curso de fotografia - Secretaria Municipal de Educação

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Transcript curso de fotografia - Secretaria Municipal de Educação

CURSO DE FOTOGRAFIA
Programa Nas Ondas do Rádio
Secretaria Municipal de Educação SP
2014
FOTOGRAFIA
A fotografia é uma importante forma de comunicação e tem
papel fundamental na preservação da memória histórica. Ela
educa o olhar e contribui para a análise crítica do uso das
imagens pelos meios de comunicação.
Diante das novas propostas de formação do Programa Nas
Ondas do Rádio, o curso de fotografia se propõe a desenvolver
noções básicas e esclarecer sua importância como ilustração de
uma matéria jornalística, além de instigar a análise crítica de
sua utilização pela mídia. Dessa forma, os profissionais de
educação terão um instrumento a mais para desenvolver os
projetos de Educomunicação em suas unidades de ensino.
Programa Nas Ondas do Rádio
Forma educadores para o uso das
mídias no espaço escolar;
Acompanha o desenvolvimento de
projetos educomunicativos, tais como a
Rádio Escolar;
Incentiva projetos e promove iniciativas
pedagógicas baseadas na educação com
e para comunicação.
Instrumentos institucionais do programa
Lei EDUCOM 13.941/09
•
Benefícios: a Portaria proporciona ao
professor
Programa EDUCOM
que
desenvolve
projetos:
pagamento de até 40 horas/mês para
Educomunicação Pelas Ondas do
desenvolvimento de projetos; formação
Rádio: proposta de política pública
continuada
de educomunicação para a cidade
para
educadores
que
desenvolvem projetos educomunicativos;
de São Paulo.
pontuação na evolução funcional.
•
Contrapartida
do
professor:
que
o
Portaria 5.792/09
professor desenvolva projeto técnico,
Programa Nas Ondas do Rádio
aprovado pela supervisão; limite mínimo
Conheça na íntegra
de 15 alunos; Infraestrutura.
I encontro
 História e conceitos de fotografia; Equipamento fotográfico (tipos,

modelos, fabricantes, funcionamento);
 Linguagem fotográfica; Condicionamento do olhar. Enquadramento
e regras de composição;
 Fotojornalismo; Saída fotográfica; Análise das fotos produzidas;
 Noções gerais de tratamento digital; Formas de armazenar e
publicar as imagens.
Fotografia
LUZ
ASSUNTO
FOTOGRAFIA
CÂMERA
História e conceitos de fotografia
Fotografia vem do grego e
significa escrever com a
luz.
A luz é, portanto, o
elemento mais importante
da fotografia, ao lado de
outros elementos básicos:
assunto e câmera.
História
A primeira fotografia de que
se tem registro é de 1826 e foi
feita pelo francês Joseph
Nicéphore Niépce, que usou
uma placa de estanho,
coberta com betume, exposta
durante cerca de oito horas à
luz solar.
No entanto, a fotografia não pode ser considerada obra de uma única
pessoa.
Foi fruto da compilação de diversos experimentos e de
conhecimentos ópticos muito antigos. Muitos artistas, sábios e
pesquisadores foram somando conceitos até chegar ao que conhecemos
hoje como foto.
História
Em 1871, surge a
fotografia instantânea,
que
revoluciona
as
expressões
artísticas.
Até então, a pintura era o
único processo capaz de
imitar a realidade.
Em 1839, Louis Daguerre reduziu o tempo de
exposição para minutos, o que tornou o processo
fotográfico mais prático.
Com o aparecimento da
fotografia a pintura pôde
aspirar outros objetivos
que não os da exata
reprodução do que os
olhos veem, “libertando”
os artistas.
História
O lançamento da Leica - primeira maquina
fotográfica miniaturizada de precisão- , em 1925
e a criação do filme fotográfico colorido, em
1936, estabelecem as últimas fronteiras para a
nova linguagem.
Com alguns avanços tecnológicos, ao longo das
décadas, o ato de fotografar ficou mais
popular e barato, além de contribuir na
melhoria da qualidade das imagens produzidas.
A fotografia ficou acessível ao
grande público em 1900, quando
a Kodak lançou a Brownie, uma
câmera de 6 x 6 centímetros que
custava 1 dólar.
A partir de 1990, teve início a digitalização dos
sistemas fotográficos.
A fotografia digital
minimizou os custos, reduziu etapas, modificou
formas de visualização, armazenamento e
transmissão de imagens e, sobretudo, acelerou
e facilitou os processos de produção e
manipulação.
