Eucaristia - Material de Catequese

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Transcript Eucaristia - Material de Catequese

A MISSA
Conhecer o significado da Missa
para a viver mais intensamente
Paróquia de Sto António de Savena
transição manual
A MISSA: conhecemo-la?
Todos os domingos fazemos tantos
gestos na Missa. Mas sabemos o que
significam? Ou são apenas gestos
feitos mecanicamente?
Conhecemos o significado das palavras
e o motivo por que as dizemos num
determinado momento?
TENTEMOS DAR RESPOSTA
1. Que significa MISSA?
A liturgia eucarística chama-se MISSA
porque termina com o envio ou missão
(“missio” em latim) dos fiéis ao mundo
para nele cumprir a vontade de Deus.
2. Porque e´que a MISSA é tão
importante para um cristão?
Na origem da Eucaristia está a Última
Ceia de Jesus com os seus discípulos e a
sua ordem:
"Fazei isto em memória de mim“
(Lc 22,19; I Cor 11,24).
2. Porque é que a MSSSA é tão
importante para um cristão?
“Como a Igreja faz a Eucaristia, assim a Eucaristia constrói a
Igreja; e esta verdade está estreitamente unida ao mistério de
Quinta-Feira Santa.
A Igreja foi fundada, como comunidade nova do povo de Deus, na
comunidade apostólica dos Doze que, durante a última ceia,
tomaram parte no Corpo e no Sangue do Senhor sob as espécies do
pão e do vinho.
Cristo tinha dito: «Tomai e comei..., tomai e bebei».
E eles, cumprindo esta ordem, entraram pela primeira vez, em
comunhão sacramental com o Filho de Deus, comunhão que é
penhor de vida eterna. Desde aquele momento até ao fim dos
tempos, a Igreja constrói-se mediante a mesma comunhão com o
Filho de Deus, que é penhor de Páscoa eterna».
(João Paulo II)
3. Como celebramos a Missa
Os momentos fundamentais da celebração eucarística são quatro :
1) Ritos de entrada.
2) Liturgia da Palavra.
3) Liturgia eucarística.
4) Ritos de despedida.
3.1. Os ritos de entrada
A assembleia recolhe-se, organiza-se e une-se
com o cântico na procissão de entrada do
sacerdote que representa o povo de Deus no
caminho para Cristo.
Ao chegar ao altar, que é símbolo de Cristo, o
celebrante beija-o em sinal de veneração.
3.1. Os ritos de entrada
SINAL DA CRUZ
Em nome da santa e indivisa Trindade: é
memória e profissão de fé baptismal de toda a
assembleia.
O Amen da assembleia que o conclui é a
confirmação e aceitação por parte de todo o
povo crente e quer dizer:
"Sim! Creio que Cristo está no meio de nós.
Estou certo disso!”
3.1. Os ritos de entrada
A SAUDAÇÃO DO CELEBRANTE exprime a
presença da Graça: a comunhão em Deus com
os irmãos.
A palavra de saudação é acompanhada pelo
gesto das mãos e dos braços que se estendem
e se recolhem: sinal de acolhimento, de
saudação, de paz oferecida.
Além disso, é anúncio do Senhor presente.
3.1. Os ritos de entrada
CONFISSÃO
É o convite a reflectir sobre a sua vida e a
pedir perdão a Deus dos pecados cometidos
verificando se porventura não há culpas
mortais que impeçam, sem antes ter recebido
o sacramento da Reconciliação, o acesso à
sagrada Comunhão.
3.1. Os ritos de entrada
GLÓRIA
redescoberta a bondade e a misericórdia do
Senhor, podemos cantar o hino iniciado pelos
anjos na noite santa de Natal, que exprime
adoração, alegria, acção de graças.
3.1. Os ritos de entrada
COLECTA
O celebrante levanta e abre os braços no
gesto universal do orante. Na pausa de silêncio
cada fiel eleva a mente e o coração a Deus
formulando os seus pedidos. Depois o
celebrante recolhe – daqui o nome de colecta
(recolha) dado à oração – os pensamentos e os
desejos de todos.
3.2. A Liturgia da Palavra
LEITURAS BÍBLICAS
Deus, através da voz do leitor, instrui o seu
povo com a sua Palavra.
As exortações finais “Palavra de Deus”
indicam que o próprio Deus falou aos seus.
Para escutar a Palavra é preciso fazer
silêncio interior.
3.2. A Liturgia da Palavra
SALMO
Após ter escutado a leitura tirada do Antigo
Testamento, a assembleia responde com alegria
rezando e louvando com o Salmo.
Os Salmos são orações que Deus nos confiou
através de escritores por Ele inspirados, para que
Lhe rezássemos da maneira mais digna.
