PLANEAMENTO FAMILIAR 2010

Download Report

Transcript PLANEAMENTO FAMILIAR 2010

GRUPOS COM NECESSIDADES
ESPECIAIS DE SAÚDE
5º. Ano – 2010-11
O maior obstáculo à sabedoria não é a
ignorância – é a ilusão de
conhecimento.
Daniel Boorstin
Teresa Libório
Objectivos da MGFamiliar

Prevenção e promoção da
saúde

Dirigidas aos:

Indivíduos e suas famílias

Integrados:

Na comunidade onde vivem.
Teresa Libório
Grupos com necessidades especiais
de saúde

Casais, na fase reprodutiva:

Planeamento Familiar

Mulher (casal), na gravidez:

Saúde Materna

Crianças e Jovens:

Saúde Infantil e Juvenil

Idosos.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Sumário

Definição e objectivos

Conteúdos:

Métodos Contraceptivos

Cuidados Pré-concepcionais

Infertilidade

Infecções Sexualmente Transmissíveis

“Rastreios”.
Teresa Libório
Saúde Reprodutiva
Definição
“Estado de completo bem-estar físico,
psíquico e social e, não apenas a ausência
de doença ou enfermidade, em tudo o que
diz respeito ao sistema reprodutivo, bem
como às suas funções e processos”
(Cairo, 1994)




Implica:
Vida sexual satisfatória e segura
Possibilidade de reprodução
Liberdade de decisão.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Inquérito Nacional de Saúde - 2005/2006






Na área dos cuidados preventivos da
saúde reprodutiva:
43,5% das pessoas entre os 15 e os 55 anos, no
Continente, não usavam qualquer método
contraceptivo
Dos “casais” que faziam contracepção:
65,9% usavam contraconceptivos hormonais orais
13,4% preservativo masculino
8,8% dispositivo intra-uterino...
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Inquérito Nacional de Saúde - 2005/2006




Das mulheres que faziam contracepção, 22,9% não
eram vigiadas
Das vigiadas eram-no:
23,7% em “consultório privado”
45,5% em consulta de planeamento familiar em
centro de saúde público.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Definição
Conjunto de acções que permitem às
mulheres e aos homens escolher:

Quando querem ter um filho

O número de filhos que querem ter

O espaçamento entre o nascimento dos filhos.
Consultas de PF, gratuitas no SNS e destinadas a:
Mulheres até aos 54 anos - Homens sem limite de
idade.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Objectivos






Promover a vivência da sexualidade de forma
saudável e segura
Regular a fecundidade segundo o desejo do casal
Preparar para uma maternidade e paternidade
responsáveis
Reduzir a mortalidade e morbilidade materna,
perinatal e infantil
Reduzir a incidência das IST’s e suas consequências
(infertilidade)
Melhorar a saúde e bem-estar da família.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Actividades

Esclarecer sobre as vantagens de regular a
fecundidade em função da idade

Informar sobre as vantagens do espaçamento
adequado das gravidezes

Elucidar sobre as consequências da gravidez não
desejada

Informar sobre a anatomia e fisiologia da
reprodução

Facultar informação completa, isenta e com
fundamento científico, sobre todos os métodos
contraceptivos...
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Actividades






Proceder ao acompanhamento clínico, qualquer que
seja o método contraceptivo escolhido
Fornecer, gratuitamente, os contraceptivos
Reconhecer e orientar os casais com desajustes
sexuais ou problemas de infertilidade
Prestar cuidados pré-concepcionais
Efectuar a prevenção, diagnóstico e tratamento das
IST’s
Efectuar o “rastreio” dos cancros, do colo do útero e
da mama.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Casos especiais


Mulheres com:
Doença crónica que contra-indique uma gravidez
não programada

Paridade ≥ 4

Idade < 20 anos e > 35 anos

Espaçamento entre duas gravidezes inferior a 2 anos

Puérperas

Após utilização de Contracepção de Emergência

Após interrupção de gravidez.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Métodos Contraceptivos







De “conhecimento do período fértil” ou
“auto-observação”
Barreira
Químicos
Contracepção Hormonal (CH)
DIU/SIU
Contracepção cirúrgica
Amamentação exclusiva.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
“Conhecimento do período fértil”/“auto-observação”

Método do Calendário ou de Ogino-Knauss:

Ciclo + Curto - 18 / Ciclo + Longo – 11
(Ex: 25-18=7 e 30-11=19 - PFértil: 7º ao 19º Dia)

Método da Temperatura basal

Método do muco cervical ou de Billings...
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
“Conhecimento do período fértil”/“auto-observação”

Método sintotérmico (Temperatura+Muco)
Muito pouco eficazes, 2 a 25 gravidezes
em 100 mulheres/ano
O óvulo é viável entre 1 a 3 dias, após a
ovulação e o espermatozóide pode ser
fecundante 3 a 5 dias, após a ejaculação.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
“Conhecimento do período fértil”/“auto-observação”

Desvantagens:

Podem requerer um longo período de
abstinência

Geralmente são necessários 3 a 6 ciclos para
aprender a identificar o período fértil

São difíceis ou impossíveis de utilizar durante o
aleitamento e a perimenopausa


É necessária uma atenção cuidada às
modificações fisiológicas do corpo e o registo
diário de dados pela mulher
Não protegem das IST’s.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Barreira

