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Atualidade 2013 – Prof. Flávio Ferrão.
Por que atualidades?
Prova Roleta-Russa?
Alunos sempre perguntam à professores de Atualidades, quais são
Os concursos públicos cada vez mais exigem profissionais
que estejam conectados e interessados pelas grandes
os temas “quentes”, quais tem maior chance de cair na prova. Mas
questões que assolam o século XXI. A amplitude que a
todos os editais sempre pedem “questões relacionadas a fatos
Internet tomou nesse inicio de milênio, fez com que pessoas
políticos econômicos e sociais, ocorridos a partir de tal data...”
de todo mundo e uma significativa parcela de brasileiros
tivesse acesso a um turbilhão de informações, agenciadas
Fatos econômicos, políticos e sociais... Genérico, eu diria... É
através do Google, impulsionadas pelo Facebook, que em
complicado pensar na quantidade de fatos políticos, econômicos e
determinados países geraram até revoluções. Esse novo
sociais que acontecem a cada ano ou período estipulado pelos
mundo virtual (que se mistura ao próprio mundo real) foi
capaz de ampliar a globalização da informação. Hoje você
editais. O mundo está cada vez mais agitado, mais multipolar, com
pode, da sua casa, escutar rádios on-lines do mundo todo
muitas nações desenvolvendo primazias ou sofrendo
em tempo real enquanto pesquisa sobre o que quiser. Mas
transformações. Mesmo no Brasil, passamos por um período
esse mesmo mundo novo, é feito e é fruto de um mundo
distorcido pelas questões do capitalismo especulativo-
conturbado e contradório, com uma intensa violência e desrespeito
finaceiro-tecnológico, que tornam o mundo um lugar bastante
aos direitos humanos, escândalos de corrupção, crescimento
difícil de se viver e de se entender de tantos contrastes.
econômico, discussões de cunho social e comportamental.
A prova de Atualidades – ou Conhecimentos Gerais é
Portanto, é preciso ter em mente que é preciso sempre buscar
portanto um artifício dos órgãos públicos para tentar
selecionar um perfil que se interessa por todo tipo de mídia,
notícias e se atualizar, e esta presente apresentação de slides se
que faz um bom uso da internet, e que domine minimamente
mostra apenas como um lampejo que busca da melhor forma
as questões políticas, econômicas e sociais do mundo e de
possível ensinar caminhos de estudo para uma prova que de tão
seu país.
vasta, é sempre um “tiro no escuro, uma roleta russa.”
A Polêmica é o
combustível para o
reconhecimento de
um assunto atual
“Atualidades” é um aspecto
dos processos seletivos que
procuram avaliar a capacidade
dos candidatos de
acompanhar as mudanças
mundiais e nacionais – em
suas diferentes facetas –
economia, política, cultura,
mídia. Geralmente seus
temas envolvem temas
polêmicos, que foram temas
da mídia em geral. É
importante estar atento à
esses temas, e procurar
aprofundar as informações,
que muitas vezes são
retratadas de forma
superficial pelos meios de
comunicação.
Notícias Anteriores à 2013
que permaneceram na
mídia durante o ano.
Usina de Belo Monte.
Operários da usina de Belo Monte, em Altamira (PA), iniciaram
nesta segunda-feira (23) uma paralisação por melhores condições
de trabalho. O ato é pacífico. A categoria fechou o principal
acesso aos cinco canteiros de obras da usina, no km 27 da
Rodovia Transamazônica.
O estado de greve dos trabalhadores começou na última quintafeira. Eles querem aumento do valor da cesta básica, que hoje é
de R$ 95, e a diminuição do intervalo entre os periodos de folga.
Hoje, os trabalhadores têm direito a sair para ver a família de seis
em seis meses.O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM)
informou que todas as atividades dos canteiros foram suspensas,
mas 850 trabalhadores foram liberados da greve para garantir a
manutenção de serviços essenciais como segurança,
atendimento médico e alimentação aos operários alojados.
A paralisação em Altamira começou por volta de cinco horas da
manhã. Os operários líderes da manifestação bloquearam o
acesso dos ônibus que levam trabalhadores para as cinco frentes
de trabalho de Belo Monte.
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma obra faraônica a ser
construída no Rio Xingu, no estado brasileiro do Pará – em plena
floresta amazônica – o lago da usina terá uma área de 516 km²
(1/10.000 da área da Amazônia Legal). Em potência instalada, a usina
de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás
apenas da chinesa Três Gargantas (20.300 MW) e da brasileira e
paraguaia Itaipu (14.000 MW).
Seu custo é estimado em R$ 19 bilhões (2010), ou seja R$ 1,7 milhões
por MW instalado e R$ 4,3 milhões por MW efetivo. A usina está
prevista para entrar em funcionamento em 2015.
A construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do regime de
escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando a flora e
fauna locais e introduzindo diversos impactos socioeconômicos. Um
estudo formado por 40 especialistas e 230 páginas defende que a
usina não é viável dos pontos de vista social e ambiental.
A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de
árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são a base da dieta
de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no
regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a
redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade
econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da
região.
Impactos sociais
O transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem
direita do Xingu) será interrompido. Atualmente, este é o único meio
de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até
Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios,
como a venda de peixes e castanhas.
De resto, as análises sobre o Estudo de Impacto Ambiental de Belo
Monte feitas pelo Painel de Especialistas, que reúne pesquisadores e
pesquisadoras de renomadas universidades do país, apontam que a
construção da hidrelétrica vai implicar um caos social que seria
causado pela migração de mais de 100 mil pessoas para a região e pelo
deslocamento forçado de mais de 20 mil pessoas. Tais impactos,
segundo o Painel, são acrescidos pela subestimação da população
atingida e pela subestimação da área diretamente afetada.
Trinta anos após guerra, argentinos e britânicos ainda
disputam Malvinas
A campanha da presidente argentina, Cristina
Kirchner, para obrigar a Grã-Bretanha a entregar
as Malvinas talvez alcance nesta segunda-feira (2)
seu ponto máximo durante os 30 anos de aniversário
da falida ocupação argentina ao arquipélago do
Atlântico Sul. Cristina estava disposta a encabeçar
manifestações patrióticas que ocorrerão nesta
segunda e a discursar novamente exigindo que os
britânicos reconheçam a soberania argentina das
Ilhas Malvinas, que eles chamam de Ilhas Falkland.
Os esquerdistas convocaram uma marcha até a
embaixada britânica em Buenos Aires. Ganhadores
do Prêmio Nobel da Paz acusaram a Grã-Bretanha de
militarizar as ilhas, e dirigentes sindicais celebraram
seu boicote a barcos de carga e cruzeiros britânicos.
No entanto, nenhuma dessas ações parecem aproximar o país latino-americano
da recuperação do local onde, afirmam, foram expulsos em 1833 por forças
britânicas - que o administra há 150 anos como sua colônia e assegura que
não há nada para negociar, já que as ilhas são um território autônomo
britânico ultramar e determinam seu próprio destino. Grande parte dos
moradores da ilha desejam continuar sob comando britânico. Sem um
avanço verdadeiro, as partes têm intensificado seu discurso e endurecido
suas posturas. Em emails e redes sociais, os argentinos chamam os
moradores locais de "piratas" e se referem aos habitantes com o termo
"kelpers".
A Argentina tenta diversas formas de cortejar, ocupar, negociar, ameaçar com
seu regresso às ilhas nas últimas quatro décadas. Em 1930, o país estabeleceu
um elo direto com Bueno Aires: os abasteciam de gasolina, pagavam a
educação das crianças e tentava construir vínculos. A Grã Bretanha
negociava com os moradores para que aceitassem uma entrega das ilhas ao
estilo de Hong Kong antes que a junta militar argentina decidisse lançar a
invasão em 2 de abril de 1982. Acreditava-se que os soldados argentinos
seriam recebidos como libertadores, mas em pouco tempo advertiram que
os locais queriam continuar sendo britânicos e que uma frota naval havia
zarpado da Inglaterra para recuperar as ilhas. A junta enviou milhares de
novos recrutas sem apoio logístico nem sequer com roupa suficiente para se
proteger do frio. Os soldados argentinos combateram com força, mas não
tiveram oportunidade de vencer. As forças argentinas se renderam em 14 de
junho, ao fim de uma luta em que morreram 649 argentinos e 255
britânicos. Três habitantes locais perderam a vida devido ao fogo cruzado.
Na década de 1990 houve outras tentativas de construir vínculos: vários
acordos para dividir os direitos de pesca e exploração petrolífera, vínculos
marítimos e aéreos, entre outros. mas quase todos os acordos foram
abandonados em 2003, depois que o marido falecido de Cristina, Néstor
Kirchner, foi presidente e empreendera o isolamento das ilhas. Ações deste
tipo se intensificaram desde então. "Trinta anos e estamos igual, nos
preocupa voltar a viver o mesmo, outra invasão. Não queremos que se
repita.", disse a moradora Mary Lou Agman à agência de notícias Associated
Press. Centenas entre os 3 mil residentes das ilhas participaram de
manifestações neste domingo com bandeiras britânicas e das Malvinas,
enquanto observavam um desfile da Força de Defesa local que marchou na
rua principal.
O "Portal da Transparência" passou a publicar nesta quarta-feira (27) os salários dos
servidores do Executivo federal. A publicidade da remuneração de funcionários
públicos foi determinada pela presidenta Dilma Rousseff por meio de decreto de
regulamentação da Lei de Acesso à Informação, editado em 16 de maio . A nova
legislação tem como objetivo ampliar o acesso da população a informações
públicas. Os salários dos militares das Forças Armadas ainda não foram incluídos no
portal.
De acordo com o portal, a presidenta Dilma recebeu um salário bruto de R$ 26.723,13
no mês de maio. Com as deduções por conta dos impostos, o valor líquido chegou a
R$ 19.818,49.
Presidenta Dilma Rousseff determinou a divulgação dos salários dos servidores
federais quando assinou o decreto que regulamentou a Lei de Acesso à Informação.
Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), o prazo para incluir essas
informações expira em 30 de julho. A consulta deve ser feita pelo site
www.portaldatransparencia.gov.br, na seção "Servidores". O cidadão pode consultar
os salários pelo nome ou CPF do servidor, por órgão ou função. Além do vencimento
básico, serão divulgadas remunerações eventuais, como férias e gratificação natalina
e deduções obrigatórias. Além disso, o portal vai mostrar se o servidor devolve
dinheiro à União por ter ultrapassado o teto do funcionalismo, bem como se possui
jetons (gratificações extraordinárias). O site não vai divulgar descontos de caráter
pessoal, como pensões e empréstimos consignados. Por enquanto, não serão
exibidas informações sobre verbas indenizatórias, tais como auxílios alimentação,
transporte e creche, ajudas de custo ou diárias de viagens. De acordo com a CGU,
essas informações têm até 30 de agosto para serem publicadas.
Portal da Transparência.
Após uma crise iniciada no setor
bancário e imobiliário Norte-Americano
em 2008 (a crise dos sub-primes), vários
bancos quebraram, gerando um
sequência em massa de fechamento de
grandes empresas e bancos. A Europa,
com a zona do Euro instituída também foi
afetada pela Crise, e os Estados deixam
de lado a teoria Neo-liberal e passam a
socorrer os banqueiros e outros grandes
investidores do setor financeiro e
industrial. Tal dinheiro estatal injetado na
iniciativa privada, viria por diminuir a
capacidade de investimento estatais no
setor público europeu e americano,
afetando principalmente países menos
industrializados da zona do Euro como
Irlanda, Grécia, Portugal, que possuem
um grande endividamento público e
pouca capacidade de inovação produtiva.
Todo esse contexto vem criando um ciclo
recessivo que ameaça a zona do Euro,
bem como a organização do Capitalismo
Financeiro atual.
Crise Econômica no Capitalismo Central – A
Crise Americana e a Crise do Euro.
UE (União Europeia) aprovou, no dia
9 de maio de 2010, um fundo
emergencial de 750 bilhões de euros
(R$ 1,7 trilhão) para salvar a Grécia de
uma crise fiscal que ameaçava colocar
a Europa em nova crise econômica.
A Grécia gastou muito além do que
seu orçamento permitia nos últimos
anos. Para pagar as contas, o Estado
contraiu empréstimos com
instituições bancárias. E, para piorar a
situação, a crise de 2008 provocou
desemprego e queda de receitas.
Com o objetivo de equilibrar as
contas, o governo anunciou um
pacote que congela salários e aumenta
impostos. Foi o que causou violentas
manifestações em Atenas, que
deixaram três mortos no dia 5 de
maio.
O que tornou inevitável a ajuda para
resgatar a economia grega foi o risco
de que a crise se espalhasse pela
Europa, afetando, principalmente,
países em situações fiscais
semelhantes, como Irlanda, Espanha e
Portugal.
Para entender melhor...
Veja a seguir alguns pontos para entender a crise que afeta a Europa e
os “Piigs” – Portugal, Irlanda, Itália, Grécia + Espanha.
Portugal enfrenta uma taxa de desemprego superior a 12% e uma
economia em contração . O recém empossado primeiro-ministro Pedro
Passos Coelho terá que implantar reformas fiscais e sociais amplas e
urgentes, incluindo mais medidas de austeridade para restaurar a saúde
fiscal do país e encorajar o crescimento econômico.
Os termos do acordo de ajuda financeira acertado com a União Europeia e
credores incluem aumento dos impostos, congelamento de aposentadorias
e cortes nos benefícios dos funcionários. O novo governo terá que
implementar o pacote econômico que prevê uma ajuda financeira de 78
bilhões de euros ao país.
Diferentemente de outros países, não houve qualquer estouro de bolha em
Portugal. O que houve foi um processo gradual de perda de
competitividade, com o aumento dos salários e redução das tarifas de
exportações de baixo valor da Ásia para a Europa.
Com o baixo crescimento econômico, o governo tem tido dificuldade para
obter a arrecadação necessária para arcar com os gastos públicos
crescentes, em parte por causa de uma sucessão de projetos, incluindo
melhorias no setor de transportes, com o objetivo de aumentar a
competitividade portuguesa.
Quando estourou a crise financeira global, em setembro de 2008, Portugal
passou a enfrentar problemas com sua dívida pública, que ficou cada vez
mais difícil de ser financiada.
Crise do Euro – Origens e Consequências.
Irlanda
A República da Irlanda foi uma das maiores
casos de sucesso recente na Europa, nos anos
pré-crise. Tanto que devido a esse fato o país foi
apelidado de "Tigre Celta". Mas esse
crescimento econômico era dependente de
uma frágil bolha imobiliária que ruiu em 2008.
O país foi do boom ao desastre financeiro em
um período de apenas três anos.
O preço dos imóveis caiu rapidamente cerca de
60% e os empréstimos de risco, concedidos
principalmente para as construtoras, se
acumularam nas carteiras dos principais
bancos. Para ajudar as principais instituições
financeiras e evitar um colapso em todo o
sistema foi necessário um aporte emergencial
de 45 bilhões de euros, mais de R$ 100 bilhões,
o que aprofundou ainda mais o já elevado
déficit no orçamento do governo irlandês.As
finanças do país também estão sendo afetadas
pela queda na arrecadação de impostos. À
medida que a economia se retrai, cresce o
desemprego e aumentam os temores de que o
país esteja à beira de uma volta à recessão.
O país já adotou uma série de programas de
austeridade desde o início da crise da dívida,
mas o governo terá de fazer muito mais nos
próximos anos para cumprir as difíceis metas
estabelecidas pela União Europeia (UE), pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI) e o
Banco Central Europeu (BCE), que são credores
do país.Em 7 de novembro, a União Europeia
fez uma emissão de bônus dez anos no valor de
3 bilhões de euros destinados ao programa de
assistência financeira à Irlanda. A operação foi
realizada por meio do Fundo Europeu de
Estabilidade Financeira (FEEF), com
vencimento dos títulos em 4 de fevereiro de
2022 e rentabilidade de 3,6%.
Itália
O agravamento da situação da economia italiana tem colocado em dúvida as
soluções propostas até agora pela União Europeia para a crise. A Itália possui uma
dívida de 1,9 trilhão de euros, muito maior que a de Grécia, Irlanda e Portugal juntos.
A quebra da Itália , terceira maior economia do bloco, que representa cerca de 20% da
União Europeia, poderia abalar seriamente a estrutura do euro. Para blindar a Itália,
os líderes europeus decidiram em outubro ampliar o Fundo de Estabilidade
Financeira (FEEF) para 1 trilhão de euros, mediante um mecanismo que estimule a
compra da dívida dos países mais frágeis, oferecendo uma garantia de 20% sobre
perdas eventuais.
Diante da gravidade da situação, o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, nomeou
em 13 de novembro o economista e ex-comissário da União Europeia Mario
Monti como primeiro-ministro do país, em substituição a Silvio Berlusconi , que
ocupou o cargo por cerca de dez anos, e passava por uma crise de credibilidade após se
envolver em sucessivos escândalos, além de ter seu nome associado em denúncias de
corrupção.
Monti te como função principal implementar o plano de austeridade aprovado em
12 de novembro pelo parlamento italiano. O pacote contém medidas duras para cortar
59,8 bilhões de euros e equilibrar o orçamento do país até 2014.
Entre as medidas estão o aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), de 20%
para 21%, congelamento dos salários de servidores até 2014, aumento da idade mínima
de aposentadoria para as trabalhadoras do setor privado, de 60 anos em 2014 para 65
em 2026, maior rigidez na aplicação das leis contra evasão fiscal, além de um imposto
especial para o setor de energia.
Italia e Irlanda – crise do Euro.
A crise financeira da Grécia pode ter
profundas implicações para outros países
europeus e para a economia mundial.
1 - Por que a Grécia está nessa
situação?
A Grécia gastou bem mais do que podia na
última década, pedindo empréstimos
pesados e deixando sua economia refém
da crescente dívida. Nesse período, os
gastos públicos foram às alturas, e os
salários do funcionalismo praticamente
dobraram. Enquanto os cofres públicos
eram esvaziados pelos gastos, a receita
era afetada pela evasão de impostos deixando o país totalmente vulnerável
quando o mundo foi afetado pela crise de
crédito de 2008.
2 - O que a Grécia está fazendo para
reverter a crise?
O governo quer congelar os salários do
setor público e aumentar os impostos e
ainda anunciou o aumento do preço da
gasolina.Pretende também aumentar a
idade para a aposentadoria, em uma
tentativa de economizar dinheiro no
sistema de pensões, já sobrecarregado.
3 - Por que a Grécia não declara
moratória de suas dívidas?
Se o país não fosse membro da zona do
euro, talvez fosse tentador declarar a
moratória, o que significaria deixar de
pagar os juros das dívidas ou pressionar
os credores a aceitar pagamentos menores
e perdoar parte da dívida.
4 - A crise na Grécia pode se espalhar?
Se a Grécia promover um calote, os
problemas podem se espalhar para a
Irlanda e Portugal.
Pessoas procurando vagas em agência de empregos na Espanha: desemprego
recorde.
Com a taxa de desemprego mais alta entre os países industrializadas (22% da população
ativa), ameaça de resgate financeiro e risco crescente de recessão, a Espanha vive sua pior
crise em mais de quatro décadas.
A fragilidade econômica vem causando umarápida mudança social na Espanha,
empurrando de volta para a pobreza pessoas que vinham ascendendo economicamente.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), mais de um em cada cinco espanhóis,
(21% da população), ou cerca de 10 milhões de pessoas, era classificado como pobre em
julho, e analistas estimam que este índice chegue a 22% até o fim do ano. Em 1991, o índice
era de 14%. Uma em cada quatro famílias no país não tem dinheiro suficiente para saldar as
dívidas no fim de cada mês.
Essas estatísticas recentes contrastam com o perfil de um país que até seis anos atrás criava
cerca de 500 mil empregos por ano e que em uma década de crescimento contínuo
importou 5 milhões de imigrantes.
Algumas medidas para tentar ajustar o país ao momento de baixo crescimento como
congelamento de pensões, aumento na idade de aposentadoria, que passou dos 65 para 67
anos, corte de 5% nos salários do funcionalismo, aumento de impostos, entre outras, foram
decretadas nos últimos meses. Mas essas decisões acabaram com a popularidade dos
políticos socialistas, que chegaram ao poder em 2004, num momento de expansão
econômica impulsionada pelo que, no futuro, se transformaria em uma bolha imobiliária. A
forte expansão do setor da construção na Espanha fez com que o PIB do país crescesse mais
de 60% nos últimos 15 anos. Entre 1994 e 2007, os imóveis tiveram uma valorização de mais
170%.
Após a realização de eleições parlamentares em 20 de novembro e sob o comando do novo
primeiro-ministro Mariano Rajoy , de perfil conservador, a Espanha deve ter pela frente
períodos de mais ajustes fiscais, com cortes de gastos do governo e crescimento mais lento.
Grécia e Espanha – Crise do Euro.
Manifestantes e polícia se enfrentam
em dia de greve geral na Grécia
Manifestantes e policiais de choque entraram em confronto nesta quarta-feira (26)
em Atenas, capital da Grécia, durante um dia de greve geral contra as medidas
de austeridade exigidas pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário
Internacional (FMI) como condição para seguir apoiando o país.
