Exame do Coração
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Transcript Exame do Coração
Exame do Coração
Semiotécnica:
- Inspeção, a palpação e ausculta.
- Ictus Cordis: avaliar localização, extensão,
intensidade, mobilidade, ritmo e frequência.
NOS PORTADORES DE ENFISEMA PULMONAR,
OBESIDADE, MUSCULATURA MUITO
DESENVOLVIDA OU GRANDES MAMAS O ICTUS
CORDIS PODE NÃO SER PALPAVEL.
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Nos idosos o aumento do diâmetro ântero-posteror
do tórax, torna o ictus praticamente impalpável.
O deslocamento do ictus cordis indica dilatação e/ou
hipertrofia do ventrículo esquerdo.
Porém em casos de escoliose, depressão do esterno,
derrame pleural ou elevação do diafragma o
deslocamento do ictus cordis não indica
hipertrofia/dilatação do VE.
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Avaliar extensão: 2-3 cm, aumento indica dilatação
de VE.
Intensidade: avaliado pela palpação.
- Pode variar em pessoas normais (atividade física e
emoções)
- Aumentado em situações hipercinéticas como
hipertireoidismo.
E na hipertrofia de VE que se encontra os choques de
ponta mais vigorosos.
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Em 30% da pessoas normais o ictus e impalpável.
Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo.
As hipertrofias ventriculares impulsionam a ponta
do coração mais vigar que as dilatações.
Ritmo e frequência são melhores avaliados pela
ausculta.
Porém o ritmo de galope pode ser reconhecido pela
palpação do précordio.
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Outros movimentos visíveis no précordio:
- Retração sistólica apical: HVD
- levantamento em massa do précordio: HVD
- choques valvares palpáveis: hiperfonéticas.
- pulsação epigástrica: Normal.
- HVD: pulsão região subxifóide.
- estenose tricúspide: pulsação pré-sistólica (pulso
hepático)
- insuficiência tricúspide: pulsação sistólica.
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- Pulsação supra-esternal ou fúrcula esternal:
Normal. Quando muito intenso leva a suspeita de
hipertensão arterial sistêmica, aneurisma de aorta ou
síndrome hipercinética (insuficiência aórtica ou
hipertireoidismo).
Frêmito cardiovascular: Quando presente avaliar
localização, situação no ciclo cardíaco e a
intensidade. Grande valor no raciocínio clínico.
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Ausculta:
- Ambiente de ausculta;
- Posição do paciente;
Instrução do paciente;
- Escolha correta do receptor;
Aplicação correta do receptor;
Relação com a respiração.
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Focos de ausculta:
- Foco pulmonar;
- Foco aórtico;
- Foco aórtica acessório;
- Foco tricúspide;
- Foco mitral.
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Outras áreas de ausculta no précordio e adjacências:
- Borda esternal esquerda;
- Borda esternal direita;
- Endoápex ou mesocárdio;
- Regiões infra- e supraclaviculares D e E;
- Regiões laterais do pescoço;
- Regiões interscapulovertebrais.
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Ciclo Cardíaco:
- SÍSTOLE
Período de Contração isovolumétrica (B1)
Período de ejeção ventricular
Ejeção rápida
Ejeção lenta
Protodiástole de Wiggers
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Ciclo Cardíaco:
- Diástole
Período de relaxamento isov.(B2)
Período de enchimento ventri.
Rápido (B3)
Lento
Período de contração atrial (B4)
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BULHAS CARDÍACAS:
- PRIMEIRA BULHA (B1):
Fechamento da mitral (M) e tricúspide (T).
Coincide com o ictus cordis e pulso carotídeo.
Maior intensidade focos M e T.
50 % das pessoas normais podem ter desdobramento
da B1 sem realação com respiração e sem significado
patológico.
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SEGUNDA BULHA (B2):
Fechamento aórtica (A) e pulmonar (P).
Maior intensidade em focos A e P.
No foco aórtico e na ponta do coração a B2 contém
apenas o componente A.
Desdobramento inspiratório ou fisiológico da B2.
Se o desdobramento de B2 ocorrer na expiração é
patológico.
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TERCEIRA BULHA (B3): Ruído protodiastólico de
baixa frequência.