Preservativos

Masculino (5 a 10 gravidezes)
Feminino (5 a 15 gravidezes)

Diafragma (6 a 16 gravidezes)

Tampão cervical (9 a 20 gravidezes)

Pouco eficazes mas, com utilidade
(variável!) na prevenção das IST’s.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Barreira

Vantagens comuns:

Protegem contra as IST’s

Não têm efeitos sistémicos (excepto possíveis
alergias).
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Preservativo masculino

Vantagens:

Não necessita de supervisão médica


Fomenta o envolvimento masculino na contracepção
e na prevenção das IST’s
Pode contribuir para minorar situações de ejaculação
prematura.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Preservativo masculino




Desvantagens:
Podem acontecer reacções alérgicas ao látex ou ao
lubrificante
Se não for usado correctamente, pode rasgar
durante o coito ou ficar retido na vagina
Pode interferir, negativamente, com o acto sexual.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Diafragma


Vantagem:
Não interfere com o acto sexual, podendo ser
inserido até 24 horas antes.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Preservativo feminino



Vantagens:
Pode ser colocado em qualquer momento, antes da
penetração e não é necessária a retirada imediata
do pénis após a ejaculação
É mais resistente que o preservativo masculino.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Preservativo feminino, diafragma e tampão cervical

Desvantagens:

Dificuldade na utilização.

Actualmente, o diafragma e o tampão cervical, não
estão comercializados em Portugal, nos circuitos
normais.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Químicos





Espermicida:
Cremes
Espumas
Cones
Comprimidos vaginais
Muito pouco eficaz, 18 a 30 gravidezes em 100
mulheres/ano
Eficácia aumentada se associado a método de
barreira.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal

Oral
Injectável
Implante Subcutâneo
Sistema Transdérmico
Anel Vaginal

SIU = DIU com levonorgestrel.




Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Oral


COC – contraceptivos combinados:
Estrogénio (controlo do ciclo) +
Progestagénio (inibição da ovulação)
0,1 a 1 gravidezes em 100 mulheres/ano
– os mais eficazes e usados entre
nós...
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Oral

POC – contraceptivos só com
progestagénio (Minipílula)
0,5 a 1,5 gravidezes em 100 mulheres/ano – a usar
quando os estrogénios estão contra-indicados
(ex. amamentação).
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Oral

COC’s

Estrogénios:
Etinilestradiol (≤ 35µg)
Valerato de estradiol (3/2/1 mg)

Progestagénios:






1ª geração – Ciproterona
2ª geração – Levonorgestrel (CE)
3ª geração – Desogestrel e Gestodeno
4ª geração - outros – Dienogest (V+Q),
Drospirenona (Y) e Acetato de clormadinona (B).
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Oral

COC’s (tri, bi ou monofásicos) vantagens:

Têm elevada eficácia contraceptiva

Não interferem com a relação sexual

Regularizam os ciclos menstruais

Melhoram a tensão pré-menstrual e a dismenorreia

Previnem e controlam a anemia ferropénica…
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Oral







COC’s (tri, bi ou monofásicos) vantagens:
Não alteram a fertilidade, após a suspensão do
método
Contribuem para a prevenção de:
DIP e gravidez ectópica
Cancro do ovário e do endométrio
Quistos funcionais dos ovários
Doença fibroquística da mama…
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Oral



POC’s - vantagens:
Podem ser utilizados em situações em que os
estrogénios estão contra-indicados (Hipertensas,
fumadoras…)
Podem ser utilizados durante a amamentação.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Oral

COC’s e POC’s - desvantagens:

Exigem o empenho da mulher para a toma diária da
pílula

Não protegem das IST’s

Os COC’s podem afectar a quantidade e a qualidade
do leite materno

Os POC’s associam-se com irregularidades do ciclo
menstrual.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Combinada

Critérios de elegibilidade (Categoria 4):

Gravidez

Hemorragia genital anormal

Doença cerebrovascular ou coronária

TEP/Embolia pulmonar/Situação clínica predispondo
a acidente tromboembólico

HTA≥ 160/100 mmHg

Doença cardíaca valvular complicada…
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Combinada

Critérios de elegibilidade (Categoria 4):

Neoplasia hormonodependente

Doença hepática crónica em fase activa, tumor
hepático

Enxaqueca com “aura” em qualquer idade

Enxaqueca sem “aura” em idade≥ 35 anos

Tabagismo em idade≥ 35 anos

<21 dias pós-parto, mesmo que a mulher não
amamente.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Combinada

Critérios de elegibilidade (Categoria 3):

DM – (com compromisso vascular, renal,
oftalmológico ou outro é CI – absoluta)

HTA controlada

Colelitíase

Lupus Eritematoso Sistémico

Hiperlipidémia

Síndroma de má-absorção…
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Combinada

Critérios de elegibilidade (Categoria 3):

Epilepsia e outras doenças cuja terapêutica possa
interferir com o CHO

Tromboflebite em curso

Enxaqueca sem “aura” em mulheres< 35 anos

Neoplasia da mama> 5 anos sem evidência de
doença.
A existência de dois ou mais CE de categoria 3 pode
transformar a situação em categoria 4.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Combinada / ef. colaterais

Excesso de estrogénios:

Náuseas / vómitos

Cefaleias

Edema / HTA

Mastodínia

Alterações do peso

Alterações da coagulação

Depressão.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Combinada / ef. colaterais

Défice de estrogénios:

Diminuição do fluxo menstrual

Atraso menstrual ou amenorreia

Spotting (perda de sangue que requer, no máximo 1
penso ou tampão/dia)

Afrontamentos

Secura vaginal.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Oral / cuidados



Esquecimento:
COC/POC – 1 cp, não ultrapassando 12 horas, tomálo mantendo a toma desse dia
COC/POC – 1 cp, além de 12 horas, deixar esse cp,
continuar os restantes, utilizando durante 7 dias
outro método associado.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Oral / cuidados




Precauções – associar outro método ou
mudar:
Mulher medicada com fenitoína, carbamazepina,
barbituratos, primidona, topiramato (não valproato
de sódio) – epilepsia
Toma de griseofulvina, espironolactona, rifampicina,
retrovirais (SIDA), produtos contendo Hypericum
perforatum
Episódio grave de diarreia ou vómitos (associar
outro método durante a “doença” e mais 7 dias).
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Injectável

Acetato de medroxiprogesterona
(Depo-Provera® 150)

Injecção IM até ao 7º dia do ciclo, repetida de 12
em 12 semanas.
0 a 1,3 gravidezes em 100 mulheres/ano
Vantagens:



Não interfere com a relação sexual e não necessita
de motivação diária
Não tem os efeitos 2ºs dos estrogénios
Pode ser usada durante o aleitamento (6ª sem pósparto), não interferindo com a qualidade e a
quantidade do leite...
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Injectável


Vantagens:
A amenorreia que pode provocar pode ser útil em
situações de anemia crónicas ou discrasias
sanguíneas

Diminui o risco de DIP, gravidez ectópica, mioma
uterino e carcinoma do endométrio

Melhora algumas situações patológicas –
endometriose, anemia de cél. falciformes e epilepsia

Não tem efeitos teratogénicos.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Injectável

Desvantagens:

Irregularidades do ciclo, entre o spotting e a
amenorreia

Pode provocar o atraso de alguns meses, no retorno
aos níveis anteriores de fertilidade

Aumento do apetite/peso (1 a 2 Kg/ano)


Cefaleias, mastodínia, acne, hirsutismo, queda de
cabelo e diminuição do desejo sexual (ef. Antiandrogénico + bx que outros progestagénios)
No período de utilização diminui a densidade óssea –
recuperada após suspensão.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Injectável

Critérios de elegibilidade (Categoria 4):

Gravidez

Neoplasia hormonodependente.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Injectável

Critérios de elegibilidade (Categoria 3):

HTA não controlada ou c/ doença vascular associada

DM com lesões vasculares

Doença cerebrovascular ou coronária

Tromboembolismo em curso

Doença hepática aguda, crónica activa ou tumor
hepático

Hemorragia vaginal de causa não esclarecida...
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Injectável

Critérios de elegibilidade (Categoria 3):

Acne grave

Neoplasia da mama com> 5 anos sem evidência de
doença

Enxaqueca com “aura” em qualquer idade

Mulheres que desejem engravidar, logo após a
suspensão do método

Mulheres que não aceitem as irregularidades do
ciclo.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Subcutânea

Implanon – 68 mg de etonogestrel em
bastonete flexível (4 cmx2 mm)

A inserir entre o 1º e o 5º dia do ciclo, e com duração
de 3 anos
0,0 a 0,07 gravidezes em 100
mulheres/ano
Modos de actuação:


Inibição da ovulação
Aumento da viscosidade do muco cervical.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Subcutânea

Critérios de elegibilidade (Categoria 4):

Gravidez ou suspeita

Neoplasia hormonodependente.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Subcutânea





Critérios de elegibilidade (Categoria 3):
Continuar o método em mulheres com doença
cerebrovascular ou coronária
Tromboembolismo em curso
Doença hepática aguda, crónica activa ou tumor
hepático
Enxaqueca com “aura” em qualquer idade…
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Subcutânea

Critérios de elegibilidade (Categoria 3):

Hemorragia genital, não esclarecida

Neoplasia da mama com> 5 anos, sem evidência de
doença

Mulheres que não aceitam as irregularidades do ciclo

Hipersensibilidade a qualquer componente.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Subcutânea

Vantagens:

Utilização prática e efeito de longa duração

Não interfere com o acto sexual

Não tem os efeitos secundários dos estrogénios

Não interfere com o aleitamento

Melhora a dismenorreia…
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Subcutânea

Vantagens:

Não tem efeitos significativos sobre:





Os factores de coagulação
A fibrinólise
A pressão arterial
A função hepática.
Não mostrou ter efeitos adversos sobre a massa
óssea.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal Transdérmica

Evra® – CH combinado,150 µg de
norelgestromina e 20 µg de etinilestradiol por
24 horas.
< 1 gravidez em 100 mulheres/ano - Utilizar
durante 7 dias, em 3 semanas consecutivas,
seguidas por uma semana de descanso.
Vantagem:



Não interfere com a relação sexual
Não necessita de motivação diária
Retorno imediato à fertilidade, após paragem.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal - Anel vaginal

NuvaRing® – CH combinado, 120 µg de
etonogestrel e 15 µg de etinilestradiol, por
dia.
0,08 a 1,16 gravidezes em 100 mulheres/ano
Modo de utilização:

Durante 3 semanas, removido no mesmo dia da
semana em que foi colocado, a que se segue uma
semana sem anel.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção Hormonal - Anel vaginal

