História da fotografia
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Transcript História da fotografia
História da
fotografia
Cesnors/UFSM – 1º semestre 2007
Capturando a imagem
Há mais de 170 anos o ser humano usa
a fotografia para capturar milhões de
imagens da realidade
A invenção da fotografia é um acúmulo
de esforços e conquistas que fizeram
dentro de uma progressão que começou
com a descrição da camara obscura,
feita por Aristóteles
A camara obscura
Evolução da camara
obscura
Em 1544, o mecanismo foi descrito por
Giovani Battista della Porta, em seu livro
Magia Naturallis
Na Renascença, ela era usada por artistas
para traçarem a perspectiva de quadros. Nesta
época já havia sido colocada uma lente na
entrada da câmera para melhorar a imagem
O tamanho foi diminuindo. Primeiro era do
tamanho de uma tenda, depois de uma
poltrona, depois de uma caixa portátil
Os precursores
1727 – Johan Heinrich Schulze
descobriu que luz escurecia uma solução
de nitrato de prata
1802 – Humpry Davy e Thomas
Wedgwood molharam papel e couro com
nitrato de prata, colocaram objetos em
cima de superfícies sensibilizadas e as
expuseram à luz do sol (fotogramas)
Primeiras “fotografias”
Em 1820, o físico francês Joseph Niépce
consegue uma imagem em negativo,
onde o escuro e o claro estavam
invertidos, mas a imagem não era
permanente
Em 1822, Niépce descobriu a cópia
positiva pela exposição de uma plca de
vidro coberta com uma substância
parecida com o asfalto (heliografia)
A 1ª
foto
Como foi feita a 1ª foto
1826, Niépce registrou o contorno de
árvores e prédios com poucos detalhes
O “filme” era um pedaço de estanho,
coberto com a sustância semelhante ao
asfalto, com um tempo de exposição de
8 horas
O ISSO real seria de 0,00001, cerca de
um milionésimo de um filme atual
Niépce e Daguerre
Em 1829, Niépce se associa com o pintor
Louis Daguerre para melhorarem a heliografia
Daguerra descobriu que poderia produzir uma
imagem positiva pela sensibilização de uma
placa de metal prateada com gás de iodo,
expondo-a à luz, revelando-a com gás de
mercúrio e, então, fixando a imagem com uma
solução de sal concentrado.
Niépce morre em 1833. Em 1939 Daguerre
batiza o processo que inventou de
daguerrotipia
Daguerrótipo
Talbot
O inventor inglês Willian Henry Fox Talbot, em
1839, anunciou um processo chamado
calotipia, que permitia fazer várias cópias
positivas de um simples “negativo”.
As imagens eram menos nítidas do que as de
Daguerre, mas deram a base para a forografia
atual: um processo negativo-positivo baseado
nas propriedades fotossensíveis dos sais de
prata
Foto
de
Talbot
Outras invenções
O astrônomo inglês John Hershel
descobriu o uso do hiposulfito de sódio
como um eficiente fixador para tornar
permanente uma imagem baseada em
sais de prata
O cientista norte-americano John Draper
conseguiu fazer um retrato com um
daguerrótipo, em 1839, com exposição
de meia hora
Martírio dos primeiros
retratos
Os retratos se popularizaram na Europa
e nos EUA
O modelo tinha de ficar sentado imóvel,
com uma braçadeira presa firmemente
na cabeça, olhando fixamente para o sol,
sem piscar
Melhorando o processo
Em 1851 foi introduzido o processo de colódio
úmido substutuiu os processo anteriores.
Era mais sensível a luz e permitia exposições
breves com 5 segundos. Era um processo
negativo-positivo
O escultor inglês Frederick Scott Archer usou o
colódio, uma mistura de nitrocelulose
dissolvida em álcool, para fixar a emulsão
fotossensível a uma placa de vidro
O processo necessitava ter sempre um
laboratório por perto
Fotos com placas de vidro
Nadar
Roger Fenton
Alexander Gardner
Lewis Hine
Arthur Rothstein
Placas secas
Em 1871 o colódio foi substituído por uma
emulsão de gelatina em placas secas.