Os confrontos ocorreram na Praça Syntagma, no centro da capital. A polícia usou
bombas de gás contra os manifestantes, que atiraram coquetéis molotov e
pedras contra os policiais. Os confrontos prosseguiram na praça e próximo ao
ministério das Finanças, onde um caminhão dos bombeiros estava estacionado,
enquanto a maioria protestava pacificamente, antes de um reforço policial
chegar e expulsar alguns jovens. Alguns jovens também atearam fogo a um
quiosque de uma empresa de telefonia e em lixeiras, além de quebrarem
janelas, enquanto os hotéis de luxo ao longo da praça foram protegidos por um
cordão policial. Cerca de 50 mil pessoas participam dos protestos. Eles
gritavam: "Não vamos nos submeter à troika (credores)" e "Fora UE e FMI!” O
dia de ação nacional, o primeiro desde junho, quando o governo de coalizão do
primeiro-ministro conservador Antonis Samaras assumiu o poder, afeta
consideravelmente o funcionamento da administração e os serviços públicos,
com escolas fechadas e hospitais funcionando em ritmo lento.
As férias de verão deram ao governo de coalizão liderado pelos conservadores uma
calma relativa nas ruas desde que Samaras chegou ao poder com uma
plataforma pró-euro e pró-resgate, mas os sindicatos preveem mais protestos
com o fim do descanso. "Ontem os espanhóis tomaram as ruas, hoje somos nós,
amanhã serão os italianos e no dia seguinte, todo o povo da Europa", disse
Yiorgos Harisis, sindicalista do sindicato dos servidores públicos Adedy. Cerca
de 3 mil policiais --o dobro do usado normalmente-- foram às ruas para
proteger o centro de Atenas.
O último grande caso de violência nas ruas de Atenas havia ocorrido em fevereiro,
quando manifestantes colocaram fogo em lojas e agências bancárias depois que
o Parlamento aprovou as medidas de austeridade.
Comissão da
Verdade
A Comissão da Verdade, grupo federal criado para investigar, durante dois anos, as
violações aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, incluindo o período da
ditadura militar, enfrenta obstáculos para realizar, com êxito, a apuração dos casos.
Atualmente, recebe críticas ferrenhas acerca da quantidade de membros que formará o
grupo. O projeto, aprovado pela Câmara no último mês e que, atualmente, aguarda
votação no Senado, autoriza apenas sete pessoas para a comissão, indicados pela
presidente da república, além de 14 assessores.
No entanto, para alguns especialistas, 21 membros, compondo o que eles chamam de
“comissão da Meia-Verdade” serão insuficientes para o volume de tarefas
e responsabilidade previstas para essa comissão, visto que o trabalho consiste no
acesso a documentos sigilosos, convocação de pessoas para prestar depoimentos e a
determinação de perícias e diligências. Como argumento, eles afirmam que, no
Uruguai, por exemplo, comissão formada para a execução de um trabalho semelhante,
contava com a cerca de 200 membros.
Além disso, afirmam o quanto será difícil que essas 21 pessoas consigam investigar as
minúcias de todas as violações do período estabelecido. Diante disso, o governo
lançou, também no último mês, uma medida cujo objetivo é agregar acadêmicos e
pesquisadores à Comissão da Verdade, visando, assim, suprir o déficit humano do
projeto. A medida busca a inclusão de universidades, movimentos sociais e ONGs que
sejam ligadas à área dos direitos humanos.
A intenção do trabalho da Comissão da Verdade é formidável, mas, para obter
resultados justos e conclusivos, de fato, precisa contar com uma equipe de alto padrão,
na quantidade e, principalmente, na qualidade. O orçamento destinado à execução
desse trabalho deve estar, portanto, à altura da importância dessas investigações para
a história brasileira. Deve ser realizada uma apuração impecável e, para isso, é
necessário que receba o devido investimento do governo e reconhecimento da
sociedade.
Crise na Síria.
O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal grupo de oposição, pediu uma reunião "urgente" do
Conselho de Segurança da ONU para impedir o massacre de civis que o regime pretende cometer, segundo a
organização, em Aleppo.
Em um comunicado, o CNS afirma que "o regime sírio se prepara para cometer massacres" em Aleppo e
pediu ao Conselho de Segurança que adote "as medidas necessárias para proteger os civis".
Os combates foram retomados neste domingo (29) em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, onde os
rebeldes que lutam contra o regime de Bashar al-Assad permanecem entrincheirados em alguns bairros,
em uma tentativa de resistir à ofensiva do exército. Pelo menos quatro pessoas morreram na Síria neste
domingo, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). No sábado (28), 168 pessoas
morreram: 94 civis, 33 rebeldes e 41 soldados.
Os opositores tentaram tomar o controle de uma delegacia no bairro de Salhin, localizada em um
cruzamento estratégico, que teria permitido unir Salahedin ao bairro de Sahur, também sob controle
insurgente, para unir suas forças. Os combates pararam por alguns momentos na tarde de sábado após o
ataque das tropas sírias contra os bairros rebeldes desta cidade de 2,5 milhões de habitantes e considerada
vital para as duas partes no conflito. As tropas oficiais bombardearam e metralharam, com o uso de
helicópteros, as áreas insurgentes. A frente de Aleppo foi aberta em 20 de julho e o Exército iniciou a
ofensiva depois de receber reforços.
Resto do país
Os confrontos prosseguem em outros pontos do país. Na cidade de Homs, perto do quartel-general da
polícia, um rebelde morreu, segundo o OSDH.
Na localidade de Irbin, na região de Damasco, um civil foi morto a tiros. Dois civis morreram em
confrontos em Idleb (noroeste).
Segundo o OSDH, pelo menos 20 mil pessoas, incluindo 14 mil civis, morreram na Síria desde o início
dos protestos contra o regime de Assad, em março de 2011.
No sábado, Abdel Baset Sayda, presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão da
oposição, pediu aos países "irmãos" e "amigos" que forneçam armas aos membros do Exército Sírio Livre
(ESL), formado por desertores e civis.
Desde o início dos protestos antigoverno, em março de 2011, o regime sírio vem lançando uma ofensiva contra opositores
que, segundo a ONU, já deixou mais de 9 mil mortos no país.Já o governo sírio divulgou em fevereiro sua própria estimativa
de vítimas: 3.838, das quais 2.493 eram civis e 1.345 membros das forças de segurança.
O que os opositores querem?
Os protestos começaram pedindo mais democracia e liberdades individuais. Porém, quando as forças de segurança abriram
fogo contra manifestantes desarmados, a oposição passou a exigir a queda de Assad.O presidente se recusou a renunciar,
mas fez concessões para tentar aplacar os manifestantes. Entre elas estão o fim do estado de emergência, que durou 48
anos, e uma nova constituição, que prevê a realização de eleições multipartidárias.
Há uma oposição organizada?
Depois que as manifestações se espalharam por todo o país, opositores e partidos políticos clandestinos formaram a frente
antigoverno Conselho Nacional Sírio (CNS), de maioria sunita e apoiada pela Irmandade Muçulmana e que opera fora da
Síria. Um segundo grupo, o Comitê de Coordenação Nacional, que age de dentro do país, foi formado por opositores que
temem a orientação islâmica do CNS. Já a oposição armada ao regime é composta por militares desertores que se
organizaram no Exército Livre da Síria, que coordena ataques contra as forças de segurança do regime a partir da Turquia.
O que a comunidade internacional está fazendo?
A Liga Árabe inicialmente se manteve em silêncio sobre a crise, mas em novembro de 2011 impôs sanções econômicas à Síria
após o país não permitir a entrada de observadores no país. Os observadores foram autorizados um mês depois, mas não
conseguiram frear a violência.Duas tentativas da comunidade internacional de aprovar resoluções contra a Síria no
Conselho de Segurança da ONU foram vetadas pela Rússia, que tem fortes laços econômicos e militares com o regime de
Assad. No último mês de março, a Liga Árabe e a ONU nomearam o ex-secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan
como enviado para negociar um cessar-fogo entre o governo e os rebeldes.
É um conflito sectário?
O regime de Assad concentrou poder econômico, político e militar nas mãos da comunidade alauíta (10% da população). A
maioria sunita (74%) se viu excluída e passou a acusar o governo de corrupção e nepotismo. Os protestos antiregime mais
intensos vêm ocorrendo sistematicamente em cidades e áreas totalmente sunitas, onde praticamente não há alauítas ou
cristãos.
Rio de Janeiro é eleito Patrimônio Cultural da Humanidade
Este domingo (1º) é um dia histórico para o Brasil. Esta é a data em que a cidade do Rio de Janeiro tornouse a primeira do mundo a receber o título da Unesco de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural
Urbana. A candidatura, apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),
foi aprovada durante a 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em São Petersburgo, na Rússia. As
informações são do Iphan. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o presidente do Iphan, Luiz Fernando
de Almeida, que acompanharam os trabalhos, comemoraram a decisão que resultou na inclusão de mais
um bem brasileiro na Lista de Patrimônio Mundial. A votação estava prevista para acontecer no sábado
(30), mas foi adiada para este domingo (1º). O secretário municipal de Turismo, Pedro Guimarães, se
pronunciou logo após o anúncio da Unesco. Para ele, o título foi merecido: "A cidade que é um orgulho
para seu povo e uma paixão para todo turista que a visita recebe, de forma merecida, o reconhecimento
oficial de seu carinhoso apelido de Cidade Maravilhosa", comemorou ele. Para a ministra, o resultado vem
“coroar um belíssimo trabalho que evidencia a cidade que nasceu e cresceu entre o mar e a montanha e,
com criatividade e talento criou paisagens - hoje mundialmente conhecidas - que a tornaram excepcional e
maravilhosa”.
Já o presidente do Iphan explicou que “a paisagem carioca é resultado da utilização intencional da natureza
que, atendendo aos interesses econômicos dos colonizadores portugueses, formou espaços únicos no
mundo que destacam a originalidade do Rio de Janeiro expressa pela troca entre diferentes culturas
associadas a um sítio natural”. A partir de agora, os locais da cidade valorizados com o título da Unesco
serão alvo de ações integradas visando à preservação da sua paisagem cultural. São eles: Pão de Açúcar,
Corcovado, Floresta da Tijuca, Aterro do Flamengo, Jardim Botânico e a Praia de Copacabana, além da
entrada da Baía de Guanabara. As belezas cariocas incluem, ainda, o forte e o Morro do Leme, o Forte de
Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a enseada de Botafogo.
O Rio como Patrimônio da Humanidade
O Iphan trabalha na candidatura do Rio como Paisagem Cultural da Humanidade há alguns anos, em
parceria com a Associação de Empreendedores Amigos da Unesco, da Fundação Roberto Marinho, do
governo e da prefeitura do Rio. Em setembro de 2009 o Iphan entregou à Unesco o dossiê completo da
candidatura, justificando sua importância e seu valor universal que está principalmente na soma da beleza
natural da cidade com a intervenção de humana.
Em janeiro de 2011, o Centro do Patrimônio Mundial da Unescp, sediado em Paris, decidiu pela inclusão da
candidatura do Rio de Janeiro na agenda da 36ª WHC.
Candidata por inteiro
O Rio foi a primeira cidade a se candidatar inteira a Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana.
O reconhecimento do Rio de Janeiro culminará uma nova visão e abordagem sobre os bens culturais
inscritos na Lista do Patrimônio Mundial.Locais como Corcovado serão alvo de ações integradas visando a
preservação. O conceito de paisagem cultural foi adotado pela Unesco 1992. Até o momento, os sítios
reconhecidos mundialmente como paisagem cultural relacionam-se a áreas rurais, a sistemas agrícolas
tradicionais, a jardins históricos e a outros locais de cunho simbólico, religioso e afetivo. Há cerca de dois
anos, o Rio se candidatou ao título de Sítio Urbano Misto, que acabou não sendo aceito pela Unesco. O
Iphan foi orientado então a valorizar as paisagens culturais. O Brasil conta atualmente com 18 bens
culturais e naturais na lista de 911 bens reconhecidos pela Unesco.
O STF (Supremo Tribunal Federal)
marcou para 1° de agosto o início do
julgamento do mensalão, maior
escândalo de corrupção do governo
Lula que resultou em ação penal
contra 38 pessoas.
O caso estourou em 2005, com a
revelação de suposto esquema de
pagamento de propina a
parlamentares da base governista. A
denúncia abalou o primeiro
mandato de Lula, e fez com que José
Dirceu, então ministro da Casa Civil,
deixasse o cargo.
O Mensalão passou a ser escancarado pelo então deputado federal Roberto
Jefferson (PTB – RJ), em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no início de junho
de 2005.
Roberto
Jefferson
era
acusado
de
envolvimento
em
processos
de licitações fraudulentas, praticadas por funcionários da Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos (ECT), ligados ao PTB, partido do qual ele era presidente. Antes
que uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) fosse instalada para apurar o caso
dos Correios, o deputado decidiu denunciar o caso Mensalão.
Segundo Jefferson, deputados da base aliada do PT recebiam uma “mesada” de R$ 30
mil para votarem segundo as orientações do governo. Estes parlamentares, os
“mensaleiros”, seriam do PL (Partido Liberal), PP (Partido Progressista), PMDB
(Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e do próprio PTB (Partido
Trabalhista Brasileiro). Um núcleo seria responsável pela compra dos votos e também
pelo suborno por meio de cargos em empresas públicas. José Dirceu, Ministro da
Casa Civil na época, foi apontado como o chefe do esquema.
O petista foi apontado como o chefe
do suposto esquema de mesada. O
pagamento garantiria que o governo
tivesse maioria para aprovar projetos
de seu interesse na Câmara. Uma
semana depois que o caso estourou,
Dirceu pediu para sair da Casa Civil
e foi substituído por Dilma Rousseff.
O Caso do Mensalão.
Delúbio Soares, tesoureiro do PT, era quem
efetuava o pagamento aos “mensaleiros”. Com
o dinheiro em mãos, o grupo também teria
saldado dívidas do PT e gastos com as
campanhas eleitorais.
Marcos Valério Fernandes de Souza,
publicitário e dono das agências que mais
detinham contrato de trabalho com órgãos do
governo, seria o operador do Mensalão.
Valério arrecadava o dinheiro junto a
empresas estatais e privadas e em bancos,
através de empréstimos que nunca foram
pagos. Fernanda Karina Somaggio, exsecretária do publicitário, foi uma das
testemunhas que confirmou o esquema,
apelidado de “valerioduto”.
Em agosto de 2007, mais de dois anos após ser denunciado o esquema, o STF (Supremo
Tribunal Federal) acatou a denúncia da Procuradoria Geral da República e abriu processo
contra quarenta envolvidos no escândalo do Mensalão. Entre os réus, estão: José Dirceu,
Luiz Gushiken, Anderson Adauto, João Paulo Cunha, Marcos Valério, Roberto Jefferson, os
quais responderão por crime de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, lavagem
de dinheiro, entre outros.
Mensalão mineiro, também chamado de mensalão tucano, ou ainda valerioduto
tucano, é o escândalo de corrupção que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo
Azeredo (PSDB-MG) - um dos fundadores, e presidente do PSDB nacional - ao governo
de Minas Gerais em 1998, e que resultou na sua denúncia pelo Procurador Geral da
República ao STF, como "um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema
implantado", baseada no Inquérito n.o 2280 que a instrui, denunciando Azeredo
por"peculato e lavagem de dinheiro“
O escândalo conhecido como “mensalão do DEM” teve início em 26 de novembro de
2009, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. Com autorização
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), agentes federais cumpriram 16 mandados de busca e
apreensão em Goiânia, Belo Horizonte e Brasília, incluindo a residência oficial do
governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).
No inquérito da PF consta a transcrição de um diálogo no qual Arruda e um assessor
conversam sobre o repasse de dinheiro a políticos aliados. É daí que vem o nome
“mensalão”, em referência ao escândalo de 2005, no qual integrantes do PT, segundo o
Ministério Público Federal, pagavam propina a parlamentares em troca de apoio. O caso
está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
O pivô do “mensalão do DEM” é Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais
do governo do DF. A gravação na qual Arruda pede o repasse de dinheiro a políticos foi feita
por ele, com equipamentos da PF. Investigado em mais de 30 processos, a maior parte por
desvio de dinheiro, Barbosa aceitou cooperar com a polícia e com o Ministério Público em
troca de uma redução de pena em um julgamento futuro.
Massacre que matou 111 presos
no Carandiru completa 20 anos
O massacre do Carandiru completa 20 anos sem nenhum réu condenado à prisão pelo crime de assassinato. O caso ficou conhecido
internacionalmente por causa da morte de 111 presos após a Polícia Militar entrar no Pavilhão 9 da Casa de Detenção, na Zona Norte
de São Paulo, para pôr fim a uma rebelião. Para lembrar a data, parentes das vítimas ligados a movimentos sociais e entidades de
direitos humanos prometem protestos na capital paulista.
Há duas décadas os familiares cobram da Justiça a condenação dos policiais militares acusados de assassinar os detentos. Nenhum agente
das forças de segurança ficou ferido na ação. Todos os réus respondem ao processo em liberdade. Alguns se aposentaram e outros
faleceram antes mesmo de serem julgados. A unidade prisional foi demolida e, no lugar, foi erguido um parque.
Na última sexta-feira (28), um grupo de entidades sociais, reunido sob o nome “Rede 02 de outubro”, divulgou um manifesto pelo fim dos
massacres e contra a “reprodução e aprofundamento das desigualdades que demarcam nossa sociedade”. O manifesto marca o dia 2
de outubro como "dia pelo fim dos massacres" e cobra, do governo do estado e do governo federal, o cumprimento das
recomendações feitas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, além de exigir a abolição dos registros de "resistência seguida
de morte" e "auto de resistência“. Entre os movimentos que compõem a rede estão a Pastoral Carcerária e o Mães de Maio. Eles
programaram, para esta terça-feira (2,) um ato ecumênico na Catedral da Sé, seguido de um "ato político" na praça em frente.
Em 2 de outubro de 1992, quando a PM fez a incursão ao Carandiru, somente um acusado foi julgado: o coronel Ubiratan Guimarães.
Comandante do Policiamento Metropolitano e gerente daquela operação, ele foi condenado, em 2001, a 632 anos de prisão pelos
assassinatos a tiros de 102 presos e por cinco tentativas de homicídios, em um julgamento popular em 1ª instância. A condenação do
coronel não incluiu nove presos que morreram esfaqueados: a acusação alega que essas mortes foram provocadas pelos próprios
presidiários.
Em 2006, no entanto, o júri foi anulado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O oficial da reserva da PM se
tornou deputado estadual pelo PTB e passou a ter foro privilegiado. Julgado pelos magistrados, Ubiratan foi absolvido. O TJ-SP
considerou a ação estritamente legítima. “Os presos que se renderam e não foram para cima [dos PMs] foram salvos e socorridos.
Todo mundo fala no número de mortos. Ninguém fala do número de poupados, quase 2 mil”, disse o advogado Vicente Cascione, que
defendeu o coronel.
Meses depois da absolvição, Ubiratan foi morto a tiros no apartamento onde morava, nos Jardins, região nobre de São Paulo. A namorada
dele na época, Carla Cepollina, é acusada de matá-lo por ciúmes e será julgada em novembro deste ano. Ela nega o crime e responde
ao processo em liberdade.
103 acusados e 117 vítimas
À época, a reviravolta jurídica que absolveu Ubiratan gerou criticas e repercutiu no exterior. Recentemente, as atenções se voltaram
novamente para o caso. Na quinta-feira (27), o juiz José Augusto Nardy Marzagão, do Fórum de Santana, marcou para a partir de 2013
o julgamento dos demais 103 réus no processo.
Governo publica lei que regulamenta
as cotas nas universidades federais
O governo federal publicou nesta segunda-feira (15), no
"Diário Oficial da União", o decreto
que regulamenta a lei que garante a reserva de 50%
das vagas nas universidades federais, em um prazo
progressivo de até quatro anos, para estudantes que
cursaram o ensino médio em escolas públicas. O
critério de seleção será feito de acordo com o
resultado dos estudantes no Exame Nacional de
Ensino Médio (Enem). O decreto é assinado pela
presidente Dilma Rousseff.
As universidades e institutos federais terão quatro anos
para implantar progressivamente o percentual de
reserva de vagas estabelecido pela lei, mesmo que já
estejam adotando algum tipo de sistema de cotas na
seleção. Atualmente, não existe cota social em 27
das 59 universidades federais. Além disso, apenas 25
delas possuem reserva de vagas ou sistema de
bonificação para estudantes pretos, pardos e
indígenas. De acordo com a lei, 12,5% das vagas de
cada curso e turno já deverão ser reservadas aos
cotistas nos processos seletivos para ingressantes
em 2013. As universidades terão 30 dias para
adaptarem seus editais ao que diz a lei.
Terroristas islâmicos invadem campo de
exploração de gás na Argélia e fazem centenas
de reféns
Na madrugada do dia 16 para o dia 17 de janeiro, um
grupo de rebeldes ligado à Al Qaeda invadiu um
campo de exploração de gás na Argélia operado
pelas empresas Sonatrach, a britânica BP (British
Petroleum) e a norueguesa Statoil. Segundo o
líder, o argelino Mojtar Belmojtar, a ação é uma
resposta à abertura do espaço aéreo da Argélia,
ex-colônia francesa, para que a França pudesse
bombardear outra ex-colônia, o Mali, em sua
guerra contra os rebeldes islamitas. O país
africano está dividido desde o ano passado, após
rebeldes ligados à Al-Qaeda terem dominado o
norte do território. A Argélia permitiu que a
França utilizasse seu espaço aéreo durante a
intervenção militar iniciada na semana passada
contra os rebeldes islamitas no Mali. Na tentativa
de resgatar o campo de gás, o Exército da Argélia
tem feito bombardeios ao local.
A Argélia é o sexto maior exportador de gás natural
do mundo (sendo origem de um quarto das
importações de gás natural da Europa) e detém a
16ª maior reserva de petróleo.
Conflito No Mali.
