Rio Grande do Sul
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Transcript Rio Grande do Sul
RIO GRANDE DO SUL
O CONTINETE
ENTENDENDO
O CONTINETE
de Érico
Veríssimo
O CONTINETE DE ÉRICO VERISSIMO
é uma das três obras que compõe a
trilogia O Tempo e o Vento
A saga da família Terra Cambará de
“O Tempo e o Vento” é contada em
sete livros:
O Continente I e II
O Retrato I e II
O Arquipélago I, II e III
Um pouco de História
1500
XVI
1600
pau Brasil
XVII
XVIII
XIX
XX
1700 1800
1900
2000
açúcar
mineração
Brasil colônia de Portugal
café
Império
República
Família
Descobrimento
Vargas
D.
Real
Capitanias hereditárias
Pedro II
Brasil
Reino
Café com
Ibérico
Napoleão
Leite Recente
Galileu
Michelangelo
Bento
Gonçalves
Newton
Hitler
Einstein
Ana Terra
Pe. Alonso
Bibiana
Rodrigo
Licurgo
1500
XVI
1600
Renascimento
Navegações
pau Brasil
XVII
1700
XVIII
1800
Revolução cientifica
Iluminismo
açúcar
Reino
Ibérico
ciclo
da
mineração
Primeira investidas dos
Jesuítas no RS (Tape)
Século XVI: Pouco interesse português no sul da colônia
Reino Ibérico: redução do tráfico negreiro.
Bandeiras: escravizar índios (reduções jesuíticas).
Fuga dos Jesuítas para o RS: Tapes Vacaria del Mar
1626: Jesuítas chegam ao RS fugindo dos
bandeirantes.
Jesuítas criam as primeiras missões e
introduzem o gado no RS (1636).
1640:Jesuítas saem do RS (fugindo dos bandeirantes
novamente) . Deixam o gado que se reproduz a
vontade formando as vacarias (Vacaria del Mar)
1500
XVI
1600
XVII
1700
XVIII
1800
Vacarias
1626-1640
Primeira investidas dos
Jesuítas no RS (Tape)
1682-1756
Segunda investidas dos
Jesuítas no RS:
Sete Povos das Missões
Tropeada
Em 1682 os jesuítas retornam ao RS e fundam sete
reduções.
Surge o “tropeiro” levando gado bovino, cavalo, e
jumentos das vacarias para atender as emergentes
minas na região das Gerais.
Tropeada: início do sec. XVIII
Vacaria del Mar
Mineração
Os jesuítas
construíram 30
reduções.
Sete delas
ficavam no
território gaúcho
1500
XVI
1600
XVII
Segunda investidas dos
Jesuítas no RS:
Sete Povos das Missões
1700
XVIII
1800
Tratado de
Madrid -1750
Pelo Tratado de Madrid (1750) os padres e índios
são obrigados e deixar a região.
Os índios resistem a decisão do tratado e em 1754
entram em guerra (Guerra Guaranítica).
Os Guaranis perdem a guerra após a morte do líder
Sepé Tiaraju na batalha de Caiboaté.
1682-1750
1750
Tratado de
Madrid
1754
1756
Gana Missioneira
Esta gana missioneira que carrego inteira dentro do meu peito
Me faz caudatário de um rio que volta para o velho leito
O mate que cevo pra sorver solito quando o sol se vai
/É a seiva bugra da terra vermelha do alto uruguai/
Eu sou missioneiro nasci para a liberdade
Mas aqui finquei meu rancho pra não sentir mais saudade
Sou herdeiro de Sepé retemperado na guerra
E se precisa eu tranco o pé pra defender minha terra
Hay os que se perdem por perder raízes que não acham mais
Hay os que se encontram por voltar as fontes dos seus ancestrais
E as encruzilhadas parecem caminhos a se afastar
Quando na verdade são pontos de encontro pra quem quer voltar
Eu sou missioneiro sei de bailes e potreadas
Também sei de mutirões no cabo liso da enxada
Por saber tudo o que sei me sinto bem a vontade
Sempre pronto a defender terra, honra e liberdade .
A FONTE (1745-1756)
Padre Alonzo é um jesuíta que trabalha em São
Miguel no esplendor de redução missioneira. Ele vive
atormentado por pesadelos que estão ligados a fatos do
passado. O cura, Padre Antonio, em uma conversa
destrincha seu passado e descobre que um punhal guardado
no armário tem relação com os pesadelos de Alonzo e
aconselha que ele o deixe a vista.
