Delineamento de formas farmacêuticas

Download Report

Transcript Delineamento de formas farmacêuticas

Transformar um fármaco em um
medicamento
Parâmetros principais:
• Características físico-químicas do fármaco;
• Aspectos biofarmacêuticos;
• Aspectos terapêuticos da doença.
Resposta terapêutica previsível em relação a um fármaco incorporado em uma
formulação, passível de ser preparado em larga escala, com qualidade
reprodutível.
Produtos quimicamente similares
Variabilidade entre as características de
biodisponibilidade.

Biodisponibilidade
“indica a velocidade e a extensão de absorção de
um princípio ativo em uma forma de dosagem, a
partir de sua curva concentração/tempo na
circulação sistêmica ou sua excreção na urina."
(ANVISA, 1999)
Biodisponibilidade :
Corresponde a Quantidade de medicamento que após a
administração, atinge a circulação geral e a Velocidade
com a qual realiza este processo, logo que um
medicamento é administrado ao mesmo paciente sob
duas ou mais formas farmacêuticas em um ensaio
comparativo.
Interesse – Objetivos
Sendo muito caros, eles são realizados:
1- Durante o ajustamento de um novo produto
( via de introdução e forma )
2-Após o ajustamento - Controle contínuo de qualidade
3-Comparação entre medicamentos saídos de fabricantes
diferentes
4- No estudo das interações
5- No estudo das interações “in vitro” e “in vivo”

MÉTODOS DE ENSAIO

1- Medida da concentração em função do tempo ou taxa de
excreção urinária do medicamento nos líquidos biológicos.

F= SSC v.o / SSC i.v x
100

F = Ae v.o / Ae i.v
100
x
2- Medidas repetidas de respostas farmacodinâmicas ou
bioquímicas dos medicamentos e seus metabólitos.
3- Teste de desintegração e de dissolução ‘in vitro”
Bioequivalência
“consiste na demonstração de equivalência
farmacêutica entre produtos apresentados sob a
mesma forma farmacêutica, contendo idêntica
composição qualitativa e quantitativa de
princípio(s) ativo(s), e que tenham comparável
biodisponibilidade, quando estudados sob um
mesmo desenho experimental.” (ANVISA, 1999)
Seleção CUIDADOSA da forma química do
fármaco:
1.Solubilidade
2. Tamanho de partícula
3.Adjuvantes de formulação 4.Processos adequados
Via de administração
apropriada
Forma Farmacêutica