Vantagens:

Dosagem contínua

Evita o efeito de 1ª passagem hepática (baixas
doses de estrogénios com bom controlo do ciclo)

Efeito neutro sobre o peso

Baixa incidência de efeitos 2ºs (tensão mamária,
náuseas e enxaqueca)

Auto-administração, apenas uma vez por mês.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção de Emergência
Indicação:

Prevenir a gravidez .
Contra-indicação:

Gravidez – não há evidência científica de que a CE seja teratogénica.
Efeitos colaterais:


Náuseas e vómitos – geralmente não ultrapassam as
24 horas; se acontecerem nas 2 horas seguintes à
toma, repetir a dose; os anti-eméticos profilácticos
podem reduzir os vómitos, se administrados ½ a 1
hora antes da toma; se se mantiverem, usar a via
vaginal;
Atraso no período menstrual (2 a 7 dias), dores
abdominais, tonturas, cansaço, irritabilidade, tensão
mamária e cefaleia.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção de Emergência

Contracepção Hormonal Oral

Utilizável até ao 5º dia após a relação sexual
desprotegida, atrasa a ovulação.
1 gravidez em cada 100 mulheres que usam o
método (LNG 1500µg – 1 cp).
Novidade: Acetato de ulipristal (ellaOne®), inibe ou
atrasa a ovulação e altera características do
endométrio; a eficácia não diminui ao longo dos 5
dias; efeitos 2ºs semelhantes às mais antigas.
Uso obrigatório de preservativo até à
menstruação seguinte.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção de Emergência

DIU / SIU

Utilizável até ao 5º dia
< de 1 gravidez em 100 mulheres.

Método de recurso, não de uso regular.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
DIU / SIU




Com cobre (Gine-T®, Multiload®…) - 5
anos
Com cobre e prata (Nova-T®) - 5 anos
Com levonorgestrel (Mirena®) – 5 anos
Inertes (Polietileno) – não comercializados
em Portugal.
Actuam pela sua própria presença no útero,
dificultando a passagem dos espermatozóides e
não favorecendo a nidação do ovo – (Dimensões
- 2,5 a 3,5cm e 5g).
0,1 a 2 gravidezes em 100 mulheres/ano.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
DIU / SIU

Vantagens:

A acção do DIU não depende da mulher

Requer um único acto de motivação para um efeito de
longa duração

Não tem efeitos sistémicos (se não tiver conteúdo
hormonal)

Não interfere com o acto sexual

Permite um rápido retorno aos níveis anteriores de
fertilidade

Contribui para a redução da incidência de gravidez
ectópica, pela redução do nº de espermatozóides que
chegam à trompa.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
DIU / SIU

Desvantagens:

Não protege contra as IST’s


A Doença Inflamatória Pélvica é mais frequente,
após IST, excepto com o Mirena®
Necessita de profissional treinado para a sua
colocação.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
DIU / SIU

Indicações:

Mulheres que já tiveram filhos e desejam uma
contracepção muito eficaz

Fumadoras com mais de 35 anos

Mulheres cujos companheiros estão ausentes por
períodos irregulares de tempo

Nulíparas que não são capazes ou não podem
utilizar outro método

O Mirena® está indicado nas mulheres com fluxo
menstrual abundante e dismenorreia e que querem
usar DIU.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
DIU / SIU

Critérios de elegibilidade (Categoria 4):

Gravidez

DIP activa ou episódios recorrentes

Hemorragia uterina de causa não esclarecida

Suspeita de neoplasia uterina

Anomalias da cavidade uterina

Mulheres a fazer imunossupressores

Mulheres portadoras de VIH ou com SIDA

Alergia ao cobre e doença de Wilson, para os DIU com
cobre.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
DIU / SIU

Critérios de elegibilidade (Categoria 3):

Gravidez ectópica anterior

Menorragia

Anemia crónica (Talassémia e Drepanocitose)

Um episódio de DIP prévia

Infecções cervico-vaginais, tratar antes da inserção (a erosão
simples do colo, não é contra-indicação)

Fibromiomas uterinos, se provocarem deformação da
cavidade ou hemorragia

Nuliparidade – avaliar risco/benefício

Doença valvular cardíaca (cobertura antibiótica)

Medicação habitual com corticóides sistémicos.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
DIU / SIU - vigilância pós-inserção

Frequência das consultas – ex.
ginecológico:

4 a 6 semanas após a colocação
6 em 6 meses ou de ano a ano.

Investigar:





Data da UM
Características menstruais
Ocorrência de hemorragia irregular
Existência de dores pélvicas ou corrimento vaginal.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção cirúrgica

Laqueação de trompas:

Mais cara e com maior risco de complicações
Em Portugal só possível após os 25 anos

Técnicas:





Minilaparotomia infra-umbilical
Via suprapúbica
Laparoscopia
“Essure” (dispositivo colocado por histeroscopia)
0,5 a 1,8 gravidezes em 100 mulheres/ano.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Contracepção cirúrgica


Vasectomia:
O casal deve usar método complementar até à
existência de dois espermogramas sem
espermatozóides
0,15 gravidezes por 100 homens/ano;
< 1 gravidez/mulher/ano.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Amamentação exclusiva


Método contraceptivo temporário baseado no efeito
natural da amamentação.
Amamentar com frequência e intervalos curtos
assegura picos de Prolactina que inibem a ovulação.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Amamentação exclusiva




A OMS classifica o aleitamento materno em:
“exclusivo”: a criança não recebe outro líquido ou
alimento, nem mesmo água, além do leite da mãe
“quase exclusivo”: quando apenas uma refeição
semanal pode não ser de origem materna
“predominante”: inclui água, sumos ou infusões.
Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Amamentação exclusiva

A utilização correcta do método implica que:

A mulher permaneça em amenorreia
A amamentação seja “exclusiva” ou “quase
exclusiva”, com mamadas diurnas e nocturnas
e intervalo entre mamadas nunca superior a 6 horas
A criança tenha menos de seis meses.

