Transcript Quando o corpo adoece. Cérebro: nosso software também

Quando o corpo adoece
Cérebro: nosso software também trava
Prof. Dr. Eli Faria Evaristo
Cérebro: nosso software também trava
• Temas abordados nesta aula
• Doença de Alzheimer
• Estamos perto da cura?
• Doença de Parkinson
• E quando os remédios não resolvem?
• Acidente Vascular Cerebral
• O tratamento faz mesmo diferença?
Doença de Alzheimer: estamos perto da cura?
Diagnóstico precoce e remédios ajudam a
retardar efeitos do Alzheimer
Doença cerebral degenerativa atinge 5%
população com mais de 65 anos e não tem cura
Agência Brasil
da
21 de setembro de 2010 | 20h 05
http://www.estadao.com.br/noticias/vida,diagnostico-precoce-e-remedios-ajudam-a-retardar-efeitosdo-alzheimer,613212,0.htm
Doença de Alzheimer: estamos perto da cura?
• Questões importantes
• É fácil fazer o diagnóstico precoce da doença?
• O que a Doença de Alzheimer causa no cérebro?
• Como agem os remédios atualmente disponíveis?
• Quais são os principais desafios na busca da cura?
É fácil fazer o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer?
• Dificuldades
• Sintomas
insidiosos
• Perda de memória
• Dificuldade em planejar e resolver
• Dificuldade em completar tarefas em
casa, no trabalho e no lazer
• Confusão com tempo ou espaço
• Problemas de ordem visuoespacial
• Dificuldade nova para ler e escrever
• Esquecimento de objetos e trajetos
• Alterações de juízo e crítica
• Isolamento de atividades sociais e
profissionais
• Alterações de humor e personalidade
Adaptado de http://www.alz.org/alzheimers_disease_10_signs_of_alzheimers.asp
É fácil fazer o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer?
• Dificuldades
• Sintomas
insidiosos
• Início da patologia
antes dos sintomas
http://www.nia.nih.gov/NR/rdonlyres/BF555973-D7E2-4C98-A81F-8E27B689A9BA/2470/03_chartcourse_big.jpg
É fácil fazer o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer?
• Outras doenças degenerativas
• Dificuldades
• Alterações circulatórias
• Sintomas
insidiosos
• Alterações hormonais
• Início da patologia
antes dos sintomas
• Outros diagnósticos
• Deficiências vitamínicas
• Doenças infecciosas
• Doenças inflamatórias
Adaptado de http://www.alz.org/alzheimers_disease_10_signs_of_alzheimers.asp
O que a Doença de Alzheimer causa no cérebro?
• Alterações anatomopatológicas
• Emaranhados
neurofibrilares
• Placas amilóides
• Perda neuronal
http://www.ahaf.org/assets/images/plaques_and_tangles_border.jpg
O que a Doença de Alzheimer causa no cérebro?
• Emaranhados neurofibrilares
• Desagregação de micro-túbulos intracelulares
• Hiperfosforilação da proteína TAU
Adaptado de http://www.nia.nih.gov/Alzheimers/Publications/ADProgress2004_2005/Part3/part3a.htm
http://agewell.biz/2010/02/15/hallmarks-of-alzheimer%E2%80%99s-disease/
O que a Doença de Alzheimer causa no cérebro?
• Emaranhados neurofibrilares (fragmentos de proteína TAU)
Adaptado de http://www.nia.nih.gov/Alzheimers/Publications/ADProgress2004_2005/Part3/part3a.htm
http://agewell.biz/2010/02/15/hallmarks-of-alzheimer%E2%80%99s-disease/
O que a Doença de Alzheimer causa no cérebro?
• Clivagem normal da proteína precursora de amilóide
• Ação da -secretase e -secretase
Adaptado de http://www.nia.nih.gov/NR/rdonlyres/BF555973-D7E2-4C98-A81F-8E27B689A9BA/2657/03_pathways01_big1.jpg
O que a Doença de Alzheimer causa no cérebro?