Em 1745 nasce em São Miguel um índio batizado de
Pedro que cresce aos cuidados do cacique Rafael. O Menino
aos poucos começa a mostrar um místico poder de
comunicar-se com os anjos e santos e prever o futuro. Mas é
durante a Guerra Guaranítica suas profecias vão se cumprir
em primazia. Ao fim da guerra Pedro herda o punhal do Pe.
Alonso.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
•Após o fim das reduções, índios que ficaram passam a
trabalhar nas estâncias gaúchas (pecuária crescente).
•Dá-se o início da imigração dos açorianos no RS.
•Ocorrem várias ofensivas dos espanhóis na região do
Rio Grande do Sul:
1763 – Espanha conquista Sacramento e Rio
Grande.
1773 – Salcedo (governador de Buenos Aires)
chega em Rio Pardo barrado por Rafael Pinto Bandeira.
1777 – nova conquista de Sacramento e Ilha de
Santa Catarina. Tratado de Santo Ildefonso.
•Período de paz: crescimento econômico da pecuária.
Antes de 1750
Colônia do Sacramento
1750
Tratado
de Madrid
Colônia do Sacramento
1761
Tratado
de El Pardo
Colônia do Sacramento
1763 Invasão
espanhola no Rio
Grande do sul
Colônia do Sacramento
1777 Invasão
espanhola
em SC
Colônia do Sacramento
1777
Tratado de
Santo Ildelfonso
Colônia do Sacramento
ANA TERRA (1777-1811)
O sesmeiro Maneco Terra, a esposa Henriqueta e os filhos
Lucinho, Antonio, Horácio e Ana saem de São Paulo e fixam-se
no interior gaúcho próximo a Rio Pardo.
Por volta de 1777, Ana encontra caído na sanga próximo
do rancho um índio quase morto. O índio (Pedro Missioneiro)
tinha consigo somente um punhal e recebe os cuidados da família
Terra. Depois de curado passa a trabalhar de domador na
estância. Ana e Pedro vivem um romance escondido que resulta
na gravidez da moça. Ao saber, Maneco manda os filhos matarem
o índio e Ana tem que criar o menino (Pedro) sozinha.
Em 1781 Horácio vai morar em Rio Pardo. Em 1788
morre D. Henriqueta. Em meados de 1790 um bando de
castelhanos saqueiam a estância, queimando tudo e matando os
homens da estância. Sobrevivem Ana, o filho, Pedro, Eulália, e
sua filha Rosa.
ANA TERRA (1777-1811)
Nos dias seguintes passava pela região uma caravana
de famílias que dirigiam-se para Santa Fé, um povoado
próximo de Cruz alta. Ana e os outros acompanharam a
caravana.
Em 1801 Pedro Terra, já noivo de Arminda, é
convocado por Ricardo Amaral, fundador e chefe político de
Santa Fé para guerra contra os castelhanos. No final do
conflito Ricardo Amaral morre e Pedro retorna casando com
Arminda dois anos depois tendo dois filhos: em 1804 nasce
Juvenal e em 1806, Bibiana que cresce sempre muito
apegada a avó Ana.
Em 1811 em um novo conflito contra os castelhanos
Pedro Terra volta a seguir as tropas de Santa Fé agora
comandadas por Francisco Amaral.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
•De 1777 a 1801 estabelece período de relativa paz.
•Desenvolvimento das charqueados (saladeiros) gaúchas.
•Nesse período que o escravo entra no RS.
•Primeiras plantações de trigo.
Escravo de Saladeiro
Escravo de saladeiro me dói saber como foi
Trabalhando o dia inteiro sangrando o mesmo que o boi
A faca que mata a vaca o coice o laço que vem
O tronco a soga e a estaca tudo é teu negro também
/A dor do charque é barata o sal te racha o garrão
É fácil ver tua pata na marca em sangue no chão
O boi que morre te mata pouco a pouco meu irmão/
Pobre negro sem futuro touro olhando humilhado
O teu braço de aço escuro sustentou o meu estado
Já é hora negro forte que os homens se dêem as mãos
E se ouça de sul a norte que somos todos irmãos
1700
XVIII
XIX
1800
1900
Guerra de 1801
•Era Napoleônica: Portugal e Espanha estão em
conflito na Europa.
x
•Tropas portuguesas de caudilhos gaúchos avançam
sobre posições espanholas no RS.
•Forma-se aproximadamente a atual fronteira do RS.
