Espaços, grupos e foruns institucionais e não

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Transcript Espaços, grupos e foruns institucionais e não

Espaços, grupos e foruns
institucionais e não-insitucionais
de discussão.
Contra a Eficácia

A eficácia não é e nem pode ser um
paradigma absoluto

Discussões que não levam a uma ação
não são trabalho perdido, e sim
capital acumulado.

O PJ, embora não tenha autonomia de desição,
pode ser uma agente de transformação
A eficiência superada pelo
comportamento social e grupal:
Objetivos do Mini-curso
Todo grupo se reune com algum
objetivo ou tarefa
 O grupo que não cumpre seu objetivo
não falhou
 Toda discussão leva a uma consequencia
não apenas teórica mas também
pragmática
 Não é possivel determinar qual o grau de
influencia terá essa consequencia (efeito
borboleta)

Espaços Institucionais e formas
de representação

Democracia Direta

Assembleia
substantivo feminino
1 reunião de pessoas que têm algum interesse
comum, com a finalidade de discutir e deliberar
sobre temas determinados
 2 reunião de pessoas esp. convocadas por
determinação legal, regulamentar ou estatutária,
para resolver assuntos submetidos à sua
deliberação


1º Erro – A Assembleia não é
necessariamente um fórum da
Democracia Direta:
- Assembleia Constituinte
- Assembleia Legislativa
Etimologia
do francês assemblée.
 'reunião, grupo de pessoas reunidas para
deliberar'

2º Erro – A Assembléia nasce na França
Moderna e não na Grégia
 O termo correto, derivado do
Grego, é Dieta.

Grécia – Os primeiros Passos
do Ocidentalismo
A pólis
É
a Cidade, entendida como a
comunidade organizada, formada pelos
cidadãos ( no grego “politikos” ), isto é,
pelos homens nascidos no solo da Cidade,
livres e iguais

Ágora

Enquanto elemento de constituição do
espaço urbano, a ágora manifesta-se como a
expressão máxima da esfera pública na
urbanística grega, sendo o espaço público
por excelência. É nela que o cidadão grego
convive com o outro, onde ocorrem as
discussões políticas e os tribunais populares:
é, portanto, o espaço da cidadania. Por este
motivo, a ágora era considerada um símbolo
da democracia direta, e, em especial, da
democracia ateniense, na qual todos os
cidadãos tinham igual voz e direito a voto.
Ágora romana de Tiro
Sócrates

Paidéia
Cultura construída a partir da educação. Era o
ideal que os gregos cultivavam do mundo, para
si e para sua juventude. O objetivo não era ensinar
ofícios, mas sim treinar a liberdade e nobreza. Paidéia
também pode ser encarada como o legado deixado
de uma geração para outra na sociedade.

A Maiêutica
Democracia Representativa

O Senado Romano

O Senado romano (em latim: Senatus),
é a mais remota assembleia política da
Roma antiga, com origem nos Conselhos
de Anciãos da Antiguidade oriental
(surgidos após o ano 4000 a.C.).

Aorigem etimologia vem de, de senex,
"velho", "idoso". Era uma assembleia de
notáveis - o conselho dos patres (pais) ou
chefes das famílias patrícias - que provinha já
dos tempos da monarquia romana.

O modelo de governo pelos mais velhos é
utilizado em várias sociedades tribais,
inclusive em praticamente toda a América
Indígena. É a base da Aristocracia.
O Senado durante a
Monarquia Romana

Durante a Monarquia, o Senado, ou
Conselho dos Anciãos, cuja escolha
acontecia entre os chefe das diferentes
gentes - denominados senatores ou
patres (pais) - a princípio era formado
por 100 Senadores, e, no final do período
real, ascendeu a 300. O Senado, que era
convocado pelo rei, estava em posição de
subordinação diante dele.
O Senado durante a República
Romana

O Senado torna-se, especialmente na fase
republicana (510 a.C. a 27 a.C.), a mais alta
autoridade do Estado e onde os Senadores
exerciam com carácter vitalício. Nesse
período, o Senado romano fiscalizava os
cônsules (autoridades executivas máximas),
controlava a justiça, as finanças públicas, as
questões religiosas e, dirigia a política
externa, incluindo a componente militar –
vital num momento de conquistas
expansionistas.

