilaterais – o que muda
com a bilateralidade
Simetrial radial  Simetria bilateral
Bilateral: lados direito e esquerdo são imagem
especular um do outro
 Bilateral: metade dorsal diferente da ventral
 Bilateral: metade anterior diferente da posterior

Estrelas e ouriços: larvas bilaterais sugere que
simetria radial aqui é secundária, ou seja,
derivada (mais recente)
Diploblásticos  Triploblásticos (Mesoderme)
Bilateria – o que muda (continuação)
Sist. Digestivo fechado  Boca e Ânus
Sistema Nervoso difuso  Altam. organizado
Estruturas dispersas  Cefalização
Boca na frente. Neurônios organizados em
cordões longitudinais. Sistema nervoso
concentra-se anteriormente: Cérebro
Musculatura circular e longitudinal mais
comum; também dorso-ventral e oblíqua
Bilateria (continuação)
Bilatèria é um nome informal, mas equivale
a um grupo monofilético
Compartimentação
Animais compactos  cavidades e epitélios
Cavidades permitem especializações, pois
consistem em espaço exclusivo para novos
órgãos, musculatura, sistema nervoso, etc
Cavidades criam um novo meio extracelular,
mais simples, mais fácil controlar
Útil, por exemplo, para desenvolvim. gônadas
Compartimentação (continuação)
Celêntero: digestão, absorção, circulação,
esqueleto hidrostático, excreção, reprodução

Especialização limitada por múltiplas funções
Cavidades são muito mais especializadas em
animais bilaterais, a saber:
Tubo digestivo (epitélio = gastroderme)
Celoma (epitélio = mesotélio)
Sistema vascular (vasos sanguíneos)
(=epitélio do celoma)
Tubo Digestivo
Boca  faringe (intestino anterior) 
estômago (intestino médio)  intestino
(intestino posterior)  ânus
Passagem unidirecional do alimento permite
especialização: a digestão ocorre em etapas
Epiderme pode revestir intestino anterior e
posterior em alguns grupos (logo, gastroderme
apenas no estômago)
Celoma e Sistema Vascular
Animais pequenos  acelomados

Difusão ou osmose faz todo transporte
Sistemas de transporte de fluidos internos em
animais grandes  celomados

Difusão não atende necessidades de transporte
Humanos: vísceras no celoma; mesotélio é
chamado de peritôneo.
Animal pequeno, achatado:
alimento
oxigênio
Animais maiores, volumosos:
Vasos sanguíneos – Invertebrados
Sem epitélio próprio (oposto em vertebrados)
Delimitados pela membrana basal de células
de tecidos adjacentes
Existem entre epitélios
entre epiderme e mesotélio
 entre gastroderme e mesotélio

Pseudoceloma & Classificação
Espaço entre cavidade gástrica e a parede do
corpo, sem epitélio
Preenchido com líquido ou subst. gelatinosa
Historicamente, define os Aschelminthes
Protostômios (blastoporo  boca) &
Deuterostômios (blastoporo  ânus)
P&D monofiléticos de acordo com Barnes

Há divergências
Filo PLATYHELMINTHES
Platelmintos
planárias, vermes achatados
Filo PLATYHELMINTHES
Regeneração: formação de blastemas no local
(i.e., acúmulo de céls totipotentes)
Blastemas podem originar-se de céls já
diferenciadas

e.g., das céls musculares
Ritmo e padrões de regeneração em planária
Filo PLATYHELMINTHES
“Vermes achatados” (dorso-ventral); alguns
cilíndricos
Em geral pequenos + redução de caracteres
Difusão eficiente para transporte de líquidos
 Por isso, ausência de celoma e sistema circulatório

Quatro Classes:
Turbellaria – vida livre; são os mais antigos
 Trematodea, Monogenea, Cestoidea – parasitas

