1- Porque – DESAFIO DA REALIDADE

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Transcript 1- Porque – DESAFIO DA REALIDADE

O SER HUMANO VIVE À PROCURA DE
RESPOSTAS SOBRE A VIDA E, NO FUNDO,
SOBRE SI MESMO.
A fé cristã dá uma
resposta
e para dela se
apossar e vivê-la,
é necessário
um verdadeiro
mergulho
no mistério de Deus
e nas diversas
dimensões da vida
cristã.
CATEQUESE
Não basta uma síntese doutrinal,
um cursinho rápido e nem mesmo
uma catequese isolada de outros
aspectos da vida eclesial.
Não se trata de “aprender coisas”.
É necessária adesão
consciente a um
projeto de vida, ao
encontro pessoal
com Jesus Cristo.
São os adultos, mais do que as crianças que
sentem esta necessidade humana e religiosa
de entrar num novo projeto de vida =
um processo bem vivido de iniciação.
As grandes religiões, desde há muito tempo,
têm processo iniciáticos = mescla de
vivência, conhecimento e celebração.
A pessoa se deixa envolver pelo clima do
mistério e passa a agir de outro modo no
campo pessoal, comunitário e social,
envolvido pelo amor de Deus.
Para sentir-se parte de
um grupo, de uma
comunidade religiosa
(e até de uma família) a
pessoa precisa
aprender os valores e
as vivências próprias
deles.
Na tradição cristã, o
próprio Jesus formou
discípulos aos poucos
pelo chamado,
convivência, ensino,
vivência, envio,
missão,
aprofundamento...
Estrutura-se o Catecumenato (séc. II) = sólida
iniciação, para vencer tempos difíceis. Seu período
áureo foi entre os séculos III a V.
Era o caminho ordinário para conduzir os adultos
(e não as crianças) aos mistérios divinos, à
profissão de fé e à participação na comunidade.
Objetivo = aprofundamento da fé, como adesão
pessoal a Jesus Cristo e à comunidade dos
discípulos.
O catecumenato foi reduzido à Quaresma até
desaparecer e ser substituído pelo batismo de
massa (séc. VI).
Catequese e liturgia se distanciam;
catequese tem característica doutrinal e
se restringe às crianças.
Numa sociedade nominalmente cristã, a
“iniciação” é feita por imersão no próprio
ambiente cultural.
Inicia-se o longo período do
catecumenato social.
Num mundo todo cristão, a transmissão da fé se dava no seio
da família cristã e na própria sociedade.
O processo de iniciação explícita foi desaparecendo, relegado
aos assim chamados “paises de missão”.
Família cristã e sociedade
= transmissoras e
iniciadoras na fé.
O processo de iniciação
explícita foi
desaparecendo,
relegado aos assim
chamados “paises de
missão”.
Na colonização de nosso país, apesar do
esforço de adaptação dos missionários, houve
mais sacramentalização do que iniciação.
AFETAM PROFUNDAMENTE A VIDA
DOS POVOS
TRAZENDO CONSEQUÊNCIAS PARA
TODOS OS CAMPOS DA VIDA SOCIAL E
PARA A RELIGIÃO (cf.35)
Afetam os próprios critérios de
julgamento e compreensão da realidade,
provocando a crise dos valores últimos.
“PRIMEIRA GRANDE MUDANÇA CULTURAL DA ESPÉCIE
HUMANA DESDE QUE FOI INVENTADA A ESCRITA, HÁ MAIS DE 5
MIL ANOS” .
“HÁ UMA CRISE DE SENTIDO, DO SENTIDO QUE DÁ
UNIDADE A TUDO O QUE EXISTE E NOS SUCEDE
NA EXPERIÊNCIA E QUE OS CRISTÃOS CHAMAM
DE SENTIDO RELIGIOSO” (DA 37).
A PRECIOSA TRADIÇÃO
(CRISTÃ E CATÓLICA) DO
CONTINENTE COMEÇA A SE
DILUIR (cf.DA 38).