A operação militar francesa, que teve início na sexta-feira passada, tem, segundo Hollande, o objetivo único de
impedir que grupos rebeldes islâmicos que controlam o norte do Mali assumam o controle de todo o país. Uma
força regional, composta por tropas de vários países da África Ocidental, em poucos dias também estará no Mali
para auxiliar nas operações contra os grupos insurgentes. Pelos termos de um acordo firmado em outubro
passado, a França deveria liderar uma missão europeia que daria treinamento com apoio logístico a uma
intervenção promovida pelo bloco militar da Comunidade Econômica de Estado de África Ocidental (Cedeao).
Ou seja, não estava previsto que a França participaria dos combates. Hollande tem enfatizado que se o Mali se
converter em refúgio de insurgentes islâmicos, a segurança europeia estaria em risco. Mas além da segurança
europeia, o que mais estaria por trás da decisão francesa de intervir no conflito africano?
Ameaça à Europa
Os rebeldes islâmicos, alguns dos quais teriam ligações com a rede Al-Qaeda, já controlam metade do Mali, e a
chance de que venham a controlar todo o território do país não é de todo remota. Especialistas concordam que o
Exército no Mali não tem capacidade de conter a ofensiva rebelde. A captura recente de Konna, o ponto mais ao
norte do país que ainda não havia caído nas mãos dos militantes islâmicos, funcionou como um grito de alerta.
''Representantes do governo da França não estavam exagerando quando disseram que, sem a intervenção francesa,
os insurgentes islâmicos poderiam chegar à capital, Bamako, em questão de dias'', afirma Melly. De acordo com o
analista, isso teria sido desastroso não apenas para o Mali, mas para toda a África Ocidental, ''ameaçando a
estabilidade e as estruturas democráticas de toda a região'‘. Isso também poria em jogo todos os interesses da exmetrópole francesa, que, historicamente, sempre teve uma presença importante na região. Rebeldes com
aparentes elos com a Al-Qaeda conquistaram o norte do Mali E seria preocupante também para a comunidade
internacional, segundo Melly. ''Permitir que um país da África ocidental outrora estável ruísse completamente
diante de grupos cujo objetivo é exportar a guerra santa seria arriscar a estabilidade e a segurança de várias nações,
do Senegal à Nigéria'', opina o analista.
Intervencionismo francês
A França tem um histórico de intervenções militares em suas antigas colônias em momentos de insurreições, golpes
de Estado e instabilidade política.O analista da BBC Tim Whewell frisa que a França, que até os anos 50 e 60
controlava vários países africanos, ''nunca deixou a região por completo'‘.''Mesmo após a independência de suas
antigas colônias africanas, a França já interveio em conflitos no Gabão, na República Centro-Africana, na Costa do
Marfim e na República do Congo'.’Então, por que mudou de ideia tão subitamente se seu plano inicial era apenas
fornecer apoio logístico? A resposta do governo francês é que o próprio governo interino de Mali pediu a ajuda
francesa quando os rebeldes avançaram até assumir o controle de Konna, cidade considerada crucial e situada a
pouco mais de 680 km da capital malinesa, Bamako.
Impulso a Hollande
Os índices de popularidade do presidente Francois Hollande vinham
despencando, e muitos acreditam que a intervenção favorece a sua imagem.
Até o momento, o líder socialista vinha se posicionando como um estadista
antibelicista, com planos de retirada imediata de tropas francesas no
Afeganistão.
Soldados nigerianos integram tropas internacionais no Mali; instabilidade
malinesa pode afetar região, diz analista
Mas seus índices de aprovação caíram para a faixa de 20% desde que ele chegou
ao poder, no ano passado. E uma pesquisa recente mostrou que 3 em cada 4
franceses duvida que ele será capaz de cumprir suas promessas.
Francois Heisbourg, diretor do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos,
baseado na Grã-Bretanha, afirmou que a intervenção no Mali deu a Hollande
um empurrão em um momento difícil para seu governo.
"Hollande é visto, inclusive por muitos de sus seguidores, como um homem
indeciso, como Obama era visto nos primeiros meses de seu mandato",
afirma.
''Sua decisão de intervir no Mali, que foi rápida, contundente e aparentemente
efetiva, mudou subitamente a imagem de Hollande.''
Aposta de risco
Mas os analistas advertem também que a decisão francesa representa uma aposta
de risco.
''Os rebeldes estão muito bem equipados, têm grande mobilidade e
conhecimento do terreno. A França tem vantagem aérea, mas os bombardeios
podem ser contraproducentes e alienar uma parte da população civil do Mali'',
diz à BBC BBC Nigel Inkster, ex-agente do MI6, o serviço de inteligência
britânico.
Jonathan Marcus, especialista da BBC em assuntos diplomáticos, afirma que os
objetivos da missão francesa são poucos claros: "O envio de tropas visa conter
o avanço dos rebeldes islâmicos ou que o governo do Mali retome o controle
do norte do país? Trata-se de uma área gigantesca'', comenta.
Os próprios meios de comunicação franceses já manifestaram preocupações com
a intervenção e destacaram que ''é fácil entrar, mas difícil sai
Menina indiana de 11 anos é
estuprada por seis homens
Em dezembro do ano passado, o caso da estudante de 23 anos que foi estuprada e morreu
dias depois por causa dos ferimentos gerou protestos e chamou a atenção do mundo.
Agora, veio à tona a história de outra indiana, desta vez uma menina de apenas 11 anos,
que está em estado crítico após ser submetida a 14 operações por ter sido estuprada por
seis homens. A polícia se negou a registrar a denúncia no momento da agressão, mas
depois, após as pressões da população local, que convocou marchas de protesto, se viu
obrigada a fazer isso. Os dois casos deram origem a um debate sem precedentes sobre o
papel da mulher na Índia.
Hugo Chávez não comparecerá a cerimônia de
posse na Venezuela
Reeleito recentemente, o mandatário deveria ser empossado para
o novo mandato no dia 10 de janeiro, mas devido às
complicações após mais uma cirurgia para tratar um câncer
não poderá comparecer.
Diosdado Cabello, o presidente da Assembleia Nacional
(Parlamento venezuelano), leu o comunicado explicando que
por "recomendação médica" o líder reeleito não poderá prestar
o juramento ao cargo.
"O comandante presidente pediu para informar que, de acordo
com as recomendações da equipe médica (...) o processo de
recuperação pós-cirúrgica deverá ser extendido para além de
10 de janeiro".
Na carta há também o pedido para que Chávez possa prestar o
juramento diante do Tribunal Supremo de Justiça, tal como
estabelece o artigo 231 da Constituição venezuelana, sem
precisar uma data em específico.
O líder não foi visto em público nem fez comunicação direta
desde o dia 11 de dezembro, quando se submeteu a uma quarta
operação em Cuba, e onde permanece desde então.
Na segunda-feira, o ministro de Comunicação e Informação
venezuelano, Ernesto Villegas, informou que a situação de
Chávez é "estável" e disse que continua sendo submetido ao
mesmo tratamento.
EUA enfrentam impasse ante a
'abismo fiscal
Os americanos temem que, sem um consenso entre os congressistas, a economia do país volte a desacelerar, com um pesado
fardo a ser carregado pela população, sobretudo os mais pobres.
Isso porque nesta terça-feira expiraram inúmeros benefícios herdados do governo de George W. Bush. Entretanto, por ser
feriado, os mercados estão fechados e, assim, os EUA ainda não sentiram, pelo menos por ora, o impacto imediato do
fim das benesses, descrito como 'devastador' na avaliação de especialistas.
Nesta terça-feira, republicanos e democratas permanecem reunidos na Câmara dos Representantes para votar um projeto de
lei costurado na última segunda-feira no Senado americano.
A Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) é liderada por uma maioria republicana,
partido de oposição ao presidente dos EUA, Barack Obama, que é democrata.
O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, prometeu que a Casa votará o projeto de lei ou sugerirá uma
alternativa.
Porém, Boehner já havia dito anteriormente que não endossava o acordo - que também deve enfrentar resistência de diversas
lideranças republicanas.
Após uma reunião ocorrida na tarde desta terça-feira, o líder da maioria republicana na Câmara, Eric Cantor, também disse
que "não apoia a lei", referindo-se ao acordo previamente aprovado no Senado.
Mais cedo, Obama pediu à Câmara que aprovasse a lei "sem atrasos".
Sem demora
O projeto de lei foi aprovado pelo Senado, controlado pelos democratas, por maioria esmagadora de 89 votos a favor e 8
contra, na manhã desta terça-feira.
O acordo prevê um aumento dos impostos para os ricos e foi desenhado após longas conversações entre o vice-presidente Joe
Biden e os republicanos do Senado.
Cortes de gastos foram adiados por dois meses para que um acordo mais amplo fosse possível.
"Embora nem democratas nem republicanos tenham conseguido tudo o que queriam, esse acordo é a coisa certa a se fazer
para nosso país, e a Câmara deve aprová-lo sem demora", disse Obama em comunicado.
Termos do acordo
Pela proposta de lei aprovada no Senado, serão estendidos os cortes de impostos para os americanos que ganham menos de
US$ 400.000 por ano - acima dos US$ 250.000 inicialmente propostos pelos Democratas.
O que é o 'abismo fiscal'?
Em 1º de janeiro de 2013, passa a vigir nos Estados Unidos um conjunto de aumento de impostos e pesado corte de
gastos, mais conhecido como 'abismo fiscal'.
O prazo para o início da vigência do 'abismo fiscal' foi determinado em 2011 para forçar o presidente e o Congresso a
chegar a um acordo sobre o orçamento do país em dez anos.
A data coincide com o fim de vários benefícios fiscais da era Bush.
Há um temor de que o aumento maciço dos impostos combinado com um corte profundo de gastos públicos gere um
impacto devastador nos orçamentos familiares e nos negócios do país.
O resultado também poderá ser sentido em outros países do mundo, dado o grau de interligação das economias
mundiais. Para os mais ricos, porém, a taxa passa de 35% para 39,5% sobre os rendimentos.
O pacote aprovado no Senado ainda inclui:
• aumentos dos impostos de herança de 35% para 40% para ganhos acima de US$ 5 milhões para um indivíduo e US$ 10
milhões para um casal;• aumento de impostos sobre o capital - afetando alguns rendimentos de investimento - de
até 20%, mas menos do que os 39,6% que prevaleceriam sem um acordo;
• extensão de um ano para o seguro desemprego, que afeta dois milhões de pessoas;
• prorrogação de cinco anos para os créditos fiscais que ajudam as famílias mais pobres e da classe média.
Um corte de gastos da ordem de US$ 1,2 trilhão do orçamento federal americano a ser implementado em 10 anos foi
novamente deixado para depois, adiado por dois meses, permitindo que o Congresso e a Casa Branca possam
reabrir as negociações sobre o tema. O presidente Barack Obama saudou a votação no Senado.
"Os líderes de ambos os partidos no Senado se reuniram para chegar a um acordo que passou com apoio bipartidário
esmagador que protege 98% dos americanos e 97% dos donos de pequenos negócios de uma escalada do imposto
para a classe média", disse ele em um comunicado.
Origens
O atual impasse tem suas origens em 2011, em uma tentativa fracassada de enfrentar o limite de endividamento do
governo e o déficit orçamentário. Na época, republicanos e democratas concordaram em adiar as difíceis decisões
sobre gastos até o fim de 2012 e estabeleceram cortes compulsórios caso não houvesse acordo até 31 de dezembro. A
data também marcava o fim de isenções de impostos introduzidas no governo de George W. Bush. Com isso,
indivíduos e empresas serão afetados simultaneamente com aumento de impostos e redução em contratos,
benefícios e apoio do governo. Cerca de US$ 607 bilhões em cortes no orçamento e aumento de impostos estão
previstos, incluindo cortes na verba da Defesa, mudanças no sistema de saúde para idosos e impostos mais altos
para pessoas físicas. Desempregados e pessoas com salários baixos irão perder benefícios.
Lados opostos
Enquanto os republicanos relutam em deixar que os cortes de impostos da era Bush expirem ou que os gastos em defesa
sejam reduzidos, os democratas querem manter as medidas temporárias do governo Obama para ajudar
desempregados e trabalhadores com baixos salários e evitar cortes profundos em gastos não relacionados à Defesa.
Segundo analistas, mesmo que seja fechado um acordo, o impacto sobre o problema original do déficit e do limite de
endividamento do governo deve ser pequeno, o que deve levar a uma nova briga política no início de 2013.
Governo suspende venda de 225 planos de
saúde de 28 operadoras
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ligada ao Ministério da Saúde, anunciou
nesta quinta-feira a suspensão da venda de 225 planos de saúde administrados por 28
operadoras em todo o Brasil.
A decisão foi motivada pelo descumprimento dos prazos máximos determinados para a marcação de
consulta, exames e cirurgias.
Os planos não poderão ser vendidos até março. A proibição pode ser prorrogada em caso de
reincidência.
Segundo a ANS, desde dezembro de 2011, quando o monitoramento teve início, 16 operadoras não
cumpriram os critérios estabelecidos pelo governo de forma reincidente.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou sobre os direitos dos consumidores que contrataram os
planos cujas vendas foram proibidas.
“Para quem tem um plano de saúde que a partir de 14 de janeiro terá a venda suspensa, todos os direitos
continuam valendo. O que está suspensa é a incorporação de novos clientes”, explicou o ministro.
Entenda a nova onda de protestos
e a crise política no Egito
O comentário, feito pelo general Abdul Fattah al-Sisi na página do Exército no Facebook, se segue a
uma madrugada de manifestações em cidades como Porto Said, Ismailia e Suez, onde a
população ignorou um toque de recolher imposto pelo presidente egípcio, Mohammed Morsi.
Tropas militares foram enviadas às cidades ao longo do canal de Suez, para conter os protestos, que
prosseguiram nesta terça. Muitos manifestantes pedem a saída de Morsi. Nos últimos dias, mais
de 50 pessoas morreram durante confrontos.
Leia, abaixo, o que está por trás da atual onda de protestos:
Como começaram os protestos?
Manifestações no Cairo, Alexandria e outras cidades egípcias marcaram, em 25 de janeiro, o segundo
aniversário da revolução que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak, mas os protestos
acabaram se voltando contra Morsi. Seculares, cristãos, liberais e outros críticos do governo de
Morsi acusam o presidente (do Partido Irmandade Muçulmana), eleito no ano passado, de trair
os ideais da revolução. Há insatisfação popular com a ampliação dos poderes de Morsi e com a
nova Constituição aprovada em referendo, mas que muitos dizem favorecer a parcela islâmica da
população. Morsi anunciou estado de emergência em três cidades. Em Porto Said, protestos
continuaram no sábado, depois que uma corte local sentenciou 21 pessoas à morte pelos
episódios de violência ocorridos em um jogo de futebol, em fevereiro de 2012. Na ocasião, 70
pessoas morreram em confrontos após uma partida do time local al-Masry, que jogava contra o
al-Ahly, do Cairo. Alguns moradores de Porto Said dizem que policais responsáveis pela
segurança da partida não foram punidos e que apenas torcedores foram condenados, como
bodes expiatórios.
Os protestos estão ligados entre si?
Os protestos nas cidades são separados, mas ligados por fatores comuns, como a perda de confiança
nas instituições do Estado (em especial os serviços de segurança e o Poder Judiciário) e a
sensação de ausência de lei e ordem.
Qual tem sido a resposta de Morsi?
Na noite de domingo, o presidente fez um pronunciamento na TV anunciando um estado de
emergência em três cidades ao longo do canal de Suez: Porto Said, Ismailia e Porto Suez. Ele
ordenou um toque de recolher noturno, válido por 30 dias.
Desde então, o gabinete deu ao presidente poderes para mandar o Exército às ruas "para ajudar a
polícia a preservar a segurança".
Morsi também chamou a oposição para conversas no palácio presidencial, na tentativa de restaurar a
unidade nacional. Mas a principal coalizão oposicionista, a Frente Nacional de Salvação, rejeitou
a proposta, alegando que ela é apenas "cosmética" e "vazia de significado“.
Tragédia em boate de
Santa Maria é ‘terceira
mais fatal da história'

O incêndio que matou pelo menos 231 pessoas em uma
casa noturna de Santa Maria, no interior do Rio Grande
do Sul, é o terceiro mais fatal do tipo no mundo,
segundo uma lista de dez incidentes semelhantes, em
locais de agremiação de público, compilada pela
Associação Nacional de Proteção Contra Incêndios dos
Estados Unidos (NFPA, na sigla em inglês).
 De acordo com a lista, que compila apenas incêndios em
casas noturnas, a mais fatal delas ocorreu nos EUA e
completou 70 anos há pouco tempo: o local foi a boate
Coconut Grove, em Boston, e a data, 20 de novembro de
1942. O saldo foi de 492 mortos e mais de 600 feridos.
 O local excedia a sua capacidade de lotação (mil pessoas)
quando um incêndio teve início em uma das palmeiras de
imitação que decoravam o local, espalhando-se em seguida
pelas paredes e o teto do clube.
 As autoridades estimaram que o fogo tardou apenas cinco
minutos, desde o seu início, para percorrer o trajeto entre a
sala onde se iniciou, o Melody Lounge, e a entrada, passando
pelo salão de jantar.
 A lista segue com o incidente ocorrido em uma boate de
Luoyang, China, na noite de Natal do ano 2000, que deixou
309 mortos – o segundo acidente mais fatal da história.
Outras notícias de janeiro.
Em meio a protestos, Parlamento francês inicia debate sobre casamento gay
 Há meses o assunto mobiliza defensores e opositores do 'casamento para todos',
 Brasileira teme voltar para casa abandonada após ação rebelde no Mali
 Únicos estrangeiros em cidade no norte do país, Francisca e o marido poderiam ser 'alvo
preferencial' dos milicianos.
 Rio decide tombar Museu do Índio, mas destino de indígenas é incert0
 Governo mantém decisão de despejar índios que moram na Aldeia Maracanã, no Rio, para reformar
o local.
 Rainha da Holanda abdica o trono em favor do filho
 Monarca esteve à frente da família real holandesa por 33 anos.
 Crise de refugiados sírios na Jordânia atinge ponto crítico
 ONU diz que até 3 mil pessoas cruzam a fronteira por dia e que recursos estão se esgotando.
 Desemprego de 2012 fica em 5,5%, índice mais baixo desde 2002 - Dados constam da Pesquisa
Mensal do Emprego, do IBGE.
Especialistas da ONU e OMS criticam internação
compulsória
de
viciados
em
crack
O tema voltou a debate no Brasil em janeiro, quando o governo de São Paulo fez uma parceria com a Justiça
para agilizar a internação forçada de casos extremos de dependentes da droga.
O governo paulista diz que suas propostas para o tratamento dos usuários de crack estão de acordo com as
premissas da ONU e da OMS e afirma que, até hoje, nenhum paciente foi internado por ordem judicial e
menos de dez foram internados involuntariamente (a pedido da família, mas sem ordem da Justiça).
Para o médico italiano Gilberto Gerra, chefe do departamento de prevenção às drogas e saúde do Escritório das
Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC, na sigla em inglês), é necessário oferecer aos viciados
"serviços atrativos e uma assistência social sólida“. "Uma boa cura de desintoxicação envolve tratamento de
saúde, inclusive psiquiátrico para diagnosticar as causas do vício, pessoas especializadas e sorridentes para
lidar com os dependentes e incentivos como alimentação, moradia e ajuda para arrumar um emprego", diz
Gerra. "O Brasil precisa investir recursos para oferecer serviços que funcionem e ofereçam
acompanhamento médico completo, proteção social, comida e trabalho para os dependentes", afirma.
De acordo com ele, o Brasil tem bons profissionais no campo do tratamento das drogas, mas faltam
especialistas, e a rede médica nessa área é insuficiente. Segundo Gerra, a internação compulsória deve
ocorrer pelo prazo máximo de algumas semanas e só se justifica quando o dependente apresenta
comportamento perigoso para a sociedade ou para si próprio.
Problemas múltiplos
O especialista da OMS também afirma que o vício do crack envolve problemas múltiplos (psicológicos e sociais)
que devem ser tratados com ações em várias áreas além da médica, como moradia, alimentação, assistência
geral e programas de emprego.
Ele afirma que há exemplos de programas de tratamento voluntário de dependentes em países como os Estados
Unidos e a Austrália que "ajudam as pessoas a reconstruir suas vidas e não são apenas soluções temporárias".
O médico cita também o programa brasileiro que permite às grávidas viciadas em crack obter tijolos e materiais
para construir casas em troca de tratamento. "Isso dá instrumentos para que elas façam algo diferente em
suas vidas", afirma.
A OMS já criticou o sistema de internação compulsória de dependentes realizado em países asiáticos. "Eles
detém pessoas viciadas e estão tratando casos de saúde com a prisão", diz Clark.
A organização publicou um documento no ano passado solicitando aos países para fechar os centros de
tratamento compulsório de drogas.
Segundo Clark, pelo menos 90% dos dependentes químicos no mundo não recebem tratamento.
Secretário da Segurança de SP defende
igualdade entre polícias civil e militar
Ele diz que as duas instituições devem trabalhar em conjunto e que informações de inteligência obtidas por
uma das polícias não devem ser omitidas da outra. Grella assumiu a pasta há menos de três meses com a
missão de acabar com uma onda de violência que foi um dos fatores do aumento em 40% o número de
homicídios na capital (1.497) em 2012 em relação ao ano anterior. O secretário herdou de seu antecessor
Antônio Ferreira Pinto – demitido em novembro passado – uma polícia dividida, segundo a pesquisadora
Camila Nunes Dias, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo e da Universidade
Federal do ABC. "Grella parece estar tentando redistribuir o peso que o secretário anterior tinha colocado na
PM e apaziguar os ânimos. A Polícia Civil se sentia preterida e perseguida", afirmou Dias. O secretário diz que
já existe "um absoluto entrosamento" entre as duas polícias, o Instituto de Criminalística e a Secretaria da
Segurança Pública. Os comandos desses órgãos se reúnem ao menos três vezes por semana."Nós viemos com o
compromisso de fortalecer os comandos e de uma atuação bastante profissional e igualitária, fazendo
respeitar a vocação de cada uma das instituições", disse Grella à BBC Brasil.
