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UFPR-SETOR DE TECNOLOGIA DEPT. TRANSPORTES Disciplina – 409 –Planejamento de Transportes Parte III - b – Logística

Prof. José Geraldo Maderna Leite

Livro: LOGÍSTICA – MBA Executivo em Gestão de Projetos Fundação Getúlio Vargas – Roberto Malheiros Moreira, M.

1ª. Aula : pág.6 à pág. 40

1

2.LOGÍSTICA 2.1 Introdução

1)

• A logística é caracterizada como uma atividade de permanente busca da otimização para conduzir os

processos de tomada de decisão afetos às seguintes áreas: estoque, produção, transportes e qualidade dos serviços.

• • • • • • • • •

Algumas técnicas de logística: Just-in-time; Kanban; TQM; Gerenciamento e Controle da Cadeia de Suprimentos Idem de Distribuição Logística de Resposta de Serviços Gerenciamento e Controle de Estoques Pesquisa Operacional – Otimização de Recursos Estudo de redes (caminho mínimo) Os projetos de logística tem impacto sobre toda a Empresa, necessitando a colaboração tão prematura quanto possível de representantes de todas as áreas que receberão benefícios em suas atividades

.

2) Definição de Logística segundo o “Institute of Logistics do Reino Unido”:

”Logística é o posicionamento dos recursos relativo ao tempo ou o gerenciamento estratégico da cadeia de suprimento total .

A cadeia de suprimentos satisfazer o consumidor.

é uma seqüência de eventos destinada a

Ela pode incluir obtenção, produção, distribuição de produtos e até a coleta de rejeitos juntamente com o transporte, armazenamento e tecnologia de informações associadas.

Logística associa-se com produtos, pessoal, capacidade de produção e certa, na qualidade certa e no preço certo”.

2

.

2 Teoria dos Sistemas:

Com o advento do computador é possível tratar sistemas (conjunto de dados) de maior complexidade. Agora incertezas também podem ser consideradas, obtendo-se valores esperados e intervalos de confiança.

4

n i c a r F e q u ê

2.3 Teoria da Decisão 3) Estrutura das decisões

Decisões de Planejamento Estratégico Decisões Gerenciais (Táticas) Decisões de Controle Operacional (Supervisão) I m p r o t â n i c a Decisões de Performance Operacional

Níveis de atividades

em que as decisões são tomadas dentro de um Sistema:

a)Operação

– atividades fim e meio tomadas sem planejamento.

b)Supervisão

– controle das funções operacionais.

c)Gerência d)Direção

– afeta conjunto de supervisores de mesmo tipo de atividade, otimiza interação com exterior – orçamentos, planejamento estratégico e investimentos.

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Decisões

Apoio à Decisão

A matéria prima do processo de tomada de decisão é a

informação

. (Obtida do processamento dos dados e da aplicação dos valores obtidos em modelos adequados).

Decisões Operacionais

Aplicação de

conhecimentos técnicos

em situações definidas do dia a dia. Decisões tomadas com rapidez e precisão. São apoiadas por

Controle e Performance

. Fabricantes podem alertar para providências (manutenção, por exemplo).

Decisões de Supervisão

Avaliar permanentemente métodos e pessoal.

4) Um bom Sistema de avaliação é acompanhado de um processo de estímulo ou premiação onde os objetivos a alcançar são divulgados e os desempenhos ótimos premiados.

6

Decisões (cont.) •

Decisões Gerenciais

• Possuem interação com o meio exterior ao Sistema. Exemplo de informações são cartéis e reservas de mercado. • Contam com ferramentas mais sofisticadas de apoio, tais como simuladores de filas e programas para solução de sistemas de equações lineares.

• Após o primeiro período de serviço, são obtidos parâmetros dos serviços e podem ser simuladas alternativas de demanda.

Decisões de Planejamento Estratégico

• Incertezas externas exercem maior influência. Prospectivas de mercado futuro com estimativas das conjunturas econômicas local, regional, nacional e mesmo mundial são importantes.

• Feitas simulações sobre o comportamento de variáveis não controladas.

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2.4 Medidas de Eficácia

Pesquisa Operacional 5)

Atividades da metodologia de pesquisa operacional: • • • • • •

1 Determinação do objetivo

(maior lucro ou menor custo)

2 Determinação da Medida de Eficácia Operacional –MEO

(de maior ou menor valor – deve ser mensurável – valor monetário por exemplo )

3 Análise das variáveis

– endógenas ou exógenas, controladas ou não pelo decisor. (parâmetros: disponibilidade de mão-de-obra, equipamentos).