É responder ao Senhor com a sua própria Palavra
eterna, incorruptível, colocada nos nossos lábios.
Seria uma grande presunção querer substituí-la por
palavras nossas que se desagregam com o tempo.
3.2. A Liturgia da Palavra
EVANGELHO: é Cristo ressuscitado que agora fala ao
seu povo. O próprio livro e as honras prestadas ao texto
do Evangelho (procissão, incenso, velas, beijo) indicam
veneração das realidades divinas.
Na Palavra de Deus anuncia-se a divina aliança, nova e
eterna, que é reproposta na Eucaristia.
O Evangelho escuta-se de pé e em profundo silêncio; é
lido pelo sacerdote (ou diácono) porque é o próprio Jesus
que fala, representado pelo sacerdote.
Faz-se o sinal da cruz na testa, nos lábios e no coração
para exprimir o desejo de que a Palavra lance sólidas
raízes na inteligência e no coração e os nossos lábios a
proclamem; que seja guardada na memória, para falar e
amar como Jesus.
3.2. A Liturgia da Palavra
HOMILIA
é a proclamação, feita com fervor, da Palavra.
O silêncio que se segue destina-se a deixar
que a Palavra proclamada penetre em
profundidade e adquira eficácia.
3.2. A Liturgia da Palavra
SÍMBOLO DA FÉ (CREDO)
É a resposta correcta à Palavra escutada e
sinal de que os crentes se reconhecem no
único Senhor e Salvador.
Símbolo (do grego “sunballo”) é colocar juntos
dois pedaços de um vaso que coincidem entre
si, sinal pelo qual se reconhecem os
contraentes de um pacto.
3.2. A Liturgia da Palavra
ORAÇÃO DOS FIÉIS
é a resposta do povo cristão ao Senhor que
falou e em quem dissemos acreditar.
Chamada também “Oração universal” é uma
súplica pelas necessidades de todo o mundo.
O povo sacerdotal intercede pela humanidade
inteira, para implorar sobre ela a benevolência
divina.
3.3. A Liturgia Eucarística
A Liturgia Eucarística compõe-se de
três momentos:
A) A Preparação dos dons
B) A Oração eucarística
C) Os Ritos de comunhão
3.3. A Liturgia Eucarística
A) PREPARAÇÃO DOS DONS
o pão e o vinho que oferecemos significam toda a nossa
vida (trabalho, penas, alegrias, desejo de amar a Deus e
os irmãos) oferecida em sacrifício ao Senhor.
Tal como o nosso óbolo em dinheiro, ou esmola, é a
participação concreta nas necessidades da comunidade
paroquial e dos pobres.
Com efeito, não podemos dizer com sinceridade que
amamos a Deus, sem mostrar amor concreto aos irmãos
necessitados.
Na oferta dos dons afirmamos que tudo o que temos é
dom gratuito de Deus.
3.3. A Liturgia Eucarística
A) PREPARAÇÃO DOS DONS
Algumas gotas de água no vinho são sinal da nossa união
com Cristo que quis assumir a nossa natureza humana.
O Senhor Jesus na Comunhão transformar-nos-á em si,
sem contudo anular a nossa especificidade pessoal.
O pão e o vinho são oferecidos e elevados para Deus pelo
celebrante.
Na consagração, o Espírito Santo, invocado sobre estes
dons, transformá-los-á no próprio Cristo.
Lavagem das mãos: gesto de purificação do sacerdote
que exprime o desejo de ser menos indigno de celebrar a
Eucaristia. (“Lavai-me das minhas culpas, Senhor,
purificai-me dos meus pecados”)
3.3. A Liturgia Eucarística
A) PREPARAÇÃO DOS DONS
Depostas as ofertas sobre o Altar e cumpridos os
ritos que acompanham este gesto, o sacerdote convida
os fiéis a unir-se a ele na oração e pronuncia a oração
sobre as ofertas: conclui-se assim a Preparação dos
Dons e prepara-se a Oração Eucarística.
Durante os Ritos do Ofertório, quando não se usa
incenso, a assembleia permanece sentada até à oração
sobre as ofertas.
3.3. A Liturgia Eucarística
A)
PREPARAÇÃO DOS DONS
A oração sobre as ofertas é pronunciada em
voz alta pelo sacerdote, de braços abertos,
em nome de toda a comunidade que, portanto,
exprime a sua participação estando de pé e
respondendo “Amen”.
Por isso, apesar de não ser introduzida, como
a oração de colecta, pela exortação explícita
“oremos”, ao seu início todos nos levantamos:
um modo simples de exprimir no gesto o
sacerdócio baptismal comum.
