Política Municipal de Saúde do Adolescente e Jovem

Download Report

Transcript Política Municipal de Saúde do Adolescente e Jovem

Política Municipal de Saúde do
Adolescente e Jovem
Rita de Cássia dos Passos Souza
Adolescente

Conceito (Preconceito)
-Abusado, mal-educado, irreverente,
inconseqüente, agressivo, rebelde,
só pensa em sexo, mal-humorado,
debochado e aborrecente.
Rita de Cássia dos Passos Souza
Adolescente
“Nossa juventude é mal-educada, não
respeita a idade, ignora a autoridade,
enfrenta os professores e falta com
respeito...”
Rita de Cássia dos Passos Souza
Adolescente
“Nossa juventude é mal-educada, não respeita
a idade, ignora a autoridade, enfrenta os
professores e falta com respeito...”
(Sócrates, 339 a.C.)
Rita de Cássia dos Passos Souza
Adolescente
Rita de Cássia dos Passos Souza
Adolescência



Conceito
A adolescência é a etapa da vida compreendida entre a
infância e a fase adulta, marcada por um complexo
processo de crescimento e desenvolvimento
biopsicossocial.
A Organização Mundial de Saúde preconiza a
adolescência à segunda década da vida (de 10 a 19
anos) e juventude de 15 aos 24 anos. Adolescente jovem
(de 15 a 19 anos) e adulto jovem (de 20 a 24 anos).
O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069,
de 13/7/1990 considera adolescente a faixa etária de 12
a 18 anos.
Rita de Cássia dos Passos Souza
O Sujeito na Adolescência
“A adolescência corresponde a uma fase do
desenvolvimento do sujeito onde as bruscas e
intensas modificações biológicas, sociológicas e
psíquicas obrigam a uma total reorganização desses
campos. Esse processo não é linear nem segue
uma única direção, avanços, recuos, novos
avanços, impasses, paradas, hesitações, saltos
bruscos que desnorteiam o outro e o próprio
adolescente.”
Domingos Paulo Infante
Rita de Cássia dos Passos Souza
Adolescente
Rever
Preconceitos
Rita de Cássia dos Passos Souza
Adolescente
Ouvir
Mais
Rita de Cássia dos Passos Souza
Adolescente
 Luto
na Adolescência
Luto pelo corpo infantil
– Luto da identidade do papel
infantil
– Luto pelos pais da infância
–
Rita de Cássia dos Passos Souza
Síndrome Normal da Adolescência
– Atitude social
de si mesmo e da
reivindicatória
identidade
– Contradições sucessivas
– Tendência grupal
– Necessidade de intelectualizar em todas manifestações da
conduta
e fantasiar
– Crises religiosas
– Separação progressiva dos
pais
– Deslocalização temporal
– Evolução sexual desde o auto- – Constantes flutuações do
erotismo até a
humor e do estado de
heterossexualidade
ânimo
– Busca
Rita de Cássia dos Passos Souza
Puberdade

A puberdade constitui uma parte da
adolescência caracterizada, principalmente,
pela aceleração e desaceleração do
crescimento físico, mudança da composição
corporal, eclosão hormonal, evolução da
maturação sexual.
Rita de Cássia dos Passos Souza
Adolescência: Vulnerabilidade e
Potencialidades

Vulnerabilidade significa a capacidade do
indivíduo ou do grupo social de decidir sobre
sua situação de risco, estando diretamente
associada a fatores individuais, familiares,
culturais, sociais, políticos, econômicos e
biológicos.
Rita de Cássia dos Passos Souza
Objetivo Geral da Política Nacional de
Atenção ao Adolescente Jovem

Promover atenção integral à saúde de
adolescentes e jovens, de 10 a 24 anos, no
âmbito de uma política nacional integrada,
visando à promoção de saúde, à prevenção
de agravos e à redução da
morbimortalidade.
Rita de Cássia dos Passos Souza
Política Municipal de Saúde do
Adolescente e Jovem



