Apresentação Exortação Apostólica Evangelii Gaudium

Download Report

Transcript Apresentação Exortação Apostólica Evangelii Gaudium

Primeira Exortação apostólica do
Papa Francisco:
Evangelii Gaudium
Evangelii Gaudium = Alegria do Evangelho
Evangelii
Gaudium, Evangelho da Alegria do Papa
A
Exortação
Apostólica
Francisco, nasce da XIII Assembleia
Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos
sobre “A nova evangelização para a
transmissão da fé cristã”, de 2012.
Introdução
O
Papa Francisco reelabora o que
emergiu desse Sínodo de modo pessoal,
escrevendo
um
documento
programático e exortativo, utilizando a
forma de “Exortação Apostólica”. Como
tal, tem estilo e linguagem próprios:
coloquial e direto, como manifestou
Francisco em seus meses de pontificado.
Introdução
 “A
alegria do evangelho enche o coração e a
vida inteira daqueles que se encontram com
Jesus”: assim inicia a Exortação Apostólica
“Evangelii Gaudium” com a qual o Papa
Francisco desenvolve o tema do anúncio do
Evangelho no mundo de hoje, recolhendo por
outro lado a contribuição dos trabalhos do
Sínodo que se realizou no Vaticano de 7 a 28
de Outubro de 2012 com o tema “A nova
evangelização para a transmissão da fé
Introdução
 “Desejo
dirigir-me aos fiéis cristãos –
escreve o Papa – para convidá-los a uma
nova etapa de evangelização marcada
por esta alegria e indicar direções para o
caminho da Igreja nos próximos anos” .
 Trata-se
de um
apelo a todos os
batizados para que com renovado fervor
e dinamismo levem aos outros o amor de
Jesus num “estado permanente de
missão” vencendo “o grande risco do
mundo atual”, o de cair “numa tristeza
individualista” .
Introdução
O
documento está dividido em 5
capítulos onde o Papa direciona as
atividades da Igreja a um caminho
pastoral semelhante ao que nos é
proposta no Documento de Aparecida
(2007) por ocasião da 5° Conferência
Episcopal latino-americana e do Caribe
que aconteceu no Brasil.
Corpo do Texto
 Os
capítulos apresentados para reflexão sobre
o anúncio do Evangelho no mundo atual são:
1 - A transformação missionária da Igreja;
2 - Na crise do compromisso comunitário;
3 - O anúncio do Evangelho;
4 - A dimensão social da Evangelização;
5 - Evangelizadores com espírito;
Corpo do Texto
Capitulo I
A transformação missionária da Igreja
 No
primeiro capítulo o Papa propõe uma
igreja em saída Pastoral. A palavra pastoral
vem do sentido de pastorear. O pastor vai ao
encontro das ovelhas e não espera que ela
venha até eles. Então toda a atividade pastoral
da Igreja deve estender as atitudes do Bom
Pastor.
A
igreja
deve
recuperar
sua
característica missionária e ao exemplo
das primeiras comunidades cristãs
relatadas em Atos dos Apóstolos, as
paróquias deve ser “a própria Igreja que
vive no meio das casas dos seus filhos e
das suas filhas”.

O capítulo ainda trata de uma nova forma de
anunciar a mensagem, focando o necessário e o
belo. A primeira parte continua lembrando que a
religião não deve prender ou tornar pesada a
vida dos fiéis lembrando que os preceitos dado
por Cristo e pelos Apóstolos ao povo de Deus são
pouquíssimos. Esta seção se encerra recordando
que a Igreja é chamada a ser uma mãe de
coração aberto. A igreja não deve ser uma
alfândega, ou “controladora da graça”, mas
facilitadora e casa paterna onde há lugar para
todos.
Capitulo II
Na crise do compromisso comunitário

O Papa prossegue no segundo capítulo falando a
respeito dos desafios do mundo atual, entre eles
os sociais, culturais e econômicos. Este bloco vai
destacar que o fiel envolvido no trabalho
pastoral deve ter uma característica otimista com
uma visão de comunidade, que desfavoreça ou
erradique a guerra interna na comunidade e/ou
entre os cristãos, e que saiba dizer não ao
individualismo.
 Exorta
a não se deixar levar por um
“pessimismo estéril ” e a sermos sinais de
esperança aplicando a “revolução da
ternura”. E’ necessário fugir da
“espiritualidade do bem-estar” que
recusa “empenhos fraternos” e vencer a
“mundanidade espiritual”, que “consiste
em buscar, em vez da glória do Senhor, a
glória humana” .

