efeito renda - Danielle Carusi Machado

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Transcript efeito renda - Danielle Carusi Machado

Economia do Trabalho
Oferta de Trabalho
Aula 1
Oferta de Trabalho neoclássica



Cada indivíduo dispõe de uma quantidade
de tempo limitada que escolhe alocar entre
trabalho pago e lazer.
A contrapartida de trabalho não é apenas
lazer, pode ser tempo dedicado a produção
doméstica.
As decisões de oferta também consideram
os trade-offs ao longo do tempo.
Oferta de Trabalho neoclássica

Elementos principais se baseiam na teoria
tradicional de escolha do consumidor.



Modelo básico: escolha entre consumo e
lazer.
Produção doméstica e decisões intrafamiliares.
Ciclo de vida
Modelo básico neoclássico da
curva de oferta de trabalho
O tradeoff entre trabalho e lazer
Hipóteses:



Só existem duas possibilidades de uso
do tempo: trabalho e lazer,
Lazer é o tempo não gasto com
trabalho.
Cada indivíduo seleciona as horas
dedicadas ao trabalho e ao lazer de
forma a maximizar seu nível de
satisfação (utilidade).
Custos de oportunidade


Para indivíduos que estão trabalhando o
custo de oportunidade de uma hora
adicional de lazer é o salário hora.
Os indivíduos escolhem não trabalhar se
o valor do tempo de lazer excede o
salário horário de mercado.
Curvas de indiferença

Uma curva de indiferença é um gráfico
de combinações alternativas de bens
que provêm um dado nível de
satisfação (utilidade).
Função utilidade

Hipóteses:



o nível de utilidade dos indivíduos é uma
função de dois bens: consumo (C) e tempo de
lazer (L).
Os indivíduos querem consumir a maior
quantidade possível de bens e lazer.
Em termos matemáticos, esta função
utilidade pode ser expressa como:
U=U(C,L) e Uc>0 e UL>0
Curva de indiferença
CY
Conjunto de pares (C,L) para
os quais o consumidor obtém
o mesmo nível de satisfação.
U=Uo
L
Curva de indiferença
CY
• Uma curva de indiferença é negativamente inclinada pois
um indivíduo deseja desistir de um pouco de consumo para
ter mais tempo de lazer. A inclinação é a TMS entre
consumo e lazer.
• Quanto mais afastada da origem maior o nível de utilidade.
• Curvas de indiferença não se cruzam.
• O indivíduo está disposto a sacrificar menos e menos de
consumo por uma hora adicional de lazer quando a
quantidade de lazer aumenta. CI são convexas e TMS
decrescente.
L
Curva de indiferença
Y
Um ponto acima
da curva (ponto
A) gera um nível
de utilidade mais
alto do que o
gerado pela curva
de indiferença.
A
U=Uo
L
Curva de indiferença
Y
Para cada ponto
no diagrama passa
uma curva de
indiferença.
(U’ > Uo)
A
U=U'
U=Uo
L
Maximização restrita


Indivíduos desejam atingir o maior nível
de utilidade possível ao consumir esta
cesta.
A escolha entre os níveis alternativos de
C e L, contudo, está sujeita a duas
restrições:


Restrição de tempo, e
Restrição orçamentária.
Restrição de tempo:

A restrição de tempo é dada por:
H + L = L0
onde:
H = horas de trabalho
L = horas de lazer
L0 = tempo total disponível
Restrição orçamentária

A restrição orçamentária é dada por:
wH + R ≥ C
onde:
w = salário horário
H = horas de trabalho
R = renda fora do trabalho
Restrição orçamentária
As duas equações abaixo deverão ser
satisfeitas:
1. H+L = L0
2. wH + R ≥ C
Reescrevendo a eq (1) como H = L0-L e
substituindo na eq (2):
C+wL ≤ wL0 + R = R0
(3)
Restrição “cheia” (Full-income)
wL0 + R = R0


(3’)
full income/renda “cheia”= ganhos potenciais
máximos do indivíduo.
É igual (ou maior) ao custo total explícito dos bens
e serviços (C) mas o custo total implícito do tempo
de lazer (wL).
Restrição orçamentária
O intercepto da restrição
orçamentária no eixo
horizontal é igual a L0 (a
quantidade máxima de tempo de
lazer que o indivíduo pode
receber).
Y
C
H diminui de L0 para 0 e L
aumenta de 0 para L0.
0
L0T
L0
T
0
L
H
A opção ótima de lazer e trabalho

A utilidade é
maximizada no
ponto de tangência
entre a curva de
indiferença é a RO.
Solução de canto


