TEORIA NEO-SCHUMPETERIANA - Professora Luciana Tolstenko
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TEORIA NEOSCHUMPETERIANA
* 1883 (Rep. Checa) -
† 1950
Professor da
Universidade de
Harvard
Principais idéias:
ciclos econômicos e
desenvolvimento
econômico
TEORIA NEOSCHUMPETERIANA
De acordo com essa teoria o
Estado deve intervir minimamente
na economia.
Desenvolvimento é uma mudança espontânea e
descontínua das condições de equilíbrio prédeterminadas pelo modelo clássico estático.
É o produtor (empresário inovador) quem inicia a
mudança econômica. Cabe aos consumidores
serem educados por ele a demandarem coisas
novas, diferentes das que habitualmente
necessitavam.
Define claramente a diferença entre crescimento
econômico e desenvolvimento econômico.
“Engloba os cinco casos seguintes:
- introdução de um novo bem;
- introdução de um novo método de produção;
- abertura de um novo mercado;
- conquista de uma nova fonte de oferta de matériasprimas ou de bens semi-manufaturados;
- estabelecimento de uma nova organização de qualquer
indústria
Surgem nos anos 1980, com o intuito de recuperar,
a partir dos trabalhos de Schumpeter, o conceito
da inovação como motor da dinâmica capitalista,
abandonando o referencial de equilíbrio clássico.
(Laplane, 1997)
Esses
autores estão situados em dois grupos não-
rivais:
› voltados ao desenvolvimento de 'modelos
evolucionistas' (R. Nelson e S. Winter - EUA); e
› voltados à análise da geração e difusão de
novas tecnologias, destacando uma interrelação com a dinâmica industrial e a estrutura
dos mercados (SPRU/Sussex/UK, sob a direção
de C. Freeman). (Possas, 1988)
Grande importância dada ao papel da
concorrência: geradora de assimetrias e indutora
de inovações.
“A inovação, de acordo com a teoria neoschumpeteriana, é a mola mestra da dinâmica
capitalista e, também, parte integrante do processo
concorrencial. Este é o fator que faz com que, no
capitalismo, o desenvolvimento das forças
produtivas se dê a um ritmo muito mais acelerado
do que nas sociedades pretéritas, fazendo com
que o caráter progressista seja um elemento
singular dentro deste regime de produção”
(Possas, 1999).
EMPRESÁRIO
SCHUMPETERIANO
O empresário schumpeteriano tem um papel
fundamental na economia.
Partindo-se de um modelo estacionário o
empresário schumpeteriano é responsável pela
dinâmica econômica através, fundamentalmente,
das inovações tecnológicas.
ANÁLISE DA TEORIA NEOSCHUMPETERIANA
Os trabalhos de Schumpeter e
dos neo-schumpeterianos
permitem uma análise dinâmica
da realidade econômica, à
medida que se afastam do
referencial de equilíbrio clássico.
CRÍTICAS
Análise reducionista da realidade econômica
(muito apegada ao papel da firma).
Referencial teórico pouco aplicável à realidade dos
países em desenvolvimento (politicamente e
empiricamente).
Falta de formalização impede que seja
considerada uma “teoria econômica evolucionista”.
BIBLIOGRAFIA
KONDRATIEV, N. D. The Long Waves in Economic Life. The Review of Economic
Statistics, v. 17, pp. 105-115, 1935.
LAPLANE, M. Inovações e dinâmica capitalista. In: CARNEIRO, R. (org.). Os
clássicos da economia. São Paulo: Ed. Ática, 1997.
POSSAS, M. L. Em direção a um paradigma microdinâmico: a abordagem neoschumpeteriana. In: AMADEO, E. (org.) Ensaios sobre Economia Política
Moderna: teoria e história do pensamento econômico. São Paulo: Marco Zero,
1988.
POSSAS, M. S. Concorrência e competitividade – Notas sobre estratégia e
dinâmica seletiva na economia capitalista. São Paulo: Hucitec,1999.
SCHUMPETER, J. A Teoria do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Abril
Cultural, 1982. [Ed. orig. 1912]
_______. Business Cycles: A Theoretical, Historical and Statistical Analysis of the
Capitalist Process. New York, London: McGraw-Hill, 1939.
_______. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.
[Ed. orig. 1942]