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Ensino Médio
3ª Série.
Geografia.
movimento de moradia resiste e
intensifica ocupações
O Brasil tem quase 10 milhões de famílias sem-teto.
Passam os anos e os governos continuam
prometendo uma política habitacional séria.
A última promessa é o Minha Casa, Minha Vida e
suas 3 milhões de casas prometidas.
Mesmo que essas 3 milhões de casas fossem
destinadas aos que mais precisam (trabalhadores
com renda até 3 salários) não seriam suficiente para
acabar com o déficit habitacional.
O fato é que foram entregues menos de 300 mil
casas populares em todo o Brasil.
A situação se agrava se pensarmos que todo o
orçamento para habitação popular (exceto o MCMV)
não passa de R$ 4 milhões, o que não dá pra
construir nenhum conjunto habitacional!
Por isso continuam fazendo ocupações de terrenos
urbanos em todo o Brasil. É através delas e das
lutas que os governos aprenderam a ouvir e não
porque o governo tenha alguma intenção de realizar
política habitacional.
No estado de São Paulo nos últimos anos ocorreram
mais de 10 ocupações de grandes terrenos que não
serviam pra nada.
Milhares de famílias voltaram a sonhar com sua
moradia, agora conquistada na luta.
Afirmam que a única forma de conquistar não é
esperar e confiar em ninguém, mas arregaçar as
mangas e ir pra luta contra quem impede de ter o
que é deles por direito!
Buscam a desapropriação de todos os grandes
terrenos vazios na cidade que servem apenas aos
especuladores imobiliários! Querem que esses
terrenos sirvam de moradia para os trabalhadores e
que a presidente Dilma atenda esta reivindicação.
22 de janeiro de 2012. O país amanheceu estarrecido
frente à informação de que a tropa de choque da Polícia
Militar de São Paulo entrou na comunidade de
Pinheirinho para cumprir o mandato de reintegração de
posse da área, ocupada por 6 mil pessoas, há 8 anos.
Esse foi um dos fatos que, se não foi o mais marcante na
luta por moradia, foi o que mais sensibilizou a opinião
pública. O JORNAL cobriu de perto essa e outras notícias
sobre a luta por moradia digna.
Moradores do Pinheirinho ainda dormiam quando as
casas começaram a ser desocupadas pela ação da Polícia
Militar e da Guarda Civil de S. José dos Campos que
resultou em uma sequência de cenas violentas, que
gerou revolta em todo o país.
Todos queriam entender qual a necessidade de retirar
tantas famílias de suas casas, construídas em um terreno
abandonado, e de uma forma tão brutal?
As imagens dos moradores resistindo, armados com
paus e pedras, rodaram o país e até o mundo.
Apesar do medo, realizaram diversos protestos e
conseguiram chamar a atenção. Mas, não a tempo
de impedir a tragédia que ficará marcada na história
do movimento social por moradia.
Neste ano, o governo federal comemorou a compra
da casa própria por um milhão de famílias no
programa Minha Casa, Minha Vida.
O ministro do Trabalho, Carlos Brizola Neto,
anunciou reajustes para os valores de imóveis e
subsídios para o Programa Minha Casa Minha Vida.
As novas regras devem ampliar as chances para
aquisição da casa própria pelos mais pobres. Para o
próximo ano, o Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) disponibilizará para a área de
habitação R$ 47,4 bilhões.
De acordo com levantamento realizado pelo
movimento de moradia, pelo menos 400 mil imóveis
estão desocupados somente na cidade de São Paulo.
Ao mesmo tempo, uma série de despejos de semtetos vêm ocorrendo.
Como a que retirou 97 famílias de um prédio da
avenida Ipiranga, em agosto. Elas permaneceram
acampadas na praça do Correio, no centro da
cidade, por quase dois meses.
Haddad quer frear ocupações e diz que meta
de 55 mil casas é factível
O prefeito afirmou que não serão apenas os
movimentos organizados que serão beneficiados
pelas cerca de 55 mil moradias previstas para serem
construídas nos próximos quatro anos.