Classe TURBELLARIA
Planárias
Classe TURBELLARIA
Ovais ou alongados, achatados Rimacephalus. Baikal
Quanto maior, mais achatado
Projeções na cabeça (“tentáculos”, ou aurículas)
Pequenos ou microscópicos, mas até 60 cm
Maioria das spp. marinhas, algumas spp. em
água doce (bentônicas); outras terrestres em
ambientes úmidos
3.000 spp. descritas, maioria tropicais
Classe TURBELLARIA
Epiderme densamente ciliada
Turbellaria: referente ao movimento em
redemoinho de partículas observado na
epiderme de indivíduos vivos
Epiderme às vezes sincicial. Sem cutícula.
Numerosas células glandulares, na epiderme
ou no tecido muscular; estas céls tem um
prolongamento para fora do corpo
Classe TURBELLARIA
Glândula frontal comum; caráter basal;
função em debate
Rabditos: típicos de todos os Turbellaria
Secretados por glândulas epidermais
Músculos dorso-ventrais (||||) e oblíquos (////)
incomuns; mais frequentes em spp. grandes
Fibras musculares em geral lisas
Rabditos
Produção de rabditos
Locomoção
Deslizamento via cílios
Rastejamento
Natação
Contorção ou giros
Retração e extensão
Cambalhotas
Ponte de secreção, etc.
Movimentos peristálticos: só p/ misturar alim.
Parênquima (= tecido conectivo)
Tecido entre musculatura e tubo digestivo
Animais pequenos: parênquima com pouca
matriz extracelular; ou 100% celular, sem
matriz
Animais grandes: parênquima com poucas
céls em matriz fibrosa fluida  pseudocele!
Contém céls de substituição epidermal
Neoblastos (totipotentes). Cromatóforos.
Sistema digestivo
Tubo digestivo geralmente em fundo cego
Dejetos eliminados pela boca
Um ou vários ânus em animais grandes, onde
egestão seria complicado
Forma do estômago depende do tamanho
Tricladida, Polycladida  nomes referem-se
ao número de ramificações do estômago
Animais grandes  mais ramificações
Sistema digestivo e alimentação
Boca no centro do corpo, ventral
Faringes: Simples, Plicada, Bulbosa (suga)
Faringe é eversível
São carnívoros (animais vivos ou mortos)

Protozoa, rotíferos, larvas de insetos, pequenos
crustáceos, briozoários, tunicados, etc
Alguns comem algas diatomáceas
Zooxantelas às vezes. Spp. parasitas raras.
Tipos de Faringe em Turbellaria
simples
plicada
bulbosa
Predação
Envolvem a presa, ou a grudam no substrato
Às vezes: Probóscis eversível separada da
boca, com acúleos
Alguns perfuram presa com pênis de ponta
aguda e rígida, evertido pela boca
Presas são engolidas inteiras ou sugadas
Enzimas proteolíticas (digestão extracelular)
Absorção intracelular via fagocitose
Turbellaria predando um poliqueto
Jejum e Associações
Planárias de água doce aguentam longos
períodos sem se alimentar
Parênquima, parte do tubo digestivo,
gônadas, podem ser digeridos/absorvidos
Animal pode emagrecer até ficar com 1/300
do seu peso original
Comensais em brânquias de Crustacea e
manto de Mollusca. Parasitas intest. ouriços.
Sistema Nervoso
Variável
Em geral: um cérebro + 2 cordas ventrais
longitudinais + comissuras (gera aspecto de
escada) + ramificações
Olhos simples (comum)
Estatocistos em spp. pelágicas ou intersticiais
SISTEMÁTICA
Archoophora & Neoophora
e suas Ordens
(em sequência evolutiva)
Divisões de TURBELLARIA
Archoophora

Ordens com nível de organização mais basal
(i.e., mais antigo, ou “primitivo”)
Neoophora

Ordens com nível de organização mais apical
(i.e., mais derivado; animais mais recentes no
planeta)
ARCHOOPHORA
Platelmintos Turbellaria
mais antigos, menos elaborados
Ordem Nemertodermatida
Marinhos
Cerca 1 mm
10 espécies
Ordem Acoela
Marinhos
Pequenos (< 2 mm)
Sem tubo digestivo – estômago é uma massa
celular compacta, sincicial
Sincício evertido p/ alimentos pequenos
Ingestão e fagocitose p/ alimentos maiores
Algumas spp. comensais no intestino de
ouriços-do-mar. Algumas c/ algas simbiontes.
Ordem Catenulida
Água doce
Pequenos
Faringe simples
Ordem Macrostomida
Marinhos e água doce
Pequenos
Par de cordões nervosos ventro-laterais
Macrostomida predando um poliqueto
Ordem Polycladida
Marinhos
Grandes (geralmente entre 3-20 mm)
Estômago com múltiplas ramificações
Muitos com cores vivas
Faringe plicada
Platelminto
POLYCLADIDA
Molusco
NUDIBRANQUIO
Martín-Durán and Egger EvoDevo 2012 3:7 doi:10.1186/2041-9139-3-7
NEOOPHORA
Platelmintos Turbellaria
mais recentes, mais complexos
Ordem Proseriata
Marinhos
Pequenos
Faringe plicada
Tubo digestivo simples
Ordem Tricladida (planárias)
Marinhos, água doce, terrestres
Grandes
Faringe plicada, voltada para trás
Spp. de água doce conhecidas como planárias
Planaria spp.  água doce
Ordem Temnocephalida
Água doce
Pequenos
Comensais ou parasitas em crustáceos,
moluscos e tartarugas
Face ventral com disco adesivo
Margem anterior com projeções digitiformes