PAINEL 3 - Grupo de Estudos de Voluntariado Empresarial

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Transcript PAINEL 3 - Grupo de Estudos de Voluntariado Empresarial

A ONG Brasil é um grande evento que reúne empresas, organizações sociais e entidades públicas para divulgação de causas,
projetos e tendências e que possibilita a troca de informações. É composto de uma feira de exposição de projetos sociais e um
congresso.
Centro de Voluntariado de São Paulo, Grupo de Estudos de Voluntariado Empresarial e Rede Brasil Voluntário todos os anos leva ao
Congresso ONG Brasil o tema do voluntariado. O seminário de 2013 teve como tema "Voluntariado: parcerias e redes” e contou com
a presença de 120 pessoas de empresas, organizações sociais, centros de voluntariado, universidades e governo.
Programação
PAINEL 1 – 14h às 15h15
Panorama global: Voluntariado na agenda do Brasil e do Mundo
Apresentação das tendências e perfis do voluntariado. O impacto de algumas ações na mudança da
cultura de voluntariado o voluntariado nos grandes eventos que teremos em nosso país e o perfil dos
voluntários, suas expectativas e motivações. Experiência da IBM na comemoração do seu centenário.
PAINEL 2 – 15h15 às 16h30
Trabalho em rede: Comunicação eficiente, mídias sociais
Debate sobre as tendências na comunicação como ferramentas facilitadoras
Mídias sociais, aplicativos do trabalho em rede e do voluntariado. O trabalho em rede.
PAINEL 3 – 16h45 às 18h
Parcerias alinhadas: Internas e externas
Internas - Investimento social, RH, premissas e politicas do PVE, jurídico.
Externas - Espaços públicos e ONGs. Desafios e diálogos com o publico interno e externo para o
sucesso do programa de voluntariado nas organizações sociais, espaços públicos e empresas.
PAINEL 1
Panorama global: Voluntariado na agenda do Brasil e do Mundo
ALCELY STRUTZ BARROSO - Debatedora
Executiva de Cidadania Corporativa da IBM Brasil, responsável pelo
relacionamento com instituições do terceiro setor e pela gerência dos
programas sociais da empresa no Brasil. Trabalha há 10 anos na área de
sustentabilidade, tendo atuado em organizações do terceiro setor, liderou
projetos de desenvolvimento local em parceria com o Ministério da Ciência e
Tecnologia. Com MBA em Empreendedorismo Social pela FIA
THÉRÉSE HOFMANN GATTI RODRIGUES DA COSTA – Debatedora
Licenciada em Educação Artística pela Universidade de Brasília , mestre em
Arte e Tecnologia pela UnB e doutora em Desenvolvimento Sustentável pelo
CDS/UnB. É professora Adjunta Dedicação Exclusiva do Departamento de
Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade de Brasília, desde 1991.
FABIO KEINERT - Debatedor
Sociólogo, com mestrado e doutorado pela USP. Foi professor de pós-graduação
da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (2005-2012).
Atualmente, é pesquisador da área qualitativa, atuando em parceria com o Ibope
Inteligência.
PAINEL 1
Panorama global: Voluntariado na agenda do Brasil e do Mundo
ANA MARIA WARKEN DO VALE PEREIRA - Mediadora
Fundadora e diretora executiva do IVA – Instituto Voluntários em Ação (SC), desde 1998.
Fundadora e vice presidente do Icom – Instituto Comunitário Grande Florianópolis
Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, com
pós graduação em Desenvolvimento de Comunidade. Atuou por 18 anos na Secretaria
Estadual de Desenvolvimento Social.
DANIELA MALTA – Registro
Analista de Projetos de Voluntariado no Centro de Ação Voluntaria de Curitiba.
Formada em Psicologia, com MBA em Gestão e Planejamento de Recursos
Humanos pela Escuela Superior de Negócios y Tecnologias de Bilbao Espanha.