NÃO SE TRANSMITEM MAIS TRADIÇÕES CULTURAIS DE
UMA GERAÇÃO A OUTRA. ISTO AFETA O NÚCLEO MAIS
PROFUNDO DE CADA CULTURA, A EDUCAÇÃO E A
TRANSMISSÃO DA FÉ. É UM DOS FATOS MAIS
DESCONCERTANTES E ORIGINAIS QUE VIVEMOS NO
PRESENTE (cf. DA 39).
A GLOBALIZAÇÃO NOS DESAFIA
PORQUE:
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Fragmenta os sentidos;
Rompe a unidade da visão religiosa;
Corrói a religiosidade popular;
Debilita a família;
Semeia a descrença em Deus;
Desintegra a concepção de ser humano;
Coisifica os valores;
Gera subjetivismo, indiferentismo;
Fomenta o consumismo.
• Individualismo e subjetivismo religioso.
• Escolha religiosa é de acordo com o que agrada.
• Adesão parcial e religião invisível, com fraco sentido de
pertença à instituição.
• Religião pessoal construída com partes de várias
doutrinas e práticas = mosaico religioso; esoterismo.
• Religião utilitarista ligada à teologia da prosperidade.
• Religião reduzida a um espetáculo e entretenimento.
• Crítica da presença da Igreja na vida pública, reduzindo
a prática religiosa à esfera privada.
• Ausência dos senso do pecado
OPÇÃO RELIGIOSA,
HOJE,
É ESCOLHA, ADESÃO
CONSCIENTE
E NÃO HERANÇA
FAMILIAR E IMERSÃO
CULTURAL.
“Em vez de apenas censurar os tempos
modernos
e pós-modernos, com seu individualismo e
relativismo,
estamos começando a ver a “mudança de
época”
como oportunidade para promover
mais qualidade
e entusiasmo na missão.
É preciso “aproveitar intensamente esta hora de graça [...].
O mesmo Espírito despertará em nós criatividade
para encontrar formas diversas a fim de nos aproximarmos
inclusive dos ambientes difíceis,
desenvolvendo, no ministério,
a capacidade de nos convertermos
em pescadores de homens” (Missão Continental).
PRECISAMOS NOS RE-SITUAR COMO
IGREJA
CULTURA DE CRISTANDADE
CULTURA DE FERMENTO
FAZER DE TODOS OS MEMBROS DA IGREJA
DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS,
A PARTIR DO ENCONTRO PESSOAL COM CRISTO,
PARA ANUNCIAR O EVANGELHO DA VIDA.
EVANGELIZAR E FORMAR OS CRISTÃOS BATIZADOS
TORNANDO-OS DISCÍPULOS LEIGOS
QUE LEVEM O FERMENTO DO EVANGELHO À SOCIEDADE
E INCLUAM OS VALORES CRISTÃOS
NA NOVA CULTURA PÓS-MODERNA!
Somente aperfeiçoar a catequese de
adultos, jovens e
questionar todo o processo de
transmissão e educação na fé
?????
Faz-se necessário, portanto, um
projeto sólido e bem estruturado de
(re)iniciação à vida cristã, que
acolha
os desafios do tempo presente,
recupere a rica experiência da
tradição da nossa Igreja –
especialmente dos primeiros
séculos!- e atualize a memória e a
experiência de Jesus Cristo mais
do
que às demandas, às necessidades
dos homens e mulheres de hoje.
supõe uma comunidade que possa dizer,
como Jesus: “Vinde e vede”.
É inserção na totalidade da experiência de fé
dentro de uma comunidade em que se identifica
a presença ativa do fermento do evangelho e a
força transformadora do amor de Jesus.
O processo iniciático dá grande ênfase aos aspectos
litúrgico-rituais;
mas ser cristão exige o compromisso com a missão,
com a transformação da sociedade e demais dimensões
do Evangelho
Formar cristãos firmes
e conscientes, nos
novos tempos em
que a opção
religiosa é uma
escolha e não uma
imersão cultural, é
um dever que temos
como servidores do
Evangelho.
Uma proposta
emocionante,
com benefícios
para todos:
iniciantes,
iniciadores, a
comunidade
eclesial e a
sociedade.