Design Inteligente
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Design Inteligente
O que é design inteligente?
Design inteligente refere-se a um programa
de pesquisa científica bem como a uma
comunidade de cientistas, filósofos e outros
acadêmicos que buscam evidência de
design na natureza. A teoria do design
inteligente afirma que certos aspectos do
universo e das coisas vivas são melhor
explicadas por uma causa inteligente, não
por um processo não direcionado como a
seleção natural.
O que é design inteligente?
Através do estudo e análise dos
componentes de um sistema, um teórico do
design é capaz de determinar se várias
estruturas naturais são produto do acaso,
de lei natural, design inteligente ou alguma
combinação disso. Esta pesquisa é
conduzida observando-se os tipos de
informação produzida quando agentes
inteligentes atuam.
O que é design inteligente?
Os cientistas buscam então encontrar objetos que
possuam aqueles mesmos tipos de propriedades de
informação que usualmente sabemos provir de
inteligência. O design inteligente tem aplicado estes
métodos científicos para detectar design em
estruturas biológicas irredutivelmente complexas, na
informação complexa e específica contida no DNA,
na arquitetura física sustentadora da vida do universo
e na geologicamente rápida origem da diversidade
biológica no registro fóssil durante a explosão
cambriana há aproximadamente 530 milhões de anos
atrás.
Histórico
1993, reunião em Pajaro Dunes, Calofórnia
que constitui um marco p/ futuros
fundadores do movimento.
1994, Discovery Institute, organização “think
tank” (relac. a questões políticas,
econômicas, científicas e tecnológicas), é
fundado p/ apoiar o movimento.
1996, Michael
Histórico
1996, Michael Behe publica o livro Darwin's
Black Box (A Caixa Preta de Darwin), no qual
introduz o conceito de “complexidade
irredutível” e torna popular a expressão “design
inteligente”.
1998, William Dembski publica a série de livros
The Design Inference (A Inferência de Design)
em que introduz os conceitos de filto-explicativo
e complexidade específica.
Histórico
Desde a déc. de 1980, várias disputas: 1º
criacionismo x evolucionismo, depois design
inteligente x evolucionismo nas escolas
públicas. O movimento do design tem perdido
devido a alegação de que o design não é
ciência, mas promove uma religião e estaria em
desacordo com a Cláusula de Estabelecimento
da Primeira Emenda da Constituição dos
Estados Unidos que diz:
“O Congresso não fará
nenhuma lei com respeito ao
estabelecimento de uma
religião, ou proibindo o livre
exercício dela (cláusula do livre
exercício).”
Histórico
Em 1999, a Junta Escolar do estado do
Kansas votou contra incluir questões de
macroevolução na avaliação no estado. Em
2001, o congresso dos Estados Unidos
aprovou o “Ato Nenhuma Criança Deixada
Atrás”, um projeto de lei para a educação
elementar e secundária que foi
acompanhado pela seguinte emenda:
Histórico
“Os membros do comitê reconhecem que uma
educação científica de qualidade deveria preparar os
estudantes para distinguir os dados e teorias testáveis
da ciência de afirmações religiosas ou filosóficas que
são feitas em nome da ciência. Quando são
ensinados tópicos que possam gerar controvérsia
(como a evolução biológica) o curriculum deveria
auxiliar os estudantes a entender a completa
abrangência das concepções científicas que existem,
por que tais tópicos podem gerar controvérsia e como
as decobertas científicas podem afetar profundamente
a sociedade.”
Com relação a declaração nesta emenda, de que o
ensino de evolução biológica pode gerar
controvérsia, os defensores do design inteligente
têm proposto um ensino da controvérsia que
mostre evidências e argumentos científicos a
favor e contra a evolução.