Alcely Barroso - IBM
Na primeira exposição do painel, Alcely apresenta as reflexões do processo realizado na empresa no seu aniversario de
100 anos. Em seu relato, destaca que para revisar as tendências do programa de voluntariado foi necessário um
levantamento e redefinição de valores olhando para dentro da organização. E num segundo momento, o movimento de um
olhar desde fora onde a empresa investigou a imagem institucional dentro de uma perspectiva social, onde se realizou uma
escuta no mundo todo de como a empresa se posiciona na área social.
Com base nestes dados chegaram a questões de como a qualidade das relações e o estabelecimento de confiança são
importantes, apontando um indicador de desenvolvimento humano. E desde uma ótica da responsabilidade social,
chegaram a conclusão que o que muda a realidade é o voluntariado e a partir dai a empresa da condições para que os
profissionais possam realizar um projeto ou uma iniciativa que favoreça as entidades sociais. A partir desta leitura de
cenário da IBM pode se dizer que uma tendência dos programas de voluntariado empresariais é o debate de utilizar a área
de recursos humanos e gestão do conhecimento para impulsionar os programas de voluntariado. Neste caso a empresa
traz como exemplo uma atividade dentro do programa de voluntariado onde estimulam os profissionais que fazem trocas
entre países e aproveita esta experiência colocando a disposição seu conhecimento para colaborar com entidades sociais.
E outra situação é quando o profissional pede para fazer o voluntariado em outro pais e a empresa da condição para que
isso aconteça.
Outro possibilidade de desenvolvimento é potencializar as trocas entre diferentes áreas e departamentos da empresa
criando ambientes de colaboração e co-criação para soluções de problemas sociais. Favorecendo valores como o trabalho
em equipe, a comunicação e ajudando a solucionar problemas, como um exemplo de uma entidade que não sabia o valor
de seus produtos até passar pela experiência da troca de conhecimento com os profissionais e entenderem juntos a colocar
valor competitivo a seus produtos.
Therese Hofman - Universidade de Brasília e a mobilização e formação de voluntários para copa de 2014.
A segunda expositora a decana de extensão da Universidade de Brasília, Therese Hofman que traz a experiência em aceitar
um desafio proposto pelo ministério do esporte em viabilizar uma formação com metodologia bimodal (a distancia e
presencial) para os voluntários das seis cidades sede dos jogos da copa das confederações.
No painel a expositora comenta os desafios em traçar um perfil de voluntario da copa porem este perfil só poderia ser
concluído após as inscrições do curso e com isso a complexidade de criar ferramentas de tecnologia e informação para as
capacitações, foram mais de 40 mil inscritos sendo que 5 mil concluíram os treinamentos virtuais e presenciais já na
modalidade presencial realizada em quatro finais de semana contaram com uma estratégias de parcerias com as
Universidades federais , a Secretaria de Aviação Civil a Agência nacional de aviação civil, administradores de aeroportos e
corpo de bombeiros.
Desta experiência os fatos importantes foram às situações que desafiaram o processo como a gestão da comunicação. Outra
temática que instigou o fato de descobrir quem estaria numa rodoviária para atender as demandas da copa. Gerando assim
uma provocação de analise de comportamento, se somos um povo acolhedor, qual nossa disponibilidade para ajudar o outro,
na pesquisa sobre o voluntariado das confederações os participantes do curso que foram voluntários expressaram suas
impressões ao passar por esta vivencia tais como; a criação de vínculos afetivos, como lidar com a diversidade, amizades,
aumento da autoconfiança, o trabalho de individuação e assertividade no acolher, levando os participantes a refletirem
questões do tipo, quando viajamos queremos ser bem recebidos.
Para finalizar a decana compartilha que a partir desta vivencia de pesquisa, ensino e extensão em mobilizar grande volume
de publico se gerou a possibilitando da criação de um possível modelo para a formação de pessoas em eventos como o da
copa de 2014 .
Fabio Keinert – IBOPE
O expositor e consultor Fabio apresenta no painel um resumo da pesquisa qualitativa que busca compreender o que as
pessoas pensam do voluntariado, os principais valores, suas motivações e praticas, onde foi realizado três grupos de
discussões com 8 participantes em cada grupo nas cidades de São Paulo, Curitiba e Salvador, com segmentação de três
perfis (Tradicional, Conectados e Participativo).
