Região-Nordeste

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Relevo e hidrografia
Os estados de Alagoas, Bahia, Ceará,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí,
Rio Grande do Norte e Sergipe estão
sobre um extenso planalto antigo e
aplainado pela erosão.
No que diz respeito à hidrografia da
Região Nordeste, o rio São Francisco é
um dos mais importantes do país,
especialmente no Nordeste que é
utilizado pelos sertanejos para o
transporte de pessoas e mercadorias,
além de abastecimento de água para
diversas utilizações como irrigação.
•Drena 7,5% do território
nacional
•Nasce em MG – atravessa o
Semi-árido brasileiro e
desemboca no Oceano
Atlântico
•Utilizado para irrigação,
navegação e geração de
energia elétrica
Vegetação: Mata Atlântica (em pequenas áreas da região próxima ao
litoral); Cerrado (oeste da Bahia e sul do Maranhão), Caatinga ( no
sertão nordestino, interior), Mata dos Cocais (em áreas do Maranhão,
Piaui,
Rio
Grande
do
Norte
e
Ceará).
Economia:
Nos últimos cinco anos, a economia nordestina mostra-se mais dinâmica que a
média do país. Uma das razões é o impulso da indústria e do setor de serviços.
A agricultura e a pecuária, contudo, enfrentam situação inversa nos anos 90.
Os longos períodos de estiagem fazem com que o Produto Interno Bruto (PIB) do
setor apresente quedas sucessivas. A agricultura centraliza-se no cultivo de cana-deaçúcar, com Alagoas respondendo por metade da produção do Nordeste. Há alguns
anos, teve início o desenvolvimento de lavouras de fruticultura para exportação na
área do vale do São Francisco - onde há inclusive cultivo de uvas viníferas - e no
Vale do Açú, a 200km de Natal (RN). É no Rio Grande do Norte que são produzidos
os melhores melões do país. A pecuária ainda sofre os efeitos da estiagem, mas o
setor avícola desponta.
População e transportes:
As maiores cidades nordestinas são Salvador, Fortaleza, Recife, Natal, João
Pessoa, Maceió, São Luís, Aracajú, Ilhéus, Itabuna, Teresina, Campina Grande, Feira
de Santana e Olinda. As rodovias em geral são precárias. Há entretanto algumas
boas e surpreendentes exceções. As principais vias de escoamento e transporte de
carga rodoviária são efetuadas pela BR-116 e BR-101. Os aeroportos de Recife,
Salvador e Fortaleza são os principais destaques.
SALVADOR
FORTALEZA
RECIFE
Dados sociais:
Essa região é a mais pobre do país. 50,12% da população nordestina
tem renda familiar de meio salário mínimo. De acordo com levantamento do
UNICEF divulgado em 1999, as 150 cidades com maior taxa de desnutrição do
país estão no nordeste. Nelas, 33,66% das crianças menores de 5 anos, são
desnutridas (mais de um terço).
Sua densidade demográfica é de 29,95 hab./km2 e a maior parte da
população de concentra na zona urbana (60,6%).
Recursos minerais:
O Nordeste é rico em recursos minerais. Os destaques são o petróleo e
o gás natural, produzidos na Bahia, em Sergipe e no Rio Grande do Norte. Na
Bahia, o petróleo é explorado no litoral e na plataforma continental e
processado na Pólo Petroquìmico de Camaçari. O Rio Grande do Norte,
responsável por 11% da produção nacional em 1997, é o segundo maior
produtor de petróleo do país, atrás do Rio de Janeiro. Produz também 95% do
sal marinho consumido no Brasil. Outro destaque é a produção de gesso em
Pernambuco, que responde por 95% do total brasileiro. O Nordeste possui
ainda jazidas de granito, pedras preciosas e semipreciosas.
SUB-REGIÕES do NORDESTE
O meio-norte compreende da faixa de transição entre o sertão semiárido do Nordeste e a região amazônica. Apresenta clima úmido e vegetação
exuberante, à medida que avança para o oeste.
A zona da mata estende-se do estado do Rio Grande do Norte ao sul
da Bahia, numa faixa litorânea de até 200 km de largura. O clima é tropical
úmido, com chuvas mais frequentes no outono e inverno. O solo é fertil e a
vegetação natural é a mata atlântica, já praticamente extinta e substituída por
lavouras de cana-de-açúcar desde o início da colonização.
O agreste é a área de transição entre a zona da mata, região úmida e
cheia de brejos, e o sertão semi-árido. Nessa sub-região, os terrenos mais
férteis são ocupados por minifúndios, onde predominam as culturas de
subsistência e a pecuária leiteira.
O sertão, uma extensa área de clima semi-arido, chega até o litoral, nos
estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. As atividades agrícolas sofrem
grande limitação, pois os solos são rasos e pedregosos e as chuvas, escassas
e mal distribuídas. A vegetação típica é a caatinga. O rio São Francisco é a
única fonte de água perene.
“Indústria da seca” é um termo utilizado para designar a estratégia de
alguns políticos que aproveitam a tragédia da seca na região nordeste do
Brasil para ganho próprio.
Os problemas sociais no chamado “polígono da seca” são bastante
conhecidos por todos, mas nem todos sabem que não precisava ser assim. A
seca em si, não é o problema. Países como EUA que cultivam áreas imensas e
com sucesso em regiões como a Califórnia, onde chove sete vezes menos do
que no polígono da seca, e Israel, que consegue manter um nível de vida
razoável em um deserto (Negev), são provas disso.
A seca é um fenômeno natural periódico que pode ser contornada com o
monitoramento do regime de chuvas, implantação de técnicas próprias para
regiões com escassez hídrica ou projetos de irrigação e açudes, além de
outras alternativas. Estes últimos, porém, são frequentemente utilizados para
encobrir desvios de verbas em projetos superfaturados ou em troca de favores
políticos.
POLÍGONO DAS SECAS