A declaração de missão do
Discovery Institute diz o seguinte:
“A missão do Discovery Institute é construir uma visão
positiva da prática do futuro. O Instituto descobre e
promove idéas na tradição do senso comum do
governo representativo, do livre mercado e da
liberdade individual. Nossa missão é promovida
através de livros, reportagens, testemunho legislativo,
artigos, conferências e debates públicos, mais
cobertura pela mídia e publicações do próprio Instituto
e website na internet.”
Missão
“Os projetos atuais exploram os campos da
tecnologia, ciência e cultura, reforma da lei, defesa
nacional, o ambiente e a economia, o futuro das
instituições democráticas, transporte, religião e vida
pública, gastos do governo com benefícios sociais,
questões estrangeiras e cooperação dentro da região
bi-nacional da `Cascadia'. Os esforços dos
associados e equipe do Discovery, sediado em
Seattle, são crucialmente auxiliados pelos membros
do Instituto, comissão de diretores e patrocinadores.”
A Estratégia da Cunha
Surgiu na internet um documento sobre um
projeto do Discovery Institute conhecido como
“The wedge estrategy” (A Estratégia da Cunha),
composta de três fases:
Fase I. Pesquisa científica, escritos e
publicidade.
Fase II. Publicidade e produzir opinião.
Fase III. Confrontação Cultural e Renovação.
A Estratégia da Cunha
O objetivo da estratégia é assim explicado: “As
consequências sociais do materialismo têm
sido devastadoras. Como sintomas, estas
consequências certamente merecem
tratamento. Entretanto, estamos convencidos
de que a fim de derrotar o materialismo,
devemos cortá-lo em sua fonte. Esta fonte é o
materialismo científico. Esta é precisamente
nossa estratégia.
A Estratégia da Cunha
“Se vemos a ciência materialista predominante
como uma árvore gigante, nossa estratégia planeja
funcionar como uma 'cunha' que, conquanto
relativamente pequena, pode dividir o tronco quando
aplicada em seus pontos mais fracos. O próprio
início desta estratégia, o 'corte fino da cunha', foi a
crítica de Phillip Johnson do Darwinismo iniciada em
1991 em Darwinism on Trial (Darwinismo em
Julgamento) e prosseguida em Reason in the
balance e Defeating Darwinism by Opening Minds
(Razão na Balança e Derrotando o Darwinismo por
abrir Mentes).
A Estratégia da Cunha
“O muito bem sucedido Darwin's Black Box (A
Caixa Preta de Darwin) de Michael Behe
seguiu-se a obra de Johnson. Estamos
ampliando este impulso, expandindo a cunha
com uma alternativa científica positiva às teoria
científicas materialistas, a qual veio a ser
chamada de a teoria do design inteligente (DI).
A teoria do design promete reverter a asfixiante
dominância da visão de mundo materialista e
substitui-la por uma ciência consoante as
convicções cristãs e teistícas.”
Criacionismo e Teocracia?
A mídia divulga que o movimento do Design
Inteligente pretende ensinar criacionismo nas
escolas públicas e que um de seus patrocinadores,
Howard F. Ahmanson Jr. está ou esteve envolvido
com o movimento Reconstrucionismo Cristão que
propõe um governo teocrático e se opõe a
separação entre igreja e estado.
Criacionismo e Teocracia?
“O Discovery Institute nega qualquer
identificação do movimento com idéias
teocráticas e de que promove o ensino de
criacionismo nas escolas públicas, mas afirma
que seu propósito é “opor-se a idéia de que a
ciência apoia a filosofia não científica do
materialismo”.
Complexidade Irredutível
Complexidade irredutível é definida por
Michael Behe como “um sistema único
composto de várias partes combinadas e
interagindo que contribuem para a função
básica, em que a remoção de qualquer uma
das partes faz o sistema efetivamente parar
de funcionar.”
Complexidade Irredutível
Este tipo de sistema não pode ser produzido
por seleção natural.