Autonomia
A principal aposta do secretário para atingir esse objetivo é investir no CIISP (Centro Integrado de
Inteligência), um órgão criado há um mês com oficiais da PM e delegados da Polícia Civil para partilhar
inteligência e planejar operações conjuntas."Queremos que eles (policiais civis e militares) trabalhem em
conjunto de modo a não subtrair da análise das duas instituições todas as informações legítimas que devam
ser analisadas e trabalhadas para o planejamento das operações policiais", disse o secretário.Grella acrescenta,
porém, que essas iniciativas não são uma tentativa de unificar as polícias e que cada comando tem autonomia
– com liberdade total, por exemplo, para definir quais de suas unidades participarão de cada ação "Vamos
ampliar (as centrais de flagrantes) com novo formato, mas com esse objetivo: de concentrar maior
volume de mão de obra na investigação feita pelos distritos, ou seja, pela unidade territorial, coisa
que hoje não está acontecendo.” Fernando Grella, secretário de segurança pública de São Paulo
Onda de violência
Segundo Camila Nunes Dias, há indícios de que em algumas operações de combate à facção criminosa PCC
(Primeiro Comando da Capital), durante a gestão de Ferreira Pinto na Segurança Pública, unidades de elite da
PM teriam sido incumbidas tanto da fase de investigação como das prisões de suspeitos – supostamente
excluindo a participação da Polícia Civil. Segundo a pesquisadora, o ideal para o atual modelo de polícia do
país é que a Polícia Civil exerça o trabalho de investigação enquanto a PM fica com o trabalho do policiamento
ostensivo e é usada apenas em algumas situações que exigem maior uso da força. De acordo com analistas, um
dos fatores que deflagraram a onda de violência de 2012 em São Paulo teria sido um conflito entre PMs e o
PCC. Ações mais duras dos policiais militares teriam desencadeado uma onda de assassinatos de policiais como retaliação por parte dos criminosos. Mais de cem PMs foram vítimas de homicídio no ano passado.
Esses confrontos teriam alimentado uma espiral de violência, com grupos de extermínio supostamente
integrados por policiais realizando chacinas após parte das mortes de PMs.
Novas regras tentam reduzir letalidade da PM de SP
Após registrar uma alta de 24% no número de mortes cometidas por policiais militares em 2012, o Estado de São Paulo
começou a implementar medidas para coibir homicídios ilegais cometidos pelos agentes da lei - de acordo com
recomendações feitas por sua ouvidoria. Segundo dados da Ouvidoria da Polícia, os PMs de São Paulo mataram 506 pessoas
entre janeiro e novembro de 2012 - 99 casos a mais que o registrado no mesmo período de 2011. Os dados de dezembro só
devem ser divulgados pelo governo no fim deste mês. O número também é o maior para o período registrado nos últimos
cinco anos. A alta dos casos começou principalmente a partir do mês de setembro de 2012 - quando se acirrou uma onda de
confrontos entre policiais militares e membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O mês que mais
registrou mortes foi novembro, com 79 casos - uma alta de 75% em relação ao ano anterior, segundo a Ouvidoria. Nesse
mesmo mês, o número geral de vítimas de homicídio no Estado aumentou 44% - de 340 vítimas em 2011 para 534 no ano
passado. A explosão no número de mortes culminou na demissão do então secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira
Pinto, no fim de novembro. Seu substituto, Fernando Grella, adotou neste mês duas novas medidas para tentar acabar com o
conflito. Uma delas impede que, após tiroteios entre policiais e criminosos, os próprios PMs levem os suspeitos baleados para
um hospital. O resgate passou a ser feito por socorristas da Prefeitura ou do Corpo de Bombeiros.
Resistência - Outra prática que está sendo mudada por uma medida de Grella é a forma de registrar os homicídios cometidos
por policiais durante o serviço. Até recentemente, eles eram registrados oficialmente na categoria de "resistência seguida de
morte" - que pressupõe uma reação do suspeito. Devem passar agora a figurar como "morte decorrente de intervenção
policial". A diferença é que só uma investigação determinará se a ação do policial foi legítima ou não. Segundo Fuchs, essa
mudança é importante porque deve implicar em uma melhor investigação do caso - que em tese receberá atenção de peritos e
de unidades especializadas da polícia. Além disso, o registro de casos como "resistência seguida de morte", segundo Dantas,
fazia com que muitos casos de homicídios fossem enviados para a varas comuns da Justiça - ao invés do Tribunal do Júri,
dedicado apenas aos assassinatos.
Novas propostas - Dantas elogiou a determinação do novo secretário e disse que agora pretende apresentar à pasta novas
medidas para dificultar o abuso de direitos humanos praticado por maus policiais. Uma delas deve ser a instalação de um
sistema integrado de câmeras de segurança e GPS (sistema de posicionamento global por satélite) nos carros de polícia. A
ideia é monitorar o tempo todo a conduta dos policiais, para evitar abusos. Outra medida defendida por ele é que uma
comissão de especialistas de universidades façam avaliações psicológicas em todos os policiais que atuarem em casos que
envolvam mortes. Esses analistas decidirão se o policial tem condições ou não de voltar a trabalhar nas ruas. Dantas defende
ainda que o Estado pague indenizações para familiares de vítimas mortas por policiais. A ideia é forçar o governo a aumentar a
repressão aos desvios de conduta dos agentes da lei para evitar os pesados gastos com indenizações. Ele diz porém, que tais
medidas não serão totalmente efetivas se não forem acompanhadas por aumentos salariais para os policiais - que precisam ser
valorizados e ter condições de parar de fazer bicos nos horários de folga.
Coreia do Norte confirma terceiro
teste nuclear
A Coreia do Norte anunciou ontem ter
realizado com sucesso seu terceiro teste
nuclear, desatando uma onda de
condenações internacionais.
Segundo Pyongyang, o dispositivo nuclear
detonado seria "pequeno e leve", mas com
um poder explosivo maior que os acionados
anteriormente.
Os dois outros testes nucleares norte-coreanos
foram feitos em 2006 e em 2009. Em
janeiro, o governo do país anunciou que
faria um novo teste em resposta a sanções
da ONU.
Esse terceiro teste foi confirmado horas depois
de uma atividade sísmica ser registrada na
região.
O presidente americano Barack Obama
conclamou a comunidade internacional a
dar uma resposta "rápida" e "crível" ao novo
teste e a China expressou sua "firme
oposição" à iniciativa norte-coreana.
O Conselho de Segurança da ONU deve se
encontrar nesta terça-feira para decidir o
que fazer.
As duas Coreias estão, tecnicamente, em estado de
guerra desde a metade do século passado. Ao final da
Segunda Guerra, a península ficou sob influencia da
União Soviética no norte e dos Estado Unidos no sul.
Entre 1950 e 1953, um conflito armado causou a morte de
mais de 1 milhão de pessoas na região, e o armistício de 53
não acabou com a tensão que se intensificou nos últimos
meses.
Coreia do Norte se diz determinada a produzir misseis
capazes de atingir os EUA
Em março, exercícios militares conjuntos entre os Estados
Unidos e a Coreia do Sul levaram Pyongyang a encerrar
uma linha de comunicação direta com Seul, e a Coreia do
Norte anunciou ao mundo que estava em estado de
guerra, prometendo reativar uma usina nuclear.
Nesta semana, trabalhadores sul-coreanos foram
proibidos de entrar na Coreia do Norte, onde trabalham
em um complexo industrial que é um símbolo de
operação entre os dois países, na cidade de Kaesong.
Observadores tentam interpretar as ações do líder nortecoreano, Kim Jong-un: se está genuinamente preocupado
com um possível ataque ao seu país ou se, ainda inseguro
após substituir seu pai como chefe de estado, tenta
mostrar firmeza à população.
Analistas acreditam que a possibilidade de um ataque
nuclear é muito baixa, mas a Coreia do Norte se diz
determinada a produzir mísseis capazes de atingir os
Estado Unidos.
Outras notícias de Fevereiro
Bolívia nacionaliza administração de principais aeroportos - Evo Morales
argumenta que empresa espanhola responsável não investiu o suficiente.
Subsídio a contraceptivos opõe Igreja e Parlamento nas Filipinas - A lei que
garante a distribuição gratuita de pílula e camisinhas teve a sua adoção postergada
por mais de uma década, devido ao lobby conservador cristão.
G20 se reúne em Moscou em meio a temor de guerra cambial - Tema deve
marcar reunião de ministros de Finanças; movimentos recentes do iene e do euro
aumentam preocupação.
Empresa de táxi só para mulheres prospera na capital indiana - Taxistas são
todas mulheres, assim como as clientes; procura aumentou após estupro coletivo
de estudante em 2012.
Papado de Bento 16 viu avanço de Islã e evangélicos - De 2005 a 2010, número
de católicos se manteve na taxa de 17% da população mundial; muçulmanos
avançaram de 21,8% para 22,5%, evangélicos de 7,3% para quase 9%.
Congresso se prepara para votar veto
de Dilma aos royalties
Cedendo a pressões de Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, a presidente eliminou da proposta de legislação o artigo 3º, mantendo
assim uma vantagem a esses Estados - os principais produtores de petróleo do país.
Os royalties são tributos pagos ao governo federal pelas empresas que exploram o petróleo, como uma forma de compensação por
possíveis danos ambientais causados durante o processo. A maioria dos congressistas defende que todos os Estados ganhem o
mesmo percentual desses recursos e, embora Dilma tenha vetado este artigo, analistas dizem que deputados e senadores da base
aliada devem derrubá-lo, sustentando que a questão é estadual e não partidária. Os governadores capixaba, paulista e fluminense já
adiantaram que devem procurar o Supremo Tribunal Federal (STF) caso o veto presidencial seja derrubado pelos parlamentares. Os
congressistas destes Estados se mobilizam para obstruir a pauta, tentando atrasar o horário da votação, marcada para ter início às 19h
e cujo quorum mínimo é de 14 senadores e 86 deputados.
A cédula de votação terá os 140 dispositivos rejeitados pela presidente, e após um período de breve comunicações e leitura de outras
rejeições presidenciais, será aberto espaço para discussão. Cada veto será analisado duas vezes, primeiro pelo Senado e depois pela
Câmara. O adiamento da votação, prevista para o ano passado, acabou postergando também a apreciação do Orçamento, que só deve
ser analizado após o encerramento desta questão. A BBC Brasil preparou um guia com as questões mais polêmicas sobre a
distribuição dos royalties.
Por que a lei dos royalties é tão polêmica?
Da forma como saiu aprovada do Senado, a lei dos royalties irritou municípios e Estados produtores. Isso porque a lei prevê redividir não
só recursos de contratos futuros, ou seja, de blocos que ainda serão licitados, como altera também os de antigos. O principal Estado
afetado por isso seria o Rio de Janeiro, responsável por % da exploração nacional de petróleo.
O royalty é um valor pago por uma pessoa ou empresa que detém o direito exclusivo sobre determinado produto ou serviço. No caso do
setor de petróleo, trata-se de um valor cobrado da concessionária que explora os campos, baseado em sua produção. O montante é
pago à União, que repassa parte dos recursos a Estados e municípios segundo proporções estabelecidas na legislação. Até a aprovação
da nova divisão dos royalties pelo Congresso, em novembro deste ano, os municípios e Estados produtores recebiam a maior parcela
dos royalties e participações especiais (tributo pago pelas empresas pela exploração de grandes campos de petróleo). A presidente
Dilma, no entanto, decidiu vetar alguns artigos da nova lei, entre os quais, a redivisão dos royalties para contratos já vigentes. Ela
também determinou aos beneficiários desses recursos que invistam 100% da renda obtida a partir deles em educação.
O Congresso revidou e decidiu votar, em caráter de urgência, os vetos da presidente.
O legado de Chávez: os prós e os contras
CINCO ARGUMENTOS PRÓ-CHÁVEZ
1- Combate à desigualdade
Durante o período de Hugo Chávez na Presidência, de 1999 até 2013, a desigualdade na Venezuela caiu gradualmente, da mesma
forma que ocorreu na maior parte da região. O país tem hoje a distribuição de renda mais igualitária da América Latina, medida
pelo coeficiente Gini. No ano passado, o coeficiente Gini da Venezuela (que varia entre 0, mais igualitário, a 1, mais desigual)
ficou em 0,39. Para efeito de comparação, o coeficiente Gini do Brasil, o mais baixo desde que a desigualdade começou a ser
medida, é de 0,52.
2- Atenção aos pobres
Hugo Chávez concentrou grande parte dos esforços de seus governos em programas de assistência aos pobres, além de promover as
chamadas "missões" para combater problemas como o analfabetismo ou a mortalidade infantil. Segundo dados do Banco
Mundial, a porcentagem de venezuelanos que vivem abaixo da linha de pobreza caiu de 62,1% em 2003 para 31,9% em 2011. O
presidente é elogiado por ter criado as chamadas "missões" para combater problemas como o analfabetismo
No campo da educação, os dados da Unesco mostram que a taxa de alfabetização, que em 1991 era de 89,8%, foi elevada a 95,5%
em 2010, e a porcentagem de jovens frequentando o ensino secundário aumentou de 57%, em 1999, para 83% em 2010.
A mortalidade infantil no país caiu de 20 por mil nascimentos vivos, em 1999, para 13 por mil nascimentos vivos em 2011, em grande
parte por conta dos programas para melhorar o atendimento de saúde da população mais pobre.
3- Política externa
Para os simpatizantes de Chávez, um de seus maiores êxitos foi o de elevar a importância da Venezuela no cenário global e de
reposicionar as relações internacionais do país.Com uma retórica fortemente anti-imperialista, Chávez rompeu a tradicional
cordialidade nas relações da Venezuela com os Estados Unidos e apostou nas chamadas relações sul-sul, entre os países em
desenvolvimento.Utilizando ofertas de petróleo a custo baixo como atrativo, Chávez conseguiu também angariar apoio
internacional de vários países às suas ideias.Os opositores, porém, afirmam que o antagonismo com os Estados Unidos, maiores
compradores do petróleo venezuelano, foi prejudicial ao país e questionam as alianças de Chávez com líderes como Saddam
Hussein, na época que governava o Iraque, ou o atual presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, além de criticar uma suposta
subordinação a Cuba.
4- Controle dos recursos naturais
Para os chavistas, até o fim dos anos 1990 a Venezuela desperdiçava o fato de ser um dos maiores produtores e exportadores de
petróleo no mundo.Em seus primeiros anos de mandato, Chávez promulgou a nova lei de hidrocarbonetos, que estabeleceu o
domínio do Estado venezuelano sobre os combustíveis fósseis e o limite de 49% para a propriedade privada em atividades para a
extração de petróleo e gás.A partir de 2007, o governo venezuelano nacionalizou vários projetos ligados ao setor, de empresas
como Exxon Mobil, ConocoPhillips e Total.No período em que Chávez esteve à frente do governo venezuelano, a cotação
internacional do petróleo passou de menos de US$ 20 para os atuais US$ 90, com altos e baixos pelo caminho - chegando a
atingir a cotação de US$ 145, recorde histórico, em julho de 2008.O aumento na arrecadação advinda do aumento dos preços do
petróleo ajudou Chávez a financiar seus principais programas sociais.
5- Carisma
Um dos maiores atributos de Hugo Chávez, reconhecido tanto pelos simpatizantes quanto pelos opositores, foi o seu carisma.
Chávez também era considerado um bom comunicador, capaz de elaborar de improviso discursos que muitas vezes podiam durar
horas. Aos domingos, estrelava sua própria atração na TV estatal, o Aló Presidente, no qual desfilava sua hiperatividade e
mostrava aos cidadãos comuns do país seu estilo de governar "ao vivo“.Graças em parte ao seu carisma, Chávez foi capaz de
vencer quatro eleições presidenciais, a última delas, em outubro do ano passado, com uma vantagem de nove pontos
percentuais em relação ao segundo colocado, apesar do desgaste de 14 anos à frente do governo.
CINCO ARGUMENTOS CONTRA CHÁVEZ
1- Autoritarismo
Apesar de ter sido eleito quatro vezes à Presidência e de ter mantido em funcionamento as principais instituições democráticas do país, Chávez foi
acusado de adotar medidas antidemocráticas. O presidente também foi acusado de controlar os poderes independentes do país, como a Justiça,
com a indicação de chavistas para postos-chave. Em consequência, Chávez teria se beneficiado de diversas decisões judiciais, como a recente
decisão do Tribunal Supremo de Justiça, em janeiro, de que o presidente, internado em Cuba, não precisaria tomar posse oficialmente em seu
novo mandato, por ser uma continuação do mandato anterior. Outro ato de Chávez apontado como exemplo de seu estilo autoritário foi sua
reação após perder um referendo em dezembro de 2007 para acabar com a limitação de mandatos presidenciais, que o impediria de se
candidatar novamente à reeleição, em 2012. Ao invés de aceitar o resultado, ele promoveu um novo referendo, em fevereiro de 2009, no qual
conseguiu aprovar a mudança.
2- Corrupção
O discurso anticorrupção foi uma das principais bandeiras de Chávez em sua tentativa de golpe de Estado contra o então presidente Carlos Andrés
Pérez, em 1992, e depois em sua primeira campanha à Presidência, em 1998. Mas a oposição acusa Chávez de ter aparelhado o Estado
venezuelano e aumentado a corrupção no país ao invés de combatê-la. Segundo o último relatório da ONG Transparência Internacional, a
Venezuela aparece em 165º lugar em uma lista de 176 países em um ranking de percepção da corrupção no mundo.
A percepção da corrupção na Venezuela é a maior da América Latina, segundo o ranking da Transparência.
3- Problemas econômicos
Apesar de se proclamar socialista, Chávez não conseguiu eliminar uma das maiores mazelas econômicas que afetam principalmente a população de
renda mais baixa, a inflação. Com índices que chegam a 30%, a Venezuela tem a maior inflação da América Latina. Seu governo também falhou
em não criar uma política econômica de longo prazo que fosse capaz de evitar a recessão. A estrutura econômica herdada de governos
anteriores na qual a atividade produtiva se resumia praticamente à exploração de petróleo, se manteve intacta na era Chávez. Não houve
diversificação do campo produtivo e o principal motor da economia continuou sendo o petróleo.O país permanece extremamente dependente do
lucro do petróleo, que implica em aproximadamente 95% das exportações ou cerca de 12% do PIB. O deficit orçamentário do governo atingiu
17% do PIB em 2012. Já a dívida pública, apesar da valorização do petróleo, subiu para 49% do PIB.
4- Liberdade de imprensa
Entre as acusações contra Chávez estão a de que querer silenciar a mídia privada do país. A relação de Chávez com a imprensa também foi
complicada: o líder venezuelano acusava diversos veículos de atuar como "porta-vozes" da oposição. O presidente venezuelano era chamado de
populista e autocrático, acusado de ameaçar a liberdade de imprensa e de utilizar a máquina estatal para perseguir aqueles que discordavam de
sua "revolução“. Entre as acusações contra Chávez estão a de que querer silenciar a mídia privada do país. Em 2007, após sua terceira eleição,
Chávez não renovou a concessão para a RCTV, segunda maior rede de TV do país. A RCTV havia sido acusada, ao lado de outras TVs privadas,
de apoiar a tentativa de golpe contra Chávez em 2002. A ONG Humans Right Watch criticou o legado "autoritário" deixado por Chávez, dizendo
que ele aumentou radicalmente o controle da imprensa e tentou justificar suas políticas nesse campo alegando que eram necessárias para
"democratizar" as TV abertas do país. "No entanto, em vez de fomentar o pluralismo, o governo abusou de seu poder regulatório para intimidar e
censurar seus críticos. Ampliou de um para seis os canais administrados pelo governo", acrescentou a HRW.
5 - Violência
A violência urbana fugiu ao controle na Venezuela durante as gestões de Chávez. Segundo estatísticas do escritório especializado em crimes e
drogas da ONU (Unodc), quando o mandatário assumiu o poder em 1999, a taxa de homicídios era de 25 para cada 100 mil habitantes. Em 2010,
esse número havia subido para 45 por 100 mil habitantes – o que representa uma elevação de 80%. A taxa é a mais alta da América do Sul. No
mesmo ano, o Brasil registrou índice de 21 por 100 mil. O patamar acima do qual os homicídios são considerados endêmicos é 10 por 100 mil
habitantes.
Gestos, não origem do papa,
ditarão sua influência na América
Latina
A nomeação de um argentino para a chefia do
Vaticano representa um importante aceno da
Santa Sé à América Latina, mas os gestos do
papa Francisco terão mais poder de
influência do que sua origem na relação
entre a Igreja Católica e os latinoamericanos, segundo padres e teólogos
ouvidos pela BBC Brasil.
Regime militar
Ainda que a Igreja Católica argentina seja considerada politicamente mais conservadora do que a maioria das igrejas nos
países vizinhos, a vida simples levada pelo cardeal Jorge Mario Bergoglio, suas ações em prol dos mais pobres e a
humildade com que se apresentou como papa foram elogiados por padres e teólogos da região.