O prefeito disse que os movimentos sociais devem
reconhecer o gesto deste encontro no início do
governo e que espera que o número e ocupações
seja reduzido durante sua gestão.
"Queremos, em parceria com os governos do
federal e do Estado, construir 55 mil habitações
para o benefício de toda a população de São Paulo.
Não podemos segmentar essa meta.
Os movimentos organizados serão beneficiados,
mas os não organizados também. Pessoas que
moram em áreas de risco e não estão organizadas
têm os mesmos direitos", disse ele.
São Paulo ocupada: a rotina de quem vive em
moradias irregulares na cidade.
A equipe de reportagem passou quatro dias e duas
noites em três ocupações de trabalhadores semteto no centro da cidade.
Conviveu com ratos, baratas, esgoto a céu aberto,
fome e escombros.
E também com generosidade, boa vontade, política
e regras, muitas regras. Encontrou pessoas que se
equilibram entre a falta de um teto e a gigantesca
expansão imobiliária da capital mais rica do País
Assim como outros 30 prédios ocupados por
trabalhadores sem-teto de São Paulo, o edifício da
rua Mauá é palco do embate entre duas garantias
previstas na Constituição: o direito à moradia e o
direito à propriedade.
A luta não é nova – movimentos sem-teto surgiram
na década de 70, acompanhando a transformação
do Brasil rural em um país urbano. Mas é cada dia
mais urgente, especialmente em São Paulo, onde há
130 mil famílias sem casa – e 290 mil imóveis não
habitados.
Ou seja, estatisticamente, o problema não existe.
Mas, socialmente, ele transborda.
A maior parte dos imóveis disponíveis para
comprar ou alugar são inacessíveis para a
população de baixa renda – o que explica
porque 890 mil famílias moram em locais
inadequados.
Para elas, os governos federal, estadual e municipal
têm políticas como o programa "Minha Casa,
Minha Vida" e os conjuntos habitacionais.
Mas o ritmo com que a política empilha tijolos é,
quase sempre, mais lento do que a urgência dessas
famílias. Não ter casa implica em não ser tratado
como cidadão.
“A moradia não é só uma estrutura de cimento, é
um portal para os demais direitos sociais, como
educação e saúde”, afirma Raquel Rolnik, urbanista
da Universidade de São Paulo (USP).
“As pessoas ocupam, porque, se pagarem aluguel,
não terão dinheiro para comer.”
Tatiane da Silva nasceu, em uma família pobre de
Cidade Tiradentes, sua vida prometia ser difícil. Mas
superou as piores expectativas. Aos 11 anos, Tatiane
perdeu a mãe, morta a facadas.
O assassino: seu pai. A partir daí, morou com a tia,
o irmão e até com o pai, antes de ocupar um quarto
de 12 m² no prédio que o ex-prefeito de São Paulo
Gilberto Kassab cedeu.
Aos 19 anos, ela tenta ter uma casa pela primeira
vez. Mora com o marido e o filho. Nunca havia
ouvido falar em movimento de moradia até um dia
antes de ir habitar o prédio em ruínas.
“Eu e meu marido não tínhamos onde ficar,
passamos aqui em frente, disseram que a
gente poderia vir, no dia seguinte viemos
com as malas.”
O fogão e a televisão que decoram o quarto foram
doados ao casal. Tatiane não entende da intrincada
costura política por trás do debate de habitação,
mas resolveu que vai para onde o movimento
mandar, até porque não tem opção. “Meu irmão e
meu pai nem sabem onde eu estou.”
“Tudo o que eu queria era pagar uma
prestação por um lugar que fosse meu, mas
até hoje não consegui.” Foi a esperança de dar
aos filhos a casa que nunca teve e a crença de que
a política pode mudar a vida que a fizeram levantar
a cabeça.
O prefeito Haddad prometeu a construção de
55 mil moradias populares em quatro anos,
20 mil delas no Centro.
É quase sete vezes mais do que fizeram a gestão
Serra-Kassab em oito anos.
Também suspendeu os despejos de prédios públicos
e prepara um levantamento sobre construções
ociosas para transformá-las em moradia popular.
São ações e promessas que fazem brilhar os olhos
de quem não tem onde morar.