3º Erro – O Senado Romano não é um
modela da Democracia Representativa e
sim do Governo Aristocrático.
A Aristocracia
O Poder dos Melhores

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
Aristocracia (do grego), literalmente poder dos melhores, é uma forma de
governo na qual o poder político é dominado por um grupo elitista.
Aristóteles afirmou que a aristocracia é o poder confiado aos melhores
cidadãos, sem distinções de nascimento ou riqueza.
Em Platão, o termo aristocracia se funda na virtude e na sabedoria.
Caberia, portanto, aos sábios, aos melhores, enfim, dirigir o Estado no
rumo do verdadeiro bem.
Em Do contrato social, Jean-Jacques Rousseau define como aristocracia,
um governo no qual são magistrados mais do que um cidadão, e menos do
que metade de todos eles; um número de magistrados maior que a
metade, uma democracia; e o governo no qual há um magistrado único, do
qual todos os outros recebem o poder, uma monarquia.
Normalmente, a aristocracia vem da classe dominante, como grandes
proprietários de terra (latifundiários), militares, sacerdotes, etc. Um
exemplo de estado governado pela aristocracia é a antiga cidade-estado de
Esparta que, durante toda a sua história, foi governada pela aristocracia
latifundiária.
Fóruns de Representação Modernos
Congresso
 Reunião de especialistas para que deliberem sobre questões
de interesse comum. (Os membros são representantes).
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
Seminário
conjunto dos educadores e dos alunos dessa instituição
congresso científico ou cultural, com exposição seguida de
debate
grupo de estudos em que os estudantes pesquisam e
discutem tema específico
aula dada por um grupo de alunos em que há debate acerca
da matéria exposta por cada um dos participantes
Colóquio
 1 conversa entre duas ou mais pessoas
 2 conversa confidencial ou íntima, ger. entre duas pessoas
Ex.: c. amoroso
 3 Rubrica: termo eclesiástico.
 conversação ou debate entre duas ou mais pessoas com o fim de se
discutir uma questão de doutrina, sobretudo religiosa, tendente a lançar luz
sobre uma dúvida, conciliar seguidores de opiniões diversas etc.
Ex.: o c. de Poissy em 1561
 4 reunião, ger. de especialistas, em que se discutem e confrontam
informações e opiniões pessoais sobre determinado tema
 Ex.: c. Científico
Simpósio
 Na antiga Grécia, a segunda parte de um banquete ou festim, durante a
qual os convidados bebiam, conversavam, ouviam música e se entregavam a
outros divertimentos.
 Reunião ou conferência para discussão de algum assunto, encontro no qual
diversos oradores debatem determinado tema perante um auditório
Redes sociais


Rede social
Origem:Wikipédia, a enciclopédia livre.

Rede Social é uma das formas de
representação dos relacionamentos afetivos
ou profissionais dos seres entre si ou entre
seus agrupamentos de interesses mútuos. A
rede é responsável pelo compartilhamento
de idéias entre pessoas que possuem
interesses e objetivo em comum e também
valores a serem compartilhados.
Redes Sociais
Virtuais/Eletrônicas


Orkut
Twitter
São, na verdade, sites de relacionamento que
criam redes sociais.
Redes Sociais
Reais/Não-eletrônicas