Foram encontradas formas de tornar a
emulsão de gelatina mais sensível a luz, o que
permitiu os tempos de exposição em frações
de segundos
A placa seca cortou o cordão umbilical do
fotógrafo com o laboratório, mas ainda eram
feitas de vidro. Eram volumosas e frágeis
O filme de rolo
Em 1888, George Estman criou o filme de rolo,
com revestimento de gelatina e camada
química sobre uma base de papel. Logo após ,
substituiu o papel por celulóide
Este tipo de filme tornou a fotografia portátil,
com a possibilidade de fazer fotos em série
Estman, criador da Kodak, visava o público
amador, oferecendo uma câmera simples,
carregada com um filme de 100 poses, por 25
dólares
Foto x arte
No surgimento, a fotografia era vista pelos
artistas da época como um processo mecânico
e não uma forma de expressão artística
Naquela época, os primeiros fotógrafos
imitavam as técnicas de composição da
pintura
Depois, os fotógrafos passaram a dizer que a
fotografia tinha característica visuais próprias e
não precisava imitar nada
Oscar Gustave Rejlander
Movimento pictoralista –
foto em estado de arte
Na virada do século XIX, o norte-americano
Alfred Stieglitz, estudou na Europa e trouxe
para Nova York novas idéias sobre a fotografia
Ele foi o centro de um grupo de fotógrafos que
mudaram as regras. Evitavam manipulações e
preferiam os temas do dia-a-dia, mas usavam
processos de manipulação na ampliação
Criaram a revista Camera Works. Entre os
pictorialistas estavam Edward Steichen e
Clarence White, o protótipo do fotógrafo
pictorialista
Foto pictorialista
Foto pictorialista
Modernismo
Na época da I Guerra Mundial, os
fotógrafos começaram de defender a
precisão da fotografia
Diziam que a beleza estética está nos
detalhes do objeto, sem
embelezamentos de estúdio.
Fotógrafos como Paul Strand, criaram a
fotografia direta, desafiadoras e objetivas
Paul Strand
Experiências
Fotógrafos envolvidos com movimentsoo
como o dadaísmo e surrealismo fizeram
experimentos em fotografia
Man Ray (norte-americano que vivia em
Parias) era conhecido por fotogramas
com técnicas de solarizações (imagens
metade negativo e metade positiva,
como resultado da exposição na
revelação)
Man
Ray
Grupo f/6,4
Grupo de fotógrafos da Costa Oeste dos EUA
que defendiam a precisão e nitidez como
privilégio da fotografia diante das outras artes
O grupo era chamado assim em razão da
abertura em uma máquina que produz uma
grande profundidade de campo
O mentor do grupo era o fotógrafo Edward
Weston
Edward
Weston
Edward
Weston
Edward
Weston
Modernismo – visão
pessoal
Os modernistas sugeriam que a verdade da visão
pessoal era atribuída a capacidade de ver exatamente
a aparência externa das coisas. Este era o poder da
fotografia direta
Outros, queriam ver além disso, Buscavam, de algum
modo, ver por baixo da superfície. Acreditavam que a
fotografia deveria criar uma emoção no observador.
Stieglitz fez várias fotografias abstratas de nuvens que
ele chama equivalentes
Outros fotógrafos, expandiram a idéia de fotografia
direta para incluir visões do mundo mas pessoais e
menos objetivas
Imagem equivalente
Documentalista
surrealista
O fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson fazia
fotografia documental, mas se autodescrevia
como surrealista.
Fotografava cenas de rua e eventos do dia-adia, geralmente em lugares longe da França.
Seu trabalho é uma visão pessoal de um
mundo cuidadosamente ordenado, mas aponto
de se dissolver em desordem e mudanças
Bresson
Pós-modernismo
Os fotógrafos pós-modernistas são muito
preocupados com o que dá sentido à fotografia
e com a análise do mundo.
A preocupação não é tanto descobrir a
verdade ou comentar a verdade, porque, se
ela existir, nós é que provavelmente a geramos
A preocupação é analisar como o significado é
criado
Cindy Sherman
Barbara Kruger
Fotojornalismo
O formato das câmeras influenciou o
fotojornalismo até os anos 20.
Antes do início da 1ª Guerra Mundial a Leitz
Company, fabricante de câmeras filmadoras
para o cinema projetou uma câmera pequena
para testar filmes
As imagens ficaram tão boas que puderam ser
ampliadas em cópias muito apresentáveis
Depois da guerra, em 1924, foi apresentada a
primeira câmera Leica
Câmera Leica
Usava os filmes de 35 milimetros,
mesmo formato do cinema
A câmera produzia fotografias de alta
qualidade. Era leve e fácil de usar. A
invenção foi de certa forma responsável
pelo surgimento da chamada ‘fotografia
ingênua” e o crescimento das revistas
semanais, primeiro na Europa e depois
nos EUA
Revista Life
Publicação semanal que iniciou em 23 de
novembro de 1936
Pela primeira vez, a ênfase era a fotografia e
não o texto
Não havia ainda os noticiários de televisão. A
revista teve sucesso imediato. Teve esgotado
rapidamente 466 mil cópias.
O público aguardava ansiosamente para saber
como a Life cobriria determinado assunto de
grande repercussão
As edições semanais terminaram em 1972
Hoje?
A única revista que mantém nos EUA ( e em edições
em mais de vinte países) o espaço para a fotografia
dado pela Life é a National Geographic.
A revista tem autonomia financeira para permitir que
seus fotográfos se aprofundem na história.
Entre eles está Eugene Richards (problemas de
drogas e atendimento em saúde) e Marya Ellen Mark
(mulheres, prostitutas, meninas de rua, manicômios
No Brasil, hoje, este tipo de fotografia é feito por
muitos fotógrafos, que trabalham com fotojornalismo
diariamente, mas fazem projetos especiais.
O mais conhecido é Sebastião Salgado, que produziu
imagens chocantes sobre o trabalho em todo o mundo
Sebstião
Salgado