Transcript LAMINAÇÃO DE MADEIRAS
LAMINAÇÃO DE MADEIRAS
Prof. Setsuo Iwakiri UFPR - DETF
HISTÓRICO
Origem da utilização de lâminas > 3.000 A.C. – Egito Processo de obtenção > serras manuais Vantagens > • Desnecessidade aquecimento tora • Lâminas com mesma qualidade nas duas faces • Obtenção lâminas espessas Desvantagens > • Baixa produção • Geração resíduos Desenvolvimento das indústrias de laminação: Invenção do torno laminador (1818) Patente da 1ª faqueadeira – França (1834) Instalação da 1ª indústria laminadora – Alemanha (meados século XIX) Início século XX > fábricas compensados > grande impulso
CONCEITO
Lâminas de madeira
> material produzido pela ação de corte através de uma “faca específica” em peças variando de 0,13 a 6,35 mm de espessura
Lâmina “ideal” > características:
Uniformidade de espessura Superfície lisa / suave Normal ao plano da lâmina > sem ondulações, torções Livre de fendas em ambas as faces Cor e figura desejável
QUALIDADE / RENDIMENTO DA LAMINAÇÃO Seleção de árvores na floresta > espécie, diâmetro, forma do fuste, … Manejo e preparação das toras > Condições de armazenamento (pátio de toras) Conversão das toras Aquecimento das toras Equipamentos > seleção, preparação e ajuste, operação e manutenção
ETAPAS DO PROCESSO DE LAMINAÇÃO Armazenamento das toras Preparação das toras Descascamento Conversão Aquecimento Laminação Torno Faqueadeira Transporte de lâminas verdes / guilhotinagem (torno) Secagem de lâminas / guilhotinagem (faqueadeira) Classificação das lâminas Armazenamento das lâminas secas
ETAPAS DO PROCESSO DE LAMINAÇÃO TORNO
ETAPAS DO PROCESSO DE LAMINAÇÃO
FAQUEADEIRA
> Armazenamento das toras <
Procedimentos operacionais no pátio de toras >
Recebimento de toras Identificação / mensuração Classificação Armazenamento
Problemas decorrentes das condições armazenamento >
Fendilhamento de topo > insolação direta, alta temperatura ambiente, alternânica chuva-sol Mancha azul > espécies madeira “branca” / baixa densidade Ataque agentes biodegradadores Bactérias – odores indesejáveis, aumento porosidade madeira
> Armazenamento das toras <
Procedimentos adequados >
Período mínimo de tempo de armazenamento Rotatividade uso toras Tratamento topo > selantes / grampos / cintas metálicas Manutenção da casca > proteção da madeira Manutenção das toras com alto teor de umidade > sistema de aspersão submersas em água (Amazônia) Armazenamento > grandes comprimentos > conversão > Classificação toras Eliminação topos fendilhados > toras sem fendas topo
> Preparação das toras para laminação <
Descascamento > conversão > aquecimento
Folhosas
> maior propensão ao fendilhamento > aquecimento toras em
comprimentos maiores Coníferas
> menor propensão ao fendilhamento > aquecimento toras em
comprimentos menores
Descascamento
Finalidade > diminuir tempo aquecimento (casca - isolante térmico)
> Preparação das toras para laminação < Descascamento Facilidade descascamento > grau de adesão da casca no fuste – fatores > Em geral, coníferas – maior facilidade – folhosas Característica peculiar espécie – independe densidade madeira Verão (casca mais seca) > maior facilidade de descascamento / inverno Toras armazenadas em água > ação bactérias > maior facilidade descascamento Métodos / equipamentos: Ferramentas manuais Descascador – “tipo tambor rotativo” (figura) Descascador – “tipo anel” (figura) Descascador – “tipo plaina” (figura)
> Preparação das toras para laminação < Descascamento Figura – Descascador tipo “tambor rotativo”
> Preparação das toras para laminação < Descascamento Figura – Descascador “tipo anel”
> Preparação das toras para laminação < Descascamento Figura – Descascador “tipo plaina”
> Preparação das toras para laminação < Descascamento Escolha do equipamento – descascador Custo investimento / manutenção Espécies Volume / produção Diâmetro máximo / mínimo Facilidade > operação / manutenção Perdas > fibras de madeira
> Preparação das toras para laminação < Conversão das toras
Conversão das toras
