Transcript 09 01 2012
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
UTI
Destinada ao atendimento de doentes graves recuperáveis, requer assistência médica e de enfermagem integrais, contínuas e especializadas, bem com equipamentos diferenciados .
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TEMAS PERTINENTES À MÁTERIA .
DESCRIÇÃO DA INSTALAÇÃO
( LOCAL E ÁREA, PLANTA FÍSICA), DAS MEDIADAS DE PREVENÇÃO CONTRA A INFECÇÃO CRUZADA, DOS EQUIPAMENTOS, NÚMEROS DE LEITOS, DOS CRÍTERIOS DE INTERNAÇÃO E DE ALTA, DO PAPEL E DAS RESPONSABILIDADES DA ENFERMAGEM.
DETALHES DA INSTALAÇÃO
LOCAL E ÁREA
• SEM RUÍDOS OU POLUIÇÕES • DE PROFERÊNCIA PRÓXIMO DO PRONTO SOCORRO E DO CENTRO CIRÚRGICO, OU DE FÁCIL ACESSO A ESTAS UNIDADES.
• ÀREA POR LEITO: 5M² EM MÉDIA
PLANTA FÍSICA
• A PREPARAÇÃO DA PLANTA FÍSICA DEVE OBEDECER AOS SEGUINTES CRITÉRIOS: OS LEITOS DEVEVEM FICAR VISÍVEIS À ENFERMAGEM NA MESA CENTRAL DE CONTROLE; A ÀREA DE CADA LEITO DEVE PERMITIR AMPLA CIRUCULAÇÃO E FÁCIL MANEJO DA APARELHAGEM ;
• • • • OS LEITOS DEVEM FICAR TANTO QUANTO POSSÍVEL ISOLADOS UNS DOS OUTROS; A UNIDADE DEVE TER ABERTURAS AMPLAS DE VIDRO OU JANELA ISOLANTES PARA O EXTERIOR, PARA EVITAR CLAUSTROFOBIA; A APARELHAGEM DE AR CONDICIONADO DEVE TER FUNCIONAMENTO PERFEITO E SUAS SAÍDAS NÃO DEVEM CANALIZAR AR SOBRE OS LEITOS; TODOS OS LEITOS DEVEM TER TRÊS TOMADAS DE ENERGIA ELÉTRICA PARA OS APARELHOS, CONJUGADOS COM O GERADOR DE EMERGÊNCIA DO HOSPITAL ; • TODOS OS CABOS ELÉTRICOS DEVEM SER RIGOROSAMENTE ISOLADOS E TER FIO TERRA ESPECIAL; • TODOS OS LEITOS DEVEM CONTAR COM CANALIZAÇÃO DE VÁCUO, AR COMPRIMIDO E OXIGÊNIO; • A ILUMINAÇÃO DEVE SER ADEQUADA;
A UNIDADE DEVE CONTAR COM
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• • • • • • • UMA SAL PARA OS MÉDICOS QUE NÃO ESTEJAM EM ATENDIMENTO; BANHEIROS PARA DOENTES, EQUIPE DE ENFEMAGME E MÉDICOS; UMA SALA PARA REUNIÕES, AULAS E ESTUDOS; LOCAL PARA DESPEJP, ALMOXARIFADO, ROUPARIA, DEPÓSITO DE MATERIAL, ETC.; UMA PEQUENA COPA; UMA SALA PARA OS MEMBROS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM QUE NÃO ESTEJAM DE SERVIÇO; UMA SALA PARA ARQUIVO;
• UMA SALA DE MATERIAL ESTERILIZADO E OUTRA SALA PARA PREPARO DE MATERIAL; • VESTIÁRIO MASCULINO E FEMININO COM BANHEIRO DOTADO DE CHUVEIRO; • • UMA SECRETARIA TELEFONES E INTERFONES NAS ÁREAS BÁSICAS; UM LABORATÓRIO; • UMA SALA PARA O CHEFE DA EQUIPE MÉDICA; • • UMA SALA PARA A CHEFIA DE ENFERMAGEM; UMA SALA PARA RESPIRADORES DE PRONTO USO; • UMA SALA RESERVA PARA MONITORES, RESPIRADORES E ACESSÓRIOS .