Um breve resumo de pontos importantes da pesquisa como características dos três perfis:
No perfil tradicional que corresponde a 31% do publico com idade mais
avançada acima de 50 anos , com maior proporção de pessoas aposentadas
ou que não trabalham. Sua motivação é integrar-se à sociedade, utilizar o
próprio tempo de maneira útil e com um sentido enobrecedor. O significado do
trabalho voluntario é de doação ajuda.
O perfil Conectados que corresponde a 20% do publico com idade entre 25 e
59 anos e trabalham em período integral. Neste segmento a motivação vem
do exemplo familiar e o trabalho voluntário tende a associar se a formação
profissional.
O terceiro perfil são os participativos correspondendo a 49% do publico com
idade até 30 anos com alto nível de escolaridade são pessoas que trabalham
meio período. A motivação característica deste grupo é o dever cívico e visão
critica da sociedade. O perfil participativo tem uma visão de longo prazo com
o ideal de construção de uma sociedade melhor
PAINEL 2
Trabalho em rede: Comunicação eficiente, mídias sociais
ISMAEL ROCHA – Debatedor
Formado em Marketing pela ESPM, Escola Superior de Propaganda e Marketing, com
especialização Universidade do Texas, USA. Mestre em Sociologia da Religião; professor
universitário; autor de livros didáticos nas áreas de Pesquisa de Marketing e
Comunicação.
Diretor Acadêmico da ESPM SP e Coordenador da ESPM Social. Doutorando em Educação
pela PUC São Paulo.
Consultor de Marketing e Planejamento Estratégico para grandes empresas, ONGs,
Institutos e Fundações empresariais.
LUIS FERNANDO GUGGENBERGER - Debatedor
Netweaver e autodidata sobre Redes Sociais e Inovação.
Publicitário com especialização em Comunicação OrganizacionalRelações Públicas pela Faculdade Cásper Líbero.
Atua nas áreas social, pedagógica e de desenvolvimento institucional há
mais de 15 anos.
Gerente de Inovação Social e Voluntariado na Fundação Telefônica Vivo.
ELIZIA SILVA - Debatedora
Graduada em Serviço Social pela Faculdade Paulista de Serviço Social, com pós-graduação
em Gestão de Projetos Sociais e Especialização em Gestão de Pessoas pela FGV.
Coordenadora de Desenvolvimento Humano na Serasa, desde 1997, onde atua em ações
voltadas para Sustentabilidade e Responsabilidade Social, entre outras.
Diretora adjunta da Associação Brasileira de Qualidade de Vida – Voluntária, desde 2008.
PAINEL 2
Trabalho em rede: Comunicação eficiente, mídias sociais
MÁRCIO ZEPPELINI - Mediador
Presidente do Instituto Filantropia, jornalista, editor da Revista Filantropia,
diretor executivo da Zeppelini Editorial, diretor da Diálogo Social
Treinamentos e diretor da rádio Tom Social.
Palestrante e consultor em comunicação e marketing para o Terceiro Setor e
conselheiro da Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec).
Membro da ABCR - Associação Brasileira de Captadores de Recursos
MARCELO NONOHAY – Registro
Mestre em Administração e diretor executivo da MGN Consultoria,
onde atua na gestão de projetos de responsabilidade social,
voluntariado e educação.
Ismael Rocha - ESPM
Ismael abriu sua palestra explicando que traria três histórias de três educadores que ele conhece e acompanha. Três situações
bem diferentes que terão um desfecho comum. A primeira história é de Ozires, um amazonense. Ele aprendeu a escrever com
17 anos. Morava na floresta. Ele e a família eram castanheiros. A primeira vez que ele escreveu o seu nome foi no verso de um
rotulo de guaraná. Sua mãe retirava os rótulos das garrafas de guaraná, secava ao sol e transformava em blocos de anotação.