A Política de Saúde para o adolescente no
Município de Vitória está sendo
implementada na atenção básica nas
Unidades Básica de Saúde sem a ESF e
Unidades de Saúde da Família.
Implementação da política em 2005
Referência técnica criada em 2002
Rita de Cássia dos Passos Souza
Política Municipal de Saúde do
Adolescente e Jovem

O Ministério da Saúde considera
fundamental que se viabilize para todos os
adolescentes e jovens o acesso às seguintes
ações: Acompanhamento de seu
crescimento e desenvolvimento, orientação
nutricional, imunizações, atividades
educativas, identificação e tratamento de
agravos e doenças prevalentes
Rita de Cássia dos Passos Souza
Política Municipal de Saúde do
Adolescente e Jovem

Recursos Humanos: A busca do trabalho
inter e multiprofissional deve ser uma
constante, mas sua impossibilidade não
pode ser um impedimento. Um único
profissional interessado pode iniciar
atividades específicas com esse grupo etário
Rita de Cássia dos Passos Souza
A Caderneta do Adolescente
Rita de Cássia dos Passos Souza
Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza
Consulta do Adolescente
•PREVENÇÃO DE AGRAVOS
•DIAGNÓSTICO
•MONITORIZAÇÃO
•TRATAMENTO
•REABILITAÇÃO DOS
PROBLEMAS DE SAÚDE
Rita de Cássia dos Passos Souza
Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza
Relação Profissional de Saúde x
Adolescente
ACOLHIMENTO:
• ATITUDE POSITIVA - RESPEITO A INDIVIDUALIDADE,
VALORES E EXPECTATIVAS
• POSTURA PROFISSIONAL
• REVER PRECONCEITOS
• ESCUTA
Rita de Cássia dos Passos Souza
ESCUTA
Rita de Cássia dos Passos Souza
Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza
Relação Profissional de Saúde x
Adolescente
DINÂMICA DA CONSULTA:
• LOCAL ACOLHEDOR E HUMANIZADO
• PRIVACIDADE - EVITAR INTERRUPÇÕES
• SIGILO DAS INFORMAÇÕES
• FAMÍLIA - ELEMENTO SIGNIFICATIVO
• GARANTIA DE ESPAÇO A SÓS COM O ADOLESCENTE
• ANAMNESE FLEXÍVEL
Rita de Cássia dos Passos Souza
Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza
Relação Profissional de Saúde x
Adolescente
ANAMNESE
• QUEIXA PRINCIPAL
• HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL
• HISTÓRIA PREGRESSA DO ADOLESCENTE
• HISTÓRIA FAMILIAR
• INVESTIGAR PADRÃO DE RELACIONAMENTO FAMILIAR
E COM GRUPO DE AMIGOS
RENDIMENTO ESCOLAR
ATIVIDADES DE LABOR E LAZER
HÁBITOS ALIMENTARES
VIOLÊNCIA
PENSAMENTOS SUICIDAS
CONSUMO DE DROGAS
QUESTÕES DA SEXUALIDADE
Rita de Cássia dos Passos Souza
Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza
Relação Profissional de Saúde x
Adolescente
ANAMNESE
ORIENTAÇÃO QUANTO A PRÁTICA DE SEXO
SEGURO E USO DE ANTICONCEPCIONAL
• ASSUNTOS DIFÍCEIS ABORDADOS GRADATIVAMENTE
EM CONSULTAS POSTERIORES
• IDENTIFICAR FATORES DE RISCO - FATORES DE
PROTEÇÃO
• ESTIMULAR AO AUTO-CUIDADO E A
RESPONSABILIDADE EM RELAÇÃO A SUA SAÚDE
Rita de Cássia dos Passos Souza
Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza
Relação Profissional de Saúde x
Adolescente
EXAME FÍSICO
• CLIMA DE TRANQUILIDADE X MOMENTO
CONSTRANGEDOR
• O CORPO COBERTO DESCOBRINDO SOMENTE O
NECESSÁRIO
• PRESENÇA DE OUTRO PROFISSIONAL DURANTE O
EXAME
• ROTEIRO PROPEDÊUTICO CLÁSSICO
Rita de Cássia dos Passos Souza
Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza
Relação Profissional de Saúde x
Adolescente
EXAME FÍSICO
• EXPLICAR AO ADOLESCENTE OS PROCEDIMENTOS
REALIZADOS
• AVALIAR SINAIS VITAIS, PELE E ANEXOS, VISÃO E
AUDIÇÃO, ANORMALIDADES BUCO-FACIAIS, TIREÓIDE,
DESVIOS POSTURAIS, PERTURBAÇÃO EMOCIONAL
• AVALIAR CRESCIMENTO, ESTADO NUTRICIONAL E
MATURAÇÃO SEXUAL
• EXAME DA GENITÁLIA
Rita de Cássia dos Passos Souza
Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza
Relação Profissional de Saúde x
Adolescente
PROCEDIMENTOS COMPLEMENTARES
• AVALIAR CONDIÇÃO VACINAL DO ADOLESCENTE
• REQUISITAR EXAMES COMPLEMENTARES QUANDO
NECESSÁRIOS
• ROTINAS PRÉ-ESTABELECIDAS - HEMOGRAMA
COMPLETO, PARCIAL E DE URINA, PARASITOLÓGICO DE
FEZES E FERRITINA SÉRICA
• ADOLESCENTES SEXUALMENTE ATIVOS - SOROLOGIA
PARA SÍFILIS E HIV
Rita de Cássia dos Passos Souza
Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza
Relação Profissional de Saúde x
Adolescente
PROCEDIMENTOS COMPLEMENTARES
• ENCAMINHAR QUANDO NECESSÁRIO, POR EXEMPLO,
AO GINECOLOGISTA TODA ADOLESCENTE
SEXUALMENTE ATIVA
• EXPLICAR AO ADOLESCENTE O SEU ESTADO
CLÍNICO
• ORIENTAR PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE E
AGENDAR UMA PRÓXIMA CONSULTA
• ESCLARECER AOS FAMILIARES A CONCLUSÃO DA
CONSULTA
Rita de Cássia dos Passos Souza
Puberdade
Rita de Cássia dos Passos Souza
Rita de Cássia dos Passos Souza
Conceito

