Intubação orotraqueal, via aérea difícil
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Transcript Intubação orotraqueal, via aérea difícil
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL,
VIA AÉREA DIFÍCIL,
CRICOTIREOIDOSTOMIA E
TRAQUEOSTOMIA
Via aérea definitiva
Definição: tubo locado na traquéia com cuff e
balão insuflado.
Conceito: situação em que é possível ventilar e
proteger a via aérea de aspiração.
Definições
Intubação traqueal difícil: ” A inserção de um tubo
endotraqueal com laringoscopia convencional
requer mais de 3 tentativas ou mais de 10 minutos”
Via aérea difícil: “ situação clínica que um médico
com experiência tem dificuldade para ventilar com
máscara e tem dificuldade para intubação traqueal
”
Previsão de intubação difícil
Análises multifatoriais:
Escala de Wilson
Correlaciona 5 critérios de dificuldade de
laringoscopia:
1. Peso
2. Abertura da boca
3. Mobilidade da nuca
4. Retrognatismo
5. Protusão dos incisivos superiores
Intubação Orotraqueal
Não deve exceder 30 segundos
Permite controle das vias aéreas
Protege contra aspiração
Possibilita elevadas concentrações de O2
Permite aspiração traqueal
Possibilita administração de drogas via endotraqueal
Narcan
NELA
Epinefrina
Lidocaína
Atropina
Avaliação das Vias Aéreas
Distância inter-incisivos - >
3cm
Comprimento dos incisivos
superiores – curtos
Conformação do pálato –
não estreito
Protusão voluntária da
mandíbula – dentes
mandibulares ultrapassam
linha dos maxilares
Avaliação das Vias Aéreas
Relação entre incisivos
maxilares e mandibulares
durante o fechamento normal
da mandíbula – maxilares não
ultrapassam mandibulares
Distância tireomentoniana - >
5cm
Complacência do espaço
mandibular – depressão digital
possível
Avaliação das Vias Aéreas
Mallampati - < 2
Avaliação das Vias Aéreas
Comprimento e
largura do pescoço
Movimento de
flexão do pescoço –
35° e extensão da
cabeça – 80°
Indicações para Intubação Traqueal
Proteção da via aérea
Alterações do estado de consciência
Comprometimento anatômico da via aérea
Diminuição dos reflexos
Sedação em locais de difícil acesso (ex.: TAC, RMN)
Aspiração de secreções
Falência respiratória
Hipoxemia
ARDS - SARA
Edema agudo de pulmão
Atelectasia
Indicações para Intubação Traqueal
Causas ventilatórias
Hipercapnia
Hipoventilação
Doença neuromuscular
"Overdose" de droga
Causas circulatórias
Parada cardiorrespiratória
Choque
Sepse
Outras causas
Hiperventilação por aumento da PIC
Transporte do doente em risco de deterioração
O que eu preciso para intubar?
Monitorização: monitor cardíaco + oxímetro + PANI
Paramentação completa p/ toda equipe: máscara, óculos e
luvas.