Conceitos de fotografia
Luz
Por definição é a forma de energia radiante, visível.
Pode ser:
• Natural - luz do sol.
• Artificial - luz incandescente, fluorescente, flash, etc.
A luz é refletida pelo assunto fotografado. Portanto,
observe com cuidado a maneira pela qual o assunto
está refletindo a luz.
Objetos polidos e brilhantes produzem fortes
reflexos e podem comprometer a qualidade
da foto
Conceitos de fotografia
Luz
Áreas com diferenças de iluminação,
apresentando partes com muita reflexão
de luz (muito claras) e outras com pouca
reflexão (muito escuras) resultarão em
fotos muito contrastadas.
Procure manter sempre
uniformidade de iluminação no
assunto a ser fotografado.
Conceitos de fotografia
Assunto
Tecnicamente, o assunto é o que reflete
a luz.
A luz incide sobre o assunto e é por ele
refletida, com maior ou menor intensidade.
Ela passa através da lente da câmara e grava
as imagens no filme (analógica) ou no
sensor (digital).
É fundamental ver como o assunto reflete a
luz e procurar obter melhores resultados
dessa iluminação. Estude cuidadosamente os
vários efeitos produzidos pela incidência da
luz; mude a posição do assunto e das fontes
de luz até conseguir o efeito desejado.
Conceitos de fotografia
Escolha do assunto
Usando sua criatividade e tomando
cuidados com a luz, você pode fazer
as mais diferentes fotos, nos mais
variados ângulos.
Procure fotografar cada assunto de
diversos ângulos e com maneiras
diferentes de iluminação. Os
resultados podem ser surpreendentes.
Conceitos de fotografia
Exposição
Ao falar de conceitos fotográficos, também é importante ressaltar a
exposição e o foco.
Exposição é o processo de permitir que a luz penetre na objetiva da
câmera para iluminar (expor) o sensor e produzir uma imagem.
Quando o sensor da câmera não recebe luz suficiente, a imagem escura
resultante é chamada de “subexposta”.
Se muita luz atinge o sensor e cria uma imagem excessivamente
brilhante é descrita como “superexposta”.
Conceitos de fotografia
Exposição
O que se busca na exposição é
basicamente encontrar uma boa média.
Isso requer um equilíbrio entre:
• Abertura - Quantidade da luz que
passa pela lente (orifício na objetiva que
permite a passagem da luz).
• Velocidade do obturador - Tempo em
que a luz passa pelo mecanismo que
abre e fecha à frente do sensor da
câmera, permitindo ou impedindo a
entrada de luz.
• ISO - Sensibilidade - Amplia o sinal que
o sensor recebe, tornando-o mais
sensível à luz.
Conceitos de fotografia
Foco
Depois da exposição, o foco é um dos
itens mais importantes da fotografia.
Geralmente aceita-se que as cores
estejam “desbotadas” ou que a
composição esteja estranha, mas foto
fora de foco quase sempre parecerá
errada.
Não há o que se fazer para recuperar
uma foto “borrada”. Portanto, acertar
o foco é essencial.
Equipamento fotográfico
(tipos, modelos, funcionamento)
Em relação à forma de registrar a fotografia, podemos classificar
as câmeras como:
Analógicas
Digitais
Totalmente
mecânicas
ou
eletromecânicas que utilizam
películas (filme) emulsionadas
por sais de prata que atuam
como negativos e precisam ser
reveladas em laboratório para
depois serem ampliadas em
cópias fotográficas.
São aparelhos eletrônicos que
dispensam o uso de filmes. As
imagens são registradas em
cartões de memórias ou discos
rígidos com capacidade variada,
através do código binário.
Posteriormente esse código será
lido por outros aparelhos
eletrônicos como computadores,
celulares etc.
Equipamento fotográfico
(tipos, modelos, funcionamento)
Celulares com câmera
Possuem objetivas fixas e mínimo controle de
exposição, mas têm a vantagem de estarem
sempre ao alcance das mãos.
Funções
•Objetiva fixa (lente);
•Poucos controles manuais;
•Compartilhamento fácil de imagens por e-mail,
mensagens de texto ou redes sociais;
•Pequenos, discretos e portáteis.
Equipamento fotográfico
(tipos, modelos, funcionamento)
Compactas
Possuem pequeno alcance de zoom e controles
automáticos básicos.
Funções
•Objetivas zoom com médio alcance focal;
•Modos de disparo automático e semi
automático;
•Só captam imagens em JPEG;
•Pequenas e portáteis.