- Ocorre no período de enchimento ventricular
rápido;
- A B3 normal é observada em crianças e
adolescentes.
- Mais audível em FM e em decúbito lateral esquerdo
com a campânula.
- Presença de B3 em pacientes adultos hipertensos
pode indicar disfunção de VE.
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QUARTA BULHA (B4): Ruído débil, ocorre na présístole.
- Ocorre na sístole atrial;
- Pode ser normal em crianças e adultos jovens;
- Em idosos em decorrência da redução da
complacência do VE a B4 nem sempre é patológica.
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Momentos da sístole e da diástole:
- Protossístole: 1/3 inicial da sístole
- Mesossístole: 1/3 médio da sístole
- Telessístole: 1/3 final da sístole
- Protodiástole:
- Mesodiástole:
- Telediástole:
HOLOSSÍSTOLE / HOLODIÁSTOLE: período todo.
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SISTEMATIZAÇÃO DA AUSCULTA CARDÍACA.
1) Reconhecer o ritmo e a frequência cardíacos;
2) Se existir uma terceira bulha (B3 ou B4), distinguir
o ritmo de galope;
3) Analisar as características das bulhas;
4) Identificar cliques, estalidos, sopros e atrito
pericárdico;
5) Relacionar os achados da ausculta com afecções
cardíacas.
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O aprendizado das características estetoacústicas das
bulhas normais só se consegue auscultando
inúmeros indivíduos normais.
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Alterações da B1
INTENSIDADE DA B1:
Avalia-se a intensidade da B1 no FM e FT.
Diversos fatores influenciam a intensidade:
- Posição das valvas no inicio do fechamento.
- Nível de pressão nas cavidades cardíacas.
- A velocidade de subida da pressão intraventricular.
- As condições anatômicas das valvas.
- A força de contração do miocárdio.
- Transmissão das vibrações até a parede torácica.
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Desdobramento da B1:
Em cerca de 50% dos indivíduos sadios,
especialmente crianças e jovens pode-se perceber o
desdobramento B1.
Porém se o desdobramento for muito amplo pode-se
suspeitar de bloqueio de ramo direito.
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Alterações da B2
Intensidade deve ser avaliada em FA e FP.
Fatores que influenciam:
- posição das valvas no início do fechamento.
- condições anatômicas das valvas.
- Níveis tensionais da circulação sistêmica e
pulmonar.
Condições relacionadas com a transmissão do ruído.
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Desdobramento da B2:
Durante a inspiração desdobramento fisiológico.
Desdobramento patológicos:
- desdobramento constante e variável.
- desdobramento constante e fixo.
- desdobramento invertido ou paradoxal.
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Desdobramento constante e variável:
Ocorre no bloqueio de ramo direito.
Desdobramento constante e fixo:
Ocorre quando existe aumento do fluxo de sangue
para o VD, como p.ex na comunicação intreratrial.
Outra causa é a estenose pulmonar.
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Desdobramento invertido ou paradoxal:
Pode ocorrer no bloqueio de ramo esquerdo.
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Alterações da B3 e B4.
- Convém lembrar que em crianças e adultos até 40
anos a B3 aparece com frequência sem que sua
presença indique anormalidade.
A B4 também pode ser encontrada em crianças
normais e adultos, principalmente após atividade
física.
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Em algumas cardiopatias – insuf. Mitral,
miocardiopatia ou miocardite, defeitos congênitos
que apresentam shunt E-D – existem alterações
hemodinâmicas ou da própria estrutura da parede
ventricular que dão origem a uma B3 patológica.
A B3 patológica surge em corações dilatados e/ou
com maior complacência.
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A B4 patológica surge nos corações hipertrofiados ou
com irrigação deficiente (HAS, DC, miocardiopatia
hipertrófica), condições em que que há diminuição
da complacência ventricular.
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Vale ressaltar que não há diferença estetoacústicas
entre B3 e a B4, fisiológicas ou patológicas. O
reconhecimento da condição patológica depende da
presença de outras alterações indicativas de lesão
cardíaca, tais como sopros, cardiomegalias e sinais
de Insuf. Cardíaca.