3.3. A Liturgia Eucaristica
B) ORAÇÃO EUCARÍSTICA
Tem início o momento central e
culminante de toda a celebração, quer
dizer a Oração Eucarística, isto é, a
oração de acção de graças e de
santificação.
A Oração Eucarística compõe-se de oito partes...
Vejamo-las uma a uma
3.3. A Liturgia Eucarística
1. A ACÇÃO DE GRAÇAS
(É verdadeiramente bom e justo louvar-te...)
o sacerdote, em nome de todo o povo santo, glorifica
Deus Pai e dá-lhe graças por toda a obra da salvação
ou por algum aspecto particular, conforme a
diversidade do dia, da Festa ou do Tempo.
2. A ACLAMAÇÃO
(Santo, Santo, Santo…)
toda a assembleia, unindo-se às criaturas celestes,
canta ou recita o Santo. Esta Aclamação, que faz
parte da Oração Eucarística, é pronunciada por todo
o povo com o sacerdote.
3.3. A Liturgia Eucarística
3. A EPÍCLESE (invocação do Espírito Santo)
(Derrama, Senhor, o teu Espírito e santifica os dons...)
A Igreja implora com especiais invocações a força divina, para que os
dons oferecidos pelos homens sejam consagrados, isto é, se tornem
Corpo e Sangue de Cristo, e para que a vítima imaculada, que se recebe
na comunhão, aproveite para a salvação daqueles que nela paricipam.
4. A Narração da Instituição e a Consagração
(Na noite em que foi entregue, tomou o pão...)
È O MOMENTO CULMINANTE DA MISSA.
Mediante as palavras e os gestos de Cristo cumpre-se o sacrifício que
o próprio Cristo instituiu na Última Ceia, quando ofereceu o seu Corpo e
o seu Sangue sob as espécies do pão e do vinho, o deu a comer e a
beber aos Apóstolos e lhes deixou a ordem de perpetuar tal mistério.
O pão e ovinho oferecidos tornam realmente o Corpo e o Sangue do
próprio Cristo morto e ressuscitado.
Quem puder ajoelha em adoração.
3.3. A Liturgia Eucarística
5. A ANAMNESE
(Mistério da fé. Anunciamos, Senhor, a vossa morte...)
A história inteira da humanidade, uma grande e longa história, é condensada
em poucas palavras.
A Igreja, cumprindo a ordem recebida de Cristo Senhor por meio dos
Apóstolos, celebra a memória de Cristo, recordando sobretudo a sua Bemaventurada Paixão, a Gloriosa Ressurreição e Ascensão ao céu.
6. O OFERTÓRIO
(Celebrando o memorial do teu Filho… oferecemos-te, Pai, em acção de
graças, este sacrifício vivo e santo)
No decurso desta mesma memória a igreja, de modo particular a que está
reunida naquele momento e naquele lugar, oferece ao Pai no Espírito Santo
a vítima imaculada.
A Igreja deseja que os fiéis não só ofereçam a vítima imaculada, mas que
aprendam também a oferecer-se a si mesmos e assim realizem cada vez
mais, por meio de Cristo Mediador, a sua união com Deus e com os irmãos,
para que finalmente Deus seja tudo em todos.
3.3. A Liturgia Eucarística
7. AS INTERCESSÕES
(Olhai com amor e vede na oferta da vossa Igreja...)
Nelas se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a
Igreja, quer celeste quer terrestre, e que a oferta é feita por ela e
por todos os seus membros, vivos e defuntos, os quais foram chamados
à salvação alcançada por meio do Corpo e Sangue de Cristo.
8. A DOXOLOGIA FINAL
(Por Cristo, com Cristo e em Cristo…)
A oração eucarística desemboca numa estupenda glorificação do Pai
por meio de Cristo, o único mediador entre Deus e a humanidade, a que
a assembleia responde “Amen”. É a solene adesão de fé ao Senhor que
deveria ser proclamada com toda a intensidade e convicção. Tudo vem
do Pai através de Cristo e tudo se destina a voltar a Ele pela mesma
via.
3.3. A Liturgia Eucarística
A ORAÇÃO EUCARÍSTICA
EXIGE QUE TODOS ESCUTEM COM RESPEITO
E EM SILÊNCIO
E NELA PARTICIPEM
COM AS ACLAMAÇÕES PREVISTAS NO RITO.
(Princípios e normas para o uso do Missal Romano, 55)
3.3. A Liturgia Eucaristica
C) RITOS DE COMUNHÃO
Visto que a celebração eucarística é um convite
pascal, convém que,
segundo a ordem do Senhor,
os fiéis bem preparados recebam o seu Corpo e o
seu Sangue como alimento espiritual.
Os Ritos de Comunhão compõem-se de dez partes...