Equipamento fotográfico (tipos, modelos, funcionamento)
Compacta superzoom ou semi profissional
Possue estilo e recursos das profissionais.
Funções
•Objetiva não intercambiável (fixa);
•Objetiva zoom com bom alcance focal (varia de
grande angular a teleobjetiva);
•Modo de disparo automático e manual;
•Capta imagens em RAW e JPEG;
•São pequenas e possuem sensores de compactas;
•Controle criativo total;
•Estilo de manuseio equivalente às profissionais.
Equipamento fotográfico
(tipos, modelos, funcionamento)
Profissional
Utilizadas por profissionais e entusiastas
da fotografia.
Funções
•Várias objetivas e acessórios disponíveis;
•Total controle manual, embora tenha opção
de
controles automáticos;
•Visor óptico através das lentes;
•Modo de disparo automático e manual;
•Captam imagens em Raw e JPEG;
•Design ergonômico.
Equipamento fotográfico
(tipos, modelos, funcionamento)
Acessórios
A escolha da câmera se resume ao tipo de
fotografia que se quer fazer e ao orçamento.
•
•
•
•
•
•
Uma variedade de objetivas/lentes (para as
câmeras profissionais) ;
Flash;
Tripé / monopé;
Bolsa ou mochila para acomodar o equipamento ;
Baterias;
Cartões de memória.
Atividade prática
Exercício:
Pensando no conceito de Assunto-Luz-Câmera = Fotografia,
sair pelos arredores, escolher um assunto e fazer cinco fotos
diferentes desse assunto. (30 minutos )
II encontro
 História e conceitos de fotografia; Equipamento fotográfico (tipos,
modelos, fabricantes, funcionamento);
 Linguagem fotográfica; Condicionamento do olhar. Enquadramento

e regras de composição;
 Fotojornalismo; Saída fotográfica; Análise das fotos produzidas;
 Noções gerais de tratamento digital; Formas de armazenar e
publicar as imagens
Linguagem fotográfica
A linguagem fotográfica se confunde um pouco com a composição, pois
existem elementos comuns às duas. Podemos dizer, apenas, que a
composição tem um olhar mais artístico em relação à imagem produzida.
O efeito de linguagem pode ser obtido com elementos como sombra,
textura, linha e cor. Além de recursos técnicos aplicados à criação
artística, como foco, velocidade e corte .
No caso dos recursos técnicos aplicados à linguagem, são os oferecidos
pelo equipamento fotográfico. Por isso, é fundamental ter intimidade
com a câmera para tirar proveito deles.
Linguagem fotográfica
Como elementos da linguagem fotográfica temos:
a) planos - corte, enquadramento
b) foco - foco diferencial, desfoque, profundidade de campo
c) movimento - em maior e em menor grau, estaticidade
d) forma - espaço
e) ângulo - posição da máquina
f) cor - gradação de cinzas, as cores
g) textura - impressão visual
h) iluminação - sombras, luzes
i) aberrações - óticas, químicas
j) perspectiva - linhas
l) equilíbrio e composição - balanço, arranjo visual dos
elementos.
Linguagem fotográfica
a) planos - corte, enquadramento
Há muitas maneiras de se captar uma imagem e cada uma delas pode
ser escolhida para um objetivo específico. Desta forma, um fotógrafo
determina o plano de enquadramento para realçar uma cena,
acontecimento ou expressão.
Os planos de enquadramento mais conhecidos são:
•
•
•
•
•
•
Grande Plano Geral (GPG);
Plano Geral (PG);
Plano Médio (PM);
Primeiro Plano (PP);
Plano Americano (PA);
Plano de Detalhe (PD).
.
Linguagem fotográfica
Grande Plano Geral (GPG)
É o enquadramento em que o
ambiente é o elemento primordial
e o homem é apenas mais um
detalhe na paisagem.
Reforça importância da localização
geográfica.
Plano Geral (PG)
Aqui o ambiente ocupa uma
menor parte do quadro, dividindo
o espaço com o sujeito. Situa a
ação e o homem no ambiente
em que ela ocorre.
Linguagem fotográfica
Plano Médio (PM)
O corte no enquadramento
é feito na altura da cintura.
Primeiro Plano (PP)
Destaque para o semblante.
Preocupa-se com a emoção da fisionomia.
Linguagem fotográfica
Plano Americano (PA)
Muito usado em fotografia de moda.
Destaca-se o fotografado, do joelho
para cima. Plano comum nos filmes de
faroeste. Daí veio esse termo.