MEDIDAS PARA EVITAR INFECÇÃO CRUZADA • • • • O REVESTIMENTO DA UNIDADE DEVE SER FEITO COM MATERIAIS QUE DEIXEM O MÍNIMO DE JUNÇÕES E SEJAM LAVÁVEIS, LISOS E NÃO ABSORVENTES; APÓS A LIMPEZA, DEVE-SE PASSAR PANO ÚMIDO COM SOLUÇÃO GERMICIDA NO PISO NO TETO E NA PAREDE ; TODO O MATERIAL UTILIZADO PELOS DOENTES DEVE SER RIGOROSAMENTE ESTERILIZADO; TODO O PESSOAL QUE LIDAR COM UM PACIENTE DEVE, ANTES DE TOCAR O OUTRO, LAVAR AS MÃOS.
EQUIPAMENTOS
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ESPECIALIZADOS
Monitores; Eletroencefalógrafo, eletrocardiógrafo; Aparelho de raio x portátil; Respiradores; Desfibrilador; Marcapasso; Rim artificial; Carro de emergência; Ventilômetros; Martelo para pesquisa de reflexos; Lanternas, etc.;
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GERAIS
Aspiradores volantes; Focos portáteis; Colchão d´agua; Macas; Cadeiras de rodas; Carro de curativo; Camas especiais; Balança; Hamper; Suportes para soros; Vacuômetros; Fluxômetros de o²; Nebulizadores; Mesa de cabeceira, etc.;
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MATERIAL CIRÚRGICO E PARA CUIDADOS GERAIS
Pequena cirurgia; Punção lombar; Dissecção de veia; Traqueostomia; Punção subclávia; Diálise peritoneal; Cateterismo vesical; Curativo; Retirada de pontos, etc.;
MATERIAL DE CONSUMO GERAL
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MEDICAÇÃO
Estoque de reserva de acordo com a padronização hospitalar.
ROUPA
PACIENTE: rotina.
FUNCIONÁRIO: roupa privativa.
NÚMERO DE LEITOS
O número de leitos na UTI varia com o tipo de hospital e de acordo com sua possibilidade de ter uma equipe de médicos e de enfermagem em número suficiente. Há quem condicione esse número ao do hospital todo e, neste caso, ele costuma ser de 2 a 4% do total geral.
CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO
Um paciente é admitido em uma UTI, quando apresenta insuficiência de um ou mais sistemas fundamentais, como o respiratório e ou cardiovascular, caso do paciente grave e recuperável, específicas: com as seguintes condições
PACIENTES GRAVES.
• • • • • • • • • • • São os pacientes que apresentam comprometimento de função vital: Insuficiência Respiratória Aguda; Insuficiência Renal; Estado de Choque; Estado de Coma; Grande Desequilíbrio Àcido-Básico; Tétano; Grande Queimado; Parada Cardíaca; Politraumatismo; Intoxicações Graves.
PACIENTES DE ELEVADO RISCO.
• • • São pacientes que apresentam possibilidade iminente de sério comprometimento de função vital: Insuficiência Coronariana Aguda; Arritmias Cardíacas; Pós-Operatório especiais (cardiovascular, neurocirurgia, cirurgia torácica, grande cirurgia geral)
A intervenção é solicitada pelo médico assistente e efetuada após concordância da equipe da UTI, ficando condicionada à existência da vaga.
O paciente terá seu leito bloqueado na clínica de origem. Em casos de pronto-socorro, o setor de internação providencia o bloqueio do leito na clínica adequada.
CRITÉRIOS PARA ALTA.
A Alta deve ser dada tão logo desapareçam os sintomas que deram origem à admissão do paciente na UTI por decisão da equipe da unidade.
Após receber alta, o paciente retorna à clínica de origem, ficando aos cuidados de seu médico assistente.
ENFERMAGEM
A EQUIPE DE ENFERMAGEM NA UTI.
O sucesso ou fracasso da UTI é totalmente dependente da qualidade e da motivação de seu corpo médico e de enfermagem.
É essencial que a unidade mantenha pessoal de enfermagem altamente treinado e em nº adequado. A equipe de enfermagem da UTI tem uma responsabilidade muito maior do que a de qualquer outra unidade. Precisa ser apta a manter constante observação e estar pronta para reconhecer e notificar alteração significativa nas condições do paciente.