Vejamo-las uma a uma
3.3. A Liturgia Eucarística
C) RITOS DE COMUNHÃO
Pai nosso
A assembleia dirige-se ao Pai com os mesmos sentimentos de
Cristo. São sete as súplicas expressas, ligadas sobretudo à
necessidade do alimento espiritual da Palavra e da Eucaristia,
que sustentam a nossa fidelidade na relação com Deus.
Embolismo (Livrai-nos de todo o mal, Senhor…)
Desenvolvendo a última súplica da oração do Senhor, ─ o
pedido de libertação de todo o mal, ─ implora para toda a
comunidade dos fiéis a libertação do poder do mal. Conclui-se
com a doxologia (Vosso é o Reino, o Poder...) reconhecendo a
omnipotência e a glória de Deus.
3.3. A Liturgia Eucaristica
C) RITOS DE COMUNHÂO
Paz
Jesus ressuscitado, na véspera da Páscoa, oferece a paz aos
Apóstolos como pimeiro dom. Com o rito da paz os fiéis imploram a
paz e a unidade para a Igreja e para toda humanidade, e exprimem
entre si o amor recíproco, antes de participar no único pão.
Este gesto é sinal do nossa vontade de esquecer qualquer
rancor. O gesto pode ser considerado conclusão do acto
penitencial e resposta à oração do Pai Nosso.
Fracção do pão
O gesto da fracção do pão, realizado por Cristo na última Ceia,
desde o tempo apostólico deu o nome a toda a acção eucarística.
Este rito não tem apenas uma razão prática, mas significa que nós,
embora sendo muitos, nos tornamos um só corpo na comunhão e um
só pão de vida, que é Cristo (1 Cor 10,17)
3.3. A Liturgia Eucarística
C) RITOS DE COMUNHÃO
Immixtio:
O celebrante deita no cálice uma pequena porção da hóstia.
Cordeiro de Deus
Enquanto se realiza a fracção do pão e a immixtio, conscientes
da nossa incapacidade e indignidade para comungar o Senhor,
pede-se também perdão com a invocação repetida duas vezes.
A última invocação termina com as palavras “dai-nos a paz”.
A preparação pessoal do sacerdote
O celebrante prepara-se com uma oração em silêncio para
receber com fruto o Corpo e o Sangue de Cristo.
A mesma coisa fazem os fiéis rezando em silêncio.
3.3. A Liturgia Eucarística
C) RITOS DE COMUNHÃO
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo...
O sacerdote apresenta a Eucaristia aos fiéis e convida-os
para o banquete de Cristo; depois juntamente com eles
exprime sentimentos de humildade, servindo-se das palavras
do Evangelho, recordando que só o Senhor tira os pecados do
mundo porque os tomou sobre si cravando-os na cruz.
Para receber a Eucaristia é preciso estar na graça de Deus
(recém confessados, se necessário), respeitando o jejum
eucarístico de pelo menos uma hora e ter consciência do que
se vai receber.
Pode receber-se na palma da mão côncava, dizendo “Amen” e
inclinando a cabeça em sinal de respeito, e tomando-a com
devoção diante do sacerdote.
Com efeito os dons recebem-se, não se tomam.
3.3. A Liturgia Eucarística
C) RITOS DE COMUNHÃO
Silêncio
Depois da comunhão faz-se algum tempo de silêncio para que
em oração se possa assimilar, com reconhecimento, o dom
recebido.
Oração depois da comunhão
O sacerdote recolhe as súplicas e a acção de graças dos fiéis
e pede que amadureçam na vida os frutos do mistério
celebrado. O povo faz sua a oração com a aclamação “Amen”.
3.4. Os Ritos de Despedida
Saudação
Como ao princípio o celebrante recorda a presença do Senhor,
dom recebido, que agora os fiéis levarão para o mundo.
Bênção
Em nome e com a bênção da Santíssima Trindade somos
enviados a dar a todos o amor de Deus. Nalguns dias e em
certas circunstâncias pode-se enriquecer e desenvolver com a
“oração sobre o povo” ou com outra fórmula mais solene.
Despedida
Desfaz-se a assembleia, para que cada qual regresse às suas
ocupações louvando e bendizendo o Senhor.
4. CONCLUAMOS
A MISSA TERMINOU. IDE EM PAZ
NA REALIDADE A MISSA CONTINUA.
O TESTEMUNHO DA VIDA
ESTÁ ESTREITAMENTE LIGADO À EUCARISTIA
PORQUE NÃO DAMOS ALGO DE NOSSO,
MAS COMUNICAMOS O DOM RECEBIDO:
CRISTO MORTO E RESSUSCITADO
PELA NOSSA SALVAÇÃO
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