O nível mais alto de utilidade neste caso ocorre
quando horas de trabalho são nulas.
O indivíduo escolhe ficar fora do mercado de
trabalho quando isto ocorre.
Solução de canto
Uo
Y
U1 U2 U3

A solução de canto
ocorre quando:

wT
p

0
T
T L
0 H
Maiores
preferências por
lazer
Salário de mercado
é baixo.
Salário de reserva
Uo
Y
U1 U2 U3

|inclinação| = sal.
reserva
0
T
T L
0 H
O valor absoluto da
inclinação da curva
de indiferença no
ponto que
corresponde a
horas de trabalho
nulas é o salário de
reserva individual
(expresso em
termos reais)
Salário real > salário reserva
Uo
Y
U1 U2 U3

Salário real
Salário reserva
0
T
T L
0 H
O indivíduo
escolhe
trabalhar.
Salário real < salário reserva
Uo
Y
U1 U2 U3

Salário real
wT
p
Salário reserva
0
T
T L
0 H
Indivíduo
fica fora da
força de
trabalho.
Decisão do consumidor

Maximização da utilidade sujeita a RO
Mudanças no salário
Geram relação não monotônica entre
salários e oferta de trabalho
individual:


Um efeito substituição, e
Um efeito renda
Efeito substituição



O custo de oportunidade do tempo de lazer
aumenta quando o salário aumenta.
Como o tempo de lazer fica mais custoso,
indivíduos passam a consumir menos lazer
e gastar mais tempo no trabalho.
Este é o efeito substituição resultante de
um aumento de salário.
Efeito renda




Quando o salário aumenta, a renda real aumenta.
Isto gera um aumento no consumo de todos os
bens considerados bens normais.
Se lazer é um bem normal, o salário mais alto
induz os indivíduos a consumirem uma maior
quantidade de tempo de lazer, e,
consequentemente, reduzir as horas de trabalho.
Este é o efeito renda resultante de um aumento
de salário.
Efeito líquido/final

Se lazer é um bem normal, o efeito de
um aumento do salário sobre a oferta
de trabalho será:


Aumentá-la, se o efeito substituição for
maior que o efeito renda, e
Diminuir se o efeito renda for maior que o
efeito substituição.
Curva de oferta de trabalho “voltada
para trás” (backward-bending)
Sal
S
renda
efeito
> subs.
efeito
renda
efeito
< subs.
efeito
wo
Quantidade de Oferta de trabalho
Efeitos renda e substituição
Y

w1 T
p
woT
p
C

A
U1
Uo
0
T
T L
0 H
Um aumento do
salário de wo para
w1 resulta no
movimento de A
para C.
Neste caso, lazer
aumentou, ou seja,
o efeito renda
excedeu o efeito
substituição.
Efeito substituição de Hicks
Y

w1 T
p
woT
p
C
B

A
Uo
0
T
U1
T L
0 H
Efeito substituição =
mudança na combinação de
L e Y resultante de uma
mudança nos preços
relativos, mantendo a
utilidade constante.
Mudança de A para B – o
tempo de lazer pois o seu
custo de oportunidade
aumentou relativamente ao
trabalho.
Efeito renda

Y
w1 T
p

woT
p
C
B
A
Uo
0
T
U1
T L
0 H
Efeito renda (cont.)
Y

w1 T
p
woT
p
C
B
A
Uo
0
T
U1
T L
0 H
Efeito líquido/total
Y

w1 T
p
C
woT
p
B
A
U1
Uo
0
T
T L
0 H
Quando o efeito renda
é menor que o efeito
substituição, as horas
de trabalho
aumentam e o tempo
dedicado ao lazer
decresce devido a um
aumento do salário.
Efeito líquido/total (cont.)
Y

w1 T
p
C
woT
p

B
U1
A
Uo
0
T
T L
0 H
Quando o salário é
modificado, os efeitos
substituição e renda
individuais não são
observados.
Apenas o efeito total é
observado –
movimento de A para
C.
Curva de oferta de trabalho “voltada
para trás” (backward-bending)
Sal
S
renda
efeito
> subs.
efeito
renda
efeito
< subs.
efeito
wo
Quantidade de Oferta de trabalho
Políticas que afetam a oferta de
trabalho



Programas governamentais de
manutenção de renda têm efeitos sobre
os incentivos das pessoas com relação
ao trabalho.
Como estes programas podem afetar a
disposição para o trabalho?
Programas de assistência social, como
bolsa família, seguro desemprego e
compensações para o trabalhador.
Políticas que afetam a oferta de
trabalho

Programas de reposição de Renda: visam indenizar
os trabalhadores por ganhos perdidos devido à sua
incapacidade de trabalhar.
 Seguro desemprego: benefícios pagos aos
trabalhadores que foram dispensados,
permanentemente ou temporariamente por seus
empregadores.
 Compensação ao trabalhador: benefícios pagos aos
trabalhadores que foram acidentados no emprego.
 Seguro por incapacidade: benefícios pagos aos ex
funcionários cujas incapacidades físicas/mentais são
consideradas graves para que ele permaneça no
emprego.
Políticas que afetam a oferta de
trabalho

Programas de Manutenção da Renda: programas de
bem estar social, visam elevar a renda dos pobres até
algum nível mínimo aceitável (não visam restabelecer a
renda perdida).