Traçamento das toras > comprimentos menores > função > Dimensões dos compensados > • • Lâminas compridas Lâminas curtas Equipamentos > Sistema de motosseras (figura) Serra circular
> Preparação das toras para laminação < Conversão das toras Figura – Sistema de motoserra para traçamento de toras
> Preparação das toras para laminação < Conversão das toras Fatores a serem considerados na conversão das toras > Corte em 90 ° / eixo tora > melhor fixação da tora Eliminar desvios do eixo normal da tora > evitar rotações excessivas do torno p/ arrendondamento Destopar topos fendilhados Eliminar defeitos Faqueadeiras > desdobro das toras > blocos / pranchões > desenho lâminas decorativas
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
Aquecimento de toras
Finalidade >
Aumentar plasticidade da madeira > tornar mais flexível > benefícios > minimizar fendas superficiais > maior resistência tração perpendicular; Melhorar condições de laminação > lâminas espessas / madeiras duras / nós > menor desgaste facas;
Fatores que influenciam na produção de lâminas >
Teor umidade >
madeira totalmente saturada / abaixo PSF > diminui qualidade lâminas
Permeabilidade >
fator espécie > maior permeabilidade > melhores condições de laminação / qualidade das lâminas
Temperatura >
Fator controlável no processo > aquecimento melhora qualidade das lâminas
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
Efeitos do aquecimento sobre a madeira
Tensões de crescimento >
• Tensões tração (casca) / tensões compressão (medula) > corte transversal árvore > fendas topo • Aquecimento > liberação tensões > minimiza fendas topo
Mudanças na estabilidade dimensional
• • • > Aquecimento > expansão Tg / contração Rd > fendas topo Magnitude > espécie / temperatura aquecimento Espécie c/ propensão a fendas > não aquecer acima 65 C
Mudanças na coloração >
• Escurecimento madeira clara (alburno) • Madeira escura > clara
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
Resistência mecânica da lâmina seca >
• Extremos resistência temperatura / tempo aquecimento > redução
Torque necessário p/rotação das toras no torno >
• • • Aquecimento > pouca influência no torque p/ rotação Diminuição resistência pontos fixação toras Torque necessário > Espécie/densidade Espessura lâmina Diâmetro - peso tora Regulagem faca barra pressão
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
Processos de aquecimento de toras >
Meio de aquecimento >
• • • água quente vapor água quente-vapor
Operacionalidade >
• Com movimentação das toras • Sem movimentação das toras
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras Figura – tanque com aquecimento a vapor / com movimentação das toras
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras Figura – tanque com aquecimento à água quente / toras submersas / com movimentação das toras
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras Figura – tanque com aquecimento à água quente / toras flutuantes / com movimentação das toras
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras Figura – tanque de aquecimento de toras “Marrari” / blocos - faaqueadeira
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
Tanque de aquecimento c/ água quente >
Vantagens > • • Melhor controle temperatura e uniformidade aquecimento Reciclagem condensado Desvantagens > • • • • Problemas de segurança dos operadores Esvaziamento do tanque p/ retirada de toras > descontínuo Resfriar a água antes da transferência p/ outros tanques Problemas ambientais na drenagem da água
Tanque de aquecimento c/vapor >
Vantagens > segurança / facilidade - carga / descarga toras Desvantagens > menor eficiência circulação meio aquecimento
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
Critérios - construção de tanques aquecimento >
Construção em concreto > evitar ferrugens / manchas Boa circulação do meio de aquecimento Evitar incidência direta de vapor nos topos das toras Toras flutuantes > mecanismo p/ manter submersas Distribuição adequada dos sensores para medição de temperatura > acoplados ao sistema de controle de temperatura Construção de tanques em série > possibilitar transferência de água quente entre os tanques