É o componente biológico de transformação
na adolescência. É um conjunto de
modificações hormonais e físicas, que torna
o indivíduo apto para reprodução. As
transformações biológicas da puberdade são
determinadas pelo eixo hipotálamo-hipófisesupra-renais-gonadal.
Rita de Cássia dos Passos Souza
Conceito

Puberdade não é sinônimo de adolescência,
mas faz parte desta etapa da vida.
Rita de Cássia dos Passos Souza
Principais Mudanças Físicas da
Puberdade


•
•

Estirão do Crescimento, sendo no início da
puberdade para as meninas e no meio da
puberdade para os meninos.
Alterações na distribuição da gordura do corpo com
ganho de peso.
Aparecimento dos caracteres sexuais secundários.
Desenvolvimento da maioria dos órgãos.
Involução do tecido linfóide.
Rita de Cássia dos Passos Souza
Desenvolvimento da Puberdade
Feminina




Início entre 8 e 13 anos
Primeiro sinal do desenvolvimento puberal o
aparecimento do broto mamário (telarca)
Após a telarca, surge a adrenarca que é o
aparecimento dos pelos pubianos
Os pelos axilares desenvolvem juntos com
as glândulas sudoríparas
Rita de Cássia dos Passos Souza
Desenvolvimento da Puberdade
Feminina

A primeira menstruação conhecida como
menarca ocorre geralmente 4,5 anos após o
início da telarca
Rita de Cássia dos Passos Souza
Estágios de Tanner
Rita de Cássia dos Passos Souza
Estágios de
Tanner
Rita de Cássia dos Passos Souza
Desenvolvimento da Puberdade
Masculina




Início entre 9 e 14 anos
O primeiro evento é o aumento testicular
Surgem os pelos pubianos e o início do
desenvolvimento do pênis
Aparecem os pelos corporais e faciais,
mudança do timbre de voz
Rita de Cássia dos Passos Souza
Desenvolvimento da Puberdade
Masculina

