Brasil: indústria, energia, transportes e telecomunicações
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Brasil: indústria, energia, transportes e telecomunicações
Índice
Indústria e produção do espaço geográfico
Energia, transportes e telecomunicações
Família Matarazzo
Operários italianos em frente da fábrica de Fiação e Tecelagem Mariângela, em São Paulo (SP),
em 1915. Os imigrantes foram os primeiros trabalhadores assalariados no Brasil e aumentaram
o mercado consumidor do país.
Internet
Fontes Energéticas
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Indústria e produção do espaço geográfico
Indústria moderna - É uma forma de transformar matérias-primas em produtos
elaborados; essa forma é diferente do artesanato e da manufatura, que também fazem isso,
como podemos observar no quadro.
DIFERENÇAS NA TRANSFORMAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS EM PRODUTOS ELABORADOS
Nascida com a
Revolução Industrial
nos séculos XVIII e
XIX, a indústria
moderna produz
inúmeras modificações
no espaço geográfico.
Ela leva à
mecanização do meio
rural e provoca
migrações do campo
para a cidade,
gerando intensa
urbanização e mesmo
o advento de grandes
cidades.
INDÚSTRIA
MANUFATURA
ARTESANATO
Grande divisão do trabalho e,
em consequência,
especialização do trabalhador.
Divisão primária do
trabalho, muito simples.
Nenhuma divisão do trabalho.
Máquinas, em geral
funcionando a partir de
modernas fontes de energia
(calor, eletricidade), ditam o
ritmo de trabalho.
Uso de máquinas simples
e o ritmo do trabalho
depende das mãos do
artesão.
Há apenas o uso de ferramentas.
Fruto da Revolução Industrial
e do desenvolvimento do
capitalismo, a indústria
moderna surgiu apenas em
meados do século XVIII.
A atividade manufatureira e, principalmente, o artesanato são
conhecidos desde a Antiguidade e surgiram em sistemas
socioeconômicos anteriores ao capitalismo.
Bens produzidos em série,
padronizados, todos iguais
uns aos outros e em
quantidade nunca atingida
pelo artesanato nem pela
manufatura.
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A industria moderna pode ser classificada de
acordo com sua diversificação; com a
tecnologia empregada; com a origem do
capital; e com a concentração e a
centralização do capital.
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Indústria Moderna
•Quanto à sua diversificação - a indústria
pode ser dividida em três tipos principais: de
transformação, extrativa e da construção.
•Quanto a tecnologia empregada –
podem ser classificadas em dois tipos:
tradicionais e modernas.
•Quanto a origem do capital –
as indústrias brasileiras, em geral, dividem-se em três tipos — empresas privadas
nacionais, empresas estrangeiras ou
multinacionais e estatais.
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Concentração industrial
Todos os elementos indispensáveis para o processo de industrialização do Brasil estavam
concentrados no Centro-Sul do país, principalmente em São Paulo. A partir do momento em que a
indústria se converteu no setor-chave da economia do país, o que só ocorreu em meados do século
XX, o espaço geográfico brasileiro tornou-se cada vez mais integrado, com maior interdependência
entre todas as suas áreas.
Por volta de 1970, começou
a ocorrer uma relativa
desconcentração industrial
no Brasil, com decréscimo
relativo de São Paulo e
crescimento maior em
outras unidades da
federação (Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Bahia,
Minas Gerais, Ceará, Goiás,
Amazonas, Mato Grosso e
outras). Também nesse
caso o que houve não foi
tanto uma regressão da
atividade industrial em São
Paulo, mas um maior ritmo
de crescimento em outros
estados.
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Energia, transportes e telecomunicações
As fontes de energia, os
transportes e as telecomunicações
constituem três elementos básicos
da infraestrutura econômica — e,
em particular, industrial — de uma
nação. São condições para a
modernização de um país e, ao
mesmo tempo, indicadores de
desenvolvimento. Quanto mais
moderno e desenvolvido for um
país, maior será o seu consumo de
energia elétrica per capita (por
habitante), maior quantidade .de
transportes per capita ele terá
(rodovias pavimentadas, ferrovias,
movimento em aeroportos) e
também maior quantidade de
telecomunicações per capita, isto
é, linhas telefônicas, telefones
celulares, usuários da internet, etc.
Fontes de energia
Como todos os recursos naturais que o ser humano utiliza, as
fontes de energia podem ser renováveis e não renováveis.
As fontes renováveis são as que não se esgotam e podem ser
aproveitadas indefinidamente, como a biomassa, a energia
hidráulica, a solar, a eólica (dos ventos), etc.
E as fontes não renováveis são constituídas pelos recursos que
existem em quantidade limitada no planeta, que tendem a se
esgotar por completo daqui a algumas décadas ou séculos como:
petróleo, carvão mineral, urânio e xisto betuminoso. Geralmente
as fontes não renováveis poluem bem mais que as renováveis.