O Papa fala daqueles que “se sentem superiores
aos outros”, porque ” inflexivelmente fiéis a um
certo estilo católico próprio do passado” e “em
vez de evangelizar classificam os outros”, ou
daqueles que têm um “cuidado ostensivo da
liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja, mas
sem que se preocupem com a inserção real do
Evangelho” nas necessidades das pessoas . Esta “é
uma tremenda corrupção com a aparência de
bem. Deus nos livre de uma igreja mundana sob
cortinas espirituais ou pastorais”.
 Ele
lança um apelo às comunidades eclesiais
para não caírem nas invejas e ciúmes: “dentro
do povo de Deus e nas diversas comunidades,
quantas guerras”. “A quem queremos
evangelizar com estes comportamentos?” .
Sublinha a necessidade de fazer crescer a
responsabilidade dos leigos, mantidos “à
margem nas decisões” por um “excessivo
clericalismo” .
 Afirma
que “ainda há necessidade de se
ampliar o espaço para uma presença feminina
mais incisiva na Igreja”, em particular “nos
diferentes lugares onde são tomadas as
decisões importantes”. “As reivindicações dos
direitos legítimos das mulheres … não se
podem sobrevoar superficialmente” . Os
jovens devem ter “um maior protagonismo” .
O
anúncio do Evangelho é discutido no
capítulo três, onde o sumo pontífice, vai
destacar a vocação de discípulos e
missionários inerentes a todo cristão e a
unidade na diversidade. O capítulo aborda a
homilia e a preparação da pregação,
lembrando que Cristo não é um ideal, uma
teoria, mas sim uma pessoa capaz de mudar
as realidades da vida de quem se abre a graça.
Capitulo III
O anúncio do Evangelho

O
Papa
detém-se
“com
uma
certa
meticulosidade, na homilia”, porque “são muitas
as reclamações em relação a este importante
ministério e não podemos fechar os ouvidos” . A
homilia “deve ser breve e evitar de parecer uma
conferência ou uma aula ” , deve ser capaz de
dizer “palavras que façam arder os corações”,
evitando uma “pregação puramente moralista ou
de endoutrinar” .
 Sublinha
a importância da preparação “,
um pregador que não se prepara não é
‘espiritual’, é desonesto e irresponsável” .
“Uma boa homilia deve conter … ‘uma
ideia, um sentimento, uma imagem’”.
A
pregação deve ser positiva, para que
possa oferecer “sempre esperança” e não
deixe “prisioneiros da negatividade” . O
próprio anúncio do Evangelho deve ter
características positivas: “proximidade,
abertura
ao
diálogo,
paciência,
acolhimento cordial que não condena” .
Capitulo IV
A dimensão social da Evangelização
 Evangelizar
é tornar o Reino de Deus presente
no mundo. Esta frase abre o capítulo 04 a
respeito da dimensão social da evangelização.
Francisco fala para sua igreja a respeito da
opção preferencial pelos pobres, uma
característica presente nos evangelhos e uma
fidelidade a Boa Nova transmitida.
O
Papa nos convida a cuidar dos mais
fracos: “os sem-teto, os dependentes de
drogas, os refugiados, os povos
indígenas, os idosos cada vez mais sós e
abandonados” e os migrantes, para quem
o Papa exorta os Países “a uma abertura
generosa”.
O
Papa faz um apelo para o respeito de
toda a criação: “somos chamados a
cuidar da fragilidade das pessoas e do
mundo em que vivemos”.
 No
que diz respeito ao tema da paz, o Papa
afirma que é “necessária uma voz profética”
quando se quer implementar uma falsa
reconciliação “que mantém calados” os
pobres, enquanto alguns “não querem
renunciar aos seus privilégios” . Para a
construção de uma sociedade “em paz, justiça
e fraternidade” indica quatro princípios :
 “o
tempo é superior ao espaço” significa
“trabalhar a longo prazo, sem a obsessão dos
resultados imediatos” . “A unidade prevalece
sobre o conflito” significa operar para que os
opostos atinjam “uma unidade multi-facetada
que gera nova vida” . “A realidade é mais
importante que a ideia” significa evitar que a
política e a fé sejam reduzidas à retórica . “O
todo é maior do que a parte” significa colocar
em conjunto globalização e localização .
Capitulo V
Evangelizadores com Espírito
O
último capítulo é dedicado aos
“evangelizadores com o Espírito”, que são
aqueles “que se abrem sem medo à ação do
Espírito Santo”, que “infunde a força para
anunciar a novidade do Evangelho com
ousadia em voz alta e em todo tempo e lugar,
mesmo contra a corrente”.

Trata-se de “evangelizadores que rezam e trabalham” na
certeza de que “a missão é uma paixão por Jesus mas, ao
mesmo tempo, é uma paixão pelo seu povo” “Jesus quer
que toquemos a miséria humana, que toquemos a carne
sofredora dos outros”. “Na nossa relação com o mundo –
esclarece o Papa – somos convidados a dar a razão da
nossa esperança, mas não como inimigos que apontam o
dedo e condenam” . “Pode ser missionário – acrescenta
ele – apenas quem se sente bem na busca do bem do
próximo, quem deseja a felicidade dos outros” : “se eu
conseguir ajudar pelo menos uma única pessoa a viver
melhor, isto já é suficiente para justificar o dom da
minha vida”.

O Papa convida-nos a não desanimar perante as
falhas ou escassos resultados, porque a “fecundidade
muitas vezes é invisível, indescritível, não pode ser
contabilizada”; devemos saber “apenas que o dom de
nós mesmos é necessário” . A Exortação termina com
uma oração a Maria, “Mãe da Evangelização”.
“Existe um estilo mariano na atividade
evangelizadora da Igreja. Porque sempre que
olhamos Maria voltamos a acreditar na força
revolucionária da ternura e do afeto” .