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
Controle parâmetros - aquecimento de toras >
Espécie / densidade madeira
Espécie - menor densidade > maior difusividade térmica > menor tempo aquecimento Literatura > espécie – dm = 0,30 g/cm³ > difusão térmica 50% maior > espécie – dm = 0,60 g/cm³ Temperatura ideal > espécie > função da densidade Espécies > maior densidade > maior temperatura de aquecimento
(figura)
Espécies > alta propensão fendilhamento > menor temperatura aquecimento
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras Figura – Temperatura ideal de aquecimento em função da densidade da madeira
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
Diâmetro da tora
Tempo aquecimento tora > aumento > razão quadrada do diâmetro Fórmula > ta2 = ta1 x (D2 / D1)² Exemplo > D1 = 30 cm,
ta1 = 14h
, D2 = 60 cm >
ta2 = 60h
• Condições > Dm = 0,50 g/cm³, Ti = 16°C, Tfa = 66°C, Tf = 60°C
Temperatura inicial da madeira
Menor temperatura inicial (Ti) > maior tempo aquecimento (ta) Exemplo > • • • (1) Ti = 4 °C, Tfi = 60°C >
ta = 21h
(2) Ti = 21 °C, Tfi = 60°C >
ta = 16h
Condições > Dm = 0,56 g/cm³, Tfa = 66°C
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
Temperatura final da madeira
Temperatura final da madeira > função > espécie / densidade Maior temperatura final (Tf) > maior tempo aquecimento (ta) Exemplo > • • ( 1) Tf = 60 °C : ta = 60h (2) Tf = 49 °C : ta = 34h • • (3) Tf = 38 °C : ta = 22h Condições > Tfa = 66°C, Dm = 0,50 g/cm³, Ti = 21°C, D = 63 cm
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras Figura – Relação entre tempo de aquecimento (ta), temperatura final (Tf) e diâmetro das toras (D)
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
Gradiente de temperatura
GT > Diferença > temperatura inicial madeira (Ti) x temperatura fonte aquecimento (Tfa) Estágio inicial > maior GT > maior taxa aquecimento Estágio final > temperatura madeira > aproxima > temperatura fonte aquecimento > diminui taxa aquecimento Temperatura fonte aquecimento > torno de 6 °C maior > temperatura final madeira
Teor de umidade da madeira
Madeira > TU menor 30% > maior tempo aquecimento > madeira saturada Pesquisas > TU acima 30% > taxa aquecimento similar
> Preparação de toras para laminação < Aquecimento de toras
Recomendações básicas para aquecimento toras >
Remoção da casca antes do aquecimento Definir > temperatura final de aquecimento > base > classe densidade madeira (espécie) Aquecer as toras em comprimentos maiores Separar as toras > classes de diâmetro Estabelecer tempo de aquecimento > espécie (classe densidade) / classes diâmetro
> Processo de laminação <
TORNO >
laminação contínua > desenrolamento toras > superfície curva > maior produção > corte mais uniforme Fusos telescópicos > fixação / rotação das toras; fuso externo – início laminação; fuso interno – final laminação Contra rolos > evitar a movimentação da tora > alteração na espessura das lâminas Velocidade de rotação > 50 – 300 rpm / função > redução no diâmetro da tora durante a laminação > velocidade constante Velocidade de corte > 30 – 50 m/min > qualidade lâminas Velocidade muito baixa > lâminas com superfície áspera e espessura desuniforme Velocidade muito alta > maior fendilhamento lâmina > menor resistência à tração perpendicular Sistemas centradores e carregadores automáticos de toras
> Processo de laminação < Figura – Torno laminador / desfolhador
> Processo de laminação < Figura – Centrador e carregador de toras no torno
> Processo de laminação < Figura – Centrador ótico / carregador de toras no torno
> Processo de laminação < Figura – Centrador e carregador geométrico de toras no torno
> Processo de laminação < Figura – Relação entre o diâmetro da tora x rotação x velocidade
> Processo de laminação <
Figura - Torno sem fusos
> Processo de laminação <
FAQUEADEIRA >