Plano de Detalhe (PD)
Destaque para uma parte do sujeito. Propicia
visão ampliada de um detalhe que, geralmente,
não percebemos com minúcia. Pode chegar a
criar formas quase abstratas.
Linguagem fotográfica
b) foco - foco diferencial, desfoque, profundidade de campo
Dentro dos limites técnicos, temos possibilidades de controlar não só a
localização do foco, como também a quantidade de elementos que
ficarão nítidos.
Podemos enfatizar melhor um elemento da fotografia sobre os demais,
selecionando-o como ponto de maior nitidez dentro do quadro. A
escolha depende do autor, mas a força da mensagem deve muito ao
foco. É ele que vai ressaltar um certo objeto em detrimento dos outros
constantes no enquadramento.
Além disso, podemos também trabalhar com a falta de foco, ou seja, o
desfoque.
A pequena falta de foco de todos os elementos que compõem a imagem
pode servir para a suavização dos traços, o contrário acontece quando
há total nitidez, que demonstra a rudeza ou brutalidade da realidade.
Linguagem fotográfica
b) foco - dicas
As câmeras compactas têm
um sistema automático e se
baseiam em um ou mais
pontos, a partir do centro,
dos quais o sensor se utiliza
para ajustar o foco. Nas
câmera profissionais e semiprofissionais, o foco pode ser
automático ou totalmente
manual.
Tomando alguns cuidados, garantimos nitidez nas fotos e conseguimos um
bom resultado:
• Segure firme a câmera, com as duas mãos. Mantenha os braços junto ao
corpo para dar maior firmeza. Aperte suavemente o botão disparador;
• Se a dificuldade continuar, prenda a respiração na hora de apertar o botão
disparador;
Linguagem fotográfica
c) movimento - em maior e em menor grau, estaticidade
A velocidade é outro recurso importantíssimo, mas pode ser o
mais difícil de ser usado, além de exigir maior concentração. Com
o controle da velocidade da câmera pode-se “congelar” uma
imagem ou criar um “efeito de movimento”.
Dica:
Pressione o botão disparador um
pouquinho antes do ponto culminante
do movimento.
Linguagem fotográfica
d) forma - espaço
Forma é o modo como o objeto ocupa o espaço. As possibilidades
normais da fotografia fornecem aspectos bidimensionais da imagem; a
forma, enquanto aspecto isolado, pode fornecer a sensação
tridimensional. E isso depende de como as imagens são compostas e de
alguns truques visuais, como: os efeitos da perspectiva; a relação entre
os objetos distantes e próximos.
Linhas e formas podem ser
usadas para criar imagens
abstratas, subjetivas, ou
para desviar a atenção do
assunto principal de uma
fotografia.
Linguagem fotográfica
e) ângulo - posição da câmera
Pode ser situada tanto na mesma altura do assunto, como também ao
lado, abaixo, ou acima dele. Ao fotografar é preciso preocupar-se com a
impressão subjetiva causada por esta visão.
Movimente-se até
encontrar o ângulo
para tirar a foto. O
simples fato do
fotógrafo se curvar,
esticar ou abaixar pode
melhorar bastante as
fotos.
Linguagem fotográfica
f) cor - cores e gradação de cinzas
O fotógrafo deve “sentir” a cor no momento do
enquadramento, perceber o contraste e saber
combinar cores frias (verde, violeta, azul, roxo e
cinza) e as quentes (vermelho, amarelo, marrom,
laranja). É importante fugir do excesso para que a
imagem seja equilibrada.
A cor propicia uma maior proximidade da
realidade, limitando a imaginação do espectador,
o que já não acontece nas fotos em preto e
branco (PB) que nos fornece, nos meios tons, a
sensação de diferença das cores.
A escolha de PB ou colorido, vai determinar
diferentes respostas do espectador.
Linguagem fotográfica
g) textura - impressão visual
A textura pode ser considerada um fator de
importância em uma fotografia, pelo fato de
criar uma sensação de tato, em termos
visuais, conferindo uma qualidade palpável à
forma plana.
Ela nos permite determinar a aparência de
um objeto e dá uma idéia da sensação que
teríamos em contato com ele.
Há uma infinidade de tipos de texturas que,
com um bom contraste, podem criar uma
temática de grande plasticidade. Exemplos:
folhas, troncos, paredes, tijolos, etc.