Precisa, também, estar familiarizada com todas as técnicas especiais usadas e com o equipamento de monitorização terapêutico necessários na terapia intensiva, tendo total consciência de suas limitações. Além disso, deve estar preparada para reagir independentemente em face de uma emergência.
A seleção de membros da equipe de enfermagem para trabalhar em uma UTI deve ser feita com base em critérios rigorosos. Cabe lembrar que sobre eles repousa a maior parte do trabalho de atendimento ao paciente. De seu desempenho inicial depende a obtenção ou não do rendimento esperado.
A ADMISSÃO DO PACIENTE PELA ENFERMAGEM
O paciente é admitido na unidade mediante solicitação prévia do médico responsável ao médico plantonista da UTI. Este, após concordar com a internação, notifica o enfermeiro responsável pela unidade, esclarecendo-lhe o diagnóstico e a gravidade do caso. O leito e material são preparados de acordo com a patologia e a técnica:
MATERIAL USADO NA RECEPÇÃO DO PACIENTE.
• • • • • • Bandeja para aspiração; Vacuômetro, Fluxômetro de oxigênio e respirador (testado); Monitor e cabo; Papeletas; Esfigmomanômetro e estetoscópio; Carro de emergência e Desfibrilador.
OBS: Ao receber o paciente na unidade, o enfermeiro deve sempre prepará-lo psicologicamente – Quando o paciente não está em coma, está sempre estressado.
RESPONSABILIDADE DA ENFERMAGEM.
• • • • Obter os dados preliminares do paciente e estabelecer prioridades; Relacionar os pertences do paciente; Prover o paciente de roupas adequadas; Prestar os primeiros cuidados ao paciente, verificar sinais vitais, fazer monitorização, oxigenoterapia, cateterismo vesical, eletrocardiograma (ECG), dar a medicação prescrita, colher material para exames laboratoriais, etc.;
• • • Orientar o paciente sobre a finalidade da UTI; Orientar a família do paciente sobre a rotina da UTI (horário de visita, duração da visita e sobre obtenção de informações sobre o estado do paciente); Fazer o exame físico do paciente e elaborar o plano de cuidados baseados em suas necessidades físicas e psicológicas, patologia e prescrição médica, a qual sofrerá alterações de acordo com a evolução.
CUIDADOS DIÁRIOS (DEPENDENDO DA PATOLOGIA)
• • • • • Verificar sinais vitais e o balanço hídrico de hora em hora; Desobstruir as vias aéreas através da aspiração oro e nasotraqueal e estimulá-lo a tossir; Trocar o curativo diariamente e sempre que necessário; Fazer irrigação da sonda nasogástrica (SNG) com 20 ml soro fisiológico para manter a permeabilidade, se não houver contra-indicação; Mobilizar o paciente no leito, prevenindo posições viciosas e úlceras por pressão;
• • • • • Controlar rigorosamente o gotejamento dos soros; Observar constantemente o ritmo e a frequência cardíaca no monitor; Se o paciente estiver em coma, mantê-lo com os olhos fechados e cobertos com gaze umedecida em soro fisiológico; Fazer higiene oral com solução antisséptica de 8/8 h.; Trocar e datar equipo de PVC de 2/2 dias.
ÉTICA
• • • • • • • São as seguintes as regras éticas a serem observadas pelo profissional de enfermagem: Não se ausentar do leito do paciente sem antes obter substituto para si; Receber o paciente com respeito e atenção; Não discutir nem comentar fatos junto dos doentes; Cumprir as determinações com precisão e pontualidade; Não levar problemas da UTI para outros setores; Respeitar a hierarquia funcional.
NECESSIDADES ADICIONAIS DE UMA UTI.
Uma UTI não pode funcionar sem a assistência da maioria dos outros departamentos no hospital. Os serviços de todos os laboratórios (bioquímico, hematológico, etc.) e os radiológicos precisam estar disponíveis a qualquer hora e a curto prazo.
Esta unidade deve ter seu próprio fisioterapeuta, cabendo a este participar das visitas ao paciente e das discussões clínicas.
São necessários, também, um técnico habilitado em ventiladores e outros equipamentos, uma secretária, pessoal administrativo, faxineiros e pessoal de serviços domésticos.