lâminas decorativas (espessura 0,6 – 1,5mm) > laminação descontínua > cortes planos > menor fendilhamento
Tipos de faqueadeiras >
Faqueadeira horizontal (figura) Faqueadeira vertical (figura) Faqueadeira rotativa / stay-log Faqueadeira longitudinal
Planos de corte
> definidos > função do desenho (figura)
> Processo de laminação < Figura – Faqueadeira horizontal
> Processo de laminação < Figura – Faqueadeira vertical
> Processo de laminação < Figura – Esquema de corte na faqueadeira vertical
> Processo de laminação < Figura – Faqueadeira rotativa
> Processo de laminação < Figura – Esquema de corte na faqueadeira rotativa
> Processo de laminação < Figura – Faqueadeira longitudinal / linear
> Processo de laminação < Figuras - Planos de corte no faqueamento
> Processo de laminação <
Faca para laminação >
Função > separar a lâmina da tora ou bloco Especificações para aquisição > Comprimento / largura / espessura (16 – 19mm) Sistema de fixação Dureza / composição (% carbono, ... ) Faca ideal > alta rigidez / resistente à corrosão e desgaste Dureza > 56 - 62 escala rockwell Ângulo de afiação > 18 – 27° / ajuste referencial = 21° Ângulos menores > Menor fendilhamento lâminas Maior propensão a quebra / desgaste Ângulos maiores > Maior impacto faca – madeira Maior fendilhamento das lâminas
> Processo de laminação < Figura – facas para laminação
> Processo de laminação < Figura – fixação da faca maciça sem rasgos
> Processo de laminação <
Barra de pressão >
Função > comprimir a madeira frente ao gume da faca > Minimizar fendilhamento da lâmina (figura) Controle da espessura Aspereza da superfície Tipos de barras de pressão > fixa / rolo (figuras) Tipos de materiais utilizados > Aço comum (ferramentas) > fácil afiação / menor custo Aço inoxidável > fácil afiação / não mancha a madeira Stellite > difícil afiação / maior custo / maior durabilidade Ângulo do gume da barra > 74° - 78° Ângulo de compressão > 12° - 16° Lâminas finas / madeira alta densidade > menor ângulo Lâminas espessas / madeira baixa densidade > maior ângulo
> Processo de laminação < Figura – Efeito da barra de pressão na qualidade das lâminas - fendilhamento
> Processo de laminação < Figura – Barra de pressão de rolo
> Processo de laminação <
Ajuste da faca e barra de pressão
Figura – Elementos geométricos para ajuste da faca e barra de pressão A B C Ângulo de faca; Ângulo de afiação; Ângulo de abertura; D Abertura vertical; E Ângulo de gume da barra de pressão; I F Abertura horizontal; G Orifício de saída; H Ângulo de compressão; Superfície do gume da faca; J Dorso da faca; K Comprimento do gume.
> Processo de laminação <
Ajuste da faca >
Nivelamento / fixação da faca > paralelo > centro do eixo de rotação fusos telescópicos (figura) Ajuste do ângulo de faca > Menor ângulo > madeira baixa densidade / lâminas mais espessas / toras menor diâmetro (final laminação) Maior ângulo > vibração tora / maior fendilhamento lâminas / lâminas ásperas (esmagamento madeira) Controle automático ângulo de faca > redução diâmetro (início – final) Ângulo de faca recomendado = 90°30’ / início laminação Variação do ângulo de abertura = (+/- 1°) > diâmetro (600 a 100mm)
> Processo de laminação < Figura – Instrumento para o nivelamento da faca
> Processo de laminação <
Ajuste da barra de pressão >
Elementos geométricos > abertura horizontal (H), abertura vertical (V), abertura p/ saída da lâmina Ajuste da abertura horizontal > avanço / retrocesso > barra pressão – gume faca > define > grau de compressão sobre a madeira Ajuste da abertura vertical > movimento ascendente / descendente > barra pressão – gume faca Abertura horizontal depende > Espessura lâmina Espécie > Madeira baixa densidade > maior grau compressão > menor abertura horizontal Valor referencial > 90% espessura lâmina
> Processo de laminação <
Valores referenciais > ajuste da faca / barra de pressão
Ângulo faca: 90°30’ Ângulo afiação: 21° Ângulo abertura: 30’ Ângulo gume barra pressão: 75° Ângulo compressão: 15° Abertura horizontal: 90% espessura lâmina Abertura vertical: 0,75mm