São benefícios pagos condicionados à renda do
indivíduo.
 Sistemas previdenciários
 Sistemas de assistência social: bolsa família, bolsa
escola, auxílio alimentação, etc...
Programas de reposição de renda
seguro-desemprego

Para uma dada
taxa de salário
horário w, o
indivíduo irá
trabalhar Ho horas
e consumir Lo
horas de lazer.
Renda = Yo
Seguro desemprego

Se toda a renda perdida
quando o trabalhador fica
desempregado é reposta,
o indivíduo se moveria do
ponto A para o ponto B se
desempregado.
Seguro desemprego (cont.)


Neste caso, a
utilidade
aumentou.
A substituição
total dos
ganhos, inibiria
os beneficiários
para a volta ao
trabalho.
Seguro desemprego (cont.)


O nível original de
utilidade é atingido se
a compensação fosse
igual a Y’ quando o
indivíduo estiver
desempregado.
Nos EUA, o seguro
desemprego
corresponde a ½ do
salário
aproximadamente.
Seguro desemprego no Brasil



No Brasil o seguro-desemprego chegou
tardiamente.
A criação do seguro-desemprego deu-se
em 1986 durante a vigência do Plano
Cruzado.
Inicialmente seu atendimento era muito
restrito, poucos trabalhadores
conseguiam ter acesso ao benefício.
Seguro desemprego no Brasil


Somente após a Constituição de 1988, que
consagrou o direito à proteção social do
trabalhador em situação de desemprego
involuntário e definiu em suas disposições
transitórias os recursos da arrecadação do
PIS-PASEP para financiar o programa.
Em 1990, criou-se, então, o Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT) com os
recursos do PIS-PASEP para custear o
seguro-desemprego e o abono salarial.




Seguro
desemprego
no
Brasil
A partir de 1990, o nível de cobertura foi crescente nos
anos seguintes
Em 1992, 66% do total de demitidos sem justa causa do
setor formal (o que significa cerca de 4,5 milhões de
trabalhadores).
Atende aos trabalhadores demitidos sem justa causa que
trabalharam e receberam salários nos últimos seis meses
antes da habilitação.
O tempo de recebimento varia entre 3 meses, para que
trabalhou no mínimo seis meses e menos de 12 meses;
4 meses para quem trabalhou 12 meses e menos de 24
meses; e 5 meses para quem trabalhou por mais de 24
meses antes de ser demitido.
Seguro desemprego no Brasil
Calcula-se o valor do Salário Médio dos últimos três meses trabalhados e aplica-se na
tabela abaixo:
Faixas de Salário Médio
Valor da Parcela
Até R$ R$ 685,06
Multiplica-se salário médio por 0.8 (80%)
De R$ 685,07 até
O que exceder a 685,06 multiplica-se por 0.5 (50%)
R$ 1.141,88
e soma-se a 548,05.
Acima de R$ 1.141,88
O valor da parcela será de R$ 776,46 invariavelmente.
Salário Mínimo: R$ 415,00
Observação:



O valor do benefício não poderá ser inferior ao valor do Salário Mínimo.
A tabela sofreu reajuste de 9,21%.
Esta tabela entra em vigor a partir de 1º de março de 2008.
B
g
r
r
a
á
s
f
i
i
l
c
o
:
S
e
t T
oo
r t
i a
al
l
:
Programas de manutenção de
renda

Definir a população alvo do programa

Nível de pobreza: como definir?
Benefícios assistencialistas



O governo fornece auxílios para as famílias
cujas rendas estão abaixo deste nível mínimo
capaz de garantir a sobrevivência (Yt).
Os benefícios assistencialistas podem ser
auxílios à alimentação, à moradia, aos
cuidados médicos, ou, a outro tipos de bens.
O objetivo é fornecer a família um nível de
benefícios que faça com que ela esteja acima
do limite mínimo de renda, permitindo que
ela saia da pobreza.
Sistema básico de bem-estar – o que
muda na restriçãorçamentária?