Guerra
dedo
1801
1801
- Borges
Canto
e Maneco
Expansão
dasPedroso
fronteiras
conquistam
as missões.
do Rio Grande
do Sul
Colônia do Sacramento
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra de 1811
•Também chamada “Primeira Guerra da
Cisplatina”
•Com as Guerras Napoleônicas a Espanha perde
poder em seus territórios na América.
•Em maio de 1810 Buenos Aires se torna
independente e são criadas as Províncias Unidas
do Prata com intenção de unir a região uruguaia
que pede auxílio ao Império brasileiro.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Primeira Guerra da Cisplatina (1811)
•Em março de 1811 D. Diogo de Sousa organiza as
tropas em Bagé.
• No inverno Marques de Sousa toma Cerro Largo e o
Forte Santa Teresa e D. Diogo de Sousa toma
Maldonado e se aproxima de Montevidéu abandonado
por José Artigas.
•Em 1812 o governador D. Diogo de Sousa convoca
todos os homens gaúchos entre 16 e 40 anos.
•Em Julho de 1812 encerra a guerra.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra contra Artigas (1816-1820)
•D João VI invade a região alegando direito
hereditário de Carlota Joaquina.
•O caudilho uruguaio Artigas reage e chega invadir
duas vezes o RS.
•Portugal vence anexando a
região pelo nome de
Província da Cisplatina
(atual Uruguai)
Guerra contra Artigas
CISPLATINA
Guerra contra Artigas
1816 – 1820
Anexação da Província da
Cisplatina
Chegado do colono Alemão no RS - 1824
Chegado do colono Alemão no RS - 1824
Principal região ocupada pela
colonização alemã no RS.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra da Cisplatina (1825-1828)
•Instigado pelas Províncias Unidas do Prata o
caudilho uruguaio Lavalleja declara independência
da Cisplatina e união às Províncias Unidas do Prata.
•Reação do Império Brasileiro contra as forças
armadas platinas.
•Fim do conflito com mediação
inglesa e criação da República
Oriental do Uruguai.
UM CERTO CAPITÃO RODRIGO (1828-1836)
Retornando da derrotada Guerra da Cisplatina, o Cap.
Rodrigo Severo Cambará chega em Santa Fé fazendo
amizade com Juvenal Terra (out/1828). No dia de finados
conhece Bibiana, e se encanta por ela. Bibiana (22 anos) é
namorada de Bento Amaral, filho de Ricardo Amaral Neto,
comandante de Santa Fé. Este não aceita a permanência de
Rodrigo no povoado e intima o capitão a sua casa. Rodrigo
vai e ao fim de uma conversa tensa, diz que fica.
Em 1829, nos festejos do casamento de Rosa (prima
de Bibiana) Rodrigo é ofendido por Bento ao convidar
Bibiana para dançar e a briga resulta em um duelo de
adagas. Rodrigo, depois de desarmar duas vezes Bento, está
desenhando a letra R na face de Bento quando leva um tiro
no peito, caindo convalescente.
UM CERTO CAPITÃO RODRIGO (1828-1836)
Após longa recuperação, no natal de 1829, casa-se
com Bibiana Terra. Em finados de 1830 nasce o primeiro
filho do casal: Bolivar.
Rodrigo e Juvenal abrem em sociedade um armazém,
mas Rodrigo não se acostuma com a vida monótona que
leva, passa então a jogatina, beberagens, e a ‘correr china’.
Bibiana cumprindo a sina das mulheres do Continente sofre
calada. Eles terão ainda mais dois filhos: Anita, que morre
numa noite fria em que Rodrigo esta fora jogando e bebendo
e Leonor.
Em 1835 Rodrigo junta-se as tropas Farroupilhas de
Bento Gonçalves. Em 1836, retorna com suas tropas para
tomar Santa Fé. Morre ao tomar a casa dos Amarais. Ricardo
também morre e Bento foge para o Paraguai.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Revolução Farroupilha – Guerra dos Farrapos (1835-1845)
Causa: crise pelo preço do charque gaúcho e estado de insatisfação do
setor dominante (pecuaristas – militares) no RS frente ao descaso da coroa
com a província.
• Início: 20/09/1835 com a tomada de POA.
• Tomada de várias cidades no RS
• Independência gaúcha em relação ao império com a proclamação
da República Rio-grandense em 11/09/1836.
• Proclamação da República Juliana (confederada à RioGrandense) em Laguna (SC).