Eficácia: 1 a 2 gravidezes em 100 mulheres/ano.

Não tem efeitos sistémicos e é económico.


Teresa Libório
Métodos contraceptivos
Amamentação exclusiva





Desvantagem:
Não protege das infecções sexualmente
transmissíveis.
Critérios de elegibilidade (Categoria 4):
Mulher VIH positiva ou com SIDA
Mulher medicada continuadamente com:
antidepressivos; lítio; alguns hipocoagulantes; altas
doses de corticóides; reserpina e ergotamina.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Contracepção em condições médicas especiais









HTA: POC’s (Orais, Implante, Injectável)
Diabetes Mellitus, Obesidade, Epilepsia e
Hepatopatias: DIU c/ e sem progestativo
Doenças autoimunes:
LES – POC’s
AR e ES - qualquer método
Insuficiência Renal:
Crónica - DIU c/ progestativo
Diálise/Transplante – POC’s (orais/implante)…
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Contracepção em condições médicas especiais







Doenças Hematológicas:
Anemia de Células falciformes – POC’s
Talassémia/Eliptocitose Hereditária/Esferocitose –
COC’s
Patologia Mamária:
Maligna - DIU
Benigna - qualquer método
Patologia Tiroideia / Insuficiência Venosa:
qualquer método.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Consulta pré-concepcional - aconselhamento




Informar sobre o espaçamento recomendado entre
gravidezes
Discutir os aspectos psicológicos, familiares, sociais e
financeiros relacionados com a gravidez
Avaliar o estado nutricional, hábitos alimentares e estilo de
vida da mulher
Salientar a importância da vigilância pré-natal, precoce e
continuada

Determinar o risco concepcional

Iniciar suplementação com ácido fólico.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Consulta pré-concepcional - efectuar à progenitora

“Rastreio” das Hemoglobinopatias

“Rastreio” da Toxoplasmose, Sífilis e
infecção por VIH e CMV

Determinação da imunidade à Rubéola e
Hepatite B e, eventuais, vacinações

Vacina Tétano-difteria (Td), se necessária

“Rastreio” do cancro do colo do útero, se o
último aconteceu há mais de um ano.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Consulta pré-concepcional - exames analíticos




Ao progenitor masculino:
VDRL/TPHA
Ag HBs
Ac VIH 1 e 2.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infertilidade - definição
Incapacidade de um casal
engravidar, após um ano de
tentativas, correctamente
orientadas e sem recurso a
qualquer método contraceptivo.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infertilidade - factores e causas

Doenças infecciosas:

Homem:

Parotidite, após a puberdade

IST’s incluindo a infecção pelo VIH

Gonorreia e Infecção por Chlamydia: cicatrizes e
bloqueio no canal espermático (epididimo) e uretra.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infertilidade - factores e causas

Doenças infecciosas:

Mulher:


Gonorreia e infecção por Chlamydia não tratadas
podem deixar sequelas: cicatrizes nas trompas, que
dificultam ou impossibilitam a fecundação.
Procedimentos em que são utilizados dispositivos
médicos incorrectamente esterilizados (pósparto ou pós-aborto).
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infertilidade - factores e causas








Problemas anatómicos, endócrinos,
genéticos ou imunológicos:
No homem:
Incapacidade natural de produzir esperma
Produção insuficiente de esperma para a fertilização
Espermatozóides malformados ou que morrem antes
de atingirem o óvulo (menos frequente).
Na mulher:
Bloqueio das Trompas de Fallopio
Anovulação.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infertilidade - factores e causas



Envelhecimento:
Na mulher a capacidade de engravidar diminui com
o avançar da idade
No homem o avanço da idade conduz à produção
de espermatozóides menos capazes para a
fertilização.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infertilidade - prevenção

Aconselhar:

Prevenção das IST’s



Procura de cuidados médicos quando existir suspeita
de ter contraído ou estado exposto a uma destas
infecções.
Tratar ou referenciar:
Sinais e sintomas de IST ou doença inflamatória
pélvica.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infertilidade - prevenção

Prevenir infecções:

Assépsia em qualquer procedimento médico

Usar dispositivos médicos convenientemente
esterilizados (ex.: colocação de DIU).
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infertilidade - aconselhamento

Exige a presença do casal

Esclarecer que:




O homem tem as mesmas probabilidades que a mulher
de ser infértil
Pode não ser possível encontrar a causa da infertilidade
O casal deve tentar engravidar pelo menos durante
doze meses, antes de se preocupar com a infertilidade
O período de maior fertilidade do ciclo menstrual da
mulher acontece alguns dias antes e na altura da
ovulação.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infertilidade - aconselhamento