> Controle de qualidade <
Controle de qualidade lâminas verdes >
Fatores que influenciam na qualidade das lâminas verdes >
Qualidade da tora Condições de armazenamento das toras Aquecimento de toras Condições mecânicas, de ajuste e operacionais do torno e faqueadeira
> Controle de qualidade <
Manchas superficiais >
Condições inadequadas de armazenamento - fungos Oxidação > contato faca – madeira úmida
Desuniformidade da espessura >
Faixa tolerância > espessura p/ composição do compensado Menor ângulo de faca
Aspereza da superfície >
Problemas > colagem e acabamento (lixa) Faca bem afiada
> Controle de qualidade <
Fendas superficiais >
Maior ângulo de faca Aquecimento inadequado Menor grau de compressão – barra de pressão
Desvio do plano normal da lâmina
Defeitos > empenamentos / torções / ondulações Problemas > colagem de bordas / espalhamento adesivo / montagem do painel Causas > fixação inadequada da tora / nivelamento inferior faca – eixo telescópicos / maior ângulo faca / laminação tora muito “fria”
> Controle de qualidade <
Lâminas rugosas >
Compressão insuficiente da barra pressão Laminação de tora muito “fria” Faca sem “fio”
Lâminas felpudas >
Faca sem “fio” Laminação de tora muito “fria” Maior ângulo de compressão da barra pressão
> Controle de qualidade <
Lâminas com fibras arrancadas na face comprimida >
Maior ângulo de compressão da barra pressão Compressão excessiva da barra pressão Menor ângulo de faca
Lâmina mais espessa nas extremidades / centro >
Distorção da faca / barra de pressão > superaquecimento
> Transporte de lâminas e guilhotinagem <
Etapas Laminação > transporte > guilhotinagem > classificação
Sistema de esteira > Descontínuo Contínuo Sistema de bobina
Sistema de esteira descontínuo
Cortes > larguras maiores Empilhamento Cortes > larguras finais / eliminação de defeitos
> Transporte de lâminas e guilhotinagem <
Sistema de esteira contínuo
Esteira transportadora > mesma velocidade laminação Sensores > detecção defeitos > programação de cortes Cortes > larguras finais / eliminação de defeitos Velocidade maior esteira > esticamento do tapete / lâmina Velocidade menor esteira > curvamento do tapete / lâmina
Sistema de bobina
Laminação > bobinamento > armazenamento bobinas Cortes > larguras finais / eliminação de defeitos Cortes > antes resfriamento na forma curva - fendilhamento Não recomendado > lâminas c/ espessura maior 3,2mm > fendilhamento (início bobinamento)
> Transporte de lâminas e guilhotinagem <
Tipos de guilhotinas >
Guilhotina mecânica Guilhotina pneumática > Maior velocidade de corte Tempo de corte > lâmina c/ 4mm = 4 milésimos de segundo Guilhotina rotativa > Vantagem > corte rotativo > mesmo sentido movimentação da lâmina Ideal > sistema integrado laminação > torno – esteira – guilhotina Guilhotina refiladeira Equipamento > corte > pacote de lâminas faqueadas Sistema de alinhamento à laser para corte Unidade de aplicação de cola > junção de lâminas
> Transporte de lâminas e guilhotinagem < Figura – Guilhotina rotativa com transportador de esteira
> Transporte de lâminas e guilhotinagem < Figura – Sistema de bobinamento
> Transporte de lâminas e guilhotinagem < Guilhotina refiladeira com aplicador de cola / juntadeira de lâminas
> Secagem de lâminas <
Conceito >
Processo de retirada de água da madeira > até um determinado teor de umidade > mínimo de defeitos > menor tempo possível > forma técnica e economicamente viável para uso a que se destina
Objetivos básicos da secagem de lâminas >
Oferecer condições adequadas para colagem de lâminas Colagem FF > capa – 12% / miolo – 8% Colagem UF > capa – 14% / miolo seco – 12% / miolo cola – 8%
Secagem de lâminas x madeira >
Processo mais fácil > menor espessura / estrutura mais aberta da madeira > flexionamento madeira / laminação
Capacidade secadores >
Dimensionamento > produção torno / faqueadeira
> Secagem de lâminas <
Características ideais da lâmina seca >