Carrinho de parada (desfibrilador + drogas para PCR)
Acesso venoso
Medicações: sedação + bloq. Neuromuscular
Máscara facial + ambu + O2 úmido
Material para aspiração + vácuo
Laringoscópio + tubo orotraqueal + fio guia
(TOT testado: cuff e balão + fio guia + lubrificação c/
xylocaína)
Posicionamento adequado do paciente
Pré-oxigenação
Abertura de vias aéreas
Cânula de Guedel
PRÉ-OXIGENAÇÃO
Durante 30 segundos
1- Pessoa, mais difícil e menos eficaz
2 – Pessoas, mais fácil e eficaz
Posicionamento
Pré Oxigenação
Indução de sequência rápida
Técnica em que se reduz ao mínimo o tempo que a
via aérea fica desprotegida, assegurando,
condições adequadas para:
- laringoscopia
- IOT
Deve ser possível em 60 segundos após a
administração de medicaçãos depressora dos
reflexos
Seqüência Rápida
Pré-oxigenação
Cuidados com
estômago cheio
Analgesia
Sedação
Bloqueio
Neuromuscular
Seqüência Rápida
Analgesia
Fentanil 3 mcg/kg EV bolus / 25 a 100 mcg
Alfentanil 15 a 30 mcg/kg EV
Sedação
Midazolan 5 a 15 mg EV bolus até 0,15 mg/kg
Etomidato 0,3 a 0,4 mg/kg EV bolus
Propofol 1 a 4 mg/kg EV bolus
Tiopental sódico 2,5 a 5 mg/kg EV
Quetamina 2 a 4 mg/kg EV
Seqüência Rápida
Bloqueio neuromuscular
Succinilcolina 1 a 1,5 mg/kg EV bolus
Rocurônio 0,6 a 1,2 mg/kg EV bolus
Vecurônio 0,1a 0,3 mg/kg EV
Atracúrio 0,4 a 0,6 mg/kg EV
Técnica de IOT
Cormack e Lehane
Cuidados imediatos pósintubação
Cuidados imediatos pósintubação
Insuflar o cuff ( Press cuff )
Checar posição do tubo: (estômago – pulmão esquerdo - pulmão direito)
Fixar o tubo
Aspirar TOT (técnica asséptica – luva e cateter estéril) c/ 2 funcionários
Ajustar parâmetros do respirador e colocar em VM – FiO2: 100%
Checar sinais vitais: FC, ritmo cardíaco, pressão arterial e saturação de O2
Iniciar sedação e analgesia em infusão contínua em BI
Elevar cabeceira do leito á 30 grau
Solicitar: RxTx ( checar posição do tubo – ideal 2 cm acima da carina)
Solicitar gasometria arterial (após 30 minutos de ventilação)
Reajustar parâmetros ventilatórios e reduzir FiO2 ( PO2 > 60 ou Sat. > 90%)
Passar SNG (manter aberta, em drenagem) e passar sonda vesical
Checar pressão do cuff c/ manovacuômetro (manter pressão em 20
cm/H2O)
Confirmação da IOT
Ausência de ruídos
epigástricos
Sons respiratórios bilateral
Elevação simétrica do
tórax
Melhora da cianose
CO2 expirado/capnografia
Oximetria de pulso
Alternativas
Fibroscopia
Máscara Laríngea
Combitube
VJTT
Cricotireoidostomia
Intubação retrógrada
Fibroscopia
Visão direta
Melhor possibilidade
de erro
Menos traumática
Intubação acordado
Treinamento
MÁSCARA LARÍNGEA
Alternativa p/ situação de máxima emergência: não
intubo e não ventilo
Modificações: Fastrach
ProSeal
Fácil aprendizagem
Consegue inserir com uma abertura bucal de 1.2
cm interdentaria
Os critérios de intubação difícil parecem no ter
correlação com dificuldades no uso da máscara
laríngea
Existem diferentes tamanhos
Máscara Laríngea
Inserção da ML
COMBITUBO
Combitube
Combitube
Intubação Nasotraqueal
Estiletes Luminosos
Intubação Retrógrada
Ventilação a Jato
Transtraqueal
e Cricotireoidostomia
VJTT
CRICOTIREOIDOSTOMIA
Cricotireoidostomia
Cricotireoidostomia
Localização da
membrana
Cricotireoidea
Hióide
C. Tireóide
Membrana cricotiroidea
C. Cricóide
Glândula Tireóide
PUNÇÃO CRICOTIREOIDEA
CRICOTIROTOMIA
TRAQUEOSTOMIA
DEFINICÃO
Traqueotomía é a simples abertura na traquéia e
colocação de uma cânula buscando manter e liberar
a via aérea de forma temporária.
Traqueostomía é toda técnica cirúrgica
que
comunica a traquéia com o meio ambiente, através
de um ponto que vai da pele a traquéia.