Forum Social Mundial
Fórum Econômico Mundial (FEM)
É uma organização sem fins lucrativos baseada em Genebra, é mais
conhecido por suas reuniões anuais em Davos, Suíça nas quais
reúne os principais líderes empresariais e políticos, assim como
intelectuais e jornalistas selecionados para discutir as questões
mais urgentes enfrentadas mundialmente, incluindo saúde e meioambiente. O Fórum também organiza a "Reunião Mundial dos
Novos Campeões" na China e vários encontros regionais durante
todo o ano. Em 2008, essas reuniões regionais incluíram eventos na
Europa e Ásia Central, Ásia Ocidental, a Mesa Redonda de CEOs
na Rússia, África, Oriente Médio e o Fórum Econômico Mundial na
América Latina. Em 2008, lançou a "Cúpula Inaugural da Agenda
Global", em Dubai, formada por 700 especialistas de todo mundo
em setores relacionados aos 68 desafios globais identificados pelo
Fórum.
Partidos Políticos

No Brasil, a única forma de ascensão ao
poder é através dos partidos políticos.
Mesa de Bar
Dieta
 O termo advém do grego díaita, "modo de viver",
"vida do dia-a-dia", recebido pelo latim como
diaeta,ae, "comedimento no comer e no beber",
"aposento onde as pessoas fazem as refeições",
por metonímia, "assembleia política", a partir do
local onde as pessoas se reuniam (para a refeição
comum ou encontro). A origem etimológica é a
mesma do termo referente a regime alimentar.


Os Banquetes de Gregos de Sócrates e Platão.
2 Parte
Exemplos Significativos de
Espaços de Discussão e
Consequencias Pragmáticas
Assembleia
Eclésia
Principal Dieta Grega, acontecida em Atenas

Era a principal assembléia popular da democracia
ateniense na Grécia Antiga. Era a assembléia popular,
aberta a todos os cidadãos, homens com mais de
dezoito anos que exercia o essencial do poder
legislativo. Foi criada por Sólon em 594 a.C.. Todas as
classes de cidadãos podiam participar dela. No século
V a.C.. havia 43 000 pessoas participando da Eclésia.
Originalmente, se encontrava uma vez a cada mês,
mas mais tarde se encontrava três ou quatro vezes
por mês. Os votos eram contados pelas mãos.
Congressos

A Internacional Socialista

A Associação Internacional

dos
Trabalhadores (AIT), às
vezes
chamada
de
Primeira
Internacional, foi uma organização que
procurou unir vários grupos políticos de
esquerda e sindicatos baseados na classe
operária. A organização foi criada em 1864
em Genebra.

Programa de Lutas

difusão da lei da jornada de 10 horas por todas as nações;
estímulo à organização sindical; o estabelecimento de um Polônia
livre e democrática, bem como defesa da autodeterminação das
nações, opondo-se firmemente "às imensas usurpações realizadas
sem obstáculo por essa potência bárbara, cuja cabeça está em São
Petersburgo (a Rússia czarista);
exigir que "as sensíveis leis da moral e da justiça, que devem
presidir as relações entre indivíduos, sejam as leis supremas das
relações entre as nações" (Manifesto Inaugural, 1864).



O Significado da Primeira Internacional

Segundo o historiador Jacques Droz, a fundação da Primeira
Internacional é um marco na história das lutas sociais
contemporâneas, pelo fato de ser a primeira vez em que a classe
trabalhadora propõe-se à conquista do poder político.
O partido Brasileiro Filiado à
Internacional Socialista é o PDT e o
seu símbolo é o símbolo
internacional do socialismo: a rosa
vermelha.