• Declínio dos Farroupilhas após 1840.
• Império propõe paz com regalias aos Farroupilhas.
• Fim: 28/09/1845 com a Tratado de Paz de Ponche Verde
Revolução Farroupilha
TRATADO De Ponche Verde 28/02/1845
•
•
•
•
Termos do ‘acordo de paz’ apresentado pelo
Império:
Elevação de 25% nas taxas alfandegárias do
charque importado.
Escolher o presidente da província
O império é responsável pelas dívidas
contraídas.
Os farrapos passam para o exército imperial
com os mesmos cargos que tinham no exército
rebelde (exceto os de general).
A TEINIAGUÁ (1850-1855)
Agnaldo Silva, comerciante ladino e agiota, ergue um
no terreno que pertencia a Pedro Terra, na esquina, em frente
da praça, uma majestosa casa de dois andares: o sobrado.
Bolívar vive atormentado por um sonho que está relacionado
com um soldado castelhano que ele mata a lança na Guerra do
Prata (1851). Em 1853 casa-se com Luzia, neta do adotiva
Agnaldo, moça estranha, com hábitos cosmopolita e fascínio
pela morte e sofrimento dos outros. Bibiana vai morar no
Sobrado e em 1955 nasce Licurgo, filho do casal.
Em finais de 1855 chega a notícia de cólera no estado.
Bolívar e Luzia retornam de uma viagem a Porto Alegre e o
sobrado é declarado em quarentena. Bolívar desrespeita a
quarentena e ao sair do sobrado é alvejado por capangas de
Bento Amaral.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra do Prata (1851-1852)
Antecedentes:
Juan Manuel Rosas assume o poder de Buenos Aires. Em 1829
renuncia e retorna em 1832 e apóia militarmente Juan Antonio
Lavalleja (Blanco) contra José Fructuoso Rivera (Colorado) no
Uruguai com intenção de anexar este pais a Confederação das
Províncias Unidas (Argentina).
Em 1843 Rosas apóia Manuel Oribe (Blanco) - presidente
deposto por Rivera em 1839 – que promove um cerco de nove anos a
Montevidéu.
Em 1849 Oribe incentiva estancieiros a invadirem o RS e
roubarem gado e cavalo nas estâncias gaúchas.
Gaúchos revidam formando as Califórnias.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra do Prata
O império brasileiro
apoiado pelo Paraguai, Bolívia,
rebeldes uruguaios e as
províncias de Corrientes e
Entre Rios contra Oribe e
Rosas.
Em agosto 1851 começa o confronto armado
e em fevereiro de 1852 na batalha de Monte
Caseros (Buenos Aires) Rosas é derrotado e
obrigado a exilar-se.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra Civil Uruguaia (1863-1865)
Atanásio Aguirre (Blanco) com apoio de
Solano Lopez depõe Venâncio Flores (Colorado).
Aguirre apóia ataques de assalto a estâncias na
fronteira do RS.
O império brasileiro com tropas gaúchas apóia
militarmente Venâncio Flores que vence Aguirre.
Império Brasileiro recebe apoio de Mitre da
República da Argentina.
A GUERRA e ISMALIA CARÉ
A Guerra e Ismália Caré são dois livros do Continente
II em que é retratada Santa Fé no período da Guerra do
Paraguai e posteriormente o período em que as propostas
republicanas começam a tomar conta do império.
Licurgo torna-se o senhor do sobrado e casa com a
prima Alice, filha de Florêncio (filho de Juvenal Terra) mas
mantém escondida uma amante – Ismália Caré, com a qual
tem um filho bastardo. Com a mulher legítima tem três
filhos: Toríbio, Rodrigo e Aurora que nasce morta.
Em Santa Fé, Licurgo Cambará, influenciado por um
jornalista de nome Toríbio, adere as ideias republicanas e
com a proclamação da republica em 15/11/1891 torna-se o
grande líder político da região ligado ao PRR de Julio de
Castilhos.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra do Paraguai (1864-1870)
Antecedentes:
Guerra Civil Uruguaia.
Crescimento militar e econômico do
Paraguai sob a ditadura de Francisco Solano
Lopez.
Solano Lopez necessita de passagem para
o mar.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra do Paraguai (1864-1870)
Pretexto para início da guerra: prisão de uma
embarcação brasileira nas águas do rio Paraguai.
Invasão do Mato Grosso (embuste).