4 Elaboração do modelo

– podem ser analíticos (fórmulas matemáticas); icônicos (desenhos representações de formas); analógicos (fluxo de água em tubos representando o fluxo de tráfego) e heurísticos (comportamentos ocorridos com o tempo).

5 Otimização

– melhoria dos resultados.

6 Análise de Sensibilidade

– variando valores de variáveis.

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Localização e Dimensionamento

• Indústrias com perda de massa perto da matéria prima.

• Indústrias com ganho de massa perto do mercado consumidor.

• Alguns conceitos reduzem o número de alternativas: •

Ponto Dominante

pontos).

: • Ponto de Produção e Ponto Próximo do Mercado (custos totais de transporte são menores nestes •

Centro de Gravidade:

• Com maior número de pontos de produção e/ou de consumo.

• Outros métodos de localização: Programação matemática e simulação 9

Localização e Dimensionamento

• •

EXEMPLOS – AULA DE LOCALIZAÇÃO

Informações quantificadas:

• demanda (atual, prevista, potencial); • custos; fluxos; distâncias e tempos.

Critérios qualitativos

(podem eliminar alternativas): facilidades de infra estrutura; existência de cultura local para recrutamento de mão-de-obra; facilidades oferecidas pelo poder público; relacionamento com a comunidade e problemas ambientais.

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Localização e Dimensionamento(cont.)

Sistemas de Distribuição Física podem ser Seqüenciais, Diretos e Mistos .

(devem procurar maximizar os fluxos e a rotatividade dos estoques).

No sistema seqüencial é grande a quantidade de atividades não agregadoras de valor; devem tirar proveito da consolidação de cargas, evitar faltas e oferecer pronta entrega aos clientes. • Considerando produtos de várias fábricas podem haver Centrais de Distribuição (CD), onde os estoques devem ter alta rotatividade, nela as cargas são desmembradas (quebras) para o transporte consolidado para o mesmo destino.

• Estruturas mais escalonadas tem necessidade de maior estoque total na cadeia, aumentam os custos de estoque para obter melhor serviço ao consumidor (Trade-Off).

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• Sistemas diretos aumentaram com a internet, que viabilizou os “Marketspaces virtuais” em substituição ao “Marketplace”, onde poderia haver controle da entrada da concorrência.

• A eliminação dos intermediários reduz custos e tempos. O custo do transporte pode ser transferido ao cliente.

• As vendas diretas no comércio eletrônico são conhecidas por B2C (Business to Consumer) e são acessíveis a todo 12 marketspace.

2.5 Fundamentos de Logística

• •

As atividades logísticas são a área mais promissora na redução de custos e consequentemente, no incremento da competitividade.

Nenhuma empresa ou atividade econômica pode operar sem executar atividades logísticas.

6) A meta para o nível de serviço logístico é

:

providenciar bens e serviços corretos, no local certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível

.

13

2.5 Fundamentos de Logística O Produto

Ballou R.H. (Logística Empresarial –Ed.Atlas S.Paulo)

classifica os bens adquiridos pelo consumidor final em:

1) Bens de Conveniência

(marca e pequenas variações de preço não importam); mercado disputado por diferenciação ou maior distribuição.

2) Bens de Comparação

(consumidor pesquisa – vestuário; mobiliário e veículos). Existem poucos pontos de venda.

3)Bens de Uso Especial

custo). Pouco investimento em logística, visto que o consumidor encarrega-se de encontrá-lo.

(existe fidelidade do consumidor pela qualidade e/ou 14

7)

Para Vilfredo Pareto:

20% dos produtos respondem por 80% da receita das empresas e 20% dos clientes geram 80% das vendas.

Produtos são classificados em “A”; “B” ou “C”.

A classificação dos produtos deve determinar o capital e o esforço logístico a ele destinado.

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Curva de Pareto, Curva 20/80 ou Curva ABC

Descontinuidade de preços podem ser dadas por oportunidades de completar cargas ferroviárias. Criatividade nas embalagens pode também gerar grandes economias.

rodoviárias e

16

Serviço ao Consumidor

?

É a adição ao produto das qualidades de tempo e local que o fazem útil ao comprador.