Absorção dos Fármacos
Absorção Passiva;
Mecanismos de Transporte Especializado.
Gradiente de concentração da barreira celular (maior
concentração para menor)
Início do Efeito Terapêutico
Soluções > Suspensões > Cápsulas > Comprimidos
Absorção 􀃆 Distribuição 􀃆 Metabolização 􀃆 Eliminação
Urina, Fezes, Saliva, Pele ou Pulmões
TRANSPORTE ATIVO :
A Passagem contra um gradiente de concentração.
Características:
-Existência de transporte específico
-Necessidade de um aporte energético ( ATP)
Transportador pode ser saturado
Específico de uma substância
Inibição competitiva
VITAMINAS - AC.AMINADOS - MONOSSACARÍDIOS
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO FÁRMACO
Disponibilidade Fisiológica e Estabilidade Física
e Química do Fármaco.
Tamanho de Partícula e Área de Superfície
• Velocidade de dissolução;
• Velocidade de absorção;
• Uniformidade de conteúdo;
• Estabilidade da forma farmacêutica.
PARTÍCULAS MICRO E NANOMÉTRICAS
ATENÇÃO!
Lubrificantes 􀃆 formulação hidrofóbica;
Sólidos em pó fino 􀃆 adsorção de ar;
Sólidos micronizados 􀃆 alterações polimórficas
VIA ORAL
PARÂMETRPS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO PRINCÍPIO
ATIVO
A expressão matemática que explica o fenômeno da
dissolução é a desenvolvida por Nernst e Bruner:
dC / dT = D.A /h ( Cs – C )
18
VIA ORAL
PARÂMETRPS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO PRINCÍPIO
ATIVO
Se o ativo estiver incluso em uma forma
farmacêutica ele , deverá primeiro, ser liberado
da forma antes de se dissolver para depois
difundir:
p.a. + excipiente  liberação  p.a. liberado 
dissolução  p.a. dissolvido  difusão e absorção 
p.a absorvido
19
VIA ORAL
PARÂMETRPS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO PRINCÍPIO
ATIVO
“ Para ser absorvido, todo principio ativo deve
previamente estar dissolvido”
20
INFLUÊNCIA DO TAMANHO DA PARTÍCULA
ECONOMIA E SEGURANÇA
Desvantagens:
•
Aumento da reatividade
•
Aumento das características organolépticas
•
Aumento da energia cinética
•
Dificuldade da molhagem
21
INFLUÊNCIA DA MODIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO
1. Estado cristalino ou amorfo.
Ex: novobiocina só é ativa na forma amorfa que 10 vezes
mais solúvel que a forma cristalina.
Os ésteres de cloranfenicol que são só ativos sob a forma
amorfa.
22
INFLUÊNCIA DA MODIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO
2. Solvatos e hidratos
Durante a cristalização a água ou as moléculas de
solventes podem se combinar a matéria prima dando
ligações mais ou menos estáveis dando solvatos e em
meio aquoso os hidratos.
23
Solvatos e hidratos
Ex:
cloral,
cafeína,
penicilina.
Quinina,
sulfamidas,
barbitúricos,
corticosteróides,
tetraciclina, e derivados da xantina etc...
A repercussão deste fenômeno no organismo
pode ser constatado : a ampicilina anidra é
muito mais solúvel que a trihidratada.
VIA ORAL
PARÂMETRPS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO PRINCÍPIO
ATIVO
Nestas condições, a absorção de um principio ativo vai
repousar sobre :
1. Velocidade de dissolução nos meios biológicos que
banham as membranas
2. Seus caracteres físico-químicos próprios –
absorbabilidade
25




Classe I . Fármacos com alta solubilidade e alta
permeabilidade (AS-AP)
Classe II . Fármacos com baixa solubilidade e alta
permeabilidade (BS–AP)
Classe III. Fármacos com alta solubilidade e baixa
permeabilidade (AS-BP)
Classe IV. Fármacos com baixa solubilidade e baixa
permeabilidade (BS-BP)
26
VIA ORAL
TESTES DE DISSOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO
27

Soluções orais

ABSORÇÃO FACILITADA PELA DISSOLUÇÃO

FORMA FARMACÊUTICA DE MAIOR BIODISPONIBILIDADE POR
VIA ORAL

Escolha dos excipientes

FORMAÇÃO DE SAIS

SISTEMAS SOLVENTES

Cápsulas gelatinosas
TAMANHO DA CÁPSULA
MOMENTO DA TOMADA
O PROCESSO DE ENCHIMENTO
TIPO DE EXCIPIENTE
MANIPULAÇÃO DE CÁPSULAS
ASPECTOS TÉCNICOS
ESTABILIDADE E INCOMPATIBILIDADE DE MISTURAS DE PÓS
1.
2.
Pós higroscópicos – absorvem a umidade do ar
Pós deliqüescentes – Absorvem a umidade do ar,
liquefazendo-se parcial ou totalmente
Ex.: brometo de amônio, iodeto de amônio, cloreto de cálcio, cloreto de
benzalcônio, cloral hidratado, cromoglicato sódico,carbômeros, fenitoina
sódica, fenobarbital, iodeto de sódio, cloreto de sódio, acetato de potássio,
carboximetilcelulose etc...
30
MANIPULAÇÃO DE CÁPSULAS
ASPECTOS TÉCNICOS
ESTABILIDADE E INCOMPATIBILIDADE DE MISTURAS DE PÓS