Invasão da província de Corrientes na
Argentina para chegar no Rio Grande do Sul e
Uruguai.
Forma-se a Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e
Argentina) contra o Paraguai.
Mato
Grosso
Invasão do Mato
Grosso
Invasão de
Corrientes e
posteriormente
do Rio Grande
do Sul
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra do Paraguai (1864-1870)
Invasão paraguaia no RS (1865)
Maio: Invasão paraguaia em Santo Tomé.
Junho: Tomada de São Borja.
Julho: Tomada de Itaquí.
Agosto: Invasão de Uruguaiana.
Setembro : retomada dos territórios pelos
Aliados.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra do Paraguai (1864-1870)
Desfecho da Guerra:
1865: Batalha naval de Riachuelo.
Retomada dos territórios da Argentina e RS.
1866: Invasão da Tríplice Aliança no Paraguai.
desentendimentos no comando Aliado.
1867-68: Nova ofensiva em território paraguaio.
1869: Caçada a Solano López
1870: Morte de López e fim da Guerra.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra do Paraguai (1864-1870)
As marcas da “Grande Guerra”
Paraguai arrasado perdendo territórios.
Metade da população paraguaia morreu no conflito.
Brasil perde parte de suas reservas econômicas.
Exército antes desprestigiado, após a guerra afirmase como instituição.
Soldados escravos tornam-se livres após o conflito,
aumentando o sentimento anti-escravista.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Guerra do Paraguai (1864-1870)
“Os Gaúchos na Guerra”
O maior contingente militar era de soldados
gaúchos.
Lutaram antigos heróis farroupilhas como David
Canabarro e Antônio de Souza Neto.
Destaques: Gen. Osório e Marechal Mallet.
Imigração Italiana
• A Europa vivia uma nova fase: a revolução
industrial. A Itália fragilizada por guerras de
unificação, com um povo em busca de identidade
nacional começou um êxodo exacerbado. Os
camponeses empobrecido passaram a buscar
novas oportunidades.
• Nos últimos 25 anos do século XIX mais de 4
milhões de italianos deixaram sua pátria.
• Em 1875 tem início a chegada dos imigrantes
italianos no RS.
• Entre 1875-1900 o RS recebe cerca de 84 mil
imigrantes italianos.
Imigração Italiana
• A viagem era de aproximadamente um mês em
péssimas condições.
• Muitos morriam. A maioria dos óbitos eram de
crianças. Epidemias eram frequentes.
• O colono italiano
chagava no Rio de
Janeiro e levava mais
dez dias de vapor
até POA. Dali seguia
até o lote
prometido.
Imigração Italiana
Primeira colonização italiana
no Rio Grande do Sul:
1. Conde D’Eu (Garibaldi)
2. Princesa Isabel (Bento
Gonçalves)
3. Caxias (Caxias do Sul)
4. Silveira Martins - Quarta
colônia (próximo a Santa
Maria)
Sociedade cultural - RS
Caminhos do Jaguari
Quando as manhãs tornam-se lentas e o sol se embala nos sarandis
Bailam celestes, claros vidrilhos na estrada agreste do Jaguari
O que hoje é calma já foi paisagem der nuas índias de estranhos
tigres
E bugres machos que nem sabiam que eram felizes por serem livres
Viria o tempo em que o rio de sombras escurecer essa liberdade
Era imperioso que eles viessem fazer caminhos, plantar cidades
Foram-se os tigres, foram-se os bugres e o rio do tempo traria então
Os italianos com suas vozes claras, suas magias de fazer pão.
Tombou um cedro, se ergueu a igreja lavrou-se a terra, nasceu
fartura
Queijos moldados à lua cheia e vinho tinto na noite escura
Vilas, cidades, sonho e certeza fica em quem sonha em te construir
Uma saudade que faz represa nas correntezas do Jaguari
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Revolução Federalista
•1872 – Criação do Partido Republicano Rio-grandense
•1889- Golpe Militar com proclamação da república.
•Júlio de Castilhos (PRR) assume o governo no RS.
•O PRR deixa de atender as necessidades gaúchas para
se reafirmar no plano nacional – república emergente.
•Setor descontente com o descaso do PRR organizam um
movimento armado em 7/2/1893.
•Revolução que dura até 1895 caracteriza-se por atos de
extrema violência (execução preferida: degola).