Dos 17 aos 45 Ozires foi de analfabeto ao doutorado. Ele não acreditava que poderia chegar a isso.
Após o doutorado Ozires voltou ao estado de Roraima onde é professor da Universidade Federal de Roraima, em um campi
longe da capital. É filosofo e professor de filosofia com doutorado. Ismael conheceu Ozires em São Paulo e quando ele voltou
para Roraima, pediu fotos de lá, dos filhos, da casa, da família. Mas ele tem que andar 5 horas de ônibus para poder usar
internet. Ele trabalha no processo de envolvimento das pessoas para pensar em filosofia. Ele está num processo de
transformação. A segunda história é a de marcos, doutor, negro, professor de filosofia que atua na periferia de São Paulo. Sua
família veio do nordeste. O foco dele é o trabalho em escola pública. Mesmo sendo um doutor em filosofia.
O objetivo dele é fazer com que os meninos que estudam lá acreditem que é possível dar um salto de qualidade e transformar a
suas vidas. Que eles podem sair daquela realidade. Que o fato deles morarem na periferia e serem negros, não é um ponto final
para eles. O objetivo dele é fazer essa transformação. A terceira historia é do antropólogo (doutor), que lidera o trabalho da
ESPM Social junto com o Ismael. A ESPM é uma escola de elite que tem origem na área de comunicação. A ESPM Social é
uma organização social formada dentro da ESPM por alunos apoiada por professores. O Carlos Frederico acredita que é
possível fazer mostrar para aqueles meninos que o universo deles não se restringe àquilo que eles estão vivendo. É possível
romper aquela redoma de cristal onde eles estão envolvidos. Três historias, três educadores, três situações muito diferente e
três projetos em rede. Um projeto em rede só se faz quando tem uma causa. Se não tem uma causa o projeto não funciona.
Não é a tecnologia o fator critico de sucesso.
O fator é ter um bom motivo, um bom mote, um ponto que você realmente acredita. E trazer as pessoas para junto de você.
Essa é a construção de um projeto em rede que funciona. E isso vale para o interior de Roraima, para a periferia de São Paulo
ou para uma instituição como a ESPM.
Quando Ismael pensa no Ozires, imagina como ele sobrevive sem internet, mas ele sobrevive porque tem uma causa. A
comunicação é uma ferramenta extremamente eficaz quando a gente tem um motivo.
Luis Fernando Guggenberger – Fundação Telefônica
Luis Fernando fez uma apresentação de ensaios provocativos sobre a sociedade em rede. Ele começou questionando “em que
sociedade vivemos?”. Passamos por uma transição da indústria para o conhecimento, o compartilhamento de ideias. O século
XXI se caracteriza por ser o século do excedente cognitivo. Os jovens dessa era são fortes usuários de multimídia e acabam
sendo taxados de hiperativos ou com déficit de atenção. Na verdade, os jovens passaram a ser produtores de conteúdo.
Vivemos a era das redes. Redes de pessoas interagindo com pessoas. E isso é capital social.
Luis Fernando apresentou três gráficos que representam a arquitetura da internet. Esses gráficos mostram que a internet
possibilita vivermos em uma sociedade menos centralizada. Estamos vivendo uma sociedade mais distribuída. A rede social é a
arte de descentralizar. Perder o controle. O Swarming é um fenômeno que acompanha essa tendência, onde as pessoas se
agrupam para resolver problemas. Estamos vivendo uma situação onde as pessoas têm múltiplas causas, onde as pessoas se
agrupam em causas distintas em cada momento. Viver em rede é a possibilidade de viver em múltiplos caminhos. Um bom
exemplo disso é o fenômeno ocorrido na Espanha pós atentados, onde as pessoas se mobilizaram por SMS e mudaram os
rumos de uma eleição. Estar em rede é ter múltiplos caminhos. Uma vez um empresário disse: “o problema da pobreza não é a
falta de dinheiro. O problema deles á a falta de conexões”. Ou seja, permanecendo no gueto menores as chances dele sair
daquele estado financeiro. Luis Fernando apresentou três casos: o estudo de Stanley Milgram que conseguiu medir e entender
que as pessoas estão separadas por seis graus de separação (estudo com cartas); Duncan Watts – estudo de correntes de email e chegou aos mesmos 6 graus. Esta estudando o facebook e provando que agora são 4 graus; o terceiro estudo foi feito
via MSN da Microsoft e chegou nos mesmos seis graus.