Linguagem fotográfica
h) iluminação - sombras, luzes
A iluminação fornece inúmeras possibilidades ao fotógrafo. Ela está interligada aos
outros elementos da linguagem, funcionando de forma decisiva na obtenção do clima
desejado, seja de sonho, devaneio, ou de impacto, surpresa e suspense. A iluminação
pode enfatizar um elemento, destacando-o dos demais como também pode alterar
sua conotação.
A luz tem uma influência decisiva na fotografia. Portanto, estude-a antes de tirar a
foto. Verifique como a direção da luz afeta o assunto:
• luz frontal - o sol atrás de quem está fotografando : para obter fotos brilhantes e
nítidas;
• contraluz - o sol por trás do assunto: para criar silhueta;
• iluminação lateral - o sol iluminando um dos lados do assunto: para mostrar a
textura do assunto.
Observe os tons dourados de um amanhecer ou pôr-do-sol.
Linguagem fotográfica
i) aberrações - óticas, químicas
As aberrações são deformações da imagem, tecnicamente provocadas
de maneira química ou ótica. Permitem efeitos que fogem da realidade
causando um forte impacto.
Outras aberrações, como a mudança dos tons, das cores, pode criar um
clima de sonho, de "fora do tempo", de irreal. Todas estas mudanças da
realidade provocadas intencionalmente pelo fotógrafo, têm como
objetivo principal a alteração do clima de realidade e devem ser muito
bem elaboradas.
Linguagem fotográfica
j) prespectiva - linhas
As fotografias são
bidimensionais: possuem
largura e comprimento, e para
se conseguir o efeito de
profundidade é preciso que
uma terceira dimensão seja
introduzida: a perspectiva.
Através da perspectiva, linhas
retas e paralelas dão a
impressão de convergir.
Objetos que encobrem parcialmente outros dão a
sensação de profundidade. E, com o distanciamento
dos objetos, temos a sensação de parecerem
menores.
Linguagem fotográfica
l) equilíbrio e composição - balanço, arranjo visual dos elementos.
Composição é o arranjo visual dos
elementos, e o equilíbrio é
produzido pela interação destes
componentes visuais. Conseguir
bom equilíbrio é fundamental para
uma boa composição.
O enquadramento e a disposição
dos assuntos devem ser
cuidadosamente selecionados a fim
de criar uma foto bem equilibrada.
O equilíbrio depende do peso/importância que o fotógrafo dá a cada
elemento. Desta maneira, considera-se que, como outros elementos, o
equilíbrio será conseguido de acordo com os propósitos do fotógrafo, de
evocar ou não estabilidade, conforto, harmonia, etc.
Condicionamento do olhar
Um trabalho fotográfico possui vida própria. É, ou deve ser, justificado por
si mesmo.Cada fotógrafo deve estar consciente da ação de fotografar,
que além de "captar imagens", é um registro de sua opinião sobre as
coisas, sobre o mundo. A sua abordagem sobre qualquer tema o define e
o expressa.
Há aqueles que só aplicam a técnica fotográfica e outros que a utilizam
como meio, extrapolando o seu bidimensionalismo, expandindo-se no
tridimensional da informação e da expressão.
Temos que saber o que o equipamento nos permite para que a fotografia
aconteça com certa precisão, mas estes aparatos somente são
instrumentos que o fotógrafo utiliza dependendo do seu
posicionamento, conhecimento e vivência da realidade que pretende
retratar.
Condicionamento do olhar
A fotografia tem linguagem própria e seus elementos podem ser
manipulados pelo estudo e a pesquisa ou pela própria intuição do
fotógrafo. Cabe a nós adequarmos a fotografia aos nossos
sentimentos, sensibilidade e criatividade.
O fotógrafo deve utilizar o plano visual com elementos precisos, como
se fosse uma "mala de viagem", cuja ocupação requer racionalidade e
utilidade dos componentes. É a elaboração criativa destes elementos
dentro do quadro visual , que permite a sintetização da ideia na
retratação da realidade.
“Você não fotografa com sua máquina. Você fotografa com toda a sua cultura”
Sebastião Salgado
Link para entrevista no programa Roda Viva – TV Cultura
http://iphotoeditora.com.br/blog/index.php/roda-viva-entrevista-sebastiao-salgado/
Enquadramento e regras de composição
Estude a cena de sua foto. Coloque o assunto principal afastado do centro da
fotografia. Ao fazer fotos de paisagens, acrescente algumas linhas acentuadas
como uma estrada, cerca ou curso de um rio que direcionem a atenção para o
assunto principal da foto.
Enquadramento e regras de composição
Enquadramento é o item para melhorar uma composição fotográfica.