Salário marginal =
0
Se o indivíduo não
trabalha, ele recebe um
auxílio igual a Yt.
Se o indivíduo trabalha, e
possui um nível de renda
menor que Yt, o governo
complementa a sua renda
de forma a que tenha
renda total igual a Yt.
Restrição Orçamentária(cont.)



Salário marginal =
0
A restrição orçamentária é
horizontal no nível de renda Yt.
Nesta parte da restrição
orçamentária, o salário marginal
(a renda adicional resultante de
uma hora a mais de trabalho) é
igual a zero.
Se a pessoa que recebe o
benefício trabalha uma hora a
mais e recebe um salário de R$6,
o seu benefício é reduzido em
R$6, de forma que sua renda total
seja mantida constante e igual a
Yt.
Bem-estar social e oferta de
trabalho

Salário marginal =
0
Um indivíduo que, na
ausência de um sistema de
bem-estar social, possui um
nível de renda abaixo de Yt,
sempre irá preferir sair da
força de trabalho quando este
sistema de bem-estar social
estiver disponível (o nível de
renda e o lazer aumentam
neste caso).
Bem-estar social e oferta de trabalho
(cont.)

Salário marginal =
0
Para indivíduos, que, na
ausência deste sistema de
bem-estar social, recebiam
um nível de renda maior
que Yt, também poderiam
escolher sair da força de
trabalho.
Sistema de bem-estar social e
oferta de trabalho (cont.)


Salário marginal =
0
Há um efeito
substituição: o salário
marginal é reduzido
para zero, reduzindo a
quantidade de trabalho
ofertado.
Há um efeito renda,
aumento da renda total
disponível, reduzindo a
quantidade de trabalho
ofertado.
Revisão do Sistema de Bem-estar Social
nos Estados Unidos – 1967-1981


Para reduzir os efeitos de desincentivos a
oferta de trabalho, o sistema americano foi
modificado em 1967.
Os benefícios são reduzidos em US$2 para
cada US$3 ganhos (antes, a redução era de
US$1 para US$1).
Nova Revisão: 1981



Durante a administração de Reagan, as regras do
sistema de bem-estar social tornaram-se parecidas
com as que prevaleciam anteriormente.
Razão para a mudança: tornar o programa de
auxílios mais direcionado aos mais pobres.
Consequência: número de pobres caiu e a taxa de
participação no mercado de trabalho dos mais pobres
caiu.
Revisão na década de 90



1997: sistema passou a considerar as possibilidades
de desincentivos à oferta de trabalho (“workfare”
system).
Os beneficiados deveriam trabalhar um número
mínimo de horas de trabalho (ou estarem inscritos
em programas de qualificação profissional) para se
qualificarem ao recebimento dos auxílios.
Os indivíduos receberiam os benefícios por um
período de tempo máximo de 5 anos.
Restrição orçamentária


Salário marginal =
0
Indivíduos não receberiam
os benefícios se
trabalhassem menos que o
número mínimo de horas
Hm requerido.
Se trabalhassem Hm ou
mais horas, receberiam o
benefício.
Bem-estar social e oferta de
trabalho
 Os beneficiados irão

trabalhar Hm horas.
Se ele trabalha mais
que Hm e permanece
apto ao programa,
seu salário marginal é
igual a zero.
Produção doméstica, Família e o
Ciclo de Vida
Teoria da Produção
doméstica
Teoria da Produção doméstica



Existem interdependência nas decisões
dos membros da família.
Tempo em casa: atividades de
produção doméstica.
As decisões de oferta de trabalho são
interdependentes nos diferentes
estágios da vida – ciclo de vida.
Teoria da Produção doméstica



Unidades familiares: a família é uma
entidade tomadora de decisões básicas.
Decisões de oferta de trabalho são
tomadas no contexto familiar.
Como a teoria de oferta de trabalho
individual é modificada quando
consideramos a família?
Modelo de produção
doméstica


Consumo e produção podem ocorrer
dentro de casa.
A unidade familiar deverá tomar dois
tipos de decisões:
1)
2)

O que consumir?
Como produzir o que consome?
Exemplo: Suponha que uma família
consome apenas o produto refeições.
Modelo de produção
doméstica
Como esta família consome refeições?


Aquisição da comida preparada e
aquecimento em casa: pouco tempo
gasto no preparo e mais dinheiro é gasto
no consumo.