As diferenças, segundo os entrevistados, alcançaram seu ápice quando boa parte dos países latino-americanos era
controlado por ditaduras militares. Ativistas acusam a Igreja Católica argentina de ter silenciado diante de violações de
direitos humanos pelo regime militar (1976-1983). Há ainda relatos de que alguns padres católicos colaboraram com o
governo e até presenciaram cenas de tortura de dissidentes. O papel do próprio Bergoglio durante o período é objeto
de controvérsia. Em fevereiro, a Justiça argentina afirmou que a cúpula da Igreja Católica, que Bergoglio integrava,
"fechou os olhos" para as mortes de religiosos progressistas. Em 2005, ativistas processaram o cardeal por supostamente
ter sido cúmplice do sequestro de dois padres jesuítas. Já Bergoglio diz ter agido para libertar os religiosos.
Maria das Dores Campos Machado, professora da Escola de Serviço Social da UFRJ (Universidade Federal do Rio de
Janeiro), diz que a proximidade entre a igreja e os militares argentinos era ainda alimentada pelos interesses
econômicos dos religiosos. Por meio de escolas católicas, o grupo tem grande participação no setor educacional do país.
Após o fim da ditadura, diz ela, o conservadorismo político da igreja cedeu, mas o conservadorismo moral se manteve.
Machado cita embates entre Bergoglio – que acabaria por se tornar o principal expoente da igreja no país – e o governo argentino sobre casamento
gay, aborto e a adoção de crianças por casais homossexuais. Em 2010, quando Bergoglio posicionou-se contra esses temas, a presidente Cristina
Kirchner disse que o religioso usava tom comum "às épocas medievais e à Inquisição". "O cardeal Ratzinger perseguiu teólogos da libertação,
João Paulo 2º também. Duvido que o novo papa possa fazer isso.”Jorge Claudio Ribeiro, professor do Departamento de Ciências da Religião da
PUC-SP.Já a igreja brasileira, segundo Machado, ainda que moralmente conservadora, assumiu posição política crítica à ditadura militar. Ao contrário
dos colegas argentinos, diz ela, bispos e padres brasileiros se afastaram dos militares e protegerem dissidentes. Os religiosos locais tiveram ainda,
segundo a professora, uma posição "mais sensível aos movimentos democratizantes" do que os vizinhos argentinos.
Primeiros gestos
Padres brasileiros ligados a movimentos sociais consideraram promissores os primeiros gestos do novo papa.
"O papa se apresentou de forma despojada, com muita humildade, de um jeito mais fraterno do que marcado por discurso de poder", diz o padre
Flavio Lazarrin, ligado à Comissão Pastoral da Terra, órgão que atua em prol de camponeses. "Parece um homem de fé e espiritualidade."
Ainda assim, Lazzarin diz que a escolha de um papa latino-americano – independentemente de suas posições políticas ou morais – não resultará em
mudanças nas relações entre os padres do continente e suas comunidades. "Nós, no Brasil, temos ampla liberdade, somos escutados e apoiados pela
maioria dos bispos. E, pessoalmente, acho que as coisas importantes, que determinam o caminho da história da humanidade, vêm de baixo para cima,
e não dos locais do poder.” Para o padre Paulo Suess, ligado ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi), "se o novo papa não será um defensor da
Teologia da Libertação, porque vem de outro contexto, ao menos fez a opção pelos pobres em concreto, ao andar de metrô, cozinhar sua própria
comida“.Suess diz que a postura de Francisco pode influenciar padres que atuam no interior do continente.
Outras notícias de Março
 Do sul do Brasil a candidato a papa: a trajetória de dom Odilo - Cardeal arcebispo de São Paulo

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
é um dos favoritos para suceder Bento 16 como papa.
Fidel diz que Cuba perdeu o seu melhor amigo com a morte de Chávez - Em artigo, líder
cubano afirma que notícia foi recebida como um duro golpe pela população de seu país.
Nelson Mandela é hospitalizado na África do Sul - Autoridades locais dizem que ex-presidente
está passando por exames de rotina.
Dez anos depois, veteranos do Iraque ainda ‘trazem guerra para casa’ - Casos de violência
envolvendo ex-combatentes chocaram os EUA; mais de 600 mil veteranos têm problemas mentais
graves, dizem especialistas.
No Rio, refugiados africanos enfrentam pobreza, violência e preconceito - Maioria de pedidos
de asilo vem da África; presença de congoleses é notada em favelas e no mercado informal.
Adoções por estrangeiros despencaram no Brasil desde os anos 80 - Levantamentos
acadêmicos indicam que país era o quarto maior ‘exportador’ de crianças nos anos 80, mas em 2011
era o décimo.
Caso de mãe que congelou bebês choca França - Mulher é acusada de ter matado e congelado
crianças logo após nascimentos.
 Escalas de Dilma no exterior custaram R$ 433 mil aos cofres públicos - Gastos ocorreram em
paradas sem compromissos oficiais; total de despesas em viagens presidenciais soma R$ 11,6
milhões.
 Itamaraty teme por brasileiros no corredor da morte na Indonésia - País retomou execuções;
condenados, Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt Gularte aguardam resposta a
pedido de clemência.
 Avaliação do governo Dilma cresce, puxada pelo Nordeste - Cortes de custos em energia e na
cesta básica e carisma da presidente impulsionaram aumento
Gays enfrentam dilema para sair do
armário em Brasil 'polarizado'
A decisão da cantora baiana Daniela Mercury de assumir um relacionamento afetivo
com uma mulher trouxe à tona um dilema enfrentado pelos gays brasileiros
atualmente. Se por um lado mudanças recentes criaram um ambiente mais aberto
para que homossexuais possam "sair do armário", por outro, a sociedade brasileira
vive hoje um cenário de crescente polarização sobre o assunto.
O quadro atual inclui a conquista de direitos pelos gays, como a decisão do STF que aprovou a
união civil estável, e a mobilização dos movimentos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e
Transexuais) para mantê-los e ampliá-los. Mas há também confrontos acirrados com grupos
religiosos e uma preocupação cada vez maior com assassinatos de membros desta
comunidade.
Notícias relacionadas
Segundo o Relatório de Assassinatos de LGBTs de 2012, publicado pelo Grupo Gay da Bahia, um
homossexual, lésbica, bissexual ou transexual é morto a cada 26 horas no país. Não fica claro
no documento, no entanto, quantas dessas mortes estão diretamente relacionadas a ataques
homofóbicos, configurando o que o grupo convencionou chamar de "homocídios".
Outro relatório, focado em violência homofóbica no Brasil e divulgado no ano passado pela
Secretaria Nacional de Direitos Humanos, revela que os órgãos federais receberam em 2011
uma média de 19 denúncias por dia de discriminação ou violência contra homossexuais.
Lideranças de movimentos gays apontam que parte deste momento de tensão na sociedade
brasileira se intensificou com a eleição do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) –
acusado de homofobia – para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias do
Congresso (CDHM). A posse de Feliciano no cargo desencadeou uma série de protestos.
O acirramento do debate, no entanto, é visto como consequência natural do processo
democrático, na visão dos entrevistados pela BBC Brasil.
"É natural que quanto mais direitos a comunidade LGBT obtenha e mais a sociedade avance,
maior seja também o extremismo dos que são contra", diz Rafael Puetter, ativista baseado no
Rio de Janeiro conhecido por seus vídeos em que seu personagem "Rafucko" satiriza a
"ditadura gay" – regime que, segundo algumas lideranças evangélicas, os homossexuais
estariam tentando implementar no Brasil.
"A discussão está num ponto muito nervoso no país nesse momento", diz ele.
Mercury
Foi exatamente neste cenário de polêmica que Daniela Mercury publicou, na semana passada, uma série de fotos em sua conta na rede
social Instagram, tornando público seu relacionamento com a jornalista Malu Viçosa: "Malu agora é minha esposa, minha família,
minha inspiração pra cantar".
Dias antes, diversas celebridades já haviam engrossado a lista dos que protestam contra o deputado Marco Feliciano. A atriz Fernanda
Montenegro, de 83 anos, beijou a colega Camila Amado, de 77, na boca, durante a entrega de um prêmio teatral, e os atores Bruno
Gagliasso e Matheus Nachtergale protagonizaram manifestação semelhante.
"O Brasil é um país onde os gays podem se casar, mas não podem andar de mãos dadas nas ruas."
Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia
Mas a cantora foi a primeira figura de destaque nacional a mencionar o parlamentar ao tomar uma decisão deste porte.
"Eu comuniquei meu casamento com Malu para tratar com a mesma naturalidade que tratei outras relações. É uma postura afirmativa da
minha liberdade e uma forma de mostrar minha visão de mundo. Numa época em que temos um Feliciano desrespeitando os direitos
humanos, grito o meu amor aos sete ventos. Quem sabe haja ainda alguma lucidez no Congresso Brasileiro!", disse em um
comunicado.
Em entrevista ao Fantástico, programa da TV Globo, Daniela disse que "não foi por causa dele (Marco Feliciano) que fiz isso, mas fico
muito feliz que essa minha necessidade pessoal tenha coincidido com esse momento em que isso se faz tão necessário para o Brasil.
(...) Não gosto de rótulos, mas estou nessa luta, na luta da comunidade LGBT, sem dúvida".
'Momento contraditório'
Luiz Mott, antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia, que há mais de três décadas integra o movimento LGBT no Brasil, diz que o
país vive um momento "extremamente contraditório" e que o cenário para os 20 milhões que integram a comunidade e são cerca de
10% da população ainda é incerto.
O carioca Rafael Puetter já conta com quase 9 mil seguidores no Twitter e mais de 5 mil no Facebook
"Do lado cor de rosa, abrigamos a maior parada gay do mundo, temos a união civil aprovada pelo STF e em dez Estados já se pode casar
diretamente, sem passar pela união estável. Mas também somos campeões no índice de assassinatos de homossexuais e transexuais,
com 338 execuções em 2012, e há que se ressaltar que a realidade ainda é muito pior no interior do que nos grandes centros", avalia.
Mott cita como exemplos negativos o veto da presidente Dilma Rousseff a uma cartilha contra a homofobia, que seria divulgada nas
escolas brasileiras e já havia sido aprovada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e
pelo Conselho Federal de Psicologia, e a um material de campanha de prevenção ao HIV/Aids durante o último Carnaval, retirado de
circulação por fazer menções a relações homossexuais.
Já a decisão de Daniela, sua conterrânea, é vista como um bom sinal. "Com certeza muitos jovens com medo de se assumir vão se inspirar
na Daniela Mercury", diz.
Observando os avanços e retrocessos da sociedade brasileira nos últimos 30 anos, o baiano é categórico ao avaliar o momento atual. "O
Brasil é um país onde os gays podem se casar, mas não podem andar de mãos dadas nas ruas".
Filas no porto de Santos irritam caminhoneiros e evidenciam gargalo
O drama dos milhares de caminhoneiros que tentam descarregar suas mercadorias no Porto de Santos voltou a
se agravar, com filas de até 12 quilômetros registradas nesta semana. Na manhã desta quarta-feira, segundo a
Ecovias, a via Anchieta estava congestionada entre os quilômetros 58 ao 64, por conta das dificuldades dos
caminhões em acessar os terminais portuários. Em março e abril, as filas de caminhões para chegar aos terminais
alcançaram 30 quilômetros, enquanto os navios esperavam semanas no mar até chegar sua vez de atracar.
Safra recorde x gargalos estruturais
Com safras recordes de soja e milho previstas para este ano, o Brasil reforça sua vocação para potência agrícola e
pode ultrapassar os Estados Unidos pela primeira vez como maior produtor de soja no mundo. Mas os problemas
para escoar essa safra expõem os gargalos estruturais do país, que incluem insuficiência de armazéns, problemas
nas estradas, falta de alternativas ao transporte rodoviário e, na reta final, travas nos portos. "A produção
(agrícola) está crescendo muito rápido, mas a infraestrutura não reage com a mesma velocidade. É algo
preguiçoso", diz Sergio Mendes, diretor da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec).
Infraestrutura não cresceu tão rápido quanto a safra, diz Sergio Mendes Ele afirma que a produção brasileira de
soja quase triplicou de 2000 para cá, devendo chegar a 83 milhões de toneladas neste ano. Metade vai para
exportação, e um terço da soja que sai do país passa por Santos. De acordo com a Companhia Docas do Estado
de São Paulo, a Codesp, um quarto da balança comercial do Brasil passa pelo Porto de Santos, o maior do país em
termos do valor de mercadorias movimentadas. O porto triplicou sua capacidade nos últimos vinte anos, e hoje
movimenta 105 milhões de toneladas de bens a cada ano – não apenas grãos, mas também açúcar, contêineres,
carros, combustível.
Investimentos
Barco diz que a situação atual reflete anos de carência de investimentos em infraestrutura, mas destaca que US$
3,5 bilhões estão sendo investidos no porto até 2015. Estradas e viadutos estão sendo construídos para melhorar o
acesso ao porto – Barco alerta, porém, que embora medidas estejam sendo tomadas para remediar a situação, a
melhora não se dará de um dia para o outro – e neste ano a situação ainda pode se agravar com a entrada da safra
do açúcar, nos próximos meses. É no meio de uma crise que se buscam as grandes soluções. Mas as grandes
soluções não vêm no curto prazo", diz Barco. Em dezembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou um pacote
que prevê investimentos de R$ 54,2 bilhões até 2017 para modernizar o setor portuário brasileiro. Os
investimentos estão vinculados à chamada MP dos Portos, aprovada por uma comissão mista do Congresso nesta
quarta-feira e que deve ir a plenário até 16 de maio. Renato Barco diz que US$ 3,5 bi estão sendo investidos no
porto até 2015. “
Entenda por que a inflação preocupa no Brasil
Por que a inflação voltou a preocupar?
A inflação é um velho inimigo da economia brasileira. Depois de anos de hiperinflação, após a adoção do Plano
Real, em 1994, a taxa anual caiu de forma significativa. Em junho daquele ano, quando a nova moeda foi
lançada, a taxa mensal foi de 47,43%. No mês seguinte, caiu para 6,84%, posteriormente, em setembro, para
1,53%. Hoje em dia, o Brasil trabalha com um sistema de metas de inflação anual. O centro da meta para 2013,
estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4,5% , mas o BC admite, ainda dentro da meta, uma
variação de dois pontos percentuais para cima e para baixo. Nos últimos 12 meses encerrados em março,
segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 6,59%, estourando o teto da meta. Foi a primeira vez que
isso ocorreu desde novembro de 2011, quando o aumento em igual período foi de 6,64%. A alta do índice em
março já era prevista por analistas, mas contribuiu para aumentar os temores de que a estratégia adotada pelo
governo para combater a inflação esteja sendo ineficiente e as autoridades estejam evitando tomar medidas
"mais duras" nesse sentido, como uma eventual subida dos juros. O aumento também torna mais distante o
objetivo de manter a inflação em 2013 mais próxima do centro da meta. Em 2010, a taxa foi de 6,5% e, no ano
passado, de 5,84%.O BC prevê, no entanto, segundo seu último relatório trimestral, que a inflação deva encerrar
este ano em 5,7%. "A alta da inflação é extremamente prejudicial ao país. O aumento dos preços mina o poder de
compra da população, especialmente das classes mais baixas que, com menos dinheiro no bolso, corre mais
riscos de ficar endividada e inadimplente", afirma à BBC Brasil Samy Dana, professor de economia da FGV-SP
"Além disso, cria um cenário de incertezas para o investidor, que, desconfiado dos rumos da economia do país,
tende a suspender ou adiar investimentos, prejudicando o crescimento", acrescenta.
O que explica a alta da inflação?
Preço do tomate subiu 151,39% nos últimos 12 meses Inúmeros fatores explicam a escalada inflacionária no
Brasil. De maneira geral, a origem está no desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Segundo o governo, foi o que
aconteceu com os alimentos, já considerados os principais vilões para o aumento da inflação. O tomate, por
exemplo, dobrou de preço nos últimos doze meses, com alta de 122,13%. No mesmo período, a farinha de
mandioca registrou alta de 151,39%, segundo dados do IBGE. Existe um consenso de que parte da culpa é das
condições climáticas. Nos Estados Unidos, a seca elevou o preços dos grãos, ao passo que, no Brasil, a seca no
Nordeste e as chuvas na Região Sul também afetaram o valor cobrado pelos alimentos no mercado doméstico.
Porém, para especialistas, o aumento dos preços também é explicado pelos rumos mais recentes da economia
brasileira, bem como problemas estruturais do passado. "Nos últimos anos, o mercado de trabalho passou por
uma melhora importante, e a taxa de desemprego vem caindo. Paralelamente, devido ao déficit de mão de obra,
os salários subiram, e esse aumento de renda também contribuiu para acelerar o consumo", explica a economista
Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, especialista em inflação. "O problema é que, ao passo que a
demanda cresceu, a produção vem caindo e o nível de investimento (para ampliar a capacidade produtiva),
também. Com mais pessoas consumindo e menos produtos disponíveis, o desequilíbrio é inevitável e se reflete
nos preços", acrescenta. "A pressão por maiores salários também elevou, por sua vez, o repasse de custos",
conclui. Por fim, o Banco Central diminuiu os juros, incentivando a expansão do crédito e, consequentemente, o
consumo das famílias.
EUA investigam se suspeitos de ataque
em Boston tiveram ajuda
As autoridades americanas iniciaram investigação para saber se os dois suspeitos do atentado à bomba na Maratona
de Boston tiveram ajuda no ataque. Um dos suspeitos, Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, foi encontrado na noite de
sexta-feira (19) escondido em um barco guardado em um quintal de uma casa perto de Boston. Ele havia escapado
a pé depois de um confronto com a polícia na madrugada desta sexta-feira, aparentemente ferido. O irmão dele,
Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, morreu durante o tiroteio com a polícia.
Os investigadores da CIA, a agência secreta americana, e do FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, tentam
descobrir se os dois tiveram alguma ajuda na elaboração e execução do ataque que causou a morte de três pessoas
e deixou mais de 170 feridas. Autoridades americanas e familiares dos suspeitos identificaram os irmãos Tsarnaev
como chechenos que viviam nos Estados Unidos há cerca de uma década. O FBI chegou a interrogar Tamerlan em
2011 a pedido de um governo estrangeiro. Porém, o caso foi encerrado depois que as autoridades não encontram
provas para suspeitar dele. Também surgiu a informação de que Tamerlan passou seis meses na Rússia em 2012. O
governo da Rússia afirmou neste sábado que o presidente Vladimir Putin conversou por telefone com o colega
americano Barack Obama e os dois concordaram em aumentar a cooperação depois dos ataques. Em um discurso
em cadeia de televisão momentos após a confirmação da captura de Dzhokhar Tsarnaev, Obama afirmou que o
maior desafio das autoridades a partir de agora será descobrir o motivo dos ataques e se há mais pessoas
envolvidas. Dzhokhar Tsarnaev foi encontrado escondido em um barco guardado em um quintal no distrito de
Watertown, perto de Boston. Ele teria sido baleado várias vezes e, depois de ser capturado, foi levado para um
hospital local. Os médicos consideram seu estado grave, porém estável. As autoridades afirmam que esperam que
Dzhokhar sobreviva para que eles comecem os interrogatórios.
A busca pelo segundo suspeito do atentado à bomba contra a Maratona de Boston começou na madrugada de
sexta-feira (19), quando o jovem escapou à pé, aparentemente ferido, depois de um tiroteio com a polícia no qual o
outro suspeito, o irmão mais velho de Dzhokhar, Tamerlan Tsarnaev, foi morto
França legaliza união entre casais do mesmo sexo
A mais recente batalha travada no legislativo terminou em 23 de abril, quando a França tornou-se o 14o. país (o nono europeu) a legalizar
o casamento gay. Não foi fácil, mesmo para uma das nações mais liberais do mundo. Foram cinco meses de debates entre os
parlamentares e, nas ruas, violentas manifestações contrárias ao projeto, aprovado por 331 votos favoráveis e 225 contrários na Assembleia
Nacional.
A nova legislação prevê não somente a união homossexual como a adoção de crianças por casais gays. Segundo analistas, é a maior
mudança social em território francês desde a abolição da pena de morte, em 1981.
A aprovação da medida era uma das principais promessas de campanha do presidente François Hollande, eleito em maio do ano passado.
A disputa no Congresso foi também um teste político para o socialista, enfraquecido por conta da crise econômica e o aumento das taxas
de desemprego na França.
Mesmo com a maioria de esquerda no Parlamento francês, a pressão contrária ao projeto ameaçou a votação. Nos últimos meses,
milhares de pessoas protestaram contra o casamento gay, com o apoio de religiosos e partidos conservadores.
Agora, a oposição vai questionar a validade do projeto na Justiça. Mesmo assim, especialistas preveem que a lei deve ser sancionada por
Hollande e que os primeiros casamentos gays devem acontecer a partir de julho. No campo político, entretanto, críticos e apoiadores da
proposta devem estender a discussão até o próximo ano, quando acontecem eleições municipais.
Tendência
Desde 2000, 14 países do mundo aprovaram mudanças na legislação para permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo: África
do Sul, Argentina, Bélgica, Canadá, Espanha, França, Holanda, Islândia, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, Suécia, Portugal e Uruguai.
Outros quatro permitiram somente a adoção de crianças por casais gays: Andorra, Dinamarca, Israel e Reino Unido.
A Holanda foi o primeiro país a estender todos os direitos de heterossexuais, incluindo a adoção, aos homossexuais. Nos anos seguintes, o
movimento espalhou-se por outros países democráticos da Europa. Os ativistas defendem que os gays têm os mesmos direitos que
cidadãos heterossexuais em uma democracia, argumento também usado por outras minorias, como as mulheres e os negros, em suas
lutas nos anos 1960 e 1970.