A gente começa a entender que esse mundo está cada vez menor, cada vez mais próximo e cada vez mais poderoso. “Small is
powerfull”. Educação – quando pensamos nessa palavra, três coisas vem a nossa cabeça: escola, ensino e professor.
Voluntariado – quando pensamos nisso, logo lembramos de pintar parede, ler pra crianças e arrecadar mantimentos.
Luis Fernando, então mostra uma sequencia de imagens que não é uma coincidência. uma sala de aula em 1930, uma escola
atual em zona rural, uma escola na Coréia. Não há diferença entre a sala de aula de 1950 e hoje, no rural, na Coreia.... O
modelo da educação é o mesmo: professor como centro do conhecimento e aluno “olhando para a nuca do outro”.
Luis continua suas reflexões dizendo que quando falamos de tecnologia na educação, só colocando um objeto (computador,
tablet...) entre um aluno e a nuca do outro. Não é a tecnologia que vai produzir uma revolução na educação.
Segundo Dilbert, os “espaços padronizados produzem ideias padronizadas”.
Quem nunca mandou um SMS em sala de aula? Todos, pois todos mandaram bilhetinhos... a tecnologia só informatizou o
que a gente sempre fez. Mas a educação ainda está presa à grade curricular. Decoreba. Padrões globais....vivemos a era
dos colecionadores de diploma.
Na escola, Einstein era taxado de hiperativo. Em algum momento definiram que o conhecimento estava confinado nos livros
e nas bibliotecas. Até criaram uma biblioteca para confinar todo os conhecimento do mundo (Alexandria).
Mas o conhecimento está disperso. Não é algo que você embute na cabeça das pessoas. Nem é um objeto ou mercadoria
numa prateleira. Conhecimento é a interação social. Quanto mais conexões você tem mais conhecimento tem.
Falando de inovação, no iluminismo todos os grande pensadores tinham em comum os cafés. Todos eles faziam o
cruzamento de ideias no momento de conversas nos café. A polinização cruzada de ideias. Eles não discutiam direito
autoral. Mas o que isso tudo tem a ver com o iluminismo? Redescobrimos os cafés. Novas metodologias, processos para
permitir a interação das pessoas.
Nesse momento, Luis Fernando passa a discutir a classe C do Brasil e suas características de conhecimento disperso,
relações de confiança, descentralização da cidade, autoditadismo, sabedoria das multidões.
“Você é o que compartilha”.
Luis Fernando encerra a sua exposição com uma enxurrada de plataformas que possibilitam o conhecimento em rede:
MITCouseware, EDX, Barefoot college, Google, wkipedia, khanacademy, educopedia, itsnoon, lifehakcer, livemocha,
riffworld, patienslikeme, schoolofeverithing, questtolearn, geekiegames, holeinthewall, vittra, coletivo educ-ação, uncollege,
wikimapa, idealist, festival de ideias, macumba online, TED, TED ED, Skoob.
Tudo isso abre espaço para novas carreiras, novos modelos de negócio e novas formas de aprender e ensinar. Novas
formas de fazer parcerias e de trabalhar em rede.
Elizia Silva - Serasa Experian
Elizia começou contextualizando a história da Serasa Experian. Uma trajetória de 40 anos de empresa nacional e há cinco
se tornou uma multinacional.
Nesse contexto, já foram uma empresa mais paternalistas, com um trabalho social mais voltado a doações, e há seis ou sete
anos foram mudando o formato, entendo as mudanças do mundo, da empresa e a chegada de novos funcionários.
Atualmente, o perfil do público que trabalha na empresa é mais jovem.
