Aula 1- Trovadorismo

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Trovadorismo
Literatura – Aula 1
1. Contexto Histórico

-
Trovadorismo (1189-1418)
Idade Média (Primeiros registros)
Povos bárbaros
Feudos
Suserano x Vassalos
Cobiça territorial
Reis (acúmulo de poder e influência)
Monarquia absoluta (final da Idade Média)
1. Contexto Histórico
-
•
•
Feudos em colapso x cidades cresciam
Quantia de dinheiro
Igreja
Era de viagens
2. Gêneros literários medievais

Idade média portuguesa: prosa e poesia

Prosa = Novelas de cavalaria
Poesia = Gênero lírico
(cantigas de amor e cantigas de amigo)
Gênero satírico
(cantigas de escárnio e cantigas de maldizer)

* Dialeto galego-português
3. Prosa

Novelas de cavalaria
-
Aventuras de um herói
Código de ética
Episódios de enfrentamento e de
envolvimentos amorosos
-
Aquele dia, hora da prima, rezada a missa, fez
Lancelote cavaleiro seu filho
Galaaz, assim como era costume. E sabei que
quantos lá estavam agradavam-se
de sua aparência; e não era maravilha, porque
naquele tempo não se podia
achar em todo reino de Logres donzel tão
formoso e tão bem feito; porque em
tudo não se podia achar nada em que o
censurasse, exceto que era meigo demais em
seu modo de ser .
(A DEMANDA DO SANTO GRAAL, 1988: 28).
4. Poesia – Gênero lírico

Poesia lírica – Cantiga de amor
- Coita (sofrimento amoroso/dor
amorosa)
- Vocativo (apóstrofe): mia senhor, fremosa
mia senhor...
- Veio da canção da antiga provença
Quer' eu em maneira de proençal
fazer agora hum cantar d' amor,
e querrei muit' loar mia senhor,
a que prez nem fremosura nom fal,
nem bondade; e mais vos direi en:
tanto a fez Deus comprida de bem
que mais que toda las do mundo val.
(D. Dinis)

Vocabulário:
-
Proençal: provençal
Loar: louvar
Prez: qualidades
Fal: falta
Comprida: repleta
Val:Vale
-
-
4. Poesia – Gênero lírico

Poesia lírica – Cantiga de amigo
-
Era de viagens (cruzadismo e primeiras
travessias) = ausência
Entoada pela moça (composta pelo poeta)
-
Não me digades, madre, mal, se irei
Ver o-sem-verdade que namorei
Na ermida do soveral,
U me el fez muitas vezes coitada estar,
Na ermida do soveral.
Não me digades, madre, mal, se eu for
Veer o-sem-verdade e o mentidor
Na ermida do soveral,
U me el fez muitas vezes coitad'estar,
Na ermida do soveral.
(Martin de Grijó)

Vocabulário:
-
Não me digades mal: Não me repreendais
-
Ermida do soveral: na capela, onde
existem sobreiros (tipo de árvore)
Não me digades, madre, mal, se irei
Ver o-sem-verdade que namorei
Na ermida do soveral,
U me el fez muitas vezes coitada estar,
Na ermida do soveral.
Não me digades, madre, mal, se eu for
Veer o-sem-verdade e o mentidor
Na ermida do soveral,
U me el fez muitas vezes coitada estar,
Na ermida do soveral.
(Paralelismo e refrão)
5. Poesia – Gênero satírico
Os homens da Idade Média participavam
igualmente de duas vidas: a oficial e a
carnavalesca, e de dois aspectos do mundo:
o piedoso e sério, o outro, cômico.
Esses dois aspectos coexistiam na sua
consciência, e isso se reflete claramente
nas páginas dos manuscritos dos séculos XIII
e XIV, por exemplo nas lendas que narram a
vida dos santos.
(Mikhail Bakhtin)
5. Poesia – Gênero satírico


Sátira visa a criticar, a agredir
Ridicularizar por meio do riso

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Cantiga de escárnio:
não menciona nomes
irônica
duplo sentido

-
Cantiga de maldizer:
nominais
grosseiras