Primeira ejaculação, conhecida como
semenarca ou espermarca

50% dos adolescentes desenvolve a
ginecomastia
Rita de Cássia dos Passos Souza
Estágios de Tanner
Rita de Cássia dos Passos Souza
Estágios de
Tanner
Rita de Cássia dos Passos Souza
Quando e como encaminhar

Puberdade Precoce: qualquer sinal dos
caracteres sexuais secundários para
meninas antes dos 8 anos e meninos antes
dos 9 anos

Encaminhar para endocrinologista ou
ginecologista infanto-puberal
Rita de Cássia dos Passos Souza
Atraso Puberal



Nas meninas quando aos 13 anos ainda não
aconteceu a telarca, aos 14 anos a pubarca e aos
16 a menarca ou quando o período entre a telarca e
a menarca for superior a 5 anos
Nos meninos quando aos 14 anos não houve
crescimento testicular, 14,5 anos ausência de
pubarca ou se após 5 anos a genitália não
completou sua maturação
Encaminhar para endocrinologista ou ginecologista
infanto-puberal.
Rita de Cássia dos Passos Souza
DISCUTINDO ÉTICA E
LEGALIDADE
No Atendimento ao
Adolescente
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE
“Um conjunto de preceitos de conduta social
destinados a tornar as relações humanas
mais harmônicas e agradáveis, o que implica
substancialmente, o respeito à pessoa e sua
integralidade”.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE

Relação Profissional x Adolescente
- Será que estou disposto a construir vínculos?
- Como é o meu olhar para o Adolescente?
- Estou ouvindo o que me é dito?
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE

Relação Profissional x Adolescente
- Será que estou compreendendo a queixa do
Adolescente?
- Estou dialogando com o Adolescente?
- Estou respeitando o Adolescente?
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE

Relação Profissional x Adolescente
Atender adolescente pode ser uma tarefa
árdua ou tranqüila, depende do olhar e da
forma como se aborda.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE

Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente




Privacidade
Confidencialidade
Menor Maduro
Respeito a Autonomia
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE

Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente
O Estatuto da Criança e do Adolescente garante no
Capítulo II, Art. 15 ao Art. 18 o Direito à Liberdade, ao
Respeito e à Dignidade.
Art. 15 A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo
de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos
e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069, de
13/7/1990
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE

Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente
Art. 154 Revelar alguém, sem justa causa, segredo que tenha
ciência, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e
cuja revelação possa produzir dano a outrem. Pena: detenção
de três meses a um ano.
Código Penal Brasileiro
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE

Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente
Capítulo IX
Segredo Médico
Art. 103 Revelar segredo profissional referente a paciente
menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais,
desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema
e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo,
salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao
paciente.
Código de Ética Médica
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE

Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente

Privacidade:
É o direito que o adolescente tem de limitar o
acesso a própria pessoa e a sua intimidade.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE

Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente

Confidencialidade:
“Tem origem na palavra confiança, que é base de
um bom vínculo terapêutico”
O Adolescente e sua Família devem ser informados
no início da consulta do limite da confidencialidade.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE

Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente

Menor Maduro:
Nos Estados Unidos, desde a década de 1980
discute-se o conceito de “menor maduro” a partir
dos 14 anos de idade. O Código de Ética Médica
incorporou a noção de menor maduro, sem
pronunciá-la expressamente no Art. 103.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE


Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente
Autonomia:
É a capacidade que o ser humano tem de tomar
decisões sobre a sua saúde, assumindo a
responsabilidade sobre seu tratamento. A autonomia das
pessoas é respeitada quando são toleradas suas
crenças e suas escolhas, desde que não constituam
ameaça a outras pessoas ou a coletividade.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÉTICA E LEGALIDADE NO
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE

Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente
A Família não deve ser excluída da atenção ao
Adolescente.
Rita de Cássia dos Passos Souza
Anticoncepção na Adolescência

