Segurança em eletricidade Tocantins 2012 Palmas

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Transcript Segurança em eletricidade Tocantins 2012 Palmas

FUNDACENTRO - CRDF
Engº Swylmar dos Santos Ferreira
Aspectos de Segurança em
Eletricidade
em Canteiros de Obras
ACIDENTES DE TRABALHO NO
BRASIL (2010)
REGIÃO
Nº TRAB.
TÍPICO
MOTIVO
CAT registrada
TRAJETO
DOENÇA
TOTAL
ACIDENTES
/100 MIL
TRAB.
NORTE
2. 408.182
16.906
3.416
1.017
29.220
1.213
NORDESTE
8.010.839
44.365
10.526
2.199
89.485
1.117
SUDESTE
22.460.999
237.634
55.155
8.564
378.564
1.685
SUL
7.557.531
88.480
18.107
2.852
156.853
2.075
CENTROOESTE
3.630.804
27.439
7.585
961
47.374
1.305
BRASIL
44.068.355
414.824
94.789
15.593
701.496
1.896
Anuário Brasileiro de Proteção
Fonte: MTE – RAIS
/
MPS - AEPS
Acidentes e doenças decorrentes do trabalho ocorrem:
Falta de planejamento e compromisso com a questão,
o que resulta em descumprimento da legislação,

Desconhecimento dos riscos existentes no local de
trabalho,


Utilização de ferramentas gasta ou inadequadas,
Presença de ruídos, vibrações ou calor e frios
excessivos.

Principais causas de acidentes de trabalho nos canteiros de
obras:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
instalações elétricas defeituosas,
quedas de altura,
arranjo físico inadequado do espaço de trabalho,
falta de proteção de equipamentos e máquinas perigosas,
esforço físico intenso,
levantamento manual de peso,
excessiva carga de trabalho,
pressão da chefia por produtividade,
ritmo acelerado na realização das tarefas,
extensa jornada de trabalho com horas extras,
pausas inexistentes,
posturas e posições inadequadas,
trabalho noturno,
animais peçonhentos.
Identificar:
• possíveis riscos no processo de trabalho antes mesmo
que ocorram acidentes, isto é, a simples analise de risco
ou estatística, mesmo que não acuse nenhum acidente,
deve ser encarada como mais um subsidio para a
prevenção de acidentes e eliminação de causas.
Instalações elétricas temporárias:
Antes do inicio da obra para que as Instalações temporárias
sejam seguras é necessário :
1 - Projeto das instalações elétricas temporárias;
2 - Encaminhar o projeto à concessionária local. Carga a ser instalada;
3 - Localização dos Circuitos elétricos e suas ampliações (Saber posição
dos quadros de força, nº de máquinas usadas e ampliações a serem
feitas nas instalações elétricas);
4 . Localização dos componentes elétricos, redes de alta tensão instaladas pela concessionária, evitar contatos acidentais com
trabalhadores, equipamentos e veículos.
5. Transformadores e estações abaixadoras de tensão devem ser
instaladas em local isolado no canteiro de obras, com sinalização
aparente indicando perigo e somente terão acesso os profissionais
legalmente habilitados ou profissionais qualificados. Sua instalação
será feita considerando as recomendações do fabricante e normas
específicas no que se refere à sua localização e condições de
operação.
No planejamento os equipamentos e as instalações
necessárias à execução da obra devem ser relacionadas a
partir da carga requerida.