1700
XVIII
XIX
1800
1900
Revolução Federalista
Pica-paus
Maragatos
Republicanos Federalistas
Partido Político
PRR
PFB
Partido Republicano Riograndense
Partido Federalista
Brasileiro
Identificação
Lenço branco
Lenço Vermelho
Líder
Júlio Prates de
Castilhos
Gaspar da Silveira
Martins
Pica-Pau
Maragato
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Revolução Federalista (1893-1895)
1893
•O líder Gaspar Martins está no exílio no
Uruguai.
•Joca Tavares e Gumercindo Saraiva invadem a
fronteira tomando Livramento.
•Batalha do Inhanduí é vencida pelos pica-paus
•Bagé é cercada pelos maragatos.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Revolução Federalista (1893-1895)
1894
•Eclode a Revolta da Marinha.
•Gumercindo saraiva avança até a Lapa. No
regresso é tocaiado e morto.
•Vários combates com muitos atos violentos
caracterizados sempre pela degola dos
prisioneiros.
1700
XVIII
1800
XIX
1900
Revolução Federalista (1893-1895)
1895
• Sucessivas derrotas dos maragatos.
• É assinada a paz, em Pelotas, com a
aceitação por parte dos republicanos da revisão
da constituição estadual escrita e outorgada por
Julio de Castilhos.
Colorada
Olha a faca de bom corte. Olha o medo na garganta
O talho certo e a morte no sangue que se levanta
Onde havia um lenço branco brota um rubro de sol por
Se o lenço era colorado o novo é da mesma cor)
Quem mata chamam bandido quem morre chamam herói
O fio que dói em quem morre
/Na mão que abate e não dói.../
Era no tempo das revoluções
Das guerras braba, de irmão contra irmão
Dos lenço branco contra os lenço colorado
Dos mercenário contratado a patacão
Era no tempo que os morto votavam
E governavam os vivos até nas eleição
Era no tempo dos combate a ferro branco
Que fuzil tinha mui pouco e era escassa a munição
Era no tempo do inimigo não se poupa
Prisioneiro era defunto e se não fosse era exceção
Botavam nele a gravata colorada
Que era o nome da degola nestes tempos de leão
O SOBRADO ( 24-27/07/1895)
Este livro que aparece na trilogia intercalado aos
outros livros do Continente (I e II) narra três dias de
inverno de 1895 na semana derradeira da Revolução
Federalista (1893-1895).
Santa Fé é cercada pelas tropas federalistas
(maragatos – lenço vermelho) e os soldados republicanos
(pica-paus – lenço branco) acabam encurralados no
sobrado. O líder das tropas republicanas, Licurgo
Cambará, está sitiado no sobrado, sem água, sem
comida, com homens feridos, crianças e velhos em casa
além da esposa Alice prestes a ter um filho. Ele vive o
dilema de resistir ou pedir trégua para permitir a saída
dos feridos, crianças e mulheres.
O SOBRADO ( 24-27/07/1895)
Durante o cerco do sobrado os maragatos tomam a torre da
igreja no qual é possível alvejar o poço d’água não permitindo que
os pica-paus tenham acesso a ele. Na casa, homens e mulheres,
velhos e crianças resistem comendo laranja e farinha.
A velha Bibiana (87 anos) fechada em seu quarto no andar
de cima do sobrado, passa a ter visões de seu amado Cap. Rodrigo
Cambará, morto em 1835 na Revolução Farroupilha enquanto seu
bisneto Rodrigo (filho de Licurgo) começa a dar demonstrações de
coragem e valentia (que marcará os livros O Retrato e O
Arquipélago) portando o velho punhal de Pedro Missioneiro que
acompanha a família Terra a mais de um século.
Alice dá a luz a uma criança (Aurora) que nasce morta.
Licurgo se vê obrigado a enterrar a filha no porão do sobrado. No
terceiro dia é levantado o cerco, com os maragatos abandonam
Santa Fé. Licurgo tem então uma resistência heróica sendo
considerado um grande político mas um péssimo pai de família.
1800
XVIII
1900
XIX
2000
Sucessão do governo no RS pós revolução
Mandato
1895-1898
1898-1903
1803-1908
1908-1913
1913-1918
1918-1923
1923-1928
Presidente do Estado
Julio de Castilhos
Borges de Medeiros
Borges de Medeiros
Carlos Barbosa
Borges de Medeiros
Borges de Medeiros
Borges de Medeiros
Partido
PRR
PRR
PRR
PRR
PRR
PRR
PRR
1800
XVIII
1900
XIX
2000
O RS nos governos do PRR (1895-1922)
- Encampação da Viação Férrea.