“Um sitema complexo irredutível não pode
ser produzido diretamente por modificações
leves, numerosas e sucessivas de um
sistema precursor,
porque qualquer precursor para um sistema
irredutivelmente complexo em que está
faltando uma parte é não funcional por
definição.”
Complexidade Irredutível
Muitos artigos aparecem na internet de
cientistas evolucionistas contrapondo-se a idéia
de complexidade irredutível. Existe um vídeo no
youtube de Richard Dawkins demonstrando a
construção de um olho passo a passo segundo
a seleção natural. Há também uma animação
com a reconstrução de um flagelo por etapas.
Este foi um exemplo de complexidade citado
por Behe.
Complexidade Irredutível
Dembski argumenta em Irreducible Complexity
Revisited que a definição de Behe de
complexidade irredutível é mais sutil do que a
princípio possa parecer.
Ele declara que “ao tentar coordenar sucessivas
mudanças evolutivas necessárias para produzir
máquinas bioquímicas irredutivelmente
complexas, o mecanismo darwiniano,
consequentemente, encontra uma série de
obstáculos probabilísticos desanimadores.''
Complexidade Irredutível
Estes obstáculos incluiriam:
Disponibilidade. As partes necessárias para
evoluir um sistema bioquímico complexo
como o flagelo bacteriano estão igualmente
disponíveis?
Sincronização. Estas partes disponíveis
estão no tempo correto de modo que elas
possam ser incorporadas quando necessário
nas estruturas evoluindo?
Complexidade Irredutível
Localização. Mesmo com partes que estão
disponíveis no tempo correto para inclusão
em um sistema evoluindo, podem as partes
escapar dos sistemas em que elas estão
integradas atualmente e se tornarem
disponíveis para o `sítio de construção' do
sistema evoluindo?
Complexidade Irredutível
Reações cruzadas interferindo. Dado que as
partes corretas podem ser reunidas no
tempo correto no lugar correto, como podem
as partes erradas, que de outro modo
entupiriam a produção, ser excluídas do
`sítio de construção' do sistema evoluindo?
Complexidade Irredutível
Compatibilidade de Interface. As partes que
estão sendo recrutadas para inclusão no
sistema evoluindo são mutuamente
compatíveis no sentido de combinarem-se
ou fazer interfaces bem ajustadas de modo
que, uma vez estando apropriadamente
posicionadas, as partes trabalhem juntas
para formar um sitema funcionando?
Complexidade Irredutível
Ordem de Montagem. Mesmo com todas as partes
corretas, e apenas estas, alcançando o lugar
correto no tempo correto, e mesmo com plena
compatibilidade de interface, elas serão montadas
na ordem correta para formar um sistema
funcionando?
Configuração. Mesmo com todas as partes
sincronizadas para serem montadas na ordem
correta, elas serão arranjadas do modo correto
para formarem um sistema funcionando?''
Complexidade Específica
“Uma única letra do alfabeto é específica sem
ser complexa (isto é, conforma-se a um padrão
dado independentemente, mas é simples). Uma
longa sequência de letras randômicas é
complexa sem ser específica (isto é, requer um
complicado conjunto de instruções para se
caracterizar, mas não se conforma a nenhum
modelo dado independentemente). Um soneto
de Shakespear é tanto complexo quanto
específico.” William Dembski
Filtro Explicativo
É um método, formulado por William
Dembski, para detectar design. Para se
verificar se algo é produto de design, ele
deve passar pelo filtro explicativo que
consiste de três etapas. A grosso modo, o
que está sendo testado deve responder a
três perguntas: (1) Uma lei explica isto? (2)
O acaso explica? e (3) O design explica?
Algumas das críticas feitas a este
algoritmo são que é possível se
concluir que algo é produto de design
quando o é de uma lei ou algoritmo e
de que Dembsky não testa a
possibilidade de lei ou algoritmo em
seus exemplos de design.