A Comuna de Paris
A Comuna de Paris foi o primeiro governo operário da história,
fundado em 1871 na capital francesa por ocasião da resistência popular
ante à invasão alemã.
 Durante a guerra franco-prussiana, as províncias francesas elegeram para
a Assembléia Nacional uma maioria de deputados monarquistas
francamente favorável à capitulação ante a Prússia. A população de Paris,
no entanto, opunha-se a essa política. Thiers, elevado à chefia do Gabinete
conservador, tentou esmagar os insurretos. Estes, porém, com o apoio da
Guarda Nacional, derrotaram as forças legalistas, obrigando os membros
do governo a abandonar precipitadamente a capital francesa, onde o
comitê central da Guarda Nacional passou a exercer sua autoridade. A
Comuna de Paris - considerada a primeira República Proletária da
história - adotou uma política de caráter socialista, baseada nos princípios
da Primeira Internacional.
 O poder comunal manteve-se durante cerca de 40 dias. Seu esmagamento
revestiu-se de extrema crueldade. De acordo com a Barsa mais de 20.000
communards foram executados pelas forças de Thiers.
 O governo durou oficialmente de 26 de março a 28 de maio, enfrentando
não só o invasor alemão como também tropas francesas, pois a Comuna
era um movimento de revolta ante o armistício assinado pelo governo
nacional (transferido para Versalhes) após a derrota na Guerra FrancoPrussiana. Os alemães tiveram ainda que libertar militares franceses feitos
prisioneiros de guerra, para auxiliar na tomada de Paris.


O governo revolucionário foi formado por uma federação de
representantes de bairro (a guarda nacional, uma milícia formada
por cidadãos comuns). A guarda nacional se misturou aos
soldados franceses, que se amotinaram e massacraram seus
comandantes. O governo oficial, que ainda existia, fugiu, junto
com suas tropas leais, e Paris ficou sem autoridade. O Comitê
Central da federação dos bairros ocupou este vácuo, e se
instalou na prefeitura. O comitê era formado por Blanquistas,
membros da Associação Internacional dos Trabalhadores,
Proudhonistas e uma miscelânea de indivíduos não-afiliados
politicamente, a maioria trabalhadores braçais, escritores e
artistas.

Eleições foram realizadas, mas obedecendo à lógica da
democracia direta em todos os níveis da administração pública. A
polícia foi abolida e substituída pela guarda nacional. A educação
foi secularizada, a previdência social foi instituída, uma comissão
de inquérito sobre o governo anterior foi formada. Noventa
representantes foram eleitos, mas apenas 25 eram trabalhadores,
e a maioria foi constituída de pequenos-burgueses. Entretanto, os
revolucionários eram maioria. Em semanas, a recém nomeada
Comuna de Paris introduziu mais reformas do que todos os
governos nos dois séculos anteriores combinados.
Deliberações da Comuna
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O trabalho noturno foi abolido;
Oficinas que estavam fechadas foram reabertas para que cooperativas
fossem instaladas;
Residências vazias foram desapropriadas e ocupadas;
Em cada residência oficial foi instalado um comitê para organizar a
ocupação de moradias;
Todas os descontos em salário foram abolidos;
A jornada de trabalho foi reduzida, e chegou-se a propor a jornada de oito
horas;
Os sindicatos foram legalizados;
Instituiu-se a igualdade entre os sexos;
Projetou-se a autogestão das fábricas (mas não foi possível implantá-la);
O monopólio da lei pelos advogados, o juramento judicial e os honorários
foram abolidos;
Testamentos, adoções e a contratação de advogados se tornaram gratuitos;
O casamento se tornou gratuito e simplificado;
A pena de morte foi abolida;
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O cargo de juiz se tornou eletivo;
O Estado e a Igreja foram separados; a Igreja deixou de ser
ubvencionada pelo Estado e os espólios sem herdeiros passaram a
ser confiscados pelo Estado;
A educação se tornou gratuita, secular, e compulsória. Escolas
noturnas foram criadas e todas as escolas passaram a ser de sexo
misto;
A Bandeira Vermelha foi adotada como símbolo da Unidade Federal
da Humanidade;
O internacionalismo foi posto em prática: o fato de ser estrangeiro
se tornou irrelevante. Os integrantes da Comuna incluíam belgas,
italianos, poloneses, húngaros;
Instituiu-se um escritório central de imprensa;
O serviço militar obrigatório e o exército regular foram abolidos;
Todas as finanças foram reorganizadas, incluindo os correios, a
assistência pública e os telégrafos;
Havia um plano para a rotação de trabalhadores;
Considerou-se instituir uma Escola Nacional de Serviço Público, da
qual a atual ENA francesa é uma cópia;
Os artistas passaram a autogestionar os teatros e editoras; O
salário dos professores foi duplicado.
Os Congressos da Filadélfia de
1774 e 1776.