As principais fontes de energia do Brasil são:
petróleo – fornece gasolina, óleo diesel, querosene,
e gera eletricidade nas usinas termelétricas;
energia hidráulica – produz eletricidade por meio
das usinas hidrelétricas;
carvão mineral – fornece calor para os altos-fornos
das indústrias siderúrgicas e gera eletricidade nas
usinas termelétricas;
biocombustíveis – o álcool, o principal deles, é
usado como combustível para automóveis desde
a década de 1970;
Outras – o gás natural, o átomo (energia nuclear),
o xisto betuminoso, a lenha, o carvão vegetal e a
energia solar também podem ser considerados
fontes de energia importantes para o país.
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Energia hidrelétrica
A energia hidráulica, principal fonte de
energia elétrica do país, representa
quase 15% do consumo energético
total. Sua utilização tem sido intensa,
pois, em relação à produção de
eletricidade, ela ganha das demais:
cerca de 90% da energia elétrica do
país provém de usinas hidrelétricas e
apenas 10% são fornecidos por usinas
termelétricas ou nucleares.
Entretanto, pode-se dizer que ela ainda
é subaproveitada: apenas cerca de 25%
do potencial hidráulico brasileiro era
utilizado em 2008 para a obtenção de
energia elétrica. Restavam 75% desse
potencial a serem aproveitados como
fonte de energia. E as possibilidades de
construção de novas usinas ainda são
imensas no Brasil, cujo potencial
hidráulico é considerado o terceiro do
mundo, perdendo apenas para o da
Rússia e o da China.
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Petróleo
A mais importante fonte de
energia para o Brasil ainda é o
petróleo, responsável por cerca
de 38% do consumo nacional de
energia. O petróleo, que até
recentemente era basicamente
importado, hoje é quase todo
produzido internamente. O
consumo diário de petróleo no
Brasil entre 2000 e 2008 foi, em
média, de 2,1 milhões de barris
por dia. E as importações, em
2007, foram de 370 mil barris por
dia, o que equivale a pouco mais
de 17% do total. Mas, ao mesmo
tempo que o país importa parte
(pequena) do petróleo que utiliza,
também exporta quase a mesma
quantidade. Porém, foram
descobertas recentemente
imensas reservas de petróleo na
camada pré-sal no fundo do mar,
a cerca de 800 km do litoral de
Santos (SP) e do Espírito Santo.
Essas reservas vão fazer com que a partir de 2011 ou 2012,
se tudo der certo – isto é, se houver os investimentos
necessários –, o Brasil efetivamente passe a ser um
exportador de petróleo..
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Meios de transporte
O principal meio de transporte no Brasil
é o rodoviário, responsável por 62%
dos deslocamentos de cargas.
O transporte rodoviário é cerca de
quatro vezes mais caro que
o
ferroviário e quase vinte vezes mais
caro que o hidroviário. A enorme
primazia do transporte rodoviário
acarreta um excessivo gasto de
energia,especialmente de petróleo.
Além dos maiores custos, em comparação com o
transporte ferroviário e com o hidroviário, o transporte
rodoviário provoca mais poluição atmosférica e agrava
os congestionamentos em algumas estradas e nas
grandes metrópoles do país.
Ferrovias
As ferrovias já tiveram maior
importância no Brasil. De 1950 até
2008 houve um decréscimo de
quase 10 mil quilômetros nas
ferrovias brasileiras, ou seja, foi
maior a desativação do que a
construção de novas vias.
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Hidrovias
Apesar da riqueza das nossas bacias
hidrográficas, que, em alguns casos,
são navegáveis sem nenhuma obra de
correção (como ocorre em grande
parte das bacias Amazônica e do
Paraguai), e que, em outros, poderiam
ter as partes não navegáveis
corrigidas com obras de eclusas,
dragagem, aprofundamento de
trechos do leito, etc., o transporte
hidroviário é pouco importante.
A maior parte dos 14% assinalados
como transporte hidroviário no Brasil
refere-se à navegação de
cabotagem. Aliás, os portos, principal
via para o comércio externo,
geralmente têm custos por tonelada
de carga (tanto no embarque quanto
no desembarque) que chegam a ser
cinco vezes maiores do que nos portos
dos países desenvolvidos e mesmo
de muitos países do Sul, como
Cingapura e Hong Kong.
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Telecomunicações
Outra infraestrutura importante para a indústria e o desenvolvimento econômico atual são as
telecomunicações: o telefone (fixo ou celular), principalmente, e os elementos a ele
interligados (informática, satélites, cabos ou redes de comunicações).
Com a revolução técnico-científica, as telecomunicações têm influência muito maior que os
recursos naturais na localização das empresas. Ao contrário do que ocorria no passado, hoje
nenhuma indústria importante irá ou deixará de ir para uma área por causa da existência ou da
falta de carvão, de minérios ou de outras matérias-primas. Mas a presença de
telecomunicações – além, logicamente, de energia (eletricidade), transportes e mão de obra –
é fundamental.
Telefones, computadores e Internet em diferentes países
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