Floresta Amazônica

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Floresta Amazônica
Essa é a floresta mais conservada do nosso país, e um dos ecossistemas que tem a
maior diversidade de seres vivos do Planeta, tanto de animais como de plantas.
Na região da floresta amazônica o clima é equatorial. Chove muito o ano todo, e
normalmente a mesma quantidade em todos os meses. As estações do ano não são bem
definidas, é como se fosse verão sempre! A temperatura normalmente gira em torno de
30°C, e a média anual é de 27°C.
O solo da Floresta Amazônica é pobre em nutrientes, mas a vegetação é bem
diversificada e com muitas árvores grandes. Só é possível que essa floresta abrigue tantos
seres vivos, porque tudo o que é produzido nela é reaproveitado rapidamente, ou seja, todas
as folhas que caem das árvores ou todo animal que morre é decomposto muito rápido.
Assim esses nutrientes provenientes da decomposição, são logo devolvidos ao solo e em
seguida são absorvidos pelas plantas.
Se olhássemos por cima dessa floresta veríamos os galhos das maiores árvores se
encostando formando um emaranhado, que não nos possibilitaria ver o chão. Da mesma
forma, a luz do sol chega pouco dentro da mata. Assim, essa floresta é muita sombreada e
úmida, porque poucos raios solares conseguem penetrar pelo emaranhado de galhos que
forma o que os ecólogos chamam de dossel.
Olhando agora de dentro da mata nós veríamos muitas árvores grandes, mas
também árvores pequenas e arbustos menores que nós. Como chega pouca luz dentro da
mata as plantas menores tendem a ter folhas grandes para poder ter mais chance de captar a
luz do sol e fazer a fotossíntese.
O segundo maior rio do mundo, o rio amazonas ocorre nessa região. As plantas
das margens do rio são de grande importância para a sua manutenção, pois as raízes
seguram a terra impedindo que vá para o fundo do rio. O rio Amazonas pode se tornar mais
largo ou mais estreito pelo aumento e diminuição das chuvas ao longo do ano, inundando
áreas que estavam secas. Imaginem que vocês tivessem que viver num lugar em que uma
época do ano está seco e no resto do ano está cheio de água até os joelhos! Não seria muito
fácil viver assim né? Por mais que pareça incrível algumas plantas conseguem viver nessas
áreas que ficam inundadas pelo rio, chamadas várzeas! Elas conseguem porque apresentam
adaptações para ali viverem, como raízes grandes e largas que as ajudam a se fixar no solo
lamoso, chamadas sapopembas. Já as plantas que vivem nas partes que nunca são
inundadas pelo rio não conseguem se desenvolver nessas áreas inundáveis, porque não
possuem as adaptações necessárias.
Podemos dizer então, que o fator de maior influência na distribuição dos seres
vivos nessa floresta é a variação do nível da água dos rios, pois as plantas que vivem nas
áreas secas ficam restritas aos locais que nunca são alagadas pelo rio, e as árvores da
várzea só conseguem habitar a parte inundável.
A grande diversidade animal encontra-se nas copas das árvores entre 30 e 50
metros de altura, um ambiente de difícil acesso para os ecólogos. Nesse habitat, podemos
encontrar pelo menos mil espécies de aves como tucanos. Além disso, a maior variedade de
espécies de macacos conhecidas, em todo mundo ocorre na Floresta Amazônica, como o
sagüi-imperador, o macaco prego e os micos-de-cheiro. Um grande número de insetos
habita a Amazônia, os ecólogos acreditam que devem existir cerca de alguns milhões de
espécies desses animais, mas somente 30% são conhecidos. As formigas de correição são
comuns nas partes secas da floresta. Quando essas formigas resolvem se mudar elas saem
aos montes do ninho formando grandes tapetes que cobrem o chão da floresta. Também
podemos encontrar borboletas, besouros, abelhas e muitos cupins comendo troncos de
árvores caídos.
Vamos conhecer alguns seres vivos da FLORESTA AMAZÔNICA!!!!
Vista de cima da Floresta.
PAVÃOZINHO-DO-PARÁ
Eurypyga helias
O pavãozinho-do-pará vive solitário ou aos pares,
andando lentamente pelas margens de pequenos rios ou
locais de solo úmido, porém raramente entra na água.