Fizeram uma campanha dos 10 passos para ser um cidadão. Com isso, discutiram o papel de cada pessoa na sociedade,
muito antes de ser um funcionário. Antes de ser um funcionário é um cidadão. Com isso, entenderam um pouco esse novo
pensar. Mudaram o foco de atuação.
A Serasa Experian é uma empresa que trabalha com informações de crédito. O grupo Experian já tinha o trabalho como
investimento social. Elegeram o trabalho sobre consumo e crédito consciente como foco de atuação social. Foco na
educação financeira. Começaram a atuar em escolas da rede pública e trabalho social voltado para a educação financeira.
Com isso, conseguiram chegar a 5% de voluntariado entre os funcionários. Hoje a empresa tem cerca de 2.000 pessoas.
Investiram no trabalho presencial de andragogia.
Quando a Serasa Experian chega a uma comunidade, as pessoas pensam que a empresa vai dar informações sobre credito.
Mas na realidade o foco é ensinar para as pessoas a ter um controle melhor de suas vidas financeiras.
Para isso, trabalham 6 módulos na comunidade. Fazem uma capacitação de 80 horas. Processo bem parrudo. Leva a
comunidade 6 encontros de 6 horas. O voluntario atua sempre em dupla. Tem uma questão de troca de experiência. Com
esse formato já atendeu 2.000 pessoas que levam o conhecimento para as suas famílias. O programa chama Sonhos Reais.
Transformar os sonhos em realidade. Tem depoimentos fantásticos de como pode transformar a realidade das famílias.
Trabalha na periferia da cidade. Lida bastante com pessoas que tem menos recursos, menos acesso a informação. Para o
voluntario é extremamente significativo estar na comunidade. É muito rico levar esse conhecimento para a população que foi
atendida
Elizia continua sua apresentação detalhando os processos e métodos usados. A metodologia inclui a realização de uma
pesquisa marco zero. E outra no final do ano. Há um acompanhamento da população atendida.
Descobre que as pessoas conseguem mudar de vida. Tinha descontrole financeiro. Acabam mudando de comportamento,
conseguem regularizar suas pendências.
Esse é o programa mais parrudo, porém o voluntário hoje quer coisas mais práticas. O que a gente fez: dividiu o programa em
módulos. Percebemos quais eram as maiores carências das famílias. E eles vão um fim de semana par as comunidades. Com
isso foi desenhando novas frente do programa Sonhos Reais.
Recentemente fizemos uma parceria com o Santander. Trabalhamos com um jogo em família.
Capacitação em 4 horas encontro de planejamento e equipes de voluntariado indo 4 horas em equipe. Atuam um final de
semana.
Com isso, a empresa consegue ideia é potencializar o voluntariado.
Mas não perderam o foco em atuações pontuais em doações. Alguns voluntários só se mobilizam em frentes onde eles
conseguem ver para onde está indo sua doação. Quem eles estão ajudando. Campanhas de arrecadação de material escolar,
brinquedos, com isso atende um público que não está pronto ou não tem tempo para atuar na comunidade.
Todas essas informações vão para o portal. Incentivamos que eles compartilhem experiências e convidem pessoas a participar
de suas iniciativas.
O que Elizia percebeu é que não adianta ter um único formato de voluntariado. A empresa tem um público variado e precisa
atender esses vários perfis.
Escutamos que as pessoas querem criar um formato de programa de voluntariado. Eles usam a rede para chamar outros
voluntários...
Tem um “bichinho” do voluntariado que tem que picar cada pessoa.
.
Um intervalo diferente!
PAINEL 3
Parcerias alinhadas: internas e externas
PRISCILA RODRIGUES – Debatedora
Formada em Rádio e TV e Jornalismo pela Universidade Anhembi
Morumbi e pós graduada em Administração de Empresas pela FGV.
Atua na área de Voluntariado há seis anos.
Responsável pela Gestão de Voluntariado da Liga Solidária onde
gerencia os projetos de Voluntariado Corporativo, Educativo e
Internacional. A Liga Solidária é uma Organização Social voltada para
projetos de educação e cidadania há 90 anos na cidade de São Paulo.
