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- ESTRUTURA MORFOSINTÁTICA
- FLEXÃO NOMINAL E VERBAL
- TEMPOS E MODOS VERBAIS
- VOZES DO VERBO
Prof. Ms. Sandro R. Mazurechen
e-mail: [email protected]
MORFOSSINTAXE
FUNÇÃO SINTÁTICA
CLASSE GRAMATICAL
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*Substantivo
*Adjetivo
Advérbio
Verbo
**Pronome
** Numeral
*Artigo
Conjunção
Preposição
interjeição
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Sujeito
Objeto direto
Objeto indireto
Complemento nominal
Aposto
Vocativo
Agente da passiva
• Adjunto adnominal
• Adjunto adverbial
SUBSTANTIVOS
COMUM
PRÓPRIO
CONCRETO
ABSTRATO
PRIMITIVO
DERIVADO
SIMPLES
COMPOSTO
COLETIVO
Flexão nominal
• Gênero
– Substantivos
• Biformes
– Regulares
– Irregulares
– Diferentes
• Uniformes
– Comum de dois (variação de gênero no determinante)
– Sobrecomum (apenas um gênero)
– Epicenos (macho / fêmea)
Flexão nominal
• Gênero
– Substantivos com mais de uma variação de
gênero feminino
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•
•
•
•
Aldeão
Vilão
deus
elefante
Hóspede
Parente
ladrão
Flexão nominal
• Gênero
– Substantivos que admitem gênero masculino e
feminino
• laringe / diabete
• avestruz / gambá / juriti / sabiá
• ágape / clima
• aluvião / sentinela / tapa
Flexão nominal
• Gênero
– Questão semântica
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•
•
cabeça
capital
caixa
cisma
cura
grama
guarda
guia
• Gênero
– Questão semântica
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•
•
•
•
•
lente
língua
lotação
moral
rádio
voga
hélice
Flexão nominal
• Número
– Substantivos simples
» (falsos plurais)
– Substantivos compostos
» (falsos plurais)
– Adjetivos compostos
» (cores)
Flexão nominal
• Número
– Substantivos com mais de um plural
• ãos / ões
– corrimão, cortesão, vulcão
• ãos / ães
– sacristão
• ões / ães
– charlatão, guardião,
• ãos / ões / ães
– aldeão, ancião, ermitão, vilão, refrão
Flexão nominal
• Grau
– Aumentativo (analítico / sintético)
– Diminutivo (analítico / sintético)
» (Diminutivo plural)
• Questão semântica
Flexão nominal
• Gênero
– Adjetivos
• Uniformes
• Biformes
• Locuções adjetivas
Flexão nominal
• Número
– Adjetivos compostos
» (cores)
Flexão verbal
• Tempo
– Pretérito
•
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•
•
Perfeito
Imperfeito
Mais-que-perfeito
Futuro do pretérito
– Presente
– Futuro
Flexão verbal
• Pessoa
– 1ª
– Eu
– nós
– 2ª
– Tu
– Vós
– 3ª
– Ele
– Eles
– (você) (vocês)
Flexão verbal
• Número
– Singular
– Plural
Flexão verbal
• Modo
– Indicativo
– Subjuntivo
• Se
• Que
• Quando
– Imperativo
.
..
Locução Verbal
• Tempo composto
– Ter
– Haver
• Locução
– Outros auxiliares
– Dois núcleos verbais
Formas nominais
• Infinitivo
•
•
•
•
AR (1ª conjugação)
ER (2ª conjugação)
OR (2ª conjugação)
IR (3ª conjugação)
• Particípio
• Forma regular (utilizados com os auxiliares TER e HAVER nos tempos compostos)
– ADO
– IDO
• Forma irregular (utilizados com os auxiliares SER e ESTAR nas locuções verbais)
– TO
– SO
– GUE
*LEMBRE-SE: nem todos os verbos apresentam as duas formas de particípio, os que
as apresentam são chamados de VERBOS ABUNDANTES.
• Gerúndio
• NDO
Verbos anômalos
Apresentam variação em seu radical quando conjugados.
• Ser
• Sou, és, fomos, fui, era...
• Ir
• Vou, iremos, foi, irá ...