Em 1774, leis consideradas Intoleráveis pelas 13
colônias Inglesas da América do norte determinaram
a convocação do Primeiro Congresso Continental de
Filadélfia. O Congresso enviou petição ao rei e ao
Parlamento Inglês pedindo a revogação daquelas leis,
em nome da igualdade de direitos dos colonos. O
Congresso tinha , portanto, caráter não-separatista.
Contudo Em 1775, um conflito em Lexington
provocou a morte de alguns colonos e eles passaram
a organizar-se militarmente.

O Segundo Congresso de Filadélfia, reunido desde
1775, já manifestava caráter separatista. George
Washingtonton, da Virgínia, foi nomeado
comandante das tropas americanas e encarregou
uma comissão, liderada por Thomas Jefferson, de
redigir a Declaração da Independência. Em 4 de
julho de 1776, reunidos na Filadélfia, delegados de
todos os territórios promulgaram o documento,
com mudanças introduzidas por Benjamin Franklin
e Samuel Adams.
Jeferson Vive
4 de julho de 1826

O Congresso da Filadélfia foi um Fórum
formal ou informal? Legítimo ou ilegítimo?

Independência do Brasil em 1822. Caráter
Personalista.
Gênesis

Revolução Americana – Anexação por
Compra de Territórios

Revolução Socialista – Anexação Militar
Contemporaneidade

Estados Unidos – Expansão Econômico-Militar

Socialistas Europeus – Diplomacia
Congresso
Mineiro de Educação

NEIDSON RODRIGUES E O PRIMEIRO CONGRESSO MINEIRO DE
EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, PENSAMENTO E AÇÃO NA RECONSTRUÇÃO
DEMOCRÁTICA DOS ANOS 80
Ubaldo Dutra de Araújo

I Congresso Mineiro de Educação, realizado durante o ano de 1983, foi um
acontecimento expressivo em termos de participação popular nos debates dos
problemas ligados à educação,. Tinha como objetivo explícito, efetuar um amplo
diagnóstico da situação do ensino em Minas, propondo diretrizes para o programa
educacional do governo estadual.

No entanto, constata-se que, pelo nível de participação no evento, que atraiu todos
os setores sociais, desde os profissionais da educação, especialistas, alunos e pais, até
os sindicatos, universidades, prefeituras, políticos e lideranças comunitárias, sob a
coordenação da Secretaria de Educação, ele se converteu em um importante
componente de pressão social a contribuir para deslegitimar o regime autoritário,
atuando para fortalecer a demanda crescente por democracia na sociedade
brasileira.

O estudo sinaliza que o Congresso
Mineiro de Educação se justifica muito
mais pelo que representou como
elemento organizador do movimento de
oposição do professorado mineiro ao
regime autoritário, do que efetivamente
pelo sentido de apontar soluções para os
complexos problemas educacionais da
época.
Encontro de Mendes

O governo estadual de Brizola (1983-1987) através da Comissão Coordenadora de
Educação e Cultura sob o lema “vamos passar a escola a limpo” lançou o movimento
Escola Viva – Viva a Escola que objetivava avaliar as raízes históricas dos problemas da
escola pública. Convocou o professorado atuante no primeiro grau para uma vasta
consulta.Várias teses foram elaboradas por Darcy Ribeiro e encaminhadas às escolas para
discussão.