OS RISCOS MAIS FREQÜENTES AOS TRABALHADORES EM
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS TEMPORÁRIAS SÃO:
• Falta ou inadequação de aterramento
elétrico
• Falta de comunicação (sinalização) ou
orientação do trabalhador;
• Profissionais não qualificados ou
trabalhadores não capacitados
• Falta de uso ou uso inadequado de EPI
OS RISCOS MAIS FREQÜENTES AOS TRABALHADORES EM
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS TEMPORÁRIAS SÃO:
• AUSÊNCIA DE INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA
OU DESPREPARO DO TRABALHADOR NA
EXECUÇÃO DE MANUTENÇÃO EM
INSTALAÇÕES ENERGIZADAS
• EXECUÇÃO DE MANUTENÇÃO EM
INSTALAÇÕES ENERGIZADAS;
• QUEDAS DE PESSOAS PROVOCADAS POR
EQUIPAMENTOS INADEQUADOS
ESQUEMA BÁSICO DE ALIMENTAÇÃO DE
UM PONTO DE UTILIZAÇÃO
Vem da rede
1
PC
2
QUADRO
GERAL
3
4
Ponto de
utilização
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
• Instalação:
– locais visíveis;
– longe da passagem de pessoas e materiais;
• Sinalização de advertência;
• Distribuição de energia através de prumadas;
• Proibição da guarda de roupas, garrafas ......
• Manutenção elétrica.
Chaves Elétricas
PLUGS E TOMADAS
• Protegidas contra penetração de umidade ou água
• É obrigatório o uso para ligação dos equipamentos elétricos ao circuito de
alimentação.
• Não ligar mais de um equipamento a mesma tomada, a menos que o circuito
de derivação tenha sido projetado para tal.
• Quadros de distribuição móveis - a ligação se dará através de conjuntos plugtomadas.
PLUGS e TOMADAS BLINDADAS
Tabela para Baixa Tensão: 16A – 32A – 63A – 125A
– 200A
Voltagem
Côr
20 a 25V
Violeta
40 a 50V
Branca
110 a 130V
Amarela
220 a 240V
Azul
380 a 440V
Vermelha
Riscos em instalações e serviços com eletricidade
• CHOQUE ELÉTRICO
• ARCO ELÉTRICO
• RISCOS ADICIONAIS
Choque elétrico
Perturbação
Choque elétrico
Natureza e efeitos diversos
Se manifesta no organismo
Percorrido por uma corrente
elétrica
METODOS DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
Contatos
diretos
Contato inadivertidamente
com condutores energizados
Falha do material isolante
Contatos
indiretos
Contato com massas que
ficaram sob tensão devido
a uma falha do isolamento.
Cotrim, Ademaro – Instalações elétricas 4ª ed. 2ªimpressão 2006 pag 107
Terminais de equipamentos não isolados
Fontes de
choques
elétricos
Condutores ou cabos com
isolação danificada ou deteriorada
Equipamentos de utilização velhos
e/ou mal cuidados
Efeito da Corrente Elétrica
- Intensidade da corrente;
- Tempo de exposição;
- Percurso através do corpo humano;
- Condições Orgânicas do indivíduo.
Percurso através do corpo humano
Depende da posição de contato do indivíduo com o circuito,
podendo ser os mais variados e são freqüentemente
imprevisíveis.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DIRETOS DA ELETRICIDADE
Intensidade (ma)
Efeito
Causas
1a3
Percepção
Passagem provoca
formigamento
3 a 10
Eletrização
Passagem provoca
movimentos
10
Tetanização
Passagem provoca
contrações musculares,
agarramento ou repulsão
25
Parada respiratória
Corrente atravessa o cérebro
25 a 30
Asfixia
Corrente atravessa o tórax
60 a 75
Fibrilação
ventricular
Corrente atravessa o coração
EFEITOS FISIOLÓGICOS INDIRETOS DA ELETRICIDADE
Efeito
Causas
Transtornos
cardiovasculares
Afeta o ritmo cardíaco: infarto, taquicardia, dentre
outros
Queimaduras internas
Energia dissipada produz queimaduras internas:
coagulação, carbonização
Queimaduras externas
Arco voltaico – 4000ºC
Outros
Conseqüência – auditivo, ocular, nervoso, renal
Arco elétrico
O arco elétrico liberando energia térmica que, depois
de calculada, define a vestimenta de
proteção adequada para o trabalhador.
Riscos adicionais do trabalho com eletricidade
• Campos eletromagnéticos
• Trabalho em altura
• Ambientes confinados
• Áreas classificadas
• Instalações elétricas em ambientes explosivos
• Condições atmosféricas
• Umidade ou poeira
• Descargas atmosféricas
• Sobretensões transitória
• Fauna
• Flora
Contatos diretos: proteções
asseguradas através de
Barreira
Invólucro
Invólucro
A Colocação desse tipo de
proteção deve ser executada pela
concessionária local ou empresa
autorizada.