Uniformidade - teor de umidade final Sem ondulações e depressões Livre de fendas ou rachaduras Superfície em boas condições de colagem Sem alterações da cor natural Mínima contração Mínimo endurecimento superficial Evitar ocorrência de colapso
> Secagem de lâminas <
Fatores que influenciam na secagem lâminas >
Fatores inerentes a madeira > Espessura lâmina > maior El > maior TSe Densidade madeira > maior Dm > maior TSe Teor umidade inicial > maior TUi > maior TSe Teor umidade final > menor TUf > maior TSe Fatores inerentes ao processo de secagem > Temperatura câmara secagem Umidade relativa Velocidade ar Velocidade passagem Volume lâminas
> Secagem de lâminas <
Processos de secagem de lâminas
Secagem Natural >
Processo > pré-secagem / prevenção a ataque fungos Baixo custo investimento inicial > secador / sistema geração vapor Limitações do processo > Dependência das condições climáticas Maior TU final lâminas > problemas colagem FF Maior tempo secagem > maior estoque lâminas > alto custo capital imobilizado
> Secagem de lâminas <
Secador de câmara convencional >
Processo similar > secador madeira serrada > maior capacidade térmica e ventilação Empilhamento lâminas com separadores > carros transportadores / trilhos Problemas > Secagem desuniforme Empenamento > restrição inadequada lâminas Manchas > área contato c/ separadores Maior tempo > carregamento / descarregamento lâminas
> Secagem de lâminas <
Secador de prensa >
Processo similar a prensa quente para painéis Pacote lâminas (2 – 5) > prensadas por um determinado tempo Vantagens > Restrição / prensagem > menor contração / ondulações lâminas Desvantagens > Secagem desuniforme > gradiente umidade / centro – bordas lâminas Carregamento manual / funcionamento intermitente
> Secagem de lâminas <
Secador de placas progressivas >
Processo derivado > secador de prensa Placas perfuradas dispostas em série > liberação vapor Movimentação progressiva lâminas (rolos) > abertura / fechamento pratos Vantagens > Maior uniformidade secagem > menor gradiente umidade > centro-bordas Restrição / prensagem > menor contração e ondulações lâminas
> Secagem de lâminas < Figura – Secador progressivo de placas
> Secagem de lâminas <
Secador contínuo de rolos >
Movimentação lâminas > rolos > superior / inferior > pressão > reduz ondulações Comprimento secador > 8 a 30m > 5 – 18 seções 2 a 6 linhas de alimentação > manual / automática Temperatura secagem > 100 a 165 °C Utilizado > lâminas torneadas Problema >maior custo manutenção
> Secagem de lâminas < Figura – Secador contínuo de rolos
> Secagem de lâminas < Figura – Secador contínuo de rolos
> Secagem de lâminas <
Secador contínuo de telas >
Movimentação lâminas > telas metálicas > superior / inferior > pressão > reduz ondulações Temperatura > 80 - 120 °C Tempo secagem maior > rolos> melhor qualidade lâminas secas Secador prensa > “press dryer” > sistema rolos / telas > leve compressão > lâminas > minimiza ondulações superficiais > melhor qualidade / maior aproveitamento Sistema de ciclos reversíveis movimentação lâminas > redução comprimento do secador > vantagens > Redução comprimento secador > compacto Otimização processo operacional > redução custo
> Secagem de lâminas < Figura – Secador contínuo de esteira
> Secagem de lâminas < Figura – Secador contínuo de esteira
> Secagem de lâminas < Figura – Secador contínuo de esteira > press dryer / sistema reversível
> Secagem de lâminas <
Secador a jato >
Desenvolvido nos EUA > década de 50 Processo > concentração fluxo de ar > dutos Jatos de ar > alta intensidade > perpendicular / uniforme > sobre a superfície lâmina Alta velocidade ar > 15 - 60 m/s Alta temperatura > 210 – 290°C Vantagens > Maior taxa secagem > tempo secagem > 25 – 50% menor Menor custo > mão de obra / manutenção / energia térmica Construção compacta > menor consumo energia térmica Secagem extremamente uniforme Menor ocorrência de defeitos > economia de material (3,5 – 6%)
> Secagem de lâminas <
Figura – Sistema de funcionamento do secador a jato.