Preparo da comida em casa com compra
de alimentos no mercado ou cultivo
destes alimentos: muito tempo de
preparação
Modelo de produção
doméstica

Como esta família consome refeições?
A família combina produtos e tempo
domiciliar para produzir a sua comida!!
Comida = f(tempo , produtos)
Qualquer combinação de tempo e
produtos produziria uma comida que
poderia gerar um determinado grau de
satisfação para os indivíduos da
família.
Isoquantas

Este diagrama
mostra as possíveis
combinações de
tempo e insumos
comprados para
prover uma
determinada
quantidade de
refeições.
Curvas de indiferença /
isoquantas

Neste caso, esta
isoquanta também
pode ser entendida
como uma curva de
indiferença pois dada
a quantidade de
refeições Zi, a
utilidade é a mesma
para a família em
qualquer ponto.
Pontos na isoquanta
No ponto A, an o


indivíduo prepara
refeições usando
ingredientes básicos,
como carne, vegetais,
etc.
O indivíduo usa uma
grande quantidade de
tempo, mas compra
poucos insumos para
preparar a sua
refeição.
Pontos na isoquanta (cont.)

No ponto B, o
indivíduo prepara
refeições com a
mesma qualidade
das preparadas no
ponto A, contudo,
compra mais
ingredientes no
mercado.
Pontos na isoquanta (cont.)


No ponto C, o indivíduo
usa menos do seu próprio
tempo disponível e
compra praticamente
todos ingredientes da
refeição.
Refeições compradas em
restaurantes ou delivery.
Outras isoquantas

Pontos em isoquantas
mais altas correspondem
a níveis de
produção/qualidade Zi
mais elevados.
Isoquantas (cont.)


As isoquantas são negativamente
inclinadas.
Hipótese: tempo e produtos são
substitutos na produção de comida

se o tempo da casa é reduzido, a
produção alimentícia pode ser mantida
constante aumentando-se a compra de
produtos.
Isoquantas (cont.)


As isoquantas são convexas em relação à origem.
Hipótese: à medida que o tempo de preparação dos
alimentos em casa continua a cair, torna-se mais difícil
compensar esse fato com produtos.

se a família passa muito tempo na preparação de
refeições, será fácil substituir parte deste tempo com
apenas poucos produtos prontos.
 Quando o tempo de preparação é muito curto, um corte
adicional nesse tempo pode custar mais produtos para
manter o mesmo nível de utilidade. Serão necessários
muitos produtos para substituir o tempo reduzido de
preparação.
Modelo de produção
doméstica

No modelo de produção doméstica, a
utilidade é derivada das atividades (Zi)
nas quais as pessoas estão engajadas.


U=U(Z1, Z2,…, ZN)
Cada bem final é produzido e
consumido pela família através da
combinação do tempo e de insumos
comprados.
Outro exemplo: estudar

Estudar:

Requere tempo e outros bens que são
comprados (livros, idas à escola, etc…)
Hipóteses



U=U(Z1, Z2,…, ZN)
Zi=fi(ti,xi)
Onde:
 ti = quantidade de tempo destinada a
produzir e consumir um determinado bem
i.
 xi = quantidade de insumos comprados
para produzir e consumir o bem i. (é como
se fosse um bem composto, que contém
todos os insumos necessários para produzir
o bem final)
Restrição de tempo
Onde Ti = tempo gasto na atividade i
(produção doméstica)
Tw = tempo gasto no trabalho
T = tempo total disponível
Restrição de bens
Onde P = índice de preços para Xi
Xi = quantidade de insumos comprados
W = salário horário
Tw = tempo de trabalho
Restrições
Restrição de tempo:
Substituindo-a na restrição de bens:
Restrição “cheia” – full income
Custo total de Zi
Curvas de isocustos


Inc
l.

Inclinação: -w/p.
Os custos totais
aumentam à
medida que
aumenta o tempo
total e os insumos
comprados.
O outro membro
da família não
trabalha.
Minimização de custo


Ponto E: tangência
entre a curva
isoquanta e a
isocusto.
Gasta ti na
produção do bem
doméstico, o
restante do seu
tempo (se consome
apenas refeição) é
gasto no trabalho.
O que ocorre se o salário
aumenta?


Efeito renda: mais tempo em casa,
horas trabalhadas são reduzidas.
Efeito substituição: mais trabalho
remunerado. Tempo gasto em casa
preparando alimentos torna-se mais
custoso – redução dos modos de
produção intensivos em tempo para
modos de produção intensivos em
produtos comprados.
O que ocorre se outro membro
da família começa a trabalhar?



Aumento da sua renda não salarial.
Não há mudança da taxa salarial.
Efeito renda puro: a família irá consumir
refeições com mais qualidade, terá mais
dinheiro para comprar produtos e para
que o tempo em atividades domésticas
aumente.