A definição de composição fotográfica é simples: é a seleção e os
arranjos agradáveis dos assuntos dentro da área a ser fotografada. Os
arranjos são feitos colocando-se figuras ou objetos em determinadas
posições. Às vezes, na mudança do ângulo de tomada, você pode
deslocar sua câmera suavemente, conseguindo uma expressiva
alteração na composição.
Alguns instantâneos podem se tornar boas composições, mas a maioria
das boas fotografias são criadas. Como você cria boas fotos?
Conhecendo e aplicando normas básicas, você perceberá que uma foto
bem composta, frequentemente envolve planejamento cuidadoso e, às
vezes, paciência.
Enquadramento e regras de composição
Com o tempo, as normas de
composição, farão parte de suas
ideias quando estiver procurando
motivos fotográficos e surgirão
automaticamente.
Falar de normas básicas, é
discutir simplicidade, regra dos
terços e linhas, para manter
equilíbrio no enquadramento.
Não considere estes itens como
regras, mas como simples
orientações para um bom
resultado.
Enquadramento e regras de composição
Simplicidade
A primeira e, talvez, a mais importante das
orientações, baseia-se na simplicidade. Procure
formas que dêem maior atenção visual ao centro
de interesse da foto. Uma das formas é escolher
um fundo uniforme, que não roube a atenção
que o assunto principal merece.
Portanto, você pode simplificar suas fotos e
reforçar o centro de interesse selecionando
fundos simples, evitando assuntos não
relacionados com o assunto principal e chegando
mais perto. Se você quer fazer o centro de
interesse um pouco mais dinâmico, desloque-o
ligeiramente fora do centro.
Enquadramento e regras de composição
Regra dos terços
Você pode usar a regra dos terços como um guia para a colocação do assunto
fora do centro da área fotografada.
Antes de tirar a foto, imagine a área da fotografia dividida simultaneamente em
três terços verticais e horizontais (como um jogo da velha). As intersecções
dessas linhas imaginárias sugerem quatro opções para a colocação do centro de
interesse para uma boa
composição. A opção depende
do assunto e como você quer
que ele seja apresentado.
Você deve sempre considerar
a direção do movimento dos
assuntos e, geralmente, deixar
espaço à frente, dentro do
qual possam se movimentar.
Enquadramento e regras de composição
Linhas
A linha também é um referencial importante para trabalhar o espaço e
conferir equilíbrio a uma foto. A arquitetura em geral, as linhas de uma
rua, palmeiras, um grupo de cadeiras enfileiradas, uma grade... enfim.
Há muitas possibilidades de se encontrar esse elemento de linguagem.
Portanto, antes de apertar o botão de disparo, deve-se cuidar do
enquadramento, com cuidado e criatividade.
Linhas podem ser usada para dividir ou "cortar" uma imagem. Uma
janela, uma porta, a linha do horizonte, o tronco de uma árvore... Linhas
verticais ou linhas horizontais surgem como opções para várias
situações. Em geral, a divisão com linhas verticais indica ação, ritmo, a
intenção próximo-distante. Já o uso das linhas horizontais denotam
repouso, tranqüilidade, frieza, a divisão céu-terra. E as diagonais
insinuam dinamismo, tensão.
Atividade prática
Exercício: Utilizar uma moldura, de papelão ou cartolina, para
direcionar o olhar para o assunto/objeto a ser fotografado.
III Encontro
 História e conceitos de fotografia; Equipamento fotográfico (tipos,
modelos, fabricantes, funcionamento);
 Linguagem fotográfica; Condicionamento do olhar. Enquadramento e
regras
de composição;
 Fotojornalismo; Saída fotográfica; Análise das fotos produzidas;

 Noções gerais de tratamento digital; Formas de armazenar e publicar
as imagens
Fotojornalismo
A fotografia tem papel bem definido no jornalismo: transmitir informações.
Para ser considerada jornalística, a imagem precisa reunir elementos que
.
reforcem e sintetizem o texto. Ao mesmo tempo, precisa ter apelo estético para
que o leitor se interesse pela história.
Não existe fotojornalismo sem texto, mesmo que seja apenas uma legenda.
Uma foto de um evento por
exemplo, pode ser de qualquer
Bate papo com Daniela e
um, se não apresentar uma
Diego Hipólito, no Sesc
Belenzinho.
Identificação.