- Encampação do porto de Rio Grande.
- Construção do cais do porto em POA.
- Reeleições fraudulentas.
- Crise na atividade agropastoril.
- Greves em vários setores.
- Descontentamento generalizado.
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XVIII
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XIX
2000
Revolução Libertadora ou Revolução de 23
Chimangos x Maragatos
Eleições de 1922:
* PRR vence a AL (Aliança Libertadora) em eleições
fraudulentas.
*Recontagem de votos fraudulenta na assembléia
legislativa, a portas fechadas, sem representantes da
oposição, chefiada pelo presidente da “Comissão de
Poderes” da assembléia, deputado Getúlio Dorneles
Vargas.
* Maragatos não aceitam e recorrem as armas.
Revolução de 23: Chimangos x Maragatos
Revolução
Libertadora
Partido
Político
Identificação
Líderes
Pica-pau
Chimango
Republicano
PRR
Partido republicano
Rio-Grandense
Maragato
Federalista
Libertador
PF +PRD
Aliança
Libertadora
Lenço branco
Lenço Vermelho
Flores da Cunha
Assis Brasil
Honório Lemes
Zeca Neto
X
Borges de Medeiros
1800
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XIX
2000
Revolução de 23: Chimangos x Maragatos
- Não ocorre a intervenção federal no estado.
- Conflitos armados:
* Cerco de Uruguaiana.
* Combate do Rio Santa Maria Chico.
* Combate da Ponte do Ibirapuitã.
* Batalha de Ponche Verde.
- Assinada a paz de Pedras Altas.
Revolta de 23
“Quero leis que governem homens e não
homens que governem leis.”
Honório Lemes
Milonga Maragata
Chiripá de saco branco
Lenço atado a meia espalda
E uma vincha aqui se esbalda
Na melena esgadelhada
Na cintura, a carniceira
Companheira de degola
E um “Quarenta” de argola
Pra garantir a querada
Carcaça de puro cerne
Forjada em têmpera guapa
Com a rude estampa farrapa
Plantei tenência de mau
E a descendência da raça
Semeei no eco do berro
Brincando de tercear ferro
Com chimango e pica-pau
Relampeia ferro branco
Também troveja a garrucha
Nesta milonga gaúcha
Que, por taura não se enleia
Peleia dando risada!!
Porque o macho se conhece
Porque o macho se conhece
É atrás do “ S “ da adaga
Debaixo do tempo feio
Só a coragem sustenta!
Pode faltar ferramenta
Mas sobra a fibra guerreira
Pois quem herda a procedência
Do nobre sangue farrapo
Só morre queimando trapo
Peleando pelas ladeiras
Com o instinto libertário
E o tino de um fronteiro
Eu era um clarim guerreiro
Pondo em forma o rio grande
Pois a grito e pelegaço
Fiz a pátria que pertenço
Cabrestear para um lenço
Maragateado de sangue.
1800
XVIII
1900
XIX
2000
Pós Revolução de 23
* Borges de Medeiros continua no poder até 1928.
* Getúlio Vargas assume o estado 1928 pela Frente Única RioGrandense, unindo PRR e PL (União de Maragatos e
Chimangos).
* Em 1930 a Frente Única lança a candidatura de Vargas para
Presidência da República formando a Aliança Liberal com
apoio de Minas e Paraíba.
* Getúlio é derrotado nas eleições presidenciais por Júlio
Prestes.
* João Pessoa (vice de Vargas) é assassinado.
* Inicia Revolução de 1930 que depõe Washington Luís.
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XVIII
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XIX
2000
Pós Revolução de 30 – Era Vargas
* Flores da Cunha é nomeado Interventor.
* Criação do PRL (Partido Republicano Liberal).
* 1932 – Revolução Constitucionalista.
Flores da
Cunha (PRL)
apóia Vargas
X
Borges e Raul Pilla (Frente
Única) apóiam os rebeldes
Constitucionalistas.
1800
XVIII
1900
XIX
2000
O RS no pós Revolução de 30 – Era Vargas
* Flores da Cunha é nomeado Interventor.
* Criação do PRL (Partido Republicano Liberal).
* 1932 – Revolução Constitucionalista.
* Governo estadual reprime movimentos.
* 1937 – Estado Novo (Ditadura de Vargas)
- Flores da Cunha é deposto. Nomeação de Daltro Filho.
* 1938 – Nomeação de Cordeiro de Farias.