Propôr:
A utilização dos conhecimentos dados pelos
“métodos contraceptivos de conhecimento do
período fértil”, eventualmente, útil na tentativa de
engravidar.
Após um ano sem sucesso referenciação do casal,
não pondo de parte a possibilidade da adopção.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infecções Sexualmente Transmissíveis




Podem provocar malformações fetais,
abortos, DIP, infertilidade, dor pélvica
crónica, cancro do colo do útero
Aumentam com as más condições
higiénicas
Têm, quase todas, tratamento fácil se
diagnosticadas a tempo
Têm, quase todas, aumentado de forma
preocupante, nos últimos anos.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infecções Sexualmente Transmissíveis - bactérias







Haemophilus Ducreyi:
Úlcera mole venérea ou cancroide
Transmissível por via vaginal, anal ou oral
Terapêutica:
Ciprofloxacina 500 mg, oral, dose única
ou Ceftriaxone 250 mg IM, dose única
ou Azitromicina 1 g, oral, dose única.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infecções Sexualmente Transmissíveis - bactérias









Chlamydia Trachomatis:
Linfogranuloma venéreo
Transmissível por via vaginal, anal e, raramente,
genital/oral
Terapêutica:
Azitromicina 1 g, oral, dose única
ou Doxiciclina 100 mg, 12/12 horas, oral, sete dias.
Grávida:
Eritromicina 500 mg, 6/6 horas, oral, sete a dez dias
ou Amoxicilina 500 mg, 8/8 horas, oral, sete dias.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infecções Sexualmente Transmissíveis - bactérias








Treponema Pallidum:
Sífilis
Transmissível por via vaginal, anal ou oral (contacto
com a úlcera)
Terapêutica (sífilis 1ª):
Penicilina G benzatínica 2 400 000 U, IM, dose única
ou Doxiciclina 100 mg, 12/12 horas, oral, catorze
dias (excepto nas grávidas)
ou Ceftriaxone 1 g, IM, oito a dez dias
ou Azitromicina 2 g, oral, dose única.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infecções Sexualmente Transmissíveis - bactérias











Neisseria Gonorrhoeae:
Gonorreia
Transmissível por via vaginal, anal e genital/oral
Terapêutica:
Ceftriaxone 125 mg, IM, dose única
ou Cefixime 400 mg, oral, dose única
ou Ciprofloxacina 500 mg, oral, dose única
ou Ofloxacina, 400 mg, oral, dose única.
Grávida:
Ceftriaxone 250 mg, IM, dose única
ou Espectinomicina 2g, IM, dose única.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infecções Sexualmente Transmissíveis - protozoário









Trichomonas Vaginalis:
Tricomoníase
Transmissível por via vaginal, anal ou oral
Terapêutica:
Metronidazol 500 mg, 12/12 Horas, oral, sete dias
ou 2 g, oral, toma única
Tratar o parceiro.
Grávida:
Tratamento oral só a partir das doze semanas
Antes, tratamento tópico para alívio sintomático,
com Clotrimazol, 100mg/dia, via vaginal, sete dias.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infecções Sexualmente Transmissíveis - vírus








Herpes Simplex:
Herpes genital
Transmissível por via vaginal, anal ou oral (contacto
com úlcera)
Terapêutica:
Valaciclovir 500 mg 12/12 Horas, oral, cinco dias
ou Aciclovir 200 mg, 5x/dia ou 400 mg, 3x/dia, oral,
sete dias.
Grávida:
Aciclovir 200 mg, 5x/dia, oral, até à cura das lesões,
mas só depois do primeiro trimestre.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infecções Sexualmente Transmissíveis - vírus

Hepatite B:

Transmissível por via vaginal, anal e pénis/boca

Não tendo tratamento, tem profilaxia:


Vacina e, eventualmente,
Imunoglobulina específica administrada aos filhos de
grávidas infectadas, antes das doze horas de vida.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infecções Sexualmente Transmissíveis - vírus




Vírus da Imunodeficiência Humana –
SIDA:
Transmissível por via vaginal, anal e, muito
raramente, oral
Não tendo tratamento curativo, tem tratamento
profiláctico:
Na grávida diminui significativamente, segundo
alguns autores para valores inferiores a 1%, a
possibilidade de transmissão vertical ao filho.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Infecções Sexualmente Transmissíveis - vírus

Vírus do Papiloma Humano:

Cancro do colo do útero ou condilomatose
Transmissível através do contacto pele com pele,
genital e genital/oral

Não tendo tratamento, tem profilaxia:



vacina, recentemente introduzida em Portugal,
dirigida a algumas das estirpes
Grávida com condilomatose usar só métodos
cirúrgicos (criocirurgia, cirurgia por laser...).
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - resultados possíveis (COLPO)








Negativa para lesão intra-epitelial ou
malignidade (NILM):
Achados não neoplásicos
Neste resultado estão incluídas:
Possíveis infecções por Trichomonas vaginalis ou
fungos
Vaginose bacteriana
Alterações celulares sugestivas de infecção por vírus
herpes simplex
Outros achados não neoplásicos como alterações
celulares reactivas associadas a inflamação,
radiação, DIU
Células glandulares pós-histerectomia e atrofia.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - resultados possíveis (COLPO)