• Clivagem anormal da proteína precursora de amilóide
• Ação da -secretase e -secretase
Adaptado de http://www.nia.nih.gov/NR/rdonlyres/BF555973-D7E2-4C98-A81F-8E27B689A9BA/2657/03_pathways01_big1.jpg
O que a Doença de Alzheimer causa no cérebro?
• Placas amilóides
• Proteína precursora de amilóide
• Ação das secretases  e 
• Peptídio -amilóide
• Oligômeros solúveis de Pa
• Polimerização dos fragmentos
• Formação da placa amilóide
Adaptado de http://www.nia.nih.gov/NR/rdonlyres/878C0448-1597-4E49-A23A-D105795B36FD/10887/02_plaques2_lg1.jpg
O que a Doença de Alzheimer causa no cérebro?
• Perda neuronal
• Intensa atrofia cerebral
Adaptado de http://possibilistic.org/presentation/alzheimers-cell-phys/
O que a Doença de Alzheimer causa no cérebro?
• ENTRETANTO...
• Não sabemos se essas alterações patológicas
(emaranhados neurofibrilares, placas amilóides e
atrofia cerebral) são causadoras da doença ou
apenas achados secundários ao envelhecimento
cerebral
Como agem os remédios atualmente disponíveis?
• Anticolinesterásicos
•Tacrina, donepezila, rivastigmina, galantamina
• Antagonista de receptor NMDA
• Memantina
Situação habitual na fenda sináptica
Adaptado de http://www.cnsforum.com/content/pictures/imagebank/hirespng/Drug_neostig.png
Como agem os remédios atualmente disponíveis?
Situação habitual na fenda sináptica
Acetilcolina é o principal neurotransmissor envolvido com memória
Adaptado de http://www.cnsforum.com/content/pictures/imagebank/hirespng/Drug_neostig.png
Como agem os remédios atualmente disponíveis?
Anticolinesterásicos
Bloqueio
da acetilcolinesterase
Essas medicações aumentam o neurotransmissor acetilcolina
Adaptado de http://www.cnsforum.com/content/pictures/imagebank/hirespng/Drug_neostig.png
Como agem os remédios atualmente disponíveis?
Bloqueio da acetilcolinesterase
Pode ocorrer melhora parcial dos sintomas, mas não cura ou
abrandamento da evolução
Adaptado de http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2684708/figure/F1/
Quais são os principais desafios na busca da cura?
• Fazer o diagnóstico precoce da DA
• Exames laboratoriais (biomarcadores? genes?)
• Usar remédios com ação no início do processo
• Vacina; anticorpo monoclonal; antiagregante de PA;
inibidores de secretase (?); terapia celular?
• Detectar pontos de ação ainda mais iniciais
• O que leva a ação preferencial da -secretase?
Doença de Parkinson: e quando os remédios não resolvem?
Cerca de 200 mil brasileiros sofrem do Mal de
Parkinson, diz associação
Doença neurológica não atinge grupo específico, mas
sintomas costumam surgir a partir dos 50 anos
Agência Brasil
09 de agosto de 2010 | 19h 44
http://www.estadao.com.br/noticias/vida,cerca-de-200-mil-brasileiros-sofrem-do-mal-de-parkinsondiz-associacao,592680,0.htm
Doença de Parkinson: e quando os remédios não resolvem ?
• Questões importantes
• O que caracteriza a Doença de Parkinson?
• Qual é o mecanismo de ação dos remédios usados?
• Que tratamentos são possíveis além dos remédios?
O que caracteriza a Doença de Parkinson?
• Doença degenerativa de lenta evolução
• Depósitos de alfa-sinucleína (Corpos de Lewy)
• Tríade clássica de sinais
• Tremor
• Rigidez
• Lentidão de movimentos
http://www.youtube.com/watch?v=29zHputMEQA&feature=related
Qual é o mecanismo de ação dos remédios usados?
• Vários mecanismos de ação
• Levodopa
• Agonistas dopaminérgicos
• Anticolinérgicos
• Outros
Qual é o mecanismo de ação dos remédios usados?
http://yassermetwally.files.wordpress.com/2008/09/park2.jpg
Que tratamentos são possíveis além dos remédios?