Discussão
Nos EUA, os tribunais que decidiram casos de
ensino de evolução contra o ensino ou menção da
criação ou design inteligente como alternativas, o
fizeram por concluir que criação “simplesmente não
é ciência”. O mesmo ocorreu com design
inteligente. Os motivos para esta conclusão é
“porque ela [criação]depende de 'intervenção
sobrenatural', que não pode ser explicada por
causas naturais, ou ser provada mediante
investigação empírica e, portanto, não é testável
nem falseavel.
Discussão
Mas será que o ancestral comum pode ser provado
mediante investigação empírica? É testável e
falseável? E a origem da vida?
Uma investigação empírica é um modo de testar
hipóteses usando observação ou experimento. Se é
possível propor-se um teste que demonstre que
algo é falso, então este algo é falseável.
Em primeiro lugar: A origem da vida e o ancestral
comum são fatos que podem ser observados? Se
eles não podem ser observados diretamente, não
podem ser considerados fatos.
Discussão
Segundo: É possível fazer-se um experimento que
demonstre que a origem da vida, com toda a
certeza, só pode ter ocorrido de determinada forma?
É possível concluir-se através de experimento que a
única explicação possível para as semelhanças
estruturais e moleculares entre os seres vivos é
partilharem um ancestral comum? Se isto não é
possível, não importa o quão provável pareça, estas
hipóteses não são testáveis.
Discussão
Terceiro: Se estas hipóteses não são testáveis,
elas não são falseáveis. Se elas não são
falseáveis, então, pelas conclusões da justiça
americana, elas não tem a ver com ciência, mas
são filosofia ou um tipo de crença de intelectuais
ligados a ciência, não importa quantos milhares
ou milhões de experimentos se façam tendo elas
como motivo.
Conclusões
Como vimos, embora a “teoria” de Darwin contenha
mecanismos observáveis e testáveis, como seleção
natural e modificações com herança, a idéia do
ancestral comum, embora plausível, não é testável.
A hipótese do ancestral comum baseia-se nas
semelhanças estruturais (morfológicas e
moleculares) entre os organismos vivos como
evidências. Esta hipótese contém outra (não
testada) embutida: um ancestral comum é a única
explicação para estas semelhanças.
Conclusões
A hipótese de que a vida se originou de forma
espontânea, ou seja, apenas através da operação de
leis da química e da física, sem intervenção
inteligente, também não é testável, é uma posição
filosófica que ganhou status de ciência.
Existem apenas dois modos de se provar a
hipótese do ancestral comum e a da origem da vida.
Uma seria construir uma máquina do tempo e
encontrar um meio de testemunhar os fatos e
documentá-los.
Conclusões
Outra seria realizando-se experimentos que
não só comprovassem a viabilidade das
hipóteses como garantissem que as soluções
encontradas são as únicas possíveis. Até lá,
estas hipóteses são apenas hipóteses e
acreditar nelas é uma visão filosófica. Mas
por ser a visão filosófica da maioria dos
cientistas adquiriu o direito de ser ensinada
com exclusão de outras posturas nas aulas
de ciências.
Conclusões
Alguns modelos matematicos fenomenologicos têm
sido elaborados para tratar de fenômenos
evolutivos e extrair dados. Nenhum modelo baseado
emprimeiros principios, com ampla abrangência e
preditivos, como os da Relatividade Geral e Restrita,
Mecânica Quântica, Termodinâmica, etc., já foi
construído sobre evolução biológica. Este tipo de
solução foge ao senso comum, não pode ser
formulada usando-se apenas a lógica e o raciocínio
comuns, mesmo que treinados pelo uso de
experimentação.
Conclusões
Se uma teoria como esta fosse elaborada em
Biologia, não é possível prever-se que tipos
de realidades nas quais não pensamos
poderiam surgir como soluções.
Mas em Biologia ainda está se tentando
entender origins de entidades que não tem
nem definição científica como espécie e vida.
Ou seja, coisas das quais ainda não se sabe
nem o mínimo.