Alterações celulares:
Células epiteliais pavimentosas atípicas de
significado indeterminado (ASC-US)
Células epiteliais pavimentosas atípicas não se
podendo excluir lesão pavimento-celular intraepitelial de alto grau (ASC-H)
Lesão pavimento-celular intra-epitelial de baixo grau
(LSIL) que abrange:
Atipias pelo vírus do papiloma humano
E/ou displasia ligeira
E/ou neoplasia intra-epitelial cervical (CIN 1)...
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - resultados possíveis (COLPO)









Alterações celulares:
Lesão pavimento-celular intra-epitelial de alto grau
(HSIL) que abrange:
Displasia moderada e severa
E/ou carcinoma in situ
E/ou CIN 2 e 3
Células glandulares atípicas, sem outra especificação
(AGC)
Células glandulares atípicas, a favor de neoplasia
Adenocarcinoma endocervical in situ (AIS)
Adenocarcinoma invasivo.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - resultados / actuação



Insatisfatória: repetir dentro de 2 a 4 meses.
Satisfatória mas com ausência de células
endocervicais: repetir dentro de 12 meses, ou 6
meses se houver alterações do colo à observação ou
exame anterior com displasia e/ou pesquisa positiva
de HPV.
Satisfatória para avaliação, mas parcialmente
obscurecida por sangue ou muco: repetir dentro
de 12 meses.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - resultados / actuação







Infecção por Trichomonas: tratar.
Infecção por fungos: se sintomática, tratar.
Inflamação moderada ou grave:
Fazer colheita de exsudado vaginal para pesquisa de
Chlamydia e N. Gonorrhoeae
Se resultado positivo: tratar e repetir a citologia
após 6 a 12 meses
Se resultado negativo: repetir a citologia após 6
meses.
Atrofia: tratar com estrogénios locais e repetir a
citologia 2 meses depois.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - resultados / actuação






ASC-US:
Na adolescente repetir a citologia passados 12
meses (neste grupo etário a ocorrência de cancro do
colo do útero é rara e a infecção transitória pelo HPV
muito frequente)
Na mulher adulta fazer teste de DNA do HPV
Se teste positivo para os tipos de HPV de alto risco:
referenciar para colposcopia.
ASC-H:
Referenciar para colposcopia.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - resultados / actuação





LSIL:
Na adolescente repetir a citologia passados 12
meses
Na mulher adulta referenciar para colposcopia
Na mulher pós-menopausa, o teste DNA do HPV
pode evitar a colposcopia
Se teste negativo: repetir a citologia passados 12
meses.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - resultados / actuação




HSIL:
Referenciar para colposcopia (Inflamação
persistente pode ser manifestação de HSIL ou
carcinoma, tem indicação para colposcopia).
AGC:
Referenciar para colposcopia, curetagem
endometrial ou biópsia do endométrio.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - resultados / actuação

Mulheres pós-menopáusicas

ASC-US e LSIL:



Fazer prova terapêutica com estrogénios intravaginais e repetir a citologia, 1 semana após
terminar o tratamento
Se resultado normal: repetir 4 a 6 meses após o
tratamento, e depois com intervalo habitual
Se resultado alterado: referenciar para colposcopia.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” C Mama - BI-RADS









BI-RADS=Breast Imaging-Reporting and Data
System: sistema padronizado, utilizado para
uniformizar os relatos de radiologia/mamografia
(EUA).
Categorias BI-RADS:
0 – incompleto
1 – negativo
2 – achados benignos
3 – achados provavel/ benignos
4 – suspeita de malignidade
5 – altamente sugestivo de malignidade
6 – malignidade comprovada através de biópsia.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” C Mama - BI-RADS








Categoria 0 – são necessárias imagens adicionais
ou comparação com exames anteriores.
Categoria 1 – mamas simétricas, sem massas,
distorções ou calcificações suspeitas.
Categoria 2 – mamografia negativa com achados
benignos:
Fibroadenomas calcificados
Calcificações múltiplas de origem secretória
Quistos oleosos
Lipomas
Hamartomas de densidade mista.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” C Mama - BI-RADS








Categoria 3 – provavel/ benigna:
Lesões com o máximo de 2% de risco de
malignidade
Massas circunscritas e não palpáveis
Assimetrias focais que diminuem ou desaparecem à
compressão
Agrupamentos de calcificações punctiformes.
A mulher deve repetir o exame dentro de 6 meses:
Se se mantiver o BI-RADS 3 (pode ser unilateral),
repetir dentro de 6 meses
Se continuar BI-RADS 3 repetir 12 meses depois.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” C Mama - BI-RADS





Categoria 4 – lesão suspeita, que necessita
avaliação histológica ou citológica adicional
Subclasses:
4 A – quistos complicados, lesões palpáveis sólidas,
parcial/ circunscritas (Eco: fibroadenoma ou abcesso
mamário)
4 B – massa de margens indistintas c/ áreas
circunscritas (necrose gordurosa ou fibroadenoma,
se papiloma-biópsia excisional)
4 C – massas irregulares e mal definidas ou novos
agrupamentos de calcificações pleiomórficas (Ex.
AP-neoplasia).
Teresa Libório
Planeamento Familiar
“Rastreio” C Mama - BI-RADS