- Criação do DAER. Crise no setor rural.
* 1940 – Desenvolvimento da industria metalúrgica.
* 1942 – Ernesto Dorneles é nomeado interventor.
1800
XVIII
1900
XIX
2000
Rio Grande do Sul (1945-1964)
1947- Inicia o plano de eletrificação do estado: criada
a CEEE (Jobim).
1955 - Política de desenvolvimento dos transportes.
(Meneghetti).
1959 - Política de distribuição de terras. Política de
Encampação de empresas estrangeiras (Brizola).
1961 - Campanha da Legalidade (Brizola).
1964 – Golpe Militar
XVIII
1800
1900
XIX
2000
Rio Grande do Sul na Ditadura Militar
Mandato
1963-1966
1966-1971
1971-1975
1975-1979
1979-1983
Governadores do Estado
Ildo Meneghetti
Peracchi Barcelos
Euclides Triches
Synval Guazzelli
Amaral de Sousa
*Indicação
** Colégio Eleitoral
Partido
PSD
ARENA*
ARENA*
ARENA*
ARENA**
XVIII
1800
1900
XIX
2000
Rio Grande do Sul pós a Ditadura Militar
Mandato
1983-1987
1987-1990
1990-1991
1991-1995
1995-1999
1999-2003
2003-2007
2007-2011
2011- hoje
Governadores do Estado
Jair Soares
Pedro Simon
Sinval Guazzelli (vice de Simon)
Alceu Collares
Antônio Brito
Olívio Dutra
Germano Rigotto
Yeda Crusius
Tarso Genro
Partido
PDS
PMDB
PMDB
PDT
PMDB
PT
PMDB
PSDB
PT
Sabe moço
Sabe, moço
Que no meio do alvoroço
Tive um lenço no pescoço
Que foi bandeira pra mim
Que andei mil peleias
Em lutas brutas e feias
Desde o começo até o fim
Sabe, moço
Depois das revoluções
Vi esbanjarem brasões
Pra caudilhos coronéis
Vi cintilarem anéis
Assinatura em papéis
Honrarias para heróis
É duro, moço
Olhar agora pra história
E ver páginas de glórias
E retratos de imortais
Sabe, moço
Fui guerreiro como tantos
Que andaram nos quatro cantos
Sempre seguindo um clarim
E o que restou?
Ah, sim
No peito em vez de medalhas
Cicatrizes de batalhas
Foi o que sobrou pra mim
Ah, sim
No peito em vez de medalhas
Cicatrizes de batalhas
Foi o que sobrou prá mim
Todos os
governadores do
Rio Grande do Sul
(período republicano)
Mandato
1889-1895
1895-1898
1898-1903
Governadores do Estado
Julio de Castilhos e outros
Julio de Castilhos
Borges de Medeiros
Partido
PRR
PRR
PRR
1893-1908
1908-1913
1913-1918
Borges de Medeiros
Carlos Barbosa (na prática Borges)
Borges de Medeiros
PRR
PRR
PRR
1918-1923
1923-1928
1928-1930
1930-1937
Borges de Medeiros
Borges de Medeiros
Getúlio Vargas
Flores da Cunha
PRR
PRR
FUR
Interventor
1937-1938
1938-1942
1942-1945
Daltro Filho
Cordeiro de Farias
Ernesto Dornelles
Interventor
Interventor
Interventor
Mandato
1945-1946
1946-1947
1947-1951
1951-1955
1955-1959
1959-1963
1963-1966
1966-1971
1971-1975
1975-1979
1979-1983
Governadores do Estado
Samuel Silva
Cilon Rosa
Walter Jobim
Ernesto Dornelles
Ildo Meneghetti
Leonel Brizola
Ildo Meneghetti
Peracchi Barcelos
Euclides Triches
Sinval Guazzelli
Amaral de Sousa
Partido
Trib. Just.
Indicação
PSD
PTB
PSD
PTB
PSD
ARENA*
ARENA*
ARENA*
ARENA*
Mandato
Governadores do Estado
Partido
1983-1987
Jair Soares
PDS
1987-1990
Pedro Simon
PMDB
1990-1991
Sinval Guazzelli (vice de Simon)
PMDB
1991-1995
Alceu Collares
PDT
1995-1999
Antônio Brito
PMDB
1999-2003
Olívio Dutra
PT
2003-2007
Germano Rigotto
PMDB
2007-2011
Yeda Crusius
PSDB
2011- hoje
Tarso Genro
PT