Fonte: THE NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE, janeiro 2014

Download Report

Transcript Fonte: THE NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE, janeiro 2014

Dra. Rita Cristina M. R. de Moura
Médica Especialista em Medicina de Tráfego
Mestre e Doutora em Oftalmologia
Preceptora dos Residentes em Medicina de Tráfego na UNIFESP
Diretora Administrativa da ABRAMET
Entre os fatores humanos que influenciam
na ocorrência de acidentes está a "distração".
Há muitos motivos que tiram a concentração do
motorista, mas sem dúvida, o uso do telefone celular
na direção do veículo é um dos principais.
A redução do número de acidentes de trânsito, passa
pelo controle deste fator de risco.
Estudo publicado no THE NEW
ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE,
janeiro 2014, indica que a maior causa
de acidentes entre adolescentes e
também entre adultos experientes é a
distração.
Estudos demostram que as principais causas de
distração no veículo são:
- Falar ao celular (Com ou sem viva-voz)
- Discar no celular
- Pegar o celular
- Pegar algum objeto dentro do veículo
- Enviar mensagem de texto ou acessar internet
- Ajuste de rádio, ar condicionado e etc
- Ajuste de outros controles como vidros, cinto de
segurança, espelhos retrovisores e outros
- Olhar cenas externas (Ex. Colisões, animais, pedestres,
construções e etc.)
- Comer
- Beber bebida não alcóolica
Fonte: THE NEW ENGLAND JOURNAL OF
MEDICINE, janeiro 2014
Estudos com dois grupos distintos foram realizados
e comparados:
Um com recém habilitados entre 16.3 a 17 anos
E outro estudo com 109 adultos com idade média
36.2 + ou – 14.4 anos de idade e experiência média
de 20.0 + ou – 14.5 anos de habilitação
Fonte: THE NEW ENGLAND JOURNAL OF
MEDICINE, janeiro 2014
Ambos os grupos foram monitorados por câmeras
internas, sensores de freios e outros equipamentos
por 18 meses.
O número de acidentes e quase acidentes entre
adultos foi 518 e no grupo de jovens foi 167.
Fonte: THE NEW ENGLAND JOURNAL OF
MEDICINE, janeiro 2014
Os resultados destes estudos demonstraram que o uso do
celular está diretamente relacionado com as colisões que
ocorreram nesse período de acompanhamento
principalmente no grupo de jovens motoristas:
“Riscos de Dirigir e Falar ao Telefone Celular”
Com Viva Voz
Autores: Prof.a. Júlia Greve, Dr. Fabio Racy, Dr. Flávio Adura, Dr.
Alberto Sabbag, Dr. Fernando Adura.
Fonte: Artigo Publicado na Revista da ABRAMET, Ano.
21 - N° 41.
O CTB estabeleceu que o condutor está proibido de
dirigir veículo utilizando-se de fones nos ouvidos
conectados a aparelhagem sonora ou telefone celular.
Pretendeu impedir que o condutor tivesse sua atenção
desviada e colocasse em risco a segurança viária.
Estudo publicado no New England Journal of
Medicine conclui que a distração ocasionada pelo
uso do telefone celular em veículos automotores
quadriplica o risco de colisão, o que equivale ao
prejuízo causado pelo consumo de álcool até o limite
legal estabelecido. Mesma conclusão do relatório da
National Highway Traffic Safety Administration.
O perigo do celular ao volante começa no momento em
que o aparelho toca; a procura pelo telefone desvia a
atenção do motorista por alguns segundos, o suficiente
para causar um acidente.
Para atendê-lo será necessário usar pelo menos uma
das mãos, sendo que a desatenção continua durante a
conversa.
1- Fatores operacionais
Relacionados com o manuseio do telefone. O ato de
pegar o telefone no bolso ou em algum outro lugar
que necessite procurar o aparelho já é um grande
fator de distração.
1- Fatores operacionais
A abertura do aparelho, naqueles que possuem
articulação e a discagem mantém uma das mãos
ocupada e desvia o olhar do motorista.
1- Fatores operacionais
O ato de segurar o aparelho com a mão claramente
prejudica a condução veicular. Segurar o telefone
com a cabeça e o ombro também traz risco, pois
altera a mobilidade da cabeça e o campo visual.
2- Fatores não operacionais
a)Psicológicos
Emoções às quais o motorista pode ser submetido numa
conversa telefônica. A distração que resulta de conversas
telefônicas é influenciada pela natureza da própria conversa,
particularmente quando essa conversa demanda atenção.
Uma conversa de negócios distrai o motorista que passa a
ignorar potenciais sinais de perigo no trânsito.
b) Cognitivos
Alterações de atenção pela tarefa de elaboração e
compreensão das frases, audição do que é falado e do
toque do telefone, além do aspecto motor da fala que
alteram a atividade cerebral quando realizadas em
conjunto com outras tarefas complexas, como dirigir.
De acordo com estudos americanos, o cérebro tem
capacidade finita de espaço para atividades que
exigem atenção.
Esta conclusão se baseia em observação de RMN de
atividades cerebrais das pessoas enquanto executam
uma tarefa complexa, em comparação à execução de
duas tarefas ao mesmo tempo.
Nas pessoas que dirigem em trânsito pesado e usam
celular, demonstrou-se que a atividade cerebral não
duplica e sim sofre um decréscimo.
Grande parte dos usuários de celular concorda que
falar ao telefone enquanto se está dirigindo não é nem
um pouco seguro, mas isso não quer dizer deixem
de falar ao telefone enquanto estão no trânsito.
Cerca de 70% dos motoristas, quando entrevistados,
acreditam que direção e celular não combinam, mas
somente cerca de 20% privam-se desta perigosa
combinação.
Motoristas precisam focar sua atenção exclusivamente nas vias.
Não comer, beber, fumar, sintonizar rádio, trocar CD, tomar
notas, ler, maquiar-se, usar laptops, enquanto dirigem.
Evitar conversas complicadas e emocionadas e principalmente
não fazer uso do telefone celular enquanto dirigem,
ainda que através de fones ou "viva voz".