Novembro/2012)
Fotojornalismo
Para garantir que a mensagem seja corretamente interpretada, cabe ao
repórter fotográfico alguns cuidados:
• Estar sempre bem informado;
• Checar e ajustar sempre o
equipamento;
• Circular pelo ambiente para
garantir diferentes perspectivas;
• Tirar fotos de vários ângulos;
• Aproveitar todo o espaço;
• Evitar disparar a todo o
momento e observar o que está
acontecendo ao redor antes de
fazer o clique.
O repórter fotográfico José Luís da Conceição flagrado,
na transmissão de fotos, pelo colega Joca Duarte.
(Feveveiro/2014)
Você tem que parar e pensar:
O que quero mostrar
com essa foto?
Fotojornalismo
Observe as capas de jornais e revistas.
É possível avaliar a importância das fotos para o jornalismo?
Bons motivos para fotografar
Existem várias e importantes razões para se fotografar:
1. O registro em si é algo importante para a preservação da memória
histórica de pessoas, eventos e instituições.
2. Num mundo obcecado por
imagens, a fotografia também ocupa
um papel fundamental como forma
2 comunicação.
de
Bons motivos para fotografar
3. O ato de fotografar
também pode ser um
discurso, formando ou
mudando opiniões.
4. No âmbito da escola,
fotografar educa o olhar
para ser crítico em relação
às imagens.
Durante a cobertura fotográfica - dicas
• Dificuldades que enfrentamos
Contraluz: flash
Palco e platéia: procure um ângulo para registrar os
dois. Às vezes temos espaço para apenas uma foto
11
Qual é a pauta? Qual o assunto a ser fotografado?
A foto deve ser a do entrevistado ou a do grupo?
12
Sombra: afaste o
assunto da parede
Atividade prática
Saída para registro fotográfico nas imediações,
com o objetivo de colocar em prática
o aprendizado.
Duração de 30 minutos.
Caso a turma concorde, esse exercício pode ser feito
em casa. Assim, ganha-se tempo para as outras
Atividade prática
Após a saída fotográfica, é importante
promover uma breve análise das fotos
produzidas e do resultado obtido pelos
participantes.
IV Encontro
 História e conceitos de fotografia; Equipamento fotográfico (tipos,
modelos, fabricantes, funcionamento);
 Linguagem fotográfica; Condicionamento do olhar. Enquadramento e
regras
de composição;
 Fotojornalismo; Saída fotográfica; Análise das fotos produzidas;
 Noções gerais de tratamento digital; Formas de armazenar e publicar

as imagens.
Tratamento digital das imagens
Tratamento digital é um trabalho de pós-produção. Pode
variar de um simples ajuste de exposição a uma completa
descontrução da imagem.
O primeiro passo é escolher um software de edição:
•
•
•
•
Picture Manager – Microsoft Office
Photoshop – Adobe
Ricoh Photo Studio – gratuito
Gimp – Livre www.gimp.or/downloads/
Também é preciso entender o que significa pixel, resolução
e formato de imagem.
Tratamento digital das imagens
Toda a imagem digital é formada por um
elemento denominado Pixel.
O Pixel tem um formato quadrado e se
alinha um ao lado do outro, determinando o
tamanho da imagem, conforme a
quantidade existente.
Portanto, a unidade de medida da imagem
digital é o Pixel e a unidade de medida da
fotografia é centímetro ou polegada.
Exemplo: A imagem com 1200x1600 é
menor que a imagem com 2400x3000.
Tratamento digital das imagens
A Resolução determina, na câmera digital, o tamanho da
imagem em pixel, com objetivo de gerar o tamanho da foto no
papel.
Uma câmera digital com resolução máxima de 8MP, significa que
o sensor tem 8 milhões de pixels com três canais de cores (RGB)
cada. Quando reduzimos a resolução, por exemplo, de 8MP para
5MP estamos agrupando os pixels, logo, transformando o
espaço com 8MP para 5MP. Sendo assim, os pixels ficaram em
menor quantidade, reduzindo o tamanho da foto final.
Tratamento digital das imagens
Formato é o modo de gravar as imagens na memória
interna ou no cartão de memória das câmeras digitais.
São três os formatos mais comuns: JPEG, TIFF, RAW. Cada
um deles usa um esquema de compressão diferente, com
diferentes finalidades e com o objetivo de armazenar o
máximo de informações no mínimo de espaço.
Cada formato possui vantagens e desvantagens diferentes.
Tratamento digital das imagens
Formatos de imagem
JPEG
•Várias opções de
compressão, com ou sem
perda de qualidade.
•Arquivos menores.
•Impressão fotográfica,
manipulação e internet.