Medidas de prevenção e correção de pós higroscópicos
e deliqüescentes
 Controle de umidade relativa do ar – 30 a 40 %
 Usar granulado quando for possível
 Adição de substâncias absorventes Ex: carbonato de magnésio,
óxido de magnésio leve, aerosil
 Uso de embalagens bem vedadas
31
MANIPULAÇÃO DE CÁPSULAS
ASPECTOS TÉCNICOS
ESTABILIDADE E INCOMPATIBILIDADE DE MISTURAS DE PÓS
3. Pós eflorescentes: São substâncias cristalinas ou
hidratadas que ao serem pulverizadas liberam água de
cristalização ou hidratação.
• Esta água pode ser liberada durante a manipulação ou com exposição
a um ambiente de baixa umidade.
• O pó torna-se pastoso ou chega a liquefazê-lo
• A eflorescência é aumentada também com a pulverização (aumento da
superfície de evaporação)
32
MANIPULAÇÃO DE CÁPSULAS
ASPECTOS TÉCNICOS
ESTABILIDADE E INCOMPATIBILIDADE DE MISTURAS DE PÓS
• Medidas de prevenção e correção de pós eflorescentes

Pode ser atenuada substituindo pelo sal anidro

Exsicação

Controle de umidade do laboratório

Controle de umidade da embalagem.
33
MANIPULAÇÃO DE CÁPSULAS
ASPECTOS TÉCNICOS
ESTABILIDADE E INCOMPATIBILIDADE DE MISTURAS DE PÓS
4. Misturas eutéticas
• São aquelas que resultam da mistura de componentes sólidos cuja a
proporção lhe confira o ponto de fusão inferior ao de qualquer
componente isoladamente.
• A mistura eutética pode ser evitada interpondo entre os pós
incompatíveis um pó absorvente.
Ex: carbonato de magnésio, óxido de magnésio leve, caolim,fosfato de
calcio, amido, talco, lactose, aerosil.
34
MANIPULAÇÃO DE CÁPSULAS
EXCIPIENTES



Ideal seria encher a cápsula somente com o princípio
ativo
Requisitos para um excipiente: INÉRCIA - diante do
princípio ativo e em relação ao material de
acondicionamento.
Seu uso pode ter as seguintes finalidades:
 Facilitar a cedência do princípio ativo;
 Permitir uma fórmula mais estável;
 Facilitar a manipulação.
35


Usos : ORAL .
SUB- LINGUAL
VAGINAL
DILUENTES - Dão o volume necessário para a formulação
possibilitando a preparação do comprimido do tamanho desejado.
HIDROFILIA

AGLUTINANTES - Que promovem a adesão das partículas da
formulação, possibilitando a preparação de um granulado e a manutenção
da integridade do comprimido acabado.
ESCOLHA

DESINTEGRANTES :
Promovem a desestruturação dos comprimidos em partículas
menores depois da administração.
MACROGRANULAR E MICROGRANULAR


LUBRIFICANTES : Melhora o fluxo do material para as
matrizes,impedindo que fique aderido nas matrizes e punções.
OUTROS EXCIPIENTES : Corantes e flavorizantes

Granulação Úmida
Etapas:
1- pesagem e mistura dos componentes
2-preparo da granulação úmida
3-formação de grânulos pela passagem em tela
4-secagem
5-calibração do grânulo seco
6-mistura do lubrificante
7-compressão
Pesagem e mistura: O princípio ativo e os diluentes e parte do
desintegrante são pesados e misturados totalmente ; misturador
elétrico ou gráu
Preparação da granulação úmida
Adicionar um aglutinante líquido à mistura de pós, passando a massa através
de um tamis do tamanho desejado.
Aglutinantes usados:
Goma de amido (10% a 20 %) ,
Sol.de glicose (25% a 50%) , CMC, MC,Celulose microcristalina,
polivinilpirrolidona
Utensílios utilizados :
gral de vidro ou emassadeira
granulador
Lubrificação : Depois da calibração, acrescenta-se o lubrificante seco.
Aparelhos utilizados:
misturador em V
frasco de boca larga
Substâncias mais usadas:
estearato de magnésio
talco
ac. Esteárico
estearato de cálcio
concentração de
0,1 % a
5%