VERBOS ABUNDANTES
• aceitar: aceitado/aceito;
acender: acendido/aceso;
afligir: afligido/aflito;
agradecer: agradecido/grato;
assentar: assentado/assente;
atender: atendido/atento;
benzer: benzido/bento;
cativar: cativado/cativo;
cegar: cegado/cego;
VERBOS ABUNDANTES
• completar: completado/completo;
concluir: concluído/concluso;
confundir: confundido/confuso;
convencer: convencido/convicto;
corromper: corrompido/corrupto;
defender: defendido/defeso;
descalçar: descalçado/descalço;
dispersar: dispersado/disperso;
VERBOS ABUNDANTES
• dissolver: dissolvido/dissoluto;
eleger: elegido/eleito;
empregar: empregado/empregue;
encarregar: encarregado/encarregue;
entregar: entregado/entregue;
envolver: envolvido/envolto;
enxugar: enxugado/enxuto;
erigir: erigido/ereto;
expressar: expressado/expresso;
VERBOS ABUNDANTES
• expulsar: expulsado/expulso;
extinguir: extinguido/extinto;
fartar: fartado/farto;
findar: findado/findo;
fixar: fixado/fixo;
frigir: frigido/frito;
ganhar: ganhado/ganho;
imergir: imergido/imerso;
imprimir: imprimido/impresso;
VERBOS ABUNDANTES
• incluir: incluído/incluso;
inserir: inserido/inserto;
isentar: isentado/isento;
juntar: juntado/junto;
libertar: libertado/liberto;
limpar: limpado/limpo
matar: matado/morto;
morrer: morrido/morto;
omitir: omitido/omisso;
VERBOS ABUNDANTES
• pagar: pagado/pago;
prender: prendido/preso;
repelir: repelido/repulso;
revolver: revolvido/revolto;
romper: rompido/roto;
salvar: salvado/salvo;
secar: secado/seco;
situar: situado/sito;
soltar: soltado/solto;
VERBOS ABUNDANTES
• submergir: submergido/submerso;
sujeitar: sujeitado/sujeito;
surpreender: surpreendido/surpreso;
surgir: surgido/surto;
suspeitar: suspeitado/suspeito;
suspender: suspendido/suspenso;
tingir: tingido/tinto;
torcer: torcido/torto;
vagar: vagado/vago.
VERBOS ABUNDANTES
• CHEGAR – NÃO É ABUNDANTE, somente
admite a forma “CHEGADO”.
VERBOS DEFECTIVOS
• REAVER
• PRECAVER
• ABOLIR, COLORIR, DEMOLIR, EXAURIR, EXPLODIR, EXTORQUIR,
FREMIR, HAURIR, RETORQUIR
• ACONTECER, OCORRER, SUCEDER, PRAZER, DOER, CONSTAR,
URGIR, FLUIR
•
HAVER (EXISTIR)
• CHOVER, NEVAR, TROVEJAR, GEAR
Colorir
. presente do indicativo.
Eu (sem conjugação)
Tu colores
Ele colore
Nós colorimos
Vós coloris
Eles colorem.
• Imperativo afirmativo.
Colore tu
Colori vós
• Verbo Falir.
Não é usado no Imperativo negativo nem no
Presente do Subjuntivo.
Presente do indicativo.
Nós falimos
Vós falis
Imperativo afirmativo
Fali vós
Verbo Reaver.
Indicativo
Presente
Nós reavemos
Vós reaveis
Subjuntivo.
Pretérito Imperfeito
Tu reouvesse
Tu reouvesses
Ele reouvesse
Nós reouvéssemos
Vós reouvésseis
Eles reouvessem
Imperativo Afirmativo
Reavei vós
Formas Nominais.
Infinitivo impessoal
gerúndio: reavendo.
Particípio: reavido.
ABOLIR
VERBOS PRONOMINAIS
• QUEIXAR-SE
• LEMBRAR-SE
• ARREPENDER-SE
• TORNAR-SE
• SENTAR-SE
VOZES VERBAIS
• ATIVA
• O estudante encontrou as respostas.
• PASSIVA
• ANALÍTICA
• As respostas foram encontradas pelo estudante.
• SINTÉTICA
• Encontraram-se as respostas.
• REFLEXIVA
• Ele feriu-se (a si mesmo).
• REFLEXIVA RECÍPROCA
• Nós nos abraçamos (uns aos outros).
Transitividade Verbal
• Verbos de ligação
• Verbos transitivos
– Direto
– Indireto
– Bitranssitivo
• Verbos intransitivos
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Computo, Me adequo, Expludo
M. T. Piacentini
Verbo defectivo é aquele que tem "defeitos", falhas na conjugação. Ou seja, sua conjugação não é completa. Isso acontece principalmente na primeira pessoa do presente – ninguém diz,
por exemplo, 'eu falo' e 'paro' referindo-se aos verbos falir e parir. Ou: eu não *fedo (feder), eu *abulo ou *abolo (abolir). Nem se diz *coluro ou *coloro, mas se usa alguma locução: dou
colorido, dou cores, faço um colorido etc. São formas inexistentes mesmo, e vamos seguindo sem elas. Entretanto, algumas dessas faltas se devem a uma questão mais propriamente
estética do que técnica. É o caso de computar, explodir e adequar.
EXPLODIR não é verbo defectivo em si. Ele é conjugado conforme o verbo dormir, segundo dicionários especializados; portanto, pode-se dizer "ele explode, eu expludo, ele que expluda
o balão". Já vi expludo em livros editados em Portugal, numa boa. Aqui, depois que o ex-presidente Figueiredo falou (corretamente) "expludo", criou-se o estigma e a má reputação do
verbo, como se ele devesse ter explodido de outra forma: "Ele que se exploda!"
COMPUTAR não é tampouco verbo defectivo. Existem e são usadas formas como "eu computo, ele computa os dados diariamente; computa isso para mim?" Não falar "computa" seria
talvez uma opção pessoal por causa da sonoridade indigesta para alguns. O dicionário Aurélio não traz o presente "computo, computas, computa", como faz o Houaiss, que registra todas
as formas. Mas devemos lembrar que as palavras existem não porque os dicionários querem que elas existam. É o contrário: os dicionários devem espelhar o vocabulário existente.