> Secagem de lâminas < Figura – Secador a jato
> Secagem de lâminas <
DEFEITOS DE SECAGEM >
Decorrentes > condições inadequadas de secagem > perdas de material (desclassificação) / problemas qualidade colagem
Desuniformidade do teor de umidade final >
Monitoramento > umidade inicial / final das lâminas Separar lâminas verdes > espécie / espessura / classes umidade inicial / madeiras alburno – cerne Controle > temperatura / velocidade ar / umidade relativa
Torções e ondulações >
Resultado > contrações excessivas / irregulares superfície lâmina Defeitos típicos > madeira > grã irregular / susceptíveis ao colapso Problemas > sobreposição lâminas painel / junção de bordas Recomendações > secagem mais branda / uso secadores tipo “press dryer”
> Secagem de lâminas <
Figura – medidor de umidade de lâminas
> Secagem de lâminas <
Trincas >
Separação fibras > longitudinal > toda espessura lâmina Defeitos > condições inadequadas > armazenamento / secagem (T / UR) / manuseio lâminas secas
Adesividade da superfície >
Secagem à alta temperatura > espécies com alto teor extrativos > migração extrativos > camadas internas > superfície lâmina >
superfície “inativa” ou “contaminada >
prejudica adesividade Recomendação > secagem a temperaturas mais baixas
Superfície chamuscada >
Ignição espontânea madeira > 320° a 350°C Exposição prolongada > 150° a 200°C > superfície chamuscada Recomendação > diminuir a temperatura secagem / velocidade passagem lâminas
> Secagem de lâminas <
Alteração na coloração da lâmina >
Secagem > alta temperatura > escurecimento madeira Secagem logo após laminação > evitar escurecimento Manchas químicas > migração extrativos / água > decurso da secagem
Colapso >
Achatamento células > alta pressão interna vapor > estágio inicial secagem > retirada água livre Características de algumas espécies > pontuações pequeno diâmetro Regiões colapsadas > dificuldade absorção adesivo > baixa ligação adesiva
> Secagem de lâminas <
ESTRATÉGIA DE SECAGEM LÂMINAS >
Separar lâminas > espécie / espessura / faixas umidade inicial / umidade final desejada Definir > temperatura secagem > função > espécie Definir > velocidade passagem lâminas / tempo secagem > função > espécie, espessura, umidade inicial / final Controle da contração excessiva das lâminas > Controle > parâmetros de secagem > evitar super-secagem lâminas Manutenção adequada do secador Controle > temperatura / umidade final lâminas
> Classificação de lâminas <
Norma ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Classificação de lâminas de madeira tropical > Natural – N, Primeira – A, Segunda – B, Terceira – C, Quarta - D Classificação de lâminas de pinus > A, B, C+, C, D
Parâmetros de classificação >
Nós firmes / aberto > diâmetro máximo / quantidade máxima Trincas > largura x comprimento Reparos de madeira > largura x comprimento Número de emendas em lâminas da capa Juntas abertas > largura máxima Mancha azul
Classificação de lâminas
Exemplo de classificação de lâminas > classe C+
Admite se nós firmes sem limite de quantidade Sem limites p/ nós abertos e buracos instrumento usinagem > diâmetro máximo 65mm / média menor a 50mm, desde que reparadas c/massa Juntas abertas > admite-se largura mx. 2mm, reparadas c/ massa Trincas > largura mx. 10mm / comprimento mx. 600mm, reparadas com massa Emendas > até uma por capa Manchas azuis > não exceder 10% da área da face Reparos de madeira > não exceder 100 mm largura / 700 mm comprimento combinados em cor e grã, colados c/ mesma resina utilizada no painel, número reparos não superior a 30 na face da lâmina
Classificação de lâminas Classe A Classe B
Classificação de lâminas Classe C+ Classe C
Classificação de lâminas Classe D