Obstáculos - destinados a impedir
contatos diretos acidentais com partes
vivas, instalados em compartimentos
onde somente têm acesso
trabalhadores autorizados.
Colocação fora de alcance – destina-se a impedir contatos acidentais entre o
trabalhador com condutores energizados mantendo distância vertical e/ou
horizontal mínima de 5 metros entre eles.
Obs. Verifica-se
pela figura, que
a altura
indicada é em
relação ao
equipamento
elétrico mais
aproximado do
solo.
Isolação das partes vivas
Tem com função isolar as partes vivas impedindo
assim contatos entre o trabalhador e a instalação
elétrica através do recobrimento total por uma
isolação (fita isolante), que tenha as mesmas
características do isolamento original do cabo e que
possa ser removida somente após sua destruição.
Contra os perigos de um contato com massas colocadas
acidentalmente sob tensão
Desligamento da fonte por disjuntor ou fusível rápidos ou
por Desligamento da fonte por um DR.
Dispositivo a Corrente Diferencial –
Residual - DR
Interruptor automático que desliga
correntes elétricas de pequena
intensidade – centésimos de ampére
que um disjuntor comum não consegue
detectar.
Proteção é eficaz em um canteiro de obras:
• DDR
• Aterramento
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Gruas - Quadro de comando, cabos, sinalização sonora (quando em
movimento). Aterramento
Manual técnico: fabricação, montagem, desmontagem, operação e
manutenção.
Elevadores de obras - Quadro de comando, cabos,
sinalização sonora (quando em movimento)
Elevador de obra – cremalheira
Transporte misto de cargas e passageiros em compartimentos separados.
Manual técnico: fabricação, montagem, desmontagem, operação e
manutenção.
Montagem, desmontagem e
manutenção:
Supervisionada por profissional
legalmente habilitado
Executada por profissional
devidamente qualificado
Operado por trabalhador
comprovadamente qualificado
Betoneiras
Policorte
Serra circular
Plataforma por cremalheira - sustentada por pinhão e
cremalheira.
- deverão dispor dos seguintes dispositivos:
a) cabos de alimentação de dupla isolação;
b) plugs/tomadas blindadas;
c) aterramento elétrico;
d) dispositivo Diferencial Residual (DR);
e) limites elétricos de percurso superior e inferior;
f) motofreio;
g) freio automático de segurança;
h) botoeira de comando de operação com atuação por pressão
contínua.
Andaimes suspensos motorizados - observada a instalação dos seguintes
dispositivos:
a) cabos de alimentação de dupla isolação;
b) plugs/tomadas blindadas;
c) aterramento elétrico;
d) Dispositivo Diferencial Residual (DR);
e) fim de curso superior e batente.
Andaime suspenso por cremalheira
ATERRAMENTO
Aterramento elétrico
• É a ligação intencional da carcaça de um equipamento elétrico com a terra,
isto é, com o solo que pode ser considerado como um condutor através do
qual a corrente elétrica pode fluir, difundido-se.
• Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos,
mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, desde que
esteja em local acessível a contatos.
• Recomendável utilizar o aterramento constante do projeto elétrico definitivo.
O condutor de aterramento deverá estar disponível em todos os andares, em
todos os quadros de distribuição
O projeto deve ser desenvolvido de acordo com as normas
vigentes da ABNT
1- Localizar e definir o local do aterramento.
2- Fazer várias medições no local.
3- Fazer a extratificação do solo.
4- Escolher o tipo de sistema de aterramento.
5- Dimensionar o sistema de aterramento, observando a
sensibilidade dos equipamentos de proteção e os limites de
segurança das pessoas.