SOLANGE DEL CACHO – Debatedora
Formada em Automação pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo –
FATEC-SP , pós graduada em Gestão Empresarial pela Business
School São Paulo e pós graduada em Agronegócio pelo Insper.
Supervisora Administrativa na empresa CHS do Brasil desde 2009.
Trabalhou Deutsche Bank no departamento de Private Wealth
Management como Gerentes de Contas de 2001 a 2009.
PAINEL 3
Parcerias alinhadas: internas e externas
ANDREA GOLDSCHMIDT – Mediadora
Administradora de empresas, com especialização em Marketing, pela FGV-SP.
Professora de Responsabilidade Socioambiental nos cursos de graduação e pós
graduação da ESPM Tem 20 anos de experiência em gestão de Marketing,
Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Atua desde 2003 como Consultora da
APOENA Sustentável. Diretora de Gestão de Conhecimento da Abraps (Associação
Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade).
MARCELO NONOHAY – Registro
Mestre em Administração e diretor executivo da MGN Consultoria,
onde atua na gestão de projetos de responsabilidade social,
voluntariado e educação.
Priscila Rodrigues
Priscila apresentou a concepção do trabalho de voluntariado da Liga Solidária em parceria com as empresas. Existe uma
preocupação em identificar que os projetos da Liga Solidária estejam alinhados aos valores da empresa.
É importante que a empresa faça uma visita aos projetos.
Visão
Contato
Apresentação
Conversa
Projeto
Capacitação
Feedback
Solange del Cacho - CHS
Solange contextualizou a CHS e o surgimento da ideia do voluntariado corporativo na empresa como um sonho, era algo
importante, mas não tínhamos experiência para isso. Havia um entendimento das vantagens e dos desafios de criar um
programa de voluntariado. Foi preciso compreender as características dos potenciais voluntários, encontrar o parceiro ideal para
o programa e elaborar o projeto em conjunto com o parceiro escolhido. Tudo surgiu do presidente da empresa. Ele conheceu a
Liga Solidária. Fizeram a visita técnica e ficaram encantados com o trabalho. É impressionante como é bem estruturado e como
é feito com carinho e amor. A CHS não sabia como estruturar o projeto, como capacitar os voluntários. Só sabiam que queriam
algo bem feito e de longo prazo. Não queria ir numa organização e não manter o vínculo. Quando pensaram em voluntariado
empresarial, a primeira ideia foi de pintar parede, etc. Mas desenharam um projeto com apoio financeiro à ONG e uma vez por
mês um passeio com as crianças. Isso criou um vinculo com as crianças e os frutos disso dentro da empresa é fantástico.
Para estruturar o projeto foram feitas reuniões de capacitação. Fizeram um manual de voluntariado. Ali os voluntários têm todas
as dúvidas respondidas. Todos os detalhes. Tiveram todo suporte do pessoal do abrigo, psicólogos. Todo o preparo para que os
funcionários tivessem condições lidarem com o trabalho nos abrigos de forma leve e feliz. A primeira atividade não foi com as
crianças. Hoje 50% da empresa já participa do projeto. temos uma preocupação constante em como manter esses voluntários e
como captar os voluntários. A empresa divulga fotos, faz reuniões de feedback com a Liga, reuniões com voluntários para
entender suas necessidades. Um vídeo foi produzido e entregaram um troféu para todos os voluntários que participaram. É muito
bacana de ver as pessoas orgulhosas de receber o troféu. Hoje o desafio que a CHS tem é manter esse alto índice de
participação e lidar com a expectativa dos voluntários. O cuidado com os voluntários tem que ser constante.
Solange encerrou falando da necessidade de parcerias de outras áreas dentro da empresa. Para estruturas o trabalho voluntário
dentro da empresa é muito complicado. É preciso organizar tudo. Cada pessoa se envolve com um parte do processo de
organização. Todo mundo participa. Pensamos para o ano que vem da participação de cada departamento com os adolescentes.
Vão levar os adolescentes para conhecerem um pouco sobre o trabalho dos voluntários.