Categoria 5 – 95% destas lesões são cancro da
mama:
Massas espiculadas, irregulares, de alta densidade
Massas espiculadas de alta densidade associadas a
microcalcificações pleiomórficas
Calcificações lineares finas dispostas num segmento
ou linearmente.
Categoria 6 – achados mamográficos já biopsados
e com o diagnóstico de cancro da mama.
Se BI-RADS diferente em cada mama prevalece a
mais elevada (Ex. MD: BI-RADS 2; ME: BI-RADS 4 –
BI-RADS 4)
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Bibliografia
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Instituto Nacional de Estatística, IP. Anuário Estatístico de Portugal 2007.
Lisboa: Instituto Nacional de Estatística; 2008 [consultado em 2009/01/02
e 2009/03/06]. Disponível em: http://www.ine.pt.
World Organization of Family Doctors – Wonca Europe. The European
Definition of General Practice/Family Medicine. Barcelona: Wonca Europe,
2002.
Direcção-Geral da Saúde. Saúde reprodutiva/Planeamento familiar. Lisboa:
DGS; 2008.
World Health Organization Department of Reproductive Health and
Research and Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health/Center for
Communication Programs (CCP), INFO Project. Family Planning. A Global
Handbook for Providers. Baltimore e Geneve: CCP and WHO; 2007
[consultado em 2008/08/15 e 2009/03/06]. Disponível em:
http://www.who.int/reproductive-health.
World Health Organization. Selected Practice Recommendations for
Contraceptive Use. [Internet]. Geneve: WHO [consultado em 2008/12/06 e
2009/03/06]. Disponível em: http://www.who.int/reproductive-health.
United States Preventive Services Task Force (USPSTF). The guide to
clinical preventive services. U.S. Department of Health and Human
Services. Agency for Healthcare Research and Quality; 2007.
Direcção-Geral da Saúde. Prestação de cuidados pré-concepcionais.
Circular Normativa Nº 02/DSMIA. Lisboa: DGS; 2006.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Bibliografia
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
Direcção-Geral da Saúde. Plano Nacional de Saúde 2004-2010:
Orientações Estratégicas, Vol II [monografia na Internet]. Lisboa:
DGS; 2004 [consultado em 2009/01/03 e 2009/03/06]. Disponível
em: http://www.dgsaude.pt.
Fauci A, Braunwald E, Kasper D, Hauser S, Longo D, Jameson J,
Loscalzo J. Harrison´s Principles of Internal Medicine; 17th. Ed.
McGraw-Hill Companies, Inc; 2008.
Direcção-Geral da Saúde. Saúde reprodutiva – Doenças Infecciosas e
Gravidez. Orientações Técnicas nº 11. Lisboa: DGS; 2000.
Rakel RE. Infectious diseases. In Rakel RE, editor. Textbook of family
practice. 7th ed. Philadelphia: WO Saunders; 2007.
Campos DA, Montenegro N, Rodrigues T. Protocolos de Medicina
Materno-Fetal. 2ª Ed. Lisboa-Porto: Lidel; 2008.
Direcção-Geral da Saúde. Plano Nacional de Saúde 2004-2010:
Prioridades, Vol I [monografia na Internet]. Lisboa: DGS; 2004
[consultado em 2009/12/26 e 2009/03/06]. Disponível em:
http://www.dgsaude.pt.
Alves T. Prevenção do cancro do colo do útero. Rev Port Clin Geral.
2003; 19: 455-60.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Bibliografia
15.
16.
17.
18.
19.
20.
American Academy of Family Physicians (AAFP) Recommendations for
Clinical Preventive Services. Ficha de consulta 18/3/2008 [consultado
em 2008/12/01 e 2009/03/07]. Disponível em:
http://www.aafp.org/online/en/home/clinical/exam/f-j.htm.
Missão para os Cuidados de Saúde Primários. Indicadores de
Desempenho para as Unidades de Saúde Familiar. Lisboa; 2006.
Solomon D, Davey D, Kurman R, et al. The 2001 Bethesda system.
Terminology for reporting results of cervical cytology. JAMA. 2002;
287(16): 2114-19.
Goodman A, Holschneider CH. Management of atypical squamous cells
(ASC-US and ASC-H) on cervical cytology. UpToDate Online
16.1.[consultado em 2009/03/28]. Disponível em:
http://www.uptodateonline.com.
Goodman A, Holschneider CH. Management of low grade squamous
intraepithelial lesions on cervical cytology. UpToDate Online
16.1.[consultado em 2009/03/28]. Disponível em:
http://www.uptodateonline.com.
Goodman A, Holschneider CH. Management of high grade squamous
intraepithelial lesions on cervical cytology. UpToDate Online
16.1.[consultado em 2009/03/28]. Disponível em:
http://www.uptodateonline.com.
Teresa Libório
Planeamento Familiar
Bibliografia
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
Goodman A, Holschneider CH. Management of atypical and
malignant glandular cells on cervical cytology. UpToDate Online
16.1.[consultado em 2009/03/28]. Disponível em:
http://www.uptodateonline.com.
Buechler EJ. Infecção HPV e teste de Papanicolaou. Postgraduate
Medicine. 2006 Jul; 26(1): 23-30.
Marques L. Prevenção do cancro da mama. Rev Port Clin Geral.
2003; 19: 463-8.
Outros portais da Internet consultados na realização deste
trabalho:
www.fphandbook.org [consultado em 2008/12/27].
www.who.int/reproductive-health/family_planning [consultado
em 2008/12/28].
www.who.int/topics/reproductive_health/en [consultado em
2008/12/28].
www.ffprhc.org.uk [consultado em 2008/12/28].
Teresa Libório