Alimenta-se de insetos, rãs, peixinhos, caranguejos e
outras pequenas presas, que obtém à beira d'água ou
revirando o chão da floresta. Faz ninho em forma de
tigela rasa, na ramagem acima ou próxima da água,
utilizando folhas, raízes, musgos e lama
TUCANO-DE-PEITO-BRANCO
Ramphastos tucanus
O Tucano-de-peito-branco vive na copa das florestas de terra
firme de toda a região onde podem ser encontrados em
pequenos grupos de mais ou menos 5 indivíduos.
Alimenta-se de frutos, insetos e pequenos vertebrados, como
lagartos e cobras, além de ovos e filhotes de outras aves.
É um importante dispersor de sementes das árvores da
floresta, pois engole os frutos, digere a parte comestível e
depois expele o caroço à alguma distância da árvore mãe.
COATÁ OU MACACO ARANHA
Ateles belzebuth
O Coatá é o maior macaco do Pará. Atinge mais de 1,2
metros e mais de 10 quilos de peso. Anda em grupos de
com mais ou menos 10 indivíduos, procurando por sua
comida, que consiste preferencialmente de frutos e folhas,
na copa das árvores. É considerado ameaçado de extinção,
em parte por só ter filhos de três em três anos.
Em compensação, as mães são especialmente cuidadosas.
FORMIGAS DE CORREIÇÃO
Eciton sp.
Diferente da maior parte das formigas, que alimentam-se
de fungos cultivados no interior de seus ninhos (os
formigueiros), as formigas-de-correição são predadoras
de outros insetos, aranhas ou pequenos sapinhos. Outra
característica interessante destas formigas é o fato de
não construírem um ninho permanente. Isso permite que
elas sejam nômades, ou seja, vivam se deslocando em
grandes números pelo chão da floresta (às vezes
chegando a subir até às copas) em busca de alimento.
PIRARUCU
Arapaima gigas
o Pirarucu é um peixe exclusivo da Bacia Amazônica e
característico das águas calmas. Ele pode alcançar
mais de 2 m de comprimento (maior que uma porta) e
pesar 120 kg. É um peixe interessante, pois pode
respirar fora da água. Assim, na época da seca, ele é
capaz de atravessar grandes distâncias em terra firme
procurando água.
Durante a seca os peixes formam casais, procuram
ambientes calmos e preparam seus ninhos,
reproduzindo durante a enchente.
SUMAÚMA
Ceiba pentandra
A sumaumeira é uma árvore típica das áreas inundáveis
da Amazônia. Pode medir de 30 a 40 m de altura e seu
caule é cheio de espinhos. Essa árvore é muito adaptada
a várzea, pois apresenta raízes do tipo sapopembas.
Quando os índios querem se comunicar na floresta eles
produzem sons batendo nessas grandes raízes.
GUARANÁ
Paullinia cupana
O guarana é tipico da Amazônia. É uma planta
pequena e só consegue captar a luz do sol
apoiando-se em poutras plantas maiores. Dessa
forma pode chegar a até 10m de altura. Essa
espécie vive normalmente na parte seca da
floresta
VITÓRIA-RÉGIA
Victoria amazônica
A vitória régia é uma planta aquática típica da região
amazônica. Pode não parecer mas essa planta tem raízes que
se fixam no solo do fundo dos rios. Das raízes saem hastes
chamadas de pecíolos que seguram as folhas. As folhas, que
ficam boiando nas águas dos rios, são grandes e redondas
com bordas dobradas formando uma espécie de bacia. Além
das folhas serem dobradas, a parte de baixo delas é cheia de
espinhos, tornando mais difícil de serem comidas pelos
peixes. As vitórias-régias normalmente formam grandes
grupos sobre as águas dos rios.
PAU D’ARCO ou IPÊ
Tabebuia serratifolia
Árvore de grande porte com altura de 8 a
20m, muito comum em nossas matas.
Ocorre na parte seca da floresta.
BOTO COR-DE-ROSA
Inia geoffrensis
O Boto Cor-de-Rosa é um dos mamíferos aquáticos
mais característicos da Amazônia. Cresce até 2,5
metros de comprimento e pode pesar até 90 quilos. O
Boto Cor-de-Rosa vive especialmente em águas
relativamente rasas em pequenos grupos. O principal
alimento desses mamíferos aquáticos são os peixes.
Possuem na cabeça uma protuberância que é um tipo
de captador de sons, que serve para encontrar sua
comida e navegar. Assim, conseguem nadar até dentro
da floresta inundada na época da cheia e se locomover
sem problemas nas águas escuras da região.