Nos Estados Unidos, o casamento gay já é permitido em nove Estados. Outros seis aprovam um tipo de união legal semelhante ao
casamento e 38 o proíbem. Em 2011, o presidente Barack Obama declarou ser favorável às reivindicações. Contudo, a sociedade americana
ainda vê o assunto com cautela, ao passo que a Suprema Corte analisa ações que podem tonar a união gay um direito constitucional, ou
seja, válido para todo o país.
Congresso amplia
direitos de domésticas
Completa nesta sexta-feira
(3) um mês desde a entrada
em vigor da chamada "PEC
das Domésticas", que
ampliou os direitos da
categoria. Parte desses
novos direitos começou a
valer no dia 3 de abril,
quando o texto foi
publicado no Diário
Oficial.
Por falta de regulamentação,
no entanto, sete itens ainda
estão em suspenso: segurodesemprego, indenização
em demissões sem justa
causa, conta no FGTS,
salário-família, adicional
noturno, auxílio-creche e
seguro contra acidente de
trabalho
Outras notícias de Abril
 Sem Chávez, próximo presidente terá de lidar com economia e violência - Presidente eleito neste
domingo terá de equilibrar legado do governo Chávez com mudanças para responder aos desafios que
aguardam a nova gestão
 Imobiliárias em Portugal usam visto para atrair brasileiros - Impressionados com peso de
comunidade em mercado de Miami, agências portuguesas apostam em projeto que facilita acesso a
residência e cidadania.
 Dois consórcios vão disputar concessão do Maracanã; entenda - Liminar chegou a suspender
licitação; Movimentos sociais, partidos atletas e Ministério Público criticam projeto.
 Polêmica, licitação decidirá nova administração do Maracanã; entenda - Movimentos sociais,
partidos atletas e Ministério Público criticam projeto; vencedor, a ser definido nesta quinta, será
responsável pela gestão, operação e manutenção do estádio e seu entorno.
 Brasileiros se aventuram em mercado da 2ª residência na Europa - Número de interessados em
comprar imóveis para investir, passar férias e até se aposentar do outro lado do Atlântico é cada vez maior.
 Obama pede que cidadãos pressionem Congresso por controle de armas - Presidente defende maior
checagem do perfil dos compradores de armas.
Entenda os desafios de Azevêdo à frente da OMC
Eleito nesta terça-feira, o novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro
Roberto Azevêdo terá como principais desafios relançar a liberalização do comércio mundial e reavivar os
pactos multilaterais de comércio, que vêm perdendo fôlego, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
Azevêdo assume o cargo em 1° de setembro e já em dezembro comandará uma reunião ministerial da OMC em Bali,
Indonésia, que tem como principal objetivo o avanço nas negociações da Rodada Doha, criada para liberalizar o
comércio mundial. Mas o ceticismo em torno da Rodada é grande.
Impasse agrícola
O próprio Azevêdo reconhece que o "sistema comercial está enfraquecido pela completa paralisia" das negociações de
Doha, iniciadas em 2001 para facilitar o comércio mundial, mas emperradas desde 2008 devido às divergências em
relação à questão agrícola. Países em desenvolvimento reivindicam maior acesso de seus produtos agrícolas nos países
ricos e condicionam a isso qualquer outra discussão – como a abertura de seus mercados aos produtos industriais dos
países desenvolvidos. Para alguns dos especialistas, a saída para o impasse é reconhecer o seu fracasso e visar um acordo
mais modesto, com menos trocas de concessões do que as previstas inicialmente."O primeiro desafio do novo diretorgeral será ajudar os países membros da OMC a aceitar que chegou o momento de renunciar a certas ambições da Rodada
Doha“.
'Compromisso único'
Ele e Siroën, da Universidade Paris-Dauphine, ressaltam ainda que mudanças no processo de negociações realizadas
pela OMC também são um importante desafio para Azevêdo. Nas negociações de uma rodada comercial, nada pode ser
concluído enquanto não for obtido um acordo em relação à totalidade dos assuntos discutidos. É o chamado princípio
do "compromisso único“. "Esse princípio tende a enfraquecer as negociações, fixando objetivos impossíveis de serem
atingidos", afirma Jean, acrescentando que a OMC deve modernizar seu funcionamento. "Focar as discussões em alguns
temas em vez de abranger inúmeras áreas ao mesmo tempo pode facilitar as discussões comerciais. Países que chegarem
a um acordo sobre determinado tema poderiam concluir uma negociação no âmbito da OMC", diz Siroën. Ele cita como
exemplo dois acordos já realizados nessas condições, um deles relativo à aviação civil e outro sobre mercados públicos.
"A OMC teria diferentes velocidades e poderia generalizar acordos plurilaterais (que envolvem apenas alguns dos seus
159 países-membros). Outros países, claro, poderiam se juntar depois ao grupo", afirma. "Esse tipo de sistema seria uma
porta de saída e permitiria relançar as negociações do ciclo de Doha", diz Siroën.
Acordos bilaterais
Outro desafio que o brasileiro terá de enfrentar na OMC é a multiplicação de acordos bilaterais em vigor - já são mais de
300 -, causada pela falta de pactos multilaterais. A União Europeia, por exemplo, discute atualmente acordos com Japão
e Índia e Estados Unidos. "O novo diretor-geral precisa restaurar a prioridade do multilateralismo", diz Julius Sen,
especialista em OMC na London School of Economics. "Os acordos bilaterais têm uma lógica oposta à da OMC. O
acordo comercial entre a União Europeia e os EUA enterrará de vez a Rodada Doha.”
Protecionismo
O protecionismo comercial, que tende a aumentar em épocas de crise econômica, também é outro importante entrave
que deve ser enfrentado por Azevêdo. O francês Pascal Lamy, diretor-geral da OMC nos últimos oito anos e que ocupará
o cargo até agosto, ressaltou inúmeras vezes que as barreiras protecionistas estariam aumentando, com impacto
negativo para o comércio mundial. Em entrevista ao francês Journal du Dimanche no último domingo, Lamy afirmou
que "o protecionismo não protege mais e é melhor importar para exportar melhor“. O Brasil também foi acusado de
protecionismo após ter aumentado o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros importados.
Comissão da Verdade discute cronograma para
exumação do corpo de Jango
A CNV (Comissão Nacional da Verdade)
discute nesta quarta-feira (29) um
cronograma para a exumação dos restos
mortais do presidente João Goulart (19611964), que morreu em 1976. A exumação
será feita a pedido da família de Jango, que
acredita que a morte tenha sido provocada
por envenenamento. A suspeita é de que
ele tenha sido assassinado por agentes da
Operação Condor –acordo entre governos
militares da América Latina, nas décadas
de 70 e 80, para perseguir e prender
militantes de esquerda.
A versão ganhou força com as declarações
do ex-agente secreto uruguaio Mario Neira
Barreiro, de que a morte foi ordenada pelo
delegado Sérgio Fleury, do Dops
(Departamento de Ordem Política e
Social), um dos nomes mais associados à
tortura à época, a mando da cúpula do
regime.
A versão oficial é de que o presidente foi
vítima de um ataque cardíaco, mas não foi
feita uma necropsia na época.
Jorge Videla, ex-ditador argentino, morre aos 87 anos
Jorge Videla, o ex-comandante que governou a Argentina
durante os anos mais sangrentos da ditadura militar que
vigorou entre 1976 e 1983, morreu nesta sexta-feira. Ele
cumpria pena por crimes de violação dos direitos humanos.
Prisão e ostracismo
Condenado a duas penas de prisão perpétua por crimes contra
a humanidade cometidos durante o seu período à frente da
ditadura argentina (de 1976 a 81), ele estava encarcerado na
prisão comum de Marcos Paz, num subúrbio a 45 quilômetros
a oeste da capital Buenos Aires.
Ele vivia no ostracismo, escrevia suas memórias e rezava ao
lado de uma modesta cama debaixo de um crucifixo, com quase
nenhuma conexão com o mundo exterior.
Videla morreu sem demonstrar arrependimento pelos crimes
cometidos contra os opositores durante a ditadura.
Por meio do terrorismo de Estado, o governo militar buscou
aniquilar a oposição e os grupos guerrilheiros que então
estavam se retirando, após anos de violência.
O sequestro, tortura e assassinato das vítimas, cujos corpos
eram logo enterrados clandestinamente ou lançados ao mar,
tornaram-se procedimentos comuns dos agentes da ditadura.
Além das condenações, Videla havia sido destituído de seu
cargo militar pela justiça civil, decisão que nunca reconheceu.
Em sua última aparição pública, na terça-feira da semana
passada, ele disse que não reconhecia o tribunal que o julgava
pelo que chamou de "luta antisubversiva" durante os anos de
chumbo, que deixaram até 30 mil desaparecidos no país,
segundo grupos de defesa dos direitos humanos.
manos.
Oriente Médio: Bombardeio israelense
agrava crise na Síria
Ataques aéreos israelenses contra bases militares na Síria, nos
dias 3 e 5 de maio, aumentaram a tensão no Oriente Médio. A
guerra civil na Síria, que já dura dois anos, matou 700 mil
pessoas e deixou milhares de refugiados.
Israel manteve, até então, a neutralidade no conflito. Os
ataques, porém, não significam que os israelenses estejam
apoiando as forças rebeldes. Pelo contrário, eles até preferem o
ditador Bashar al-Assad no poder do que insurgentes ligados a
radicais islâmicos.
O objetivo de Israel foi impedir que um suposto carregamento
de armas chegasse até os militantes do Hizbollah, no Líbano,
com que Israel esteve em guerra em 2006. Mesmo assim, uma
prometida retaliação do regime sírio poderia causar uma
guerra envolvendo outras nações.
Outro elemento que agravou a crise na Síria foram
informações controversas sobre o uso de armas químicas no
país. A confirmação poderia justificar uma intervenção militar
liderada pelos Estados Unidos.
Reforma portuária:
entre a modernização
e o atraso
Aprovada em 16 de maio no Congresso, a medida
provisória 592/2012, conhecida como MP dos Portos,
segue agora para a sanção presidencial. O objetivo
da lei é atrair mais investimentos ao setor portuário,
de modo a melhorar a economia do país.
Pelos terminais portuários passam 95% do volume
total de cargas destinadas ao comércio exterior. Mas
a estrutura defasada e a burocracia impedem, hoje, o
desenvolvimento econômico do país. A reforma
estabelece novas regras de exploração dos terminais
por empresas, incentivando a competitividade no
setor.
Mesmo sendo uma lei importante para o país, a MP
dos Portos correu o risco de ser “enterrada” no
Congresso devido ao fisiologismo político. Movidos
por interesses próprios ou de grupos específicos, os
parlamentares – incluindo a base de apoio do
governo, que compõe a maioria -- “travam” votações
importantes para pressionar o Governo Federal.
Outras notícias de Maio
 Estrangeiros resgatados de escravidão no Brasil são 'ponta de




iceberg‘ - Bolivianos, paraguaios e chineses estão entre imigrantes que
vieram ao país atrás de oportunidades mas acabaram vítimas de formas
contemporâneas de escravidão.
Grupo de Eike e Odebrecht vence disputa por administração do
Maracanã; - Vitória do consórcio já era esperada; empresas vão operar
complexo pelos próximos 35 anos.
Legalização da maconha cria oportunidades para vítimas da crise
nos EUA - No Estado de Washington, vendas começam e 2014 e já há
pessoas planejando a abertura de lojas.
Cresce percepção negativa sobre o Brasil no mundo, diz pesquisa
Apesar de aumento leve na percepção positiva do país, levantamento da
BBC indica que imagem negativa cresceu de 18% para 21% entre 2012 e
2013
Protestos no país: A revolta da nova geração
Protestos motivados pelo preço da passagem de
ônibus espalharam-se pelas principais metrópoles
brasileiras, causando tumultos e a maior
mobilização popular dos últimos vinte anos. A
pressão das ruas forçou os governos a revogarem o
aumento do valor das tarifas de ônibus e trens.
Mesmo assim, as manifestações continuam pelo
país, contra a corrupção, os gastos da Copa do
Mundo e reivindicando melhorias nos serviços
públicos. O movimento se caracteriza por ser jovem
e apartidário. As primeiras passeatas aconteceram
em São Paulo, organizadas pelo Movimento Passe
Livre. O grupo usa as redes sociais e aparelhos
celulares para coordenar os eventos.
Nos primeiros atos, no começo de junho, o
vandalismo gerou antipatia da população. Mas nas
manifestações do dia 13 de junho, em São Paulo, a
repressão da Polícia Militar chamou a atenção da
imprensa internacional e de órgão de defesa dos
direitos humanos, mudando a imagem dos
manifestantes. Outras dezenas de atos foram
organizados pela internet no exterior, em apoio aos
manifestantes brasileiros. Estádios que recebem
jogos da seleção brasileira pela Copa das
Confederações tiveram a segurança reforçada em
razão dos protestos.
PEC 37: Pressão das ruas derrubou proposta

Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37/2011, que limitava o poder de investigação do Ministério
Público, foi rejeitada com 97% dos votos na Câmara dos Deputados. A decisão foi considerada uma vitória do
movimento popular que se espalhou pelo país. Para os manifestantes, o projeto favorecia a impunidade de
políticos corruptos.

 A PEC 37 foi apresentada em 2011 pelo deputado federal e delegado Lourival Mendes (PTdoB-MA). A
emenda pretendia garantir a exclusividade das investigações criminais às polícias Civil e Militar. Nos últimos
anos, promotores e procuradores assumiram a frente da apuração de importantes escândalos de corrupção
no país, como o caso do “mensalão”.

 Para os defensores, a medida visa preservar a distribuição de poderes, impedindo abusos. Mas o clima de
revolta contra a corrupção no país fez com que a rejeição da PEC 37 tornasse uma das principais
reivindicações de protestos.
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 A pressão popular obrigou o Congresso a votar proposta, que foi recusada de forma quase unânime,
contrariando uma disposição inicial dos parlamentares para aprová-la. O “enterro” da PEC 37 faz parte de
uma estratégia política para “esfriar” os protestos de rua.
Tensão no MS: Os dilemas da política do bom selvagem
A morte de um índio no Mato Grosso do Sul
aumentou a tensão entre indígenas e fazendeiros da
região, além de expor uma crise da política
indigenista do país e da Funai (Fundação Nacional do
Índio), órgão responsável por garantir os direitos dos
povos indígenas.
O índio Oziel Gabriel, 35 anos, foi morto em
confronto com policiais militares e federais em
Sidrolândia (MS), no dia 30 de maio, durante uma
operação de reintegração de posse. A propriedade foi
invadida por 1.600 indígenas da etnia terena em 15 de
maio. Os índios reivindicam uma área de 17,3 mil
hectares.
Pelo menos outras cinco fazendas da região foram
ocupadas, segundo a Funai. Em algumas, imóveis
foram incendiados e os produtores, expulsos. O Mato
Grosso do Sul concentra hoje a maioria dos casos de
assassinatos de índios no país.
A tensão no Estado reflete um aumento de conflitos
em todo o país. Nos últimos 30 anos, o número de
áreas demarcadas aumentou seis vezes,
correspondendo, hoje, a 13% do território brasileiro
(quase o dobro do destinado à agricultura, de 7%). O
problema é que a mera demarcação de áreas não foi
acompanhada de melhorias na vida dos índios, e
ainda aumentou a atrito com fazendeiros, afetando o
agronegócio.
Outras notícias de Junho
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Copa pode provocar despejo de 250 mil pessoas, afirmam ONGs -Entidades civis estimam que esse é o número de pessoas
ameaçadas por remoções ou que vivem em áreas de disputa.
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Prefeitos devem pedir a Dilma redução de impostos sobre transporte coletivo - Presidente também deverá receber apoio à
contratação de médicos estrangeiros para o Sistema Único de Saúde.
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Estado de saúde de Nelson Mandela é crítico - Presidência da África do Sul diz que situação de Mandela de deteriorou nas últimas
24 horas.
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Brasil e Espanha disputam final, enquanto Rio espera novo megaprotesto nas ruas - Último jogo da Copa das Confederações é
o primeiro entre as duas seleções desde 1999; Ato contra remoção de moradores para Copa e Olimpíada deve acontecer.
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Veterano de 6 Copas, torcedor aventureiro vê Copa das Confederações ‘sem clima’ - Aposentado paulista viaja em uma Kombi
e diz que distância entre cidades-sede é problema para a Copa do Mundo.
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Apesar da crise, portugueses recusam empregos e criam paradoxo - No Algarve, tradicional destino turístico no sul de Portugal,
donos de bares têm dificuldade para contratar, apesar de desemprego de 18%.
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Presidente do Egito completa um ano de poder com país dividido - Protestos marcados para este domingo podem resultar em
novos violentos enfrentamentos entre grupos a favor e contra Mohammed Morsi.
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Prisão de padre aumenta pressão por transparência no Vaticano - Esquema de lavagem de dinheiro teria movimentado milhões
de euros com cheques de 'doações'.
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Wikileaks volta aos holofotes com apoio a Snowden - Apoio a ex-funcionário da CIA que revelou sistema de monitoramento de
informações pela internet pode ajudar organização a recuperar prestígio perdido.
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Mandela está 'bem melhor', diz presidente da África do Sul - Jacob Zuma visitou ex-líder no hospital em Pretória; seu estado de
saúde continua crítico, porém estável.
O Caso Snowden
Em reportagem ao jornal O Globo e em entrevista ao Fantástico, o jornalista
americano Glen Greenwald, que primeiro noticiou o caso NSA pelo The
Guardian, relatou as razões do monitoramento norte-americano nas
comunicações brasileiras.O Brasil, de acordo com os documentos divulgados
pelo ex-técnico em segurança digital da CIA Edward Snowden, é um dos
países mais vigiados pelo programa PRISM que coleta dados telefônicos e
de tráfego na internet.Greenwald, que mora no Brasil, esteve com Edward
Snowden em Hong Kong no começo de junho, quando o ex-agente da CIA
entregou cerca de 5 mil páginas de documentos sobre o PRISM, o acordo de
monitoramento dos cidadãos americanos feito com as grandes empresas de
telecomunicações americanas e o esquema de vigilância em países
estrangeiros. No aeroporto em busca de um asilo - Snowden, que teve
seu passaporte cancelado pelo governo, continua em uma zona de trânsito
do aeroporto de Moscou desde que chegou de Hong Kong há cerca de duas
semanas, à espera de um asilo político.
Venezuela, Nicarágua e Bolívia já ofereceram asilo a ele, mas há dificuldades logísticas para ele chegar a essas nações sem passar pelo
espaço aéreo de países europeus, que poderiam obrigar o pouso da aeronave que o estiver transportando.Para o especialista francês em casos
de espionagem Sebastien Laurent, “Snowden é um homem morto e, diante da gravidade do que fez, jamais encontrará um refúgio seguro”. O
jornalista americano que se encontrou com Snowden contou que ele está disposto a enfrentar as consequências de seu ato após revelar essa
série de documentos que abalou o governo Obama e colocou a diplomacia norte-americana em crise.Na entrevista que gravou com Greenwald,
o ex-funcionário da CIA disse que questionava a operação PRISM e que acreditava que o público deveria ter conhecimento do programa para
decidir se essa prática era ou não legal.
Conexão Brasil - Nas novas revelações feitas por Greenwald, que aos poucos analisa e divulga os documentos repassados a ele por
Snowden, o Brasil aparece como um dos países mais vigiados do mundo. Segundo o jornalista, a razão disso pode ser a coleta de dados que
trafega através do Brasil, já que toda a rede de comunicação está interligada.De acordo com Greenwald, “não temos acesso ao sistema da
China, mas temos acesso ao sistema do Brasil. Então estamos coletando o trânsito do Brasil não porque queremos saber o que um brasileiro
está falando para outro brasileiro, mas porque queremos saber o que alguém na China está falando com alguém no Irã, por exemplo”. O
governo brasileiro reagiu imediatamente à reportagem e pediu explicações ao governo americano sobre a espionagem no país. As solicitações
foram feitas através da Embaixada do Brasil em Washington e também ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil.
O Itamaraty vai lançar ainda iniciativas na Organização das Nações Unidas (ONU) e na União Internacional de Telecomunicações (UIT) pedindo
o estabelecimento de normas de segurança e de comportamento em relação à preservação da privacidade dos canais de comunicação dos
países.Internamente, o governo brasileiro solicitou à Anatel, em conjunto com a Polícia Federal, uma investigação para saber se as empresas
sediadas no Brasil divulgaram dados de brasileiros à Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
Governo lança programa para levar mais médicos a
regiões carentes
Medida prevê a vinda de estrangeiros, mas
brasileiros têm preferência. 'Mais Médicos'
também cria período obrigatório no SUS para
estudantes.
O que aconteceu?
O comandante-geral das Forças Armadas do Egito, o general
Abdul Fattah al-Sisi, declarou em um anúncio transmitido pela TV
que a Constituição havia sido suspensa e que o presidente da
Suprema Corte Constitucional assumirá poderes presidenciais, na
prática derrubando o presidente Mohammed Morsi. De acordo
com o general Sisi, o líder da Suprema Corte, Adli Mansour, irá
comandar um governo interino formado por tecnocratas até que
eleições presidenciais e parlamentares sejam convocadas. A mais
alta autoridade islâmica do país, o grã-xeque de Al-Azhar, o líder
da Igreja Copta, bem como o principal nome da oposição,
Mohammed ElBaradei, se pronunciaram todos após o general,
dando seu aval para a deposição. Uma declaração feita no Twitter
da presidência citou Morsi como denunciando o anúncio do
Exército como sendo um "golpe completo categoricamente
rejeitado por todos os homens livres de nossa nação“.Soldados,
apoiados por veículos blindados, asseguraram locais importantes
da capital, Cairo, enquanto centenas de milhares de manifestantes
de oposição e partidários de Morsi foram às ruas.
Por que o presidente foi deposto?