Classificação dos serviços ao consumidor:

Serviço pré-compra

(transação) – política escrita, facilidade de acesso ao apoio, estrutura de apoio e flexibilidade do sistema.

Serviço de compra

– ciclo do pedido (tempo entre emissão do pedido e a entrega do produto); disponibilidade de estoque; atendimento; informações sobre o estado do pedido.

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Serviço ao Consumidor (cont)

Serviço pós-compra

– Disponibilidade de sobressalentes; garantia; custo de atendimentos (revisão); rastreabilidade; atendimento ao consumidor.

O nível de serviço (NS) deve ser aumentado enquanto os lucros aumentarem. Enquanto o NS oferecido pela empresa não se igualar ao dos competidores, o investimento (no NS) não dará retorno proporcional. A partir de um certo ponto, o serviço oferecido já é melhor que o dos competidores e extrapola os requisitos dos consumidores, sua melhoria neste caso também não ocasiona aumento nas vendas de forma proporcional.

Para que seus produtos sejam selecionados para aquisição, as empresas devem esforçar-se para atingir uma posição de liderança no mercado, seja pela produtividade (baixos custos), ou por fornecer um nível de serviço sem competidores .

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Posições de uma Empresa no Mercado

?

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Atividades Logísticas Primárias

8)

Atividades com a maior parcela do custo total de logística: 1) Transportes; 2) Movimentação de Estoques; e 3) Processamento de Pedidos.

Transportes :

Absorve de 1/3 a 2/3 dos custos logísticos (transporte de insumos, produtos e pessoal).

Manutenção de Estoques :

Estoque agem como amortecedores entre a demanda e a oferta. Também podem representar de 1/3 a 2/3 dos custos logísticos e podem representar até 30% do custo do produto.

Processamento de Pedidos :

Custos baixos são decisivos na movimentação de produtos, principalmente reduzindo o tempo para a execução dos serviços.

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Modais de Transporte

• • •

Ferrovia: ?

Lento, transporta principalmente matéria prima ou manufaturados de baixo valor em longas distâncias.

Vagões ficam 88% do tempo parados (carga, descarga, agregação em composições). Uso de conteiners facilita manuseio.

• • • •

Hidrovia: ?

Também lento, usado para granéis (carvão,minérios, cascalho, areia, ferro). Produtos de baixo valor, não-perecíveis.

Fretes baixos. Custo fixo alto.

• • •

Rodovia: ?

Curta distância – Produtos acabados ou semi-acabados.

Mais competitivo no mercado de pequenas cargas. Mais oferta de vias, flexibilidade de horário e facilidade de monitoramento da carga.

• •

Aerovia: ?

Produtos de alto valor e necessidade de rapidez de entrega.

Dutovia: ?

Produtos líquidos ou gases (petróleo; derivados e gás). Eficiente em longas distâncias.

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AEROVIA HIDROVIA RODOVIA FERROVIA

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•PORTO DE ROTERDAM - É o maior porto do mundo em extensão e atende todos os modais de transporte. Sistema TRANSPORTE MARÍTIMO SISTEMA NASA 23

Consolidação

9) Segundo Floriano do A. Gurgel (Logística Industrial –Ed. Atlas S.Paulo), a consolidação consiste

•em diluir o custo do transporte passivo (do veículo) e do transporte parasita (do retorno) por uma quantidade maior de transporte ativo (do produto).

• • • •

Transporte Intermodal 10) Cross-docagem

Transferência do produto de um modal para outro, ou a troca simples no mesmo modal. É facilitada com o uso de conteiners. O material não chega a ser estocado diminuindo os custos totais.

Decisões Primárias

Transportadoras oferecem rotas regulares (compartilhadas por diversos usuários) ou viagens exclusivas. Ferrovias podem operar com serviços regulares, especiais ou expressos.

O modal com custo de transporte mais barato em geral é mais lento e necessita de maior lote para movimentação. Utilizar este modo requer mais estoque em ambas as pontas da operação e mais estoque em trânsito.

24 Deve se balancear os custos de transporte e de estoque encontrando o mínimo custo total.

11)

Diferenças na administração da Função Transporte por terceiros e por frota própria: • • • Para serviços contratados, a negociação de fretes, a documentação, a auditoria e consolidação de fretes são relevantes.

No transporte próprio, o despacho, o balanceamento de carga e a roteirização são assuntos importantes.

Geralmente, a empresa deve administrar uma mistura de transporte próprio e de terceiros.