PAINEL 3
Parcerias alinhadas: internas e externas
TATIANA DE LIMA ALMEIDA – Debatedora
Atua há mais de 7 anos como gestora de ONG e analista em Responsabilidade
Corporativa e em programas voltados aos temas de voluntariado e meio ambiente.
Formada em Psicologia, MBA em Gestão da Sustentabilidade na FGV. Membro do comitê
de Responsabilidade Corporativa da PwC dos países das Américas. Participou como
voluntária em programa de educação financeira em escolas públicas de Belize e
intercâmbio na Fundação da PwC Canadá.
PAOLA LIGUORI - Debatedora
Gerente geral da Junior Achievement São Paulo.
Formada em Psicologia e em Publicidade, atua com programas de
educação empreendedora para crianças e jovens nas escolas e
com a gestão do voluntariado empresarial de empresas parceiras
da organização.
Tatiana Lima – PWC
Tatiana iniciou sua exposição explicando que a PWC tem colaboradores muito qualificados e capacitados. Quando foram pensar
num foco estratégico do programa de voluntariado. Pensamos em transmissão de conhecimento. Nossa bandeira é a educação
dos jovens e um dos parceiros globais é a Junior Achievement. Inclusive um dos sócios da PWC foi diretor da JASP. A
participação dos voluntários se dá por meio de liberação dos profissionais durante o expediente, no contra turno das escolas.
Foi preciso fazer parcerias com várias áreas. Chegaram a fazer a participação no programa de voluntariado compulsória para
todos os trainees, porém o que melhor funcionou foi a parceria com as consultorias internas de RH. Para sensibilizar as
lideranças. Dentro da estrutura da PWC existe uma área programação, que cuida da agenda dos funcionários. A parceria com
essa área é extremamente importante para se conseguir bloquear a agenda dos funcionários. Atualmente, até por experiência, é
muito complicado conseguir a liberação dos funcionários em horário de trabalho. Inclusive com as escolas já fizemos muitas
experiências. Fechamos com escolas públicas, porém técnicas. Até porque a PWC quer ser uma empresa que estimule que os
jovens queiram concluir os estudos. Entendemos que ao levar o voluntário par a sala de aula conseguimos um impacto de dar
acesso a empresários. O voluntário mostra que já esteve do outro lado e pode inspirar o aluno. Neste ponto entra a parceria
com a Junior Achievement, que nos ajuda a capacitar os voluntários e mostrar como fazer tudo nas escolas. A gente entende
que o sucesso é o casamento do que há de bom em cada lado. As escolhas dos programas.
Paola Liguore - Junior Achievement
Paola iniciou sua exposição explicando que a Junior Achievement trabalha em parceira com empresas. O foco é a educação
empreendedora com voluntários empresariais. A Junior Achievement quer trabalhar com os jovens a atitude empreendedora e
isso vai além de abrir um negócio. A parceria com PWC existe desde 2008. Já atendeu 2.500 alunos em 200 participações
voluntárias. São realizadas anualmente: 02 Miniempresas, 11 turmas de Vamos Falar de Ética, 11 Turmas de MESE, 07
Empresários Sombra por um dia. Além disso, são realizadas duas visitas institucionais e uma participação no coquetel de
voluntariado. O projeto não concorre com o currículo da escola e os valores são alinhados com a PWC. Existe uma divisão de
responsabilidades: a PWC faz o investimento financeiro e acompanha o andamento dos projetos. A Junior Achievement dá
apoio técnico, sensibiliza e treina os voluntários. A escola facilita a divulgação e realização dos programas, disponibiliza
espaço físico, envolve professores e facilita comunicação com pais. Chegaram ao modelo de atender duas escolas. Fazem
planejamento conjunto, oferecem programas para todas as séries e pensam em uma parceria de longo prazo. Isso aumenta
o envolvimento e envolvimento da direção/coordenação e professores.
AGRDECIMENTO AOS VOLUNTÁRIOS
AGRADECIMENTOS - patrocinadores e apoio
Realização
FELIZ 2014!