A oposição pública a Morsi, o primeiro presidente
democraticamente eleito do Egito, vinha crescendo desde
novembro de 2012. A fim de garantir que a Assembleia
Constituinte, dominada por seus aliados muçulmanos da
Irmandade Muçulmana, poderia concluir a elaboração da nova
Constituição do país, ele expediu um decreto concedendo a si
mesmo amplos poderes. Após dias de protestos da oposição, ele
concordou em limitar o alcance dos poderes que havia se
concedido. Mas houve novos protestos ao final do mês quando a
Assembleia Constituinte aprovou às pressas uma versão da
Constituição - a despeito de um boicote por parte de liberais,
secularistas e da Igreja Copta. Com a crescente oposição, o
presidente Morsi expediu um decreto autorizando as Forças
Armadas a proteger instituições nacionais e postos eleitorais até
que um referendo sobre o projeto de Constituição fosse realizado
no dia 15 de dezembro de 2012. Críticos classificaram a medida
como uma nova forma de lei marcial.Líder deposto do Egito,
Mohammed Morsi, vinha sendo acusado de autoritarismo pela
oposição
Entenda: o golpe
no Egito
O Exército retornou aos quartéis após o documento ter sido aprovado,
mas semanas depois tropas foram mobilizadas em cidades ao longo
do Canal de Suez para conter enfrentamentos entre opositores e
correligionários de Morsi, que deixaram mais de 50 pessoas mortas.
Em 29 de janeiro de 2013, o general Sisi advertiu que a crise poderia
"levar a um colapso do Estado“. No final de abril, ativistas de
oposição montaram o movimento de protesto Tamarod (Rebelde).
Seu objetivo central era coletar assinaturas para uma petição que se
queixava do fracasso de Morsi em restaurar a segurança no país,
bem como sua capacidade de restaurar a economia. E pedia a
realização de novas eleições. O grupo também organizou grandes
protestos de massa para a data de um ano da posse de Morsi. No dia
30 de junho de 2013, milhões de pessoas tomaram as ruas de
diversas cidades no Egito. Os protestos levaram os militares a
advertir o presidente Morsi no dia 1º de julho que iriam intervir e impor
o seu próprio caminho, caso ele não atendesse às demandas
populares dentro de 48 horas e pusesse fim à crise política. Com a
aproximação do ultimato, Morsi insistiu que ele era o líder legítimo do
Egito. Ele avisou que qualquer iniciativa para depô-lo à força poderia
lançar o país no caos. "O povo me deu poder, o povo me escolheu
por meio de uma eleição livre e justa", afirmou. "Legitimidade é a
única maneira de proteger nosso país e de prevenir um banho de
sangue, de passar para uma nova fase".
Outras notícias de Julho.
 Egípcias enfrentam onda de ataques sexuais durante manifestações
 ONG estima que já são mais de 200 casos; homens se mobilizam para proteger as mulheres nas
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aglomerações.
Navio norte-coreano retido no Panamá levava mísseis cubanos
Autoridades apreenderam o navio que tentava atravessar o Canal do Panamá levando 'armas
obsoletas' de Cuba para conserto na coreia do Norte; Entenda.
'Havia sangue por todos os lados', diz homem que viu trem descarrilar na França
Karim Wone ajudou no resgate de sobreviventes de acidente que deixou seis mortos e feridos
graves na sexta-feira.
Clima de protestos influencia visita e discurso de papa no Brasil
Há expectativas de novas manifestações durante a Jornada Mundial da Juventude, e o próprio
pontífice deve falar sobre as 'insatisfações' dos jovens brasileiros.
Sem medo de protestos, jovens de vários países contam o que esperam da JMJ
BBC Brasil ouviu católicos da Indonésia aos EUA a caminho do Rio de Janeiro; poucos creem em
mudanças na Igreja, mas todos querem levar apoio ao papa Francisco.
Australianos desenvolvem roupa que repele tubarões;
Nasa captura 'buraco' gigante na atmosfera do Sol
Imagem foi registrada por sonda no polo norte da estrela e pode contribuir para compreensão
do clima no espaço.
Entenda as investigações sobre cartel e propina
no metrô de São Paulo
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Como começou o escândalo?
Em maio deste ano, a Siemens teria feito denúncias ao Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o órgão antitruste do governo
federal. Em troca de punições menos severas, a empresa teria reconhecido
que pagou propinas a autoridades de diferentes governos do PSDB em São
Paulo e que teria formado cartel com outras empresas, como Alstom,
Bombardier, CAF e Mitsui.
A notícia da delação premiada foi dada pela imprensa brasileira, mas não foi
confirmada pela empresa alemã.
Como funciona o suposto esquema?
As fraudes teriam acontecido em licitações públicas para venda e
manutenção de metrôs e trens metropolitanos durante os governos de Mario
Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, em São Paulo, nos anos 1990 e 2000.
Segundo as denúncias publicadas pela revista IstoÉ, a Siemens subcontratava
empresas no Brasil para pagar propinas a políticos e diretores de empresas
públicas. Outra vertente do esquema usava contas no exterior, em paraísos
fiscais.
Outra acusação é referente à suposta formação de cartel. As multinacionais
combinavam entre si quem ganharia e quem perderia concorrências públicas
em mais de 30 países, para conseguir forçar os preços a serem superfaturados.
Esse esquema teria sido usado nos metrôs de São Paulo e Brasília.
O que dizem as empresas e políticos?
As empresas envolvidas já se manifestaram publicamente. A Siemens e a
Mitsui afirmam que estão cooperando com as autoridades, e não pretendem
se manifestar antes do fim das investigações.
A CAF, a Bombardier e a Alstom dizem que não estavam envolvidas com o
governo de São Paulo no período que está sendo investigado.
O governador Geraldo Alckmin defendeu as gestões de seu partido, e disse
que se for comprovado qualquer irregularidade, as empresas serão punidas e
o Estado será indenizado.
Samsung é processada em R$ 250 milhões por
condições de trabalho em Manaus
O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma Ação Civil Pública contra a gigante do setor de eletrônicos Samsung
por alegações de más condições de trabalho na fábrica da empresa na Zona Franca de Manaus.
Por meio da Procuradoria Regional do Trabalho da 11ª Região, o MPT cobra da multinacional sul-coreana indenização de R$ 250 milhões
por danos morais coletivos. Segundo a ação, ajuizada na última sexta-feira, e tornada pública pela ONG Repórter Brasil, a inspeção na
fábrica identificou "graves" infrações trabalhistas na fábrica, que emprega cerca de 6 mil empregados e abastece toda a América Latina.
Entre as irregularidades alegadas pelo MPT estão submissão de trabalhadores a jornadas exaustivas (de até 15 horas diárias); ritmo de
trabalho incompatível com a saúde dos funcionários; insuficiência de pausas de recuperação de fadiga; exigência reiterada de horas extras
habituais; não-concessão do repouso semanal remunerado; trabalho em dias de feriados nacionais e religiosos e falta de planejamento do
posto de trabalho para posição sentada, entre outros.Questionada pela BBC Brasil, a Samsung disse que realizará "uma análise do
processo" e cooperará "plenamente com as autoridades brasileiras" assim que for notificada. "Estamos comprometidos em oferecer aos
nossos colaboradores ao redor do mundo um ambiente de trabalho que assegura os mais altos padrões da indústria em relação à
segurança, saúde e bem-estar", disse a empresa em comunicado.
Problemas de saúde
De acordo com os procuradores, somente em 2012, mais de 2 mil trabalhadores da fábrica tiveram de se ausentar do trabalho por até 15
dias por motivos de saúde, como problemas na coluna, casos de tendinite e bursite, além de outros distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho, conhecidos como DORT. Em um dos depoimentos colhidos pelos promotores, um funcionário relatou sentir
dor nas pernas por "ficar até dez horas em pé“. "Tem direito a duas saídas por dia, com 10 minutos cada; quando esses dez minutos são
ultrapassados, há cobrança por parte dos líderes", diz a ação. Um outro trabalhador contou que revisa cerca de 2 mil celulares por dia, e
outro afirmou que embala 2,7 mil aparelhos por dia. O procurador Ilan Souza, que ajuizou a ação, disse à BBC Brasil que "foi constatada
uma jornada de trabalho muito extenuante" na fábrica e que os problemas já haviam sido detectados em 2011, mas não foram
solucionados. Ele pede que a empresa estabeleça pausa de dez minutos para os funcionários a cada 50 minutos trabalhados.
Com novos atentados, Iraque está a
caminho de mais uma guerra civil
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O Iraque parece estar novamente a caminho de uma guerra
civil. Mais de 4 mil iraquianos já perderam suas vidas este
ano, devido a atos de violência. O Estado Islâmico do Iraque,
uma organização extremista sunita ligada à Al-Qaeda, é
responsável por vários atentados. A maior parte dos alvos são
vizinhanças xiitas em todo o Iraque. Os xiitas, que por muito
tempo foram oprimidos pelo regime secular porém dominado
por sunitas de Saddam Hussein, estão no poder agora. Eles
controlam as forças de segurança e o Exército.
Mágoas
Houve bombardeios em áreas sunitas recentemente. Mas
ninguém assumiu responsabilidade pelos atos.
Os sunitas acusam o governo do premiê Nouri al-Maliki, que é
xiita, de ignorar o que as milícias xiitas estão fazendo no país.
Por meses, integrantes da minoria sunita têm protestado
contra Maliki, o acusando de discriminação.
Há não muito tempo, a comunidade sunita se voltou contra a
Al-Qaeda. Hoje o grupo extremista tem margem para explorar
sentimentos de mágoa.
No auge da violência sectária no Iraque, muitas áreas sunitas
viraram território proibido para xiitas, e vice-versa.
A situação melhorou e muitas vizinhanças possuem
população misturada hoje. Mas a estabilidade está ameaçada.
Crise no Egito: como a euforia se
transformou em tragédia
Promessas não cumpridas
Quando foi eleito presidente, Morsi prometeu governar para todos os egípcios. Mas a promessa não foi cumprida.
A Irmandade Muçulmana passou 80 anos almejando chegar ao poder no Egito. Quando o momento finalmente chegou, Morsi estava determinado
a aproveitar a oportunidade para reformar o Egito à sua imagem e semelhança. O erro de Morsi, o rosto do partido, foi ter se comportado como se
tivesse amplo apoio popular para transformar o país em um Estado muito mais islâmico. Ainda que muitos egípcios professem o islamismo, isso
não significa automaticamente que compartilham a visão austera da Irmandade Muçulmana para o futuro do país.
Para piorar a situação, o governo de Morsi era criticado pela falta de competência. O presidente não conseguia manter suas promessas sobre como
recuperaria a destroçada economia do país. Até o final de junho deste ano, o descontentamento popular deu origem a uma nova onda de
protestos populares, que, por sua vez, se transformaram, aos olhos dos militares, em uma oportunidade para remover Morsi do poder.
A insatisfação ganhou ampla acolhida da população, exceto dos correligionários da Irmandade Muçulmana. Mesmo liberais democratas
respeitados internacionalmente, como o vencedor do Prêmio Nobel da Paz Mohamed El Baradei, enalteceram e apoiaram as manifestações.
No início de julho, em entrevista à BBC, El Baradei afirmou que o Exército não havia realizado um golpe de Estado.
Em vez disso, o ato, amparado pela demanda popular, daria ao povo egípcio a chance de "reiniciar sua democracia", segundo o renomado político
egípcio.
A previsão de El Baradei, no entanto, não se concretizou. Até agora, o governo militar parece mais uma tentativa de reviver o Estado de segurança
que marcou os últimos 30 anos do Egito.
Mais uma vez, o país está sendo governado sob uma lei de emergência que dá ao Estado poderes draconianos.
Em meio à nova onda de violência, El Baradei renunciou ao cargo de vice-presidente do governo militar instalado. Centenas de egípcios estão
mortos.
A Irmandade Muçulmana e os militares - e seus respectivos simpatizantes - acreditam que o futuro da próxima geração do Egito está em jogo, e
ambos estão certos. Mas suas visões do futuro são muito diferentes.
O melhor caminho a seguir seria que os dois lados chegassem a um consenso em torno de uma negociação e, em última instância, à paz.
Mas isso não está acontecendo. A discussão está sendo travada nas ruas. E isso é uma tragédia.
Outras notícias de Agosto
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Brasileiras relatam medo da violência durante confrontos no Egito
Elas contam como o medo da violência passou a fazer parte da rotina diária dos moradores do Cairo e Alexandria.
Tropas egípcias 'esvaziam mesquita' que abrigava grupo pró-Morsi
Premiê interino pede dissolução da Irmandade Muçulmana, em nova ofensiva contra o grupo; confrontos de sexta-feira deixaram ao
menos 173 mortos.
EUA confirmam existência de área secreta de testes associada a ETs
Documento sobre programa de avião espião traz dados sobre base americana associada pelo público com pesquisas sobre alienígenas.
Egito vive tensão com novos protestos e temor de repressão com munição real
Novas manifestações acontecem após violento desmonte dos acampamentos da Irmandade Muçulmana.
Ao completar 87 anos, Fidel Castro se diz surpreso de estar vivo
Em artigo, ex-líder cubano afirma que decidiu deixar o poder em 2006 ao perceber que doença grave era definitiva.
a para julho de 2013 produziu 4776 resultados
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Síria: as opções militares do Ocidente
Ataques pequenos e de caráter punitivo ao regime de Assad são opção militar mais apreciada por forças ocidentais.
'Dezenas morrem' em combates entre forças da ONU e rebeldes no Congo
Dois soldados da força de paz ficaram feridos; ação militar é liderada pelo general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Oposição diz que ataque com armas químicas matou mil na Síria
Eles dizem que foguetes com tóxicos foram lançados em Damasco nesta quarta; agência estatal nega a informação.
Embratur pede que Fifa e hotéis diminuam preços para Copa
Órgão de turismo diz que aumento das tarifas nas cidades-sede é 'estratosférico' e 'sem razão objetiva; e teme contaminação em
outros preços.
Potências fecham acordo para armas
químicas sírias, dizem diplomatas
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EUA, Rússia, Reino
Unido, França e China concordaram com a
base de uma resolução sobre as armas químicas
da Síria no Conselho de Segurança da ONU,
disseram nesta quarta-feira (25) diplomatas
ocidentais ouvidos pela Reuters e pela France
Presse.
Mas a Rússia negou a existência de um acordo.
"É só pensamento positivo", disse o porta-voz da
delegação da Rússia nas Nações Unidas". "Isso
não é a realidade. O trabalho sobre o esboço de
resolução ainda está em andamento."
Uma autoridade americana disse que há
"progressos", mas que o acordo ainda não foi
terminado.
A base do acordo teria sido fechada após os
chanceleres dos cinco países terem encontrado o
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nesta
quarta em Nova York, às margens da Assembleia
Geral da entidade.
Caso Amarildo: Dois meses depois, 'ninguém
sabe, ninguém viu', diz esposa
O marido saiu de casa para comprar limão e alho para preparar o peixe. Quando não pescava sábado, pescava domingo.
Naquele fim de semana, a pescaria fora no domingo e o pedreiro Amarildo de Souza, seu parceiro dos últimos 27 anos, voltara
com dez peixes graúdos.Amarildo limpou os peixes na escada de entrada do barraco de um cômodo que dividia com a mulher
e os seis filhos na Rocinha. Guardou-os na geladeira e saiu.Chegando à birosca onde compraria o alho e o limão, Amarildo foi
levado por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha "para verificação“. Elizabete o viu pela última vez entrando
numa viatura policial. Mais tarde, a UPP informou que Amarildo já tinha sido liberado e estaria voltando para casa. Mas
Amarildo nunca apareceu e a família não teve estômago para comer os peixes que ele pescara. Deu para os vizinhos."Meu
marido sumiu, ninguém sabe, ninguém viu. Não tenho resposta da Justiça, do prefeito, do governador. A vida que estou
vivendo agora, parece que estou vegetando," diz Elizabete, que tem 47 anos e é conhecida por todos como Bete. Há dois
meses, Elizabete (na foto com a filha) não tem notícias do marido Amarildo.
Dois meses se passaram desde aquele 14 de julho. De lá para cá, o caso motivou protestos Brasil afora com cartazes de "Onde
está o Amarildo?", campanhas de entidades como a Anistia Internacional e o Rio da Paz e até um "gritaço" convocado nos
últimos dias no Rio, convocando moradores na cidade toda a gritarem de suas janelas, às 20h da última quarta-feira – "cadê o
Amarildo?".
'Sob tutela da polícia'
O desaparecimento do pedreiro está sendo investigado pela Polícia Civil, pelo Ministério Público (MP-RJ) e pela Corregedoria
da Polícia Militar (PMERJ).
"Os policiais não gostaram da atitude que a gente tomou. Porque quantos Amarildos já morreram? Quantas
pessoas não morreram dentro do morro, e a família não falou nada por medo?"
Elizabete da Silva, esposa de Amarildo
O caso foi encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital da Polícia Civil (DH) no dia 31 de julho, que desde então ouviu
depoimentos de familiares, vizinhos e amigos de Amarildo, bem como de todos os policiais militares lotados na UPP da
Rocinha.
A investigação está em fase de conclusão, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil. A DH trabalha com duas linhas
de investigação: a hipótese de que o crime tenha sido cometido por traficantes da favela ou por policiais militares.
De acordo com a UPP, quatro policiais sob investigação foram afastados de funções operacionais até que termine o inquérito
e estão fazendo trabalho administrativo. A corporação afirma que não há indícios da participação de policiais no
desaparecimento de Amarildo, já que ele teria sido liberado ao fim do interrogatório.
Mas mesmo antes da conclusão da investigação em curso da Polícia Civil, o cientista político João Trajano Sento-Sé afirma
que a polícia não pode se eximir de responsabilidade no caso.
"Independente do que aconteceu, não há como escapar disso. A PM é coautora desse desaparecimento. Ele estava sob tutela
da polícia, então e PM tem responsabilidade no episódio", diz Sento-Sé, do Laboratório de Análise da Violência da
Universidade do Rio de Janeiro (Uerj).
O pesquisador afirma que o caso envolve "erros de procedimento" por Amarildo ter sido levado para verificação em um posto
avançado – a UPP da Rocinha – e não em uma delegacia, como mandaria a norma. Isso teria colocado o pedreiro em uma
situação de vulnerabilidade.
"Ele desaparece em uma circunstância em que é posto numa situação de risco pela agência do Estado, e não é protegido por
ele. Foi visto pela última vez sob a custódia da polícia, então a polícia tem que responder por esse desaparecimento", diz.
Outras notícias de setembro.
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Protestos e tumultos marcam o 7 de setembro em todo o país.
Sauditas fazem campanha no Twitter pedindo melhores salários
Internautas desafiam autoridades em país onde assuntos de governo raramente são discutidos em público.
Comissão da ONU relata crimes de guerra na Síria e diz não ver solução militar
Grupo liderado pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro lista abusos cometidos tanto por tropas do governo como por
rebeldes.
Espanha em crise questiona gastos milionários no futebol
Compra de Gareth Bale por R$ 305 milhões em país com 56% de desemprego entre jovens foi vista como 'imoral‘.
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) discutem enquanto membros da
Comissão da Verdade entravam no 1º Batalhão da Polícia do Exército, na Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, onde
funcionava o antigo DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna).
Bolsonaro, que é radicalmente contrário aos trabalhos da comissão, disse estar no local como forma de protesto. O
senador amapaense afirmou que foi agredido por Bolsonaro com um soco na região do estômago
Impasse sobre orçamento bloqueia governo Obama
A oposição republicana impôs uma dura derrota ao governo do
presidente Barack Obama ao rejeitar sua proposta de
orçamento e paralisar parcialmente a administração federal,
pela primeira vez em 17 anos, bloqueando o pagamento de
funcionários e impedindo repasse de verbas federais.
O impasse durou até a meia-noite de segunda-feira. As negociações
duraram até os últimos minutos.
A falta de acordo entre republicanos e democratas é o último
capítulo da batalha em torno da reforma da Saúde, uma das
bandeiras de campanha de Obama e o alvo preferencial da oposição,
que rejeita veementemente o plano.
Com a falta de acordo, todos os serviços não essenciais de caráter
federal devem ser suspensos no país. Mais de 700 mil funcionarios
públicos devem ser mandados para casa por tempo indeterminado.
Parques e museus federais, como a Estátua da Liberdade, devem
fechar; aposentados e pessoas que ganham benefícios do governo
podem deixar de receber e serviços como emissão de vistos e
passaportes serão afetados.
A paralisação do governo, que entra em vigor na primeira hora de
terça-feira, ocorre após o Senado ter rejeitado na segunda-feira, por
54 votos a 46, uma proposta de orçamento que havia recebido
anteriormente o aval da Câmara dos Representantes (deputados).
O texto votado na Câmara, que tem maioria republicana, e rejeitado
pelo Senado, onde a maioria dos legisladores são democratas,
aprovava o orçamento desde que a controversa reforma do sistema de
saúde só entre em vigor em um ano - com o que os democratas não
concordam.
Grupo com Petrobras,
Shell, Total e chineses
vence 1º leilão do pré-sal
O consórcio formado pela Petrobras, a angloholandesa Shell, a francesa Total, e as estatais
chinesas CNPC e CNOOC foi o único a fazer uma
oferta e venceu o leilão do campo de Libra, no
pré-sal, o maior campo de petróleo já descoberto
no Brasil.
O grupo se dispôs a ofertar para a União 41,65%
do óleo a ser produzido no local --esse é o
percentual mínimo exigido.
A Petrobras ficou com 40% de participação,
incluindo o percentual de 30% obrigatório por
lei. Shell e Total ficaram com 20% cada uma. As
chinesas ficaram com 10% de participação cada
uma.