Manutenção de Estoques

Os estoques devem manter níveis tão baixos quanto possíveis.

12)

Componentes principais do Custo de Estoque: -Custo do pedido –custos administrativos associados ao processo de aquisição: preencher; entregar; receber; atualizar; faturar. (transporte próprio).

-Custo de faltas – apropriação subjetiva, baseada em suposições sobre lucros cessantes e perdas de negócios.

Custo de manutenção do estoque –Custo de armazenagem; custo de seguro; deterioração; obsolescência e Custo de oportunidade (juros).

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26

13) Que representa a previsão de

demanda?

É o ponto crítico do Planejamento Empresarial (obtida com ferramentas matemáticas, estatísticas e eficiente sistema de comunicação).

• Os produtos são mantidos em estoque para suportar variações de demanda sem perda de vendas e para a produção em lotes econômicos.

• Pode haver estoque de insumos, estoque de produtos sendo processados e estoque de produtos finais.

• O elevado custo dos estoques conduzem à centralização e planificação dos estoques com parte do planejamento de recursos.

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•Os produtos são mantidos em estoque para suportar variações de demanda sem perda de vendas e para a produção em lotes econômicos.

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• • • • • • • • • • • • • •

14)

Funções básicas da gestão de estoques:

Calcular o Estoque mínimo; -Calcular o lote de suprimento (compra); Calcular o Estoque máximo; Replanejar quando o real diferir substancialmente das previsões; Emitir solicitações de compra; -Receber o material; -Identificar e armazenar o material; Conservar o material em condições adequadas; -Entregar o material requisitado; -Manter atualizado o saldo dos estoques; Planejar a organização do depósito e mantê-lo organizado; e Replanejar a organização sempre que necessário.

Cálculo do Lote Econômico

Custo Total = preçoxQ + Custo pedido xQ/LEC + Preço x taxa de juros x LEC/2 Derivando e igualando à zero: 29

15) LEC ?

= [(QxCusto pedido x 2)/(Preçox taxa de juros)]1/2

Sendo: • • • • LEC = lote econômico de compra ou Quantidade fabricada por lote.

Q = demanda (anual)

Determinação do ponto de reposição

O estoque restante deve ser consumido em tempo maior ou igual ao tempo para a entrega do material. Considera-se sempre um valor maior (para o estoque na hora de fazer o novo pedido) para segurança.

16) Custos devido ao atraso de pedidos:

-Perdas de lucros com cancelamento de pedidos; Custos adicionais por fornecimentos em substituição; Custos decorrentes de não cumprimento de contratos, multas, bloqueios, etc.

Custos de “quebra de imagem”, beneficiando a concorrência.

Método ABC

Pontos notáveis da Curva: 20-80 20% dos clientes dão receitas de 80% 50-95 30% dos clientes seguintes dão receita de 15% Políticas diferenciadas para controle de estoques: Por exemplo: 99% para os itens “A” 95% para os itens “B” 80% para os itens “C” 30

17)

Fluxo de Material Contínuo

• Os clientes operando em Just-in-Time, transmitem seus pedidos “on line” para a fábrica que produz contra a demanda em ciclos de produção curtos e rápidos, despachando diretamente para o cliente.

• Pode haver um pequeno estoque regulador para facilitar o transporte e reduzir os custos. A obrigação de estocar é transferida para jusante.

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Fluxo de Material Contínuo

PREVISÃO FORNECEDORES FÁBRICA PROC. PEDIDO ESTOQUE REGULADOR CLIENTE 32

18)

Fluxo de Material Sincrônico

• Integra-se a produção e a distribuição por meio de tecnologia de informação.

• Demandas são capturadas nos pontos e venda e transmitidas em tempo real de modo que a produção possa ser sincronizada com a demanda efetiva e os produtos acabem de ser produzidos no exato momento em que o cliente faz o pedido, que é instantaneamente atendido, tal como se o tempo de produzir fosse zero.

Processamento de Pedidos

A eficácia do nível de serviço vem sendo associada à qualidade do processamento e teleprocessamento de dados.

Produtos devem estar no “lugar” certo, no “tempo” certo = “oportunidade” do produto.

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Fluxo de Material Sincrônico

PROCESSAMENTO DA TRANSAÇÃO SUPORTE DE DECISÃO SINCRONIZAÇÃO DO FLUXO FORNECEDORES FÁBRICA PEDIDO ESTOQUE REGULADOR CLIENTE 34