O profissional de saúde deve aproveitar
todas as oportunidades de contato com
adolescentes e suas famílias para promover
a reflexão e divulgação de informações
sobre temas relacionados à sexualidade e
saúde reprodutiva
Rita de Cássia dos Passos Souza
Anticoncepção na Adolescência



A orientação deve abranger todos os métodos
recomendados pelo Ministério da Saúde, com
ênfase na dupla proteção evitando, qualquer juízo
de valor
Deverá levar em conta a solicitação dos
adolescentes, respeitando-se os critérios médicos
de elegibilidade
A prescrição da anticoncepção de emergência deve
ter critérios e cuidados a adolescentes expostas ao
risco iminente de gravidez, nas seguintes situações:
não estar usando qualquer método
anticoncepcional, falha do método anticoncepcional
e violência sexual
Rita de Cássia dos Passos Souza
Anticoncepção na Adolescência

Os adolescentes de ambos os sexos têm
direito a educação sexual ao sigilo sobre sua
atividade sexual, ao acesso e disponibilidade
gratuita dos métodos anticoncepcionais
Rita de Cássia dos Passos Souza
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Rita de Cássia dos Passos Souza
O que leva os adolescentes a
engravidar?

Nunca foi tão divulgado os meios para evitar a gravidez como nos dias
atuais, e mesmo assim, o número de adolescentes grávidas á cada vez
maior.

Porém, são muitos os motivos que tornam uma adolescente mais
vulnerável a uma gravidez, mas o principal deles, é a falta de um projeto de
vida, a falta de perspectiva futura.

Não podemos dizer que toda gravidez na adolescência é indesejada,
indesejadas são as gravidezes que acontecem por abuso sexual ou por
falha de métodos anticoncepcionais.

A maioria das gravidezes na adolescência não são planejadas, isto é,
acontecem sem intenção, causada por diferentes fatores individuais ou
sociais. Porém, não é por isso que a gravidez não vai ser bem vinda.
Existem vários fatores que contribuem com esse quadro.
http://www.portalsaofrancisco.com.br
Rita de Cássia dos Passos Souza
O que leva os adolescentes a
engravidar?

Gravidez na adolescência é uma questão multifatorial

Falta de um projeto de vida e falta de perspectiva futura.

Possuem um desejo de serem mães

A mídia é outro vilão nessa questão, exagerando na erotização do
corpo. Algumas pessoas que são vistas na passarela, revista, cinema
e televisão são para os adolescentes verdadeiros ídolos, ídolos esses
que passam uma imagem de liberação sexual, e a tendência de um fã
é sempre copiar o que seu ídolo faz.
http://www.portalsaofrancisco.com.br
Rita de Cássia dos Passos Souza
O que leva os adolescentes a
engravidar?

A falta de informação dos pais de adolescentes é um fator fundamental. Não
havendo em casa alguém que possa informá-los, que sirva de modelo, que tire suas
dúvidas e angústias

A falta de um projeto de orientação sexual nas escolas, família, comunidade de
bairro, igrejas.

Falta de informação dos profissionais de saúde com preocupação de prescrever
anticoncepcional e pouco acesso dos adolescentes as unidades de saúde.

Baixa escolaridade
http://www.portalsaofrancisco.com.br
Rita de Cássia dos Passos Souza
Quando a prevenção falha

Os primeiros problemas podem aparecer ainda no início da gravidez e vão
desde o risco de aborto espontâneo – ocasionado por desinformação e
ausência de acompanhamento médico – até o risco de vida – resultado de
atitudes desesperadas como a ingestão de medicamentos abortivos.

Rejeição das famílias

A adolescência é o momento de formação escolar e de preparação para o
mundo do trabalho. A ocorrência de uma gravidez nessa fase, portanto,
significa o atraso ou até mesmo a interrupção desses processos. O que pode
comprometer o início da carreira ou o desenvolvimento profissional
http://www.infoescola.com/sexualidade/gravidez-na-adolescencia/
Rita de Cássia dos Passos Souza
O que fazer para evitar a gravidez?