•Armazena codificando,
reduzindo o tamanho do
arquivo
TIFF
•Usado para gravar
arquivos processados
em Raw, sem perda
de qualidade.
•Arquivos maiores.
•Impressão
fotográfica e
manipulação.
•Armazena
codificando sem
reduzir o tamanho do
arquivo.
RAW
•Registra os dados
brutos, como foi
fotografado.
• O processamento é
feito depois, no
computador.
•RAW é 1/2 do
tamanho do TIFF com
qualidade igual.
Tratamento digital das imagens
Exercícios práticos de tratamento de imagem:
•Corte;
•Contraste e brilho;
•Redimensionamento;
•Giro, etc.
Formas de armazenar e publicar as imagens
•Organize seus arquivos desde o início:
crie subpastas dentro da pasta imagens,
com cada evento ou tema fotografado.
•Faça o grosso do trabalho na hora de
descarregar. Já na primeira visualização
use a tela cheia e classifique as melhores
fotos e elimine as que não vai usar, como
as muito escuras ou tremidas. Assim você
poupa espaço no disco e ainda diminui o
trabalho na hora de editar.
•Faça Backup das fotografias. Se tiver pouco espaço disponível faça cópia de
segurança pelo menos das melhores imagens, evitando perde-las caso algo
aconteça ao seu disco rígido. Grave os melhores trabalhos em CDs, DVDs ou
Pendrive. Se possível, use um HD externo.
Formas de armazenar e publicar as imagens
Existem sites específicos para postagem de fotos (Ex. Flickr; Picasa;
Tumblr). Todos necessitam de cadastramento prévio.
Referências bibliográficas
Curso elaborado com consultas e compilações de dados das publicações
listadas a seguir:
. Guia de fotografia para iniciantes – Editora Europa;
• Apostila do Curso básico de fotografia – Marcelo Salcedo Gomes Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha - 2012;
•http://wwwbr.kodak.com/BR/pt/consumer/fotografia_digital_classica/para
_uma_boa_foto/curso_fotografia/curso_fotografia.shtml?primeiro=1
•http://www.infoescola.com/curiosidades/historia-da-fotografia/
•http://fabianaeaarte.blogspot.com.br/2012/10/historia-dafotografia.html
•http://wwwbr.kodak.com/BR/pt/index.shtml
•http://fotografoamador.net.br/a-linguagem-fotografica/
•http://www.olhar.com.br/dicas/linguagemfotografica.htm
•http://www.dhnet.org.br/w3/henrique/galeria/biblioteca/textosfoto/lin
guagem2.htm
•http://fotografeumaideia.com.br/site/index.php?option=com_content&tas
k=view&id=1637&Itemid=138
Referências - Imagens
• Imagens de câmeras, equipamentos e acessórios fotográficos foram copiadas do
site: http://home.mercadolivre.com.br/cameras-e-accesorios/
• Slide 3 - Alunos do Programa Nas Ondas do Rádio. Fotos do acervo Nas Ondas do
Rádio.
• Slides 34 - imagem copiada do site:
http://www.flickr.com/photos/zebarretta_stock/5782265946/sizes/o/in/photolist9NXCds/
• Slide 56: 1 - copiada do site: http://www.afraudedoseculo.com.br/
2 - copiada do site:
http://ocasionalidades.wordpress.com/2007/08/14/o-beijo-mais-famoso-acabouo-misterio/
• Slide 57 - Imagem copiada do site:
http://mundo-da-fotografia.blogspot.com/2009/03/guerra-do-vietname.html
• Slide 58 - Imagens copiadas do site: http://noarimprensajovem.blogspot.com.br/
• Slides 63 e 64:
http://wwwbr.kodak.com/BR/pt/consumer/fotografia_digital_classica/para_uma_
boa_foto/guia_digital_online/guia_digital_online.shtml?primeiro=1
•As outras imagens utilizadas nesta apresentação são de autoria de Regina Vilela,
obtidas com a câmera do celular e, algumas, com câmera digital compacta.
Quem somos?
COORDENAÇÃO
FORMADORES
• Anderson Zotesso
•Carlos Alberto Mendes de Lima
(gestão)
•Cadu Fernandez
•Carmen Gattás
•Débora Menezes
•Isabel Santos
•Izabel Leão
•Kassandra Carvalho
•Katia Cristina
•Mariza Pinto
•Paola Prandini
•Patrícia de Oliveira
•Regina Vilela
•Salete Soares
•Silene Lourenço
•Leonardo Moncorvo (apoio)