Entenda a crise de saúde de Cristina Kirchner e suas
consequências políticas
A presidente da Argentina, Cristina Kichner, surpreendeu o mundo político ao se afastar
temporariamente do cargo para tratamento médico. Nesta terça-feira, ela deverá se submeter a
uma cirurgia para cuidar de um hematoma no crânio.
Os problemas de saúde de Cristina vieram à tona no sábado, quando o governo informou que ela ficaria
afastada por um mês, em repouso, para tratar de um hematoma subdural crônico. Em seu lugar assume o
vice, Amado Boudou. No domingo, no entanto, a presidente sentiu um “formigamento no braço esquerdo”,
o que, segundo uma nota oficial, fez os médicos reverem seu tratamento. Nesta segunda-feira, o governo
comunicou que a presidente se submeterá a uma cirurgia. Vários líderes regionais manifestaram
solidariedade a Cristina. A presidente Dilma Rousseff disse em sua conta de Twitter que a colega argentina
é sua "amiga e amiga do Brasil".
E agora, quem manda?
Assim que se anunciou o afastamento da presidente, o vice, Amado Boudou, foi convocado. Ele estava em
viagem ao Brasil e partiu imediatamente à Argentina. Boudou assumiu oficialmente o cargo interino na
segunda-feira. “É igual ao ano passado. Não tem nada estranho”, disse, em referência ao afastamento de
Cristina durante a cirurgia anterior. “Ela pediu para manter a gestão e toda a equipe da presidente vai
manter a gestão”, disse. Após ganhar a simpatia de Cristina no último governo, Boudou ficou relegado a
segundo plano nos últimos meses. O vice é investigado por suposto enriquecimento ílicito durante sua
gestão como ministro da Economia. Boudou é personagem central do escândalo Ciccone. A Justiça tenta
esclarecer se o então ministro havia feito tráfico de influência e informação durante a compra da empresa
gráfica Ciccone Calcográfia, que entrou em falência pouco antes de ser estatizada.
Setores da oposição classificaram como “inadequada” a transmissão interina de cargo a Boudou.
Quais a consequências políticas do afastamento de Cristina?
O governo assegura que a agenda do Executivo não muda. O impacto mais provável pode se dar no
contexto partidário, já que no dia 27 de outubro os argentinos vão para as urnas para eleger deputados e
senadores.
A expectativa é de votos pouco simpáticos ao governo, que saiu derrotado nas eleições primárias em agosto,
um termômetro para as eleições parlamentares. O afastamento de Cristina se dá na reta final da
campanha, cuja batalha mais difícil ocorre na Província de Buenos Aires, tradicional reduto peronista. As
pesquisas mostram o ex-aliado de Cristina e provável candidato à sua sucessão, o também peronista Sergio
Massa, como favorito.Nas primárias, Massa venceu o candidato governista, Martín Insaurralde. Cristina
agora tenta recuperar a força do kirchnerismo na Província a fim de assegurar apoio político para os dois
últimos anos de seu governo, que acaba em 2015.
Ação de Black Blocs desviou foco de reivindicações, diz
sindicato
A diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe),
Beatriz Lugão, disse à BBC Brasil que a ação dos Black Bloc nos protestos dos professores na
segunda-feira desviou o foco do movimento.
"Na semana passada quando houve repressão no protesto da Cinelândia, a população se solidarizou
com os professores agredidos", disse Lugão. "Ontem, o foco já foi na ação dos Black Bloc", afirmou.
Segundo Beatriz, o objetivo do movimento é pressionar os governos estadual e municipal a negociar
com a categoria.
Na segunda-feira, professores voltaram a se concentrar em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia,
após uma marcha pelo centro da cidade. A polícia estima em 10 mil o número de manifestantes, já o
movimento fala em até 50 mil pessoas. O quebra-quebra começou por volta das 20h, com a ação de
integrantes do movimento Black Bloc. Muitos professores se retiraram da manifestação deste
momento. Lojas foram depredadas.
Um dia após o protesto, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, defendeu a repressão policial.
"A determinacão foi garantir a manifestação e impedir a violência de vândalos. A polícia só começou a
agir quando começou a atuação dos baderneiros", disse, fazendo referência aos Black Blocs. Ao todo,
18 pessoas foram detidas.
A diretora do sindicato, que se esquivou de dizer se a presença dos Black Bloc ajudou ou prejudicou o
movimento, afirmou que o grupo agiu sozinho. "Nossa manifestação terminou às 20h de forma
pacífica. Depois o outro grupo que se uniu ao protesto começou a agir", afirmou. Ainda segundo
Lugão, a diretoria do movimento deve discutir em breve a participação dos Black Bloc nas próximas
manifestações. O próximo ato da categoria deve acontecer no dia 15 de outubro, dia do professor. Ela
não disse se os professores pretendem entrar em contato com o movimento. Lugão afirma que apesar
de a cobertura da imprensa ter priorizado seu desfecho violento, ela espera que o governo se
sensibilize com as milhares de vozes que tomaram o centro do Rio em defesa dos professores.
Nesta terça-feira, a Polícia Civil do Rio anunciou que autores de vandalismo sejam enquadrados na
nova lei de Organização Criminosa, que entrou em vigor em setembro. A legislação prevê que a
reunião de quatro ou mais pessoas para prática criminosa seja considerada parte de uma organização
criminosa.
São Paulo
O movimento dos professores do Rio ganhou o apoio dos colegas de São Paulo. Cerca de 300 pessoas
se concentraram na praça da República, em frente à Secretaria de Estado da Educação.
O movimento logo virou quebra-quebra. Um carro da polícia foi virado e várias agências bancárias
foram depredadas. A Secretaria de Segurança Pública informou a detenção de 14 manifestantes. Um
casal chegou a ser preso com base na antiga lei de Segurança Nacional, dos tempos da ditadura,
gerando controvérsia entre juristas.
Na terça-feira, o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, afirmou que os policiais
voltarão a usar balas de borracha em manifestações. Esse tipo de armamento foi proibido durante os
protestos de junho.
O governo também anúnciou a intenção de formar em conjunto com o Ministério Público uma forçatarefa especializada em tratar de manifestações.
Outras notícias de outubro
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Condenados no mensalão se
entregam à Polícia Federal
Um ano depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) condenar 25 réus do processo do mensalão, maior escândalo político do
governo Lula, 12 mandados de prisão foram expedidos na sexta-feira (15). Até as 13h deste sábado (16), 11 condenados haviam
chegado a sedes da Polícia Federal. O único que não se apresentou até agora foi Henrique Pizzolato, que, segundo um advogado,
está na Itália.
Em São Paulo, se apresentaram na noite de ontem José Genoino e José Dirceu. Em Minas Gerais, Marcos Valério,
RamonHollerbach, Simone Vasconcelos, Cristiano Paz, Romeu Queiroz, KátiaRabello e José Roberto Salgado também se
entregaram. Os condenados Jacinto Lamas e Delúbio Soares se apresentaram em Brasília.
Em julgamento realizado em 2012, sete anos depois que o escândalo estourou durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), o STF considerou que um grupo comandado por José Dirceu, então chefe da Casa Civil, operou um
esquema de compra de votos no Congresso.
Aeronave busca condenados
Os nove detidos em São Paulo e Belo Horizonte devem ser transferidos para Brasília ainda neste sábado. Uma aeronave da Polícia
Federal (PF) decolou do aeroporto de Brasília, por volta das 11h40, para buscar os condenados do mensalão que estão nas
superintendências da corporação. A PF não informou o plano de voo do avião, que pousou no aeroporto de Congonhas, em São
Paulo, por volta das 13h05.
Exames e depois prisão
De acordo com a assessoria PF, ao desembarcarem no Distrito Federal, os condenados que tiveram a prisão decretada seguirão do
aeroporto diretamente para a Superintendência da Polícia Federal. No prédio, eles serão apresentados ao diretor-geral da PF,
Leandro Daielo, que é quem coordena a operação. Em seguida, serão levados para fazer exames de corpo de delito. Depois serão
apresentados ao juiz que decidirá em que penitenciária cada um vai cumprir a pena.
Pizzolato na Itália
O advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato, defensor de Henrique Pizzolato, afirmou à Polícia Federal neste sábado que o exdiretor de Marketing do Banco do Brasil está na Itália. Em telefonema para o delegado Marcelo Nogueira por volta de 11h40,
Cavalcante disse que, ao chegar à casa do seu cliente, em Copacapana, no Rio, foi informado por familiares que ele tinha viajado
para o país europeu.
O delegado Marcelo Nogueira explicou que o réu saiu do Brasil de forma clandestina, uma vez que seu nome estava na lista de
procurados impedidos de deixar o país. Agora, segundo o delegado, cabe ao Ministério da Justiça pedir a extradição judicial do
condenado. Nogueira informou ainda, que, por telefone, o advogado informou que a família de Pizzolato divulgará uma carta
explicando as razões da saída do condenado do país. O delegado não sabia qual era o teor completo da carta, mas disse que,
segundo informações do advogado, Pizzolato havia deixado o Brasil pela cidade de Pero Juan Caballero, no Paraguai, há 45 dias.
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Condenados com mandado de prisão
A Polícia Federal em Brasília informou que os 12 mandados são referentes aos seguintes réus:
José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil
- Pena total: 10 anos e 10 meses
- Crimes: formação de quadrilha e corrupção ativa
José Genoino, deputado federal licenciado (PT-SP)
- Pena total: 6 anos e 11 meses
- Crimes: formação de quadrilha e corrupção ativa
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Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT
- Pena total: 8 anos e 11 meses
- Crimes: formação de quadrilha e corrupção ativa
Marcos Valério, apontado como "operador" do esquema do mensalão
- Pena total: 40 anos, 4 meses e 6 dias
- Crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural
- Pena total: 16 anos e 8 meses
- Crimes: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas
Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural
- Pena total: 16 anos e 8 meses
- Crimes: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas
Cristiano Paz, ex-sócio de Marcos Valério
- Pena total: 25 anos, 11 meses e 20 dias
- Crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro
Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério
- Pena total: 29 anos, 7 meses e 20 dias
- Crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Marcos Valério
- Pena total: 12 anos, 7 meses e 20 dias
- Crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
Romeu Queiroz, ex-deputado pelo PTB
- Pena total: 6 anos e 6 meses
- Crimes: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do extinto PL (atual PR)
- Pena total: 5 anos
- Crimes: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil
- Pena total: 12 anos e 7 meses
- Crimes: formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro
Outras notícias de Novembro.
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Ajudante negro do Papai Noel gera debate sobre racismo na Holanda
Zwarte Piet é um tradicional personagem do folclore natalino holandês, mas tem despertado críticas de quem diz que
ele reforça estereótipos.
Feriado testa fôlego de manifestantes e futuro de ciclo de protestos
Analistas e ativistas apostam em protestos menores e com estratégias distintas nos próximos meses.
Doris Lessing: ganhadora do Nobel de literatura escreveu sobre justiça social e até ficção científica
Autora, premiada em 2007, morreu aos 94 anos
Produção de petróleo nos EUA já supera importação
Casa Branca comemora ‘marco’ no aumento de produção local e redução de consumo; queda na importação afeta
países exportadores como o Brasil.
Tufão Hayan é alerta sobre impacto de mudança climática, diz agência da ONU
Organização Meteorológica Mundial afirma que 2013 será um dos dez anos mais quentes já registrados.
Brasil e Alemanha conseguem primeira vitória na ONU contra espionagem
Comitê aprova proposta de resolução que segue para a Assembleia Geral; texto terá impacto simbólico e pode
constranger os EUA.
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Apesar de garantias governamentais, exportadores brasileiros temem instabilidade no mercado venezuelano.
Leilão expõe gargalos e atrasos em obras do Galeão
Iniciativa privada compete por concessão dos aeroportos do Rio e Minas Gerais nesta sexta-feira.
Suíços votarão lei que limita salários de executivos
Proposta de referendo quer impedir que funcionários ganhem acima de 12 vezes o salário mais baixo da empresa;
companhias ameaçam deixar país.
Governo anuncia compra de 36
caças suecos Gripen por US$ 4,5
bilhões
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Depois de 15 anos de negociações, o governo
brasileiro anunciou nesta quarta-feira (18) a
compra de 36 caças supersônicos do modelo
sueco Gripen, que farão parte da frota da Força
Aérea Brasileira (FAB). De acordo com a
Aeronáutica, o preço total da aquisição será de
US$ 4,5 bilhões, a serem pagos até 2023.
Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim,
que fez o anúncio, a decisão "foi objeto de
estudos e ponderações muito cuidadosas".
Outras duas empresas – a norte-americana
Boeing e a francesa Dassault – disputavam com a
Saab, fabricante do Gripen, o fornecimento dos
caças ao Brasil.
"A escolha, que todos sabem, foi objeto de
estudos e ponderação muito cuidadosa, levou
em conta performance, transferência efetiva de
tecnologia e custo, não só de aquisição, mas de
manutenção. A escolha se baseou no melhor
equilíbrio desses três fatores", afirmou o
ministro da Defesa, Celso Amorim.
Morre Nelson Mandela, ícone da
luta pela igualdade racial
O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela morreu aos 95 anos em
Pretória, nesta quinta-feira (5), anunciou o atual presidente do país, Jacob
Zuma.
Mandela ficou internado de junho a setembro devido a uma infecção pulmonar.
Ele deixou o hospital e estava em casa. Morreu às 20h50, no horário local de
Pretória – 16h50 do horário brasileiro de verão.
"Ele partiu, se foi pacificamente na companhia de sua família”, afirmou o
presidente Zuma. “Ele descansou, agora está em paz. Nossa nação perdeu seu
maior filho. Nosso povo perdeu seu pai.” O funeral de Mandela deve durar 12
dias.
O corpo será enterrado, de acordo com seus desejos, na aldeia de Qunu,
localizada na província pobre do Cabo Leste, onde Mandela cresceu. Os restos
mortais de três de seus filhos foram sepultados no mesmo lugar, em julho, após
ordem judicial.
Conhecido como "Madiba" na África do Sul, Mandela foi considerado um dos
maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos
principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre
1948 e 1993.
Foram quatro internações desde dezembro. Em abril, as últimas imagens
divulgadas do ex-presidente mostraram bastante fragilidade – ele foi visto
sentado em uma cadeira, com um cobertor sobre as pernas.
Seu rosto não expressava emoção. Em março de 2012, o ex-presidente sulafricano havia sido hospitalizado por 24 horas, e o governo informou, na
ocasião, que Mandela tinha sido internado para uma bateria de exames de
rotina.
Em dezembro, porém, ele permaneceu 18 dias hospitalizado, em decorrência de
uma infecção pulmonar. No fim de março de 2013, passou 10 dias internado,
também por uma infecção pulmonar, provavelmente vinculada às sequelas de
uma tuberculose que contraiu durante sua prisão.
Outras notícias de Dezembro.
 Revisão para cima do PIB mantém incertezas sobre economia dos EUA
 Autoridade monetária pode começar a reduzir estímulos à economia, de acordo
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com analistas.
Arafat não morreu envenenado, diz relatório francês
Documento vazado relata resultados dos testes feito em corpo exumado do líder
palestino.
Fifa muda critério de sorteio e confirma atrasos na Copa
Em evento na Costa do Sauípe, a entidade confirmou que alguns estádios não
serão entregues até 31 de dezembro.
Bom Senso FC: 'CBF está brincando com fogo', diz Paulo André
Em entrevista à BBC Brasil, o zagueiro corintiano cobrou mudanças imediatas da
CBF para evitar greve dos jogadores.
Após 14 anos de fracassos, acordo Mercosul-UE ganha novos impulsos
Fim de privilégios tarifários, desaceleração econômica em ambos os lados e novos
acordos da UE com outros parceiros deram novo fôlego a negociações.
Igreja faz exorcismos para livrar México de 'diabo do narcotráfico'
Para padres católicos, 'Satanás' estaria por trás de recente onda de violência que
abala o país.
27/11/2013
ONU - Os principais objetivos da ONU são: manter a paz e a segurança
internacionais; desenvolver relações amistosas entre as nações, com base nos
princípios de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos;
promover a cooperação internacional em assuntos econômicos, sociais,
culturais e humanitários.
Organizações
Mundiais
OTAN - Como objetivos principais da OTAN, na atualidade, podemos citar:
garantir a segurança militar no continente europeu e exercer influências nas
decisões geopolíticas da região. Países membros: Alemanha Bélgica, Canadá,
Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Grécia, Países
Baixos, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido,
Turquia, Hungria, Polônia, República Checa, Bulgária, Estónia, Letônia,
Lituânia, Romênia, Eslováquia e a Eslovênia.
BANCO MUNDIAL - Tem como objetivo fornecer assistência técnica e
financiamento para os programas de redução da pobreza nas áreas de saúde,
agricultura e infra-estrutura básica.
É composto por 184 países membros. Sede: Washington DC, EUA
O Banco Mundial é composto pelo BIRD e pela AID, que são duas das cinco
instituições que compõem o Grupo Banco Mundial:
BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento
AID - Associação Internacional de Desenvolvimento
IFC - Corporação Financeira Internacional
AMGI - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos
CIADI - Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre
Investimentos
Organizações
Mundiais
FMI - O objetivo geral do FMI é estimular a cooperação internacional,
facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio mundial,
promover a estabilidade cambial e colaborar para o estabelecimento de
um sistema de pagamentos internacionais e para a eliminação de
restrições cambiais.
Um outro de seus objetivos é que torna o Fundo mais conhecido (ou
temido). Numa tradução livre, "incutir confiança aos países membros,
disponibilizando temporariamente, sob adequadas salvaguardas, recursos
para que possam corrigir desequilíbrios em seus balanços de pagamentos,
sem que tenham que recorrer a medidas destrutivas da prosperidade
nacional ou internacional
Sede em Washgnton D.C. possui atualmente 182 paises membros
O G-20 tem uma vasta e equilibrada representação geográfica, sendo
atualmente integrado por 23 Membros: 5 da África (África do Sul, Egito,
Nigéria, Tanzânia e Zimbábue), 6 da Ásia (China, Filipinas, Índia,
Indonésia, Paquistão e Tailândia) e 12 da América Latina (Argentina,
Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru,
Uruguai e Venezuela).
G8 é um grupo internacional que reúne os sete países mais
industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo, mais a
Rússia. Todos os países se dizem nações democráticas: Estados
Unidos, Japão, Alemanha,Reino Unido, França, Itália e o Canadá (antigo
G7), mais a Rússia - esta última não participando de todas as reuniões do
grupo.
Principais Indicadores Socioeconômicos
- Produto Interno Bruto (PIB): É a soma de bens e serviços produzidos por
uma nação no decorrer de um ano. Ajuda a medir a capacidade de produção de
um país: quanto maior o PIB, mais rica é a nação.
- Produto Nacional Bruto (PNB):É a soma de bens e serviços produzidos por
uma nação no decorrer de um ano, mais o capital nacional que está no exterior,
de cujo valor é subtraído o capital que foi enviado para fora do país nesse
período. Normalmente, os países pobres possuem um PIB maior que o PNB.
Indicadores
Sociais e
Econômicos
- Renda per capita:É o PIB de um país dividido pelo número de seus
habitantes. Não configura a realidade porque é uma estimativa média da renda
anual de cada habitante.
- Mortalidade infantil: Indica o número de crianças que morrem antes de
completar um ano de idade, para cada grupo de l 000 crianças que nasceram
vivas. Quanto maior o índice de mortalidade infantil, piores as condições
sociais do país. Lembre-se de que é um valor médio.
- Expectativa de vida: É a estimativa do tempo de vida que os habitantes de
um país deverão ter. Quanto melhores as condições sociais, maior a esperança
ou expectativa de vida. Também é um valor médio.
- Escolaridade: Mede o grau de instrução da população, Quanto mais tempo
de estudo, melhores os indicadores sociais do país.
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O índice de Desenvolvimento Humano (IDH
Indicadores
Sociais e
Econômicos
E considerado o indicador socioeconômico mais amplo e
mais completo porque leva em conta três aspectos: a
expectativa de vida, o grau de escolaridade e a renda percapita. O IDH é uma média dos valores que correspondem
ao conjunto desses três aspectos e varia de O a l. Quanto
mais próximo de l, melhor o IDH de uma nação.
Analisando e comparando esses indicadores, é possível
classificar os países em ricos ou pobres, desenvolvidos ou
subdesenvolvidos, com elevado, médio ou baixo IDH.
Podemos constatar que as menores rendas per-capita, os
menores PIBs e os mais baixos índices de desenvolvimento
humano estão em países subdesenvolvidos, Por outro lado,
as nações européias, o Japão e os Estados Unidos, países
desenvolvidos, apresentam situações inversas
Indicadores
Sociais e
Econômicos
Desenvolvido pelo matemático italiano Corrado Gini, o Coeficiente de Gini é
um parâmetro internacional usado para medir a desigualdade de distribuição
de renda entre os países.
O coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo do zero
menor é a desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição de
renda. Quanto mais próximo do um, maior a concentração de renda num
país. O índice Gini é apresentado em pontos percentuais (coeficiente x 100).
O Índice de Gini do Brasil é de 54,4 (ou 0,544 relativo ao ano de 2008,
divulgado em 2009) o que demonstra que nosso país tem uma alta
concentração de renda.
Índice de Gini de outros países:
- Argentina: 49 (2007)
- China: 47 (2007)
- Alemanha: 27 (2006)
- México: 47,9 (2006)
- Paraguai: 56,8 (2008)
- Noruega: 25 (2008)
- Portugal: 38,5 (2008)
- Estados Unidos: 45 (2007)
- França: 32,7 (2008)