ADEQUAR é cada vez mais usado nas pessoas do singular e na terceira do plural do presente do indicativo e mesmo no subjuntivo, a despeito de toda a recomendação em sentido
contrário. A população faz a língua – leis neste caso são inócuas, a não ser para a ortografia. Trouxe, para exemplificar, duas frases recentemente publicadas:
E ainda há um agravante, no caso específico dos leitores brasileiros, que é a rabugice de ele [Saramago] não permitir que se adeque sua obra ao português brasileiro. [revista Istoé]
Esperamos que todos os municípios se adequem à nova lei. [jornal]
Nem sempre substituir "adequar" por "adaptar" resolve a pendenga, pois o segundo verbo tem nuances diferentes do primeiro, e às vezes o redator precisa usar os dois termos no
mesmo texto até para evitar repetições. Então resta a dúvida: qual a pronúncia quando o uso é inevitável? A melhor pronúncia é aquela que tem o acento tônico no E, e que neste caso
levaria acento agudo, conforme estabelecem as regras ortográficas:
Infelizmente eu não me adéquo a estas circunstâncias.
Diz o instrutor que o menino, ainda que tenha boa vontade, não se adéqua a nada.
Pessoas flexíveis e maduras se adéquam facilmente às novas situações.
Em vista de três consultas específicas, estávamos falando sobre os verbos defectivos ou defeituosos, aqueles que apresentam lacunas em algumas pessoas verbais. Nessa categoria se
enquadram todos os verbos que exprimem fenômenos meteorológicos, para começo de conversa. Por exemplo, amanhecer, chover, anoitecer, garoar, gear, nevar, trovejar só se
conjugam nas terceiras pessoas do singular de cada tempo e não possuem as formas imperativas. São chamados impessoais.
Há outros que podem ser considerados defectivos, os pessoais, que se apresentam sobretudo nas terceiras pessoas do singular e do plural de cada tempo, como os que exprimem
fenômenos da natureza vegetal [arborescer, frutificar, murchar, verdejar, vicejar, etc.] e os verbos onomatopaicos ou imitativos de vozes animais e de ruído das coisas [balir, cacarejar,
ganir, grasnar, latir, mugir, badalar, chiar, espoucar/espocar, tilintar/tlintar, etc.].
Tanto os verbos que exprimem estados atmosféricos ou vegetativos quanto os onomatopaicos admitem conjugação completa, pois eles podem ser empregados em sentido figurado [eu
trovejei de raiva, amanheço pensando em ti, nós frutificamos, eles uivaram de dor] e também em outras acepções, como "eles badalam em todas as festas / o filme foi muito badalado".
Alguns, entretanto, continuam defectivos, já que não têm a primeira pessoa do presente do indicativo, tais como os verbos falir, parir, balir, latir, colorir, que por conseguinte não têm o
presente do subjuntivo.
Quanto ao verbo explodir, devo acrescentar que o dicionário Houaiss registra as conjugações brasileiras "explodo, exploda", observando que também existem "expludo e expluda", como
falei no parágrafo anterior.
É melhor nos adequarmos, não? Ainda sobre o verbo adequar, temos hoje em dia uma hesitação de pronúncia – e por conseqüência de grafia – nessas formas tidas tradicionalmente por
defectivas ou inexistentes.
Quando se trata de paroxítonas em ditongo decrescente, vai o acento agudo na letra E [adéquo, adéqua], além do trema para marcar o hiato no caso das terminadas em QUE: adéqüe,
adéqües, adéqüem. Outras formas com trema: adeqüei, adeqüemos. Pois então, os dois exemplos que vimos na semana passada ficariam assim:
E ainda há um agravante, no caso específico dos leitores brasileiros, que é a rabugice de Saramago não permitir que se adéqüe sua obra ao português brasileiro.
Esperamos que todos os municípios se adéqüem à nova lei.
Já quem pronuncia "adeqUa" (e digo isso porque, mesmo que você não goste de usar as formas em discussão, elas podem aparecer num texto que você esteja lendo) deveria usar o
acento agudo nas formas terminadas em Ue: adeqúe, adeqúem. Ficam sem acento: adequo, adequas, adequa quando pronunciadas adeqUo, adeqUas, adeqUa.
Como o trema, embora oficial, é pouco utilizado em jornais e revistas, pelo menos o acento agudo tem que estar presente: ou adéque/adéquem, ou adeqúe/adeqúem.
De qualquer modo, um alerta: quem está se submetendo a um concurso público deve evitá-las, pois nunca se sabe o grau de tolerância da comissão que vai corrigir as provas, a qual
pode aceitar ou rejeitar o Houaiss, dicionário que se propôs a registrar um uso efetivo, encontrado mesmo entre falantes cultos, assim considerados, na ciência lingüística, os brasileiros
da zona urbana que têm curso superior completo. Aliás, formas em discussão jamais deveriam ser objeto de provas de língua portuguesa.