Após os debates nas suas unidades, os professores elegeram mil delegados para o exame
das opiniões predominantes. Novos representantes foram eleitos após esta reunião. A
reunião decisiva aconteceu no município de Mendes, nos dias 25 e 26 de novembro de
1983. Reuniu cem professores de todo o Estado, administradores da educação e líderes
sindicais. Um conjunto de 45 teses distribuídas em três eixos temáticos: análise dos
problemas da escola pública, programa educacional para o Estado do Rio de Janeiro e o
papel dos professores na política educacional do governo, foi elaborado pela Comissão.
Assim, metas foram apresentadas aos professores no I Encontro de Mendes e,
posteriormente, se transformaram em programa de governo do Estado do Rio
de Janeiro, entre as quais podemos destacar: garantir à criança o mínimo de 5
horas diárias de permanência na escola; capacitar o professor; revisar o material
didático do aluno; garantir pelo menos uma refeição completa a cada criança de
escola pública; assegurar aos alunos necessitados o material escolar; fornecer
assistência médico-odontológica às crianças através da própria escola; implantar
150 Casas da Criança em comunidades periféricas (4 a 7 anos); construir 500
CIEPs nas áreas de baixa renda e alta densidade demográfica até março de 1987;
concretizar o Programa de Educação Juvenil no horário noturno dos CIEPs;
criar na cidade do Rio de Janeiro, Escolas de Demonstração – local de avaliação
e acompanhamento da proposta pedagógica em execução; conduzir um
processo de discussão com professores e entidades representativas para
reformular o Plano de Carreira, Estatuto e Regulamento das Escolas;
estabelecer requisitos para os cargos de direção de escola, os quais, por
reivindicação do professorado, devem ter seus membros eleitos por eles, na
unidade escolar; recuperação do ensino público como prioridade número
1 do governo.
Mesa dos Essitêncialistas:
Filosofia Existencial

O Existencialismo propõe para as Ciências Humanas encontrar postulados
para conhecer o homem, considerando o seu contexto histórico a má
realidade e as circunstâncias que o movem para viver no mundo com os
“outros” e a relação que ele fez a partir do seu vivido.

A proposta desse movimento é de fazer uma reflexão de quais seriam as
características essenciais do ser humano, para a partir daí, estabelecer
procedimentos metodológicos que alcancem a compreensão da sua
experiência vivida, questionando sobre o seu existir concreto no mundo e
na sua cotidianidade.

Assim, o Existencialismo declara a importância de se levar em conta outros
aspectos da constituição do homem, além daqueles considerados pela
Ciência e pelos profissionais da Educação e da Saúde.
A Alcova
Existencialismo e Marxismo
Nos anos1950, quando já era um autor consagrado, Sartre
publicou, a "Critica da Razão Dialética", em que estabelece um
diálogo crítico entre o marxismo e o existencialismo. Essa obra
é considerada por muitos sua maior criação, superior ao “ O
Ser e o Nada. “
Sartre passou um mês em Cuba, como hóspede de Fidel
Castro e lhe dedicou uma reportagem no jornal France Soir.
Foi autor do Manifesto dos 121, que proclamava o direito à
insubordinação dos franceses que eram convocados para lutar
na guerra da Argélia, então uma colônia francesa na África.
Psicologia de Grupos