INDICACÕES
Urgências
Obstrução súbita da via aérea
superior:
1.
Trauma
2. Corpo estranho.
3.
Inalação ou injúria por
agentes corrosivos
4.
Impossibilidade de
colocação TOT ou
nasotraqueal
INDICACÕES
Eletiva
Obstrutivas:
Apneia do sono
Injuria orofacial
Paralisia de cordas vocais pos injuria do nervo laríngeo
recorrente;
Proteção / Limpeza
Paciente comatoso
Manejo de secreções por tempo prolongado
INDICAÇÕES
Eletiva
Ventilação
- Insuficiencia respiratoria em adultos e
crianças
- Ventilação mecânica prolongada;
Outros
- Anormalidades congênitas das vias aéreas
- Complicações de intubação
oro/nasotraqueal (estenoses de glote ou subglote)
VANTAGENS DA TRAQUEOSTOMIA
Melhor tolerancia
Redução do espaço morto e da resistencia
da via aérea e redução do trabalho
respiratorio.
Facilita aspiração das vias aéreas inferiores.
Permite higiene da boca e alimentação oral.
VANTAGENS DA TRAQUEOSTOMIA
Permite falar (conforme desenho do tubo)
Previene lesões da laringe produzida por
tubo translaríngeo.
Melhor fixação (menor risco de extubação
acidental e facilita o transporte do paciente)
Facilita a alta sem incremento da estada
hospitalar.
ANATOMIA
ANATOMIA
ANATOMIA
ANATOMIA
PROCEDIMIENTO
Instrumental
Posição do paciente
Anestesia
Incisão
Locais de ostomias
Instrumental
Posição do paciente
Paciente en
hiperextenção
cervical com uma
rodilha debaixo dos
ombros para a
adequada exposição
da traquéia
Posição do paciente
Anestesia
Localização das estruturas
Anestesia
Localização das estruturas
Incisão
Incisão horizontal na
pele: dois dedos
acima da fúrcula
esternal, ampliar
suficientemente para
permitir uma
exposição adequada (
6 cm )
TECNICA CIRÚRGICA
Incisão do TCSC e platisma com dissecção
superior e inferior até expor os músculos
esternohioideos.
Localização da linha alba: linhaa entre a
musculatura prelaringea de cada lado. Sem
lateralizar a dissecção, a hemorragia é
mínima
TÉCNICA CIRÚRGICA
Localizar 2º e 3º anéis traqueais
Aplicar anestesia local.
Preparar aspirador porque a abertura da
traqueia promove a expulsão de secreções e
aspiração de sangue.
Testar o balão da cânula.
TÉCNICA CIRÚRGICA
Secção vertical em H
da traqueia, o flap
inferior suturado com
seda 3/0 a pele, para
facilitar a troca d
cânula.
TÉCNICA QUIRURGICA
Introdução da cânula
tipo shiley nº 6 a 8
segundo o calibre da
luz traqueal.
COLOCAÇÃO DO TUBO DE
TRAQUEOSTOMIA
COLOCAÇÃO DO TUBO DE
TRAQUEOSTOMIA
Inflar o balão da
cânula.
Hemostasia e suturar
a ferida.
COMPLICAÇÕES
Complicações Intra operatorias
Complicações Precoces
Complicações Tardias
COMPLICAÇÕES
INTRAOPERATORIAS
Hemorragia
Mau posição do tubo
Laceração traqueal e
Fístula tráqueo esofágica
Lesão do N. recorrente
laríngeo
Pneumotórax e
Pneumomediastino
PCR
COMPLICAÇÕES PRECOCES
Infecção de ferida
Enfisema SC
Obstrução da cânula
Desposicionamento
Disfagia
Hemorragia
Complicações Tardias
Fístula traqueo inominada
Fístula traqueo esofágica
Estenose traqueal e subglótica
Fístula traqueo cutânea
Dificuldade de extubação