Melhoria das desigualdades sociais

Ações de lazer, cultura e esporte nos bairros

Cursos profissionalizantes

Escolas mais bem preparadas

Orientação de sexualidade para as famílias

Serviços de saúde com portas abertas e profissionais mais capacitados para
atenção a este público

Promoção de projetos de vida
Rita de Cássia dos Passos Souza
Adolescente em Situação de Risco
Rita de Cássia dos Passos Souza
São características que,
quando presentes no
indivíduo, sinalizam uma
maior probabilidade deste
apresentar um determinado
dano à saúde.
Rita de Cássia dos Passos Souza
PESSOAL
SOCIAL
CULTURAL
FAMILIAR
UM ADOLESCENTE PODE ESTAR EM VÁRIAS
SITUAÇÕES DE RISCO AO MESMO TEMPO
OBESIDADE
VIOLÊNCIA FAMILIAR
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Rita de Cássia dos Passos Souza
RISCO É SER
DIFERENTE
É NÃO SER
“NORMAL”
Rita de Cássia dos Passos Souza
OBESIDADE
HIPERTENSÃO
DISLIPIDEMIAS
DOENÇAS CORONARIANAS
DIABETES MELITTUS
BAIXA AUTO-ESTIMA
ISOLAMENTO
EXCLUSÃO
Rita de Cássia dos Passos Souza
ANOREXIA NERVOSA
MENINAS DE CLASSE MÉDIA E
CLASSE MÉDIA ALTA
INSATISFAÇÃO COM A
IMAGEM CORPORAL
DEPENDÊNCIA AOS INIBIDORES DE APETITE
Rita de Cássia dos Passos Souza
BULIMIA NERVOSA
ALTA INGESTA DE ALIMENTOS
VÔMITOS
USO DE LAXANTES E DIURÉTICOS
EXERCÍCIOS FÍSICOS REPETITIVOS
NEGLIGENCIANDO OUTRAS ATIVIDADES
BAIXA AUTO-ESTIMA
ISOLAMENTO SOCIAL
Rita de Cássia dos Passos Souza
USO DE ANABOLIZANTES
PREOCUPAÇÃO COM A
AUTO-IMAGEM
Rita de Cássia dos Passos Souza
DROGAS LÍCITAS E
ILÍCITAS
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÁLCOOL
ACIDENTE DE TRÂNSITO
BRIGAS
Rita de Cássia dos Passos Souza
ATIVIDADE
SEXUAL SEM
PROTEÇÃO
GRAVIDEZ PRECOCE
DST
AIDS
Rita de Cássia dos Passos Souza
BAIXO
RENDIMENTO
ESCOLAR
BAIXA AUTO-ESTIMA
ISOLAMENTO
Rita de Cássia dos Passos Souza
EVASÃO
ESCOLAR
FALTA DE PERSPECTIVA DE
VIDA
INTERRUPÇÃO DO
APRENDIZADO
PERPETUAÇÃO DA
POBREZA
PROJETO DE VIDA
MEDÍOCRE
Rita de Cássia dos Passos Souza
VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA
IRRITABILIDADE
HIPERATIVIDADE
AGRESSIVIDADE
APATIA
DEPRESSÃO
DISTÚRBIO DO SONO
RUPTURA DO VÍNCULO FAMILIAR
Rita de Cássia dos Passos Souza
FAMÍLIA
DESESTRUTURADA
DEPRESSÃO
ANSIEDADE
GRAVIDEZ PRECOCE
RUPTURA DO VÍNCULO
FAMILIAR
Rita de Cássia dos Passos Souza
BULLYING
POUCOS AMIGOS
PASSIVO
RETRAÍDO
DEPRESSÃO
ANSIEDADE
SUICÍDIO
VINGANÇA
ATITUDE AUTO DESTRUTIVA
INSEGURANÇA POR ESTAR NA ESCOLA
Rita de Cássia dos Passos Souza
EXCLUSÃO
SOCIAL
ENVOLVIMENTO COM
TRÁFICO
FALTA DE PERSPECTIVA
DE VIDA
GRAVIDEZ PRECOCE
Rita de Cássia dos Passos Souza
VIOLÊNCIA
URBANA
DEPRESSÃO
ANSIEDADE
AGRESSIVIDADE
POSTURAS ANTI-SOCIAIS
SUICÍDIO
USO DE DROGAS
BAIXA AUTO-ESTIMA
BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS
POR TIPO DE VIOLÊNCIA – 2003-2005
3 ,0 3 %
3 ,7 9 %
H o m icíd io
Acid e n te d e trâ n s ito
S u icíd io
9 3 ,1 8 %
Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS
POR SEXO DA VÍTIMA – 2003-2005
113
120
100
80
60
Ma s cu lin o
Fe m in in o
40
20
10
5
0
3
1
0
H o m icíd io
Acid e n te d e
S u icíd io
trâ n s ito
Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS
POR TIPO DE VIOLÊNCIA SEGUNDO A IDADE DAS VÍTIMAS– 2003-2005
35
30
12 anos
25
14 anos
20
15 anos
15
16 anos
17 anos
10
18 anos
5
19 anos
0
H o m icíd io
Acid e n te d e
S u icíd io
trâ n s ito
Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e
Promoção de Saúde.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS
POR TIPO DE VIOLÊNCIA SEGUNDO A ETNIA DAS VÍTIMAS– 2003-2005
80
70
60
50
N ã o co n s ta
40
B ra n ca
30
P re ta
20
P a rd a
10
0
H o m icíd io
Acid e n te d e
S u icíd io
trâ n s ito
Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde.
Rita de Cássia dos Passos Souza
NÚMERO DE ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS
POR LOCAL DE OCORRÊNCIA DO FATO VIOLENTO – 2003-2005
Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS
SEGUNDO LOCAL DE OCORRÊNCIA DO ÓBITO – 2003-2005
80
70
60
50
40
30
20
10
0
S
do
ra
E
no
Ig
A
a
ol
a
io
ld
ba
l ic
úb
c
es
da
o
en
rr
ç
ra
IC
P
Te
P
a
s
o
ec
B
ria
ca
ba
Ta
ha
ri
in
ra
bu
P
am l
r C a si
r
ie
B
P
o
ti c
a
áu
N
as
R
a
ov
C
s
ro
a
ut
ia
O
V
os
t
ru
IP
V
N
T
U
m
de
ge
e
rr
sa
To
as
P
te
s
on
P
ca
M
Lu
A
C
ão
U
H
lS
ta
a
pi
nç
O
H
G
ria
o
íl i
a
ad
ic
o
nd
sc
om
ar
Fu
E
D
B
Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS
SEGUNDO FORMA DE VIOLÊNCIA – 2003-2005
120
100
80
60
40
20
0
S
A
A
c
ui
e
io
íd
nt
de
ci
s
tr
go
de
õe
fo
ca
an
br
de
s
es
gr
a
a
rm
rm
A
A
s
an
rt e
po
Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde.
Rita de Cássia dos Passos Souza
ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS
SEGUNDO ANO DE OCORRÊNCIA
60
50
40
30
20
10
0
2003
2004
2005
Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde.
Rita de Cássia dos Passos Souza
- FORTALECIMENTO DOS VÍNCULOS FAMILIARES
- EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
- EXPECTATIVA POSITIVA PARA O FUTURO
- BOA UTILIZAÇÃO DO TEMPO LIVRE (ESPORTES, ATIVIDADES
ARTÍSTICAS E CULTURAIS, LAZER BEM PROGRAMADO)
- ACESSO A SERVIÇO DE SAÚDE DE QUALIDADE
- EDUCAÇÃO EM SAÚDE
- RESPEITO AOS DIREITOS E CIDADANIA
Rita de Cássia dos Passos Souza
“Desse olhar diferenciado, que pode enxergar
detalhes e ouvir as queixas de dores não
faladas, seguido do desencadeamento de todas
as medidas de proteção necessárias, novos e
bons caminhos poderão ser criados para essas
crianças e adolescentes.”
Rita de Cássia dos Passos Souza