O Grupo para Sartre
Serialidade é o tipo de relação que se estabelece entre indivíduos
que compõem uma série. Série é uma forma de "coletivo"
(conjunto humano) cuja unidade provém do exterior. Sartre dá o
exemplo de uma fila de pessoas diante de um ponto à espera do
ônibus. Cada um sente-se em frente ao outro em solidão, como se
nada tivesse em comum com os demais. Essas pessoas - de idade,
sexo, classe e meios muito diferentes - realizam na banalidade do
cotidiano a relação de solidão, de reciprocidade e de unidade pelo
exterior. Relação esta que caracteriza os cidadãos de uma grande
cidade.
A série representa um tipo de relação que nega a reciprocidade.
Coisifica o outro e expressa a alienação do homem na
serialidade. É um tipo de relação que tem as características do
"idêntico", onde todos são vistos como equivalentes aos demais.
Cada um é apenas um número substituível por outro. É apenas
quantidade.
Os indivíduos na fila do ônibus negam recìprocamente qualquer
elo entre seus mundos interiores. É o ônibus, objeto material e
exterior, que determina esta ordem serial. O ônibus, como ser
comum e exterior a cada um, produz a série, vinculando
indivíduos numa série onde cada um é um número qualquer do
conjunto. E, segundo Sartre, existem modos seriais de
comportar-se, sentimentos seriais, pensamentos seriais. "A série
é um modo de ser dos indivíduos uns com relação com os
outros e com relação ao ser comum e esse modo os
metamorfoseia em todas as estruturas".
É importante, portanto, que os monitores
não deixem que as turmas tornarem-se
séries determinadas pelo objeto exterior
Parlamento Jovem.
Para Sartre o grupo é um movimento constante de
desenvolvimento sem jamais atingir uma totalidade
estruturada. O grupo se trabalha, assim,
constantemente. É uma práxis comum, grupal, com
seus componentes estabelecendo uns com os
outros relações que constituem o grupo. Nesse
sentido Sartre define grupo como ato e não como
ser. É a ação do grupo sobre si mesmo.
É importante ressaltar que essa é apenas uma das visões
de grupo, e que tal visão possui definições antagônicas,
como por exemplo no conceito militar de força-tarefa.

A serialidade encontra-se na origem de todo grupo e
este se constitui, num primeiro momento, contra a
serialidade. Ao constituir-se o grupo ocorre uma
fusão das distintas serialidades de cada um dos
integrantes. Pode-se descrever essa ruptura do
isolamento da série a partir da tensão original da
necessidade (escassez) ou de um perigo comum. "O
grupo se constitui a partir de uma necessidade ou de
um perigo comum e se define pelo objetivo comum
que determina sua práxis comum..."
O momento da fusão (nascimento do grupo)
acontece com a tomada de consciência de
uma tarefa comum (a partir da necessidade,
escassez, perigo, etc.) onde cada um depende
dos demais. É o momento em que indivíduos
isolados tomam consciência de sua
interdependência, de seus interesses comuns.
Estabelece-se um "degelo" das comunicações.
Resumindo, o grupo em fusão é o inverso
da serialidade. Contitui-se por meio e no
interior da dispersão que precede o grupo.
E sua primeira característica é manter sua
existência como uma luta constante contra
uma volta, sempre possível, à série, à
dispersão, solidão e alienação. Uma segunda
característica é a totalização inacabada, que
constitui o grupo, sem se constituir num
ser-grupal que transcenda os indivíduos
agrupados.
Pichon Rivière
Pichon caracteriza grupo como um conjunto
restrito de pessoas, que, ligadas por constantes
de tempo e espaço e articuladas por sua mútua
representação interna, propõe-se, em forma
explícita ou implícita, à uma tarefa que constitui
sua finalidade. Dentro deste processo, o
indivíduo é visto como um resultante dinâmico
no interjogo estabelecido entre o sujeito e os
objetos internos e externos, e sua interação
dialética através de uma estrutura dinâmica que
Pichon denomina de vínculo.
Grupo Operativo

A Pré-Tarefa
Pré-tarefa são todas aquelas atividades onde a
presença dos medos básicos (ansiedade de
perda e ataque) determinam a utilização de
técnicas defensivas que estruturam o que se
denomina resistência à mudança. A pré-tarefa
está caracterizada pôr uma situação de
impostura que paralisa o prosseguimento do
grupo. Se faz "como se" se trabalhasse, "como
se" se efetuasse um trabalho especificado.
Tarefa: Pressupostos Teóricos
Os quatro papéis mais destacados, que se
perfilam na operação grupal são:
porta-voz
 bode expiatório
 líder
 sabotador

Conclusões
Todo grupo se reune com algum objetivo ou tarefa
 O grupo que não cumpre seu objetivo não falhou
 Toda discussão leva a uma consequencia não apenas
teórica mas também pragmática
 Não é possivel determinar qual o grau de influencia
terá essa consequencia (efeito borboleta)