• Tratamento cirúrgico
• Tratamento por lesão estereotáxica
• Palidotomia; talamotomia; subtalamotomia
• Estimulação cerebral profunda (DBS)
Que tratamentos são possíveis além dos remédios?
• Tratamento por lesão
estereotáxica
Adaptado de: http://pmj.bmj.com/content/82/967/293/F1.large.jpg - http://cns.bu.edu/~arash/paper.htm
Que tratamentos são possíveis além dos remédios?
• Estimulação cerebral
profunda (DBS)
Adaptado de Thevathasan W , Gregory R. Pract Neurol 2010;10:16-26
Que tratamentos são possíveis além dos remédios?
• Estimulação cerebral
profunda (DBS)
Adaptado de Thevathasan W , Gregory R. Pract Neurol 2010;10:16-26
Que tratamentos são possíveis além dos remédios?
• Estimulação cerebral
profunda (DBS)
http://www.youtube.com/watch?v=KcGLC_rOaKM
Acidente Vascular Cerebral: o tratamento faz mesmo
diferença?
Doença cerebrovascular mata um a cada
cinco minutos
Agência Brasil
01 de novembro de 2010 | 10h 25
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,doenca-cerebrovascular-mata-um-a-cada-cincominutos,633207,0.htm
Acidente Vascular Cerebral: o tratamento faz mesmo
diferença?
• Questões importantes
• Por que o tratamento agudo do AVC é urgente?
• Qual o impacto do tratamento na fase aguda?
• Qual o impacto do tratamento preventivo?
• O que se espera do tratamento no futuro?
Por que o tratamento agudo do AVC é urgente?
Por que a zona de penumbra isquêmica não sobrevive muito tempo!
Fonte: American Heart Association , 1998
Por que o tratamento agudo do AVC é urgente?
Por que a zona de penumbra isquêmica não sobrevive muito tempo!
Adaptado de Trends in Neurosciences 1999; 22: 535-540,
Qual o impacto do tratamento na fase aguda?
Benefício
Prejuízo
Número de pacientes com benefício ou prejuízo em cada 100
tratados com TPA IV baseado no tempo de início do tratamento
Adaptado de Lansberg, M. G. et al. Stroke 2009; 40: 2079-2084
Qual o impacto do tratamento preventivo?
• 90% do risco atribuível de AVC na população se
relaciona a dez fatores de risco, sendo os principais
• Hipertensão arterial sistêmica
• Tabagismo
• Obesidade abdominal
• Hábitos (dieta e sedentarismo)
Fonte : INTERSTROKE Study. Lancet 2010.
O que se espera do tratamento no futuro?
• Maior controle dos fatores de risco (saúde pública)
• Maior conhecimento da população sobre a doença
• http://www.youtube.com/watch?v=pVMcg-G8ldI
• Maior uso do tratamento trombolítico
• Atendimento pré-hospitalar e hospitalar mais rápido
• Unidades especializadas (Unidades de AVC)
• Medicação trombolítica disponível na rede pública
Pg.87
SITES RECOMENDADOS
• http://www.alz.org/alzheimers_disease.asp
• http://www.nia.nih.gov/Alzheimers/
• http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2684708/
• http://www.strokeassociation.org/STROKEORG/
• http://www.cadastro.abneuro.org/site/publico_entenda.asp
• http://www.in.gov.br/autenticidade.html
• Código de acesso: 00012010102900111
PUBLICAÇÕES RECOMENDADAS
• Querfurth HW, La Ferla FM. Alzheimer's Disease. N
Engl J Med 2010; 362: 329-344
• Thevathasan W, Gregory R. Deep brain stimulation for
movement disorders. Pract Neurol 2010; 10: 16-26.
• Furie KL, Kasner SE, Adams RJ. Guidelines for the
Prevention of Stroke in Patients With Stroke or Transient
Ischemic Attack. A Guideline for Healthcare Professionals
From the American Heart Association/American Stroke
Association. Stroke 2010; publicado online em 21/10/10.
Acessado em 23/11/10
http://stroke.ahajournals.org/cgi/reprint/STR.0b013e3181f7d043v1