Base técnica do projeto
NBR 5410 / 2004
Princípios de funcionamento
Parâmetros de segurança
Definida por
Características dos condutores
- Regras para dimensionamento de condutores
- Características básicas dos equipamentos de proteção
- Regras para dimensionamento da proteção
- Requisitos para projeto, instalação e manutenção
Obrigatoriedade conforme Lei nº 11337/06 atualizada
Equipotencialização
• Principal:
Para cada edificação reunindo os elementos:
a) armaduras de concreto armado e outras estruturas metálicas;
b) condutos e tubulações metálicas, ou de interligação de infra-estrutura;
c) blindagens, armações e outros que saem ou entram nas edificações;
d) eletrodos de aterramento;
e) neutro da alimentação elétrica;
f) condutor de proteção principal da I E interna do prédio;
• Suplementares:
proteção contra choques elétricos;
Sobre o Prontuário de Instalações Elétricas
PASSOS PARA A ESTRUTURAÇÃO DO PIE
Prontuário das Instalações Elétricas:
 Elaborar o Relatório Técnico das Inspeções (RTI)
de adequação à NR10.
cronograma de ações
base em um Diagnóstico de situação da empresa que analise os riscos, os
procedimentos, as documentações e as medidas de controle existentes na
área elétrica
indique todos os requisitos da NR10 não atendidos pela empresa. O RTI
deve contemplar todos os requisitos da NR10 conforme item 10.2.4, alínea
“g” da NR10.
 Elaborar os Laudos Técnicos das Instalações Elétricas
 Laudo do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) como
forma de diagnosticar as instalações físicas na área elétrica.
 O Diagnóstico e o Laudo Técnico das Instalações Elétricas comporão o RTI,
conforme requisito 10.2.4, alínea “g” da norma. O RTI e o Laudo do SPDA formarão
a base para a estruturação do Prontuário.
LAUDO TÉCNICO DO SPDA
O Laudo de inspeção do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas –
Documento técnico das inspeções e medições realizadas no SPDA de
Aterramento Elétrico
verificar a conformidade com ABNT NBR5419 e a NR10.
A NR10
conformidade das instalações elétricas com as normas
de segurança. (Item 10.2.4.b)
As inspeções e ensaios para emissão deste laudo devem ser executados segundo
os objetivos, métodos e periodicidade prescritos na norma da ABNT NBR 5419
Montagem do prontuário das Instalações Elétricas
1. O Relatório Técnico elaborado, com as respectivas recomendações e
cronograma de ações de adequação, inclusive sobre a eventual ausência de um
ou mais dos documentos abaixo citados;
2. Esquemas unifilares das instalações elétricas com especificações do sistema
de aterramento, demais equipamentos e dispositivos de proteção;
3. Documentação das inspeções e medições do SPDA e aterramentos elétricos;
4. Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas,
quando houver;
5. Normas de procedimento e instruções técnicas e administrativas de SST,
implantadas e relacionadas com NR 10 e NR 18;
6. Especificação dos EPC, EPI e o ferramental, conforme NR 10;
7. Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de
proteção individual e coletiva;
8. Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação e
autorização dos trabalhadores em serviços com eletricidade e dos treinamentos
realizados;
As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do Sistema
Elétrico de Potência devem incluir ainda no prontuário a descrição dos
procedimentos para emergências e as certificações dos equipamentos de proteção
coletiva e individual.
As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de
Potência devem constituir o prontuário com todos os documentos acima, inclusive os
procedimentos de emergência e certificações de equipamentos, exceto a
documentação
SPDA em canteiros de obras:
 Descarga elétrica atmosférica (raio) é um fenômeno da natureza
absolutamente imprevisível e aleatório;
 A implantação e manutenção de sistemas de proteção é normalizada
internacionalmente pela IEC (International Eletrotecnical Comission) e em
cada país por entidades próprias como a ABNT (Brasil), NFPA (Estados
Unidos) e BSI (Inglaterra).
 Os sistemas implantados de acordo com a a NBR-5419 da ABNT, visam
a proteção da estrutura das edificações contra as descargas que a atinjam
de forma direta,
NBR5419, 2005 - SPDA
como referência.
a eficiência aumentada - teve a norma IEC
Atualmente existem três métodos de dimensionamento:
1) Método Franklin - limitações em função da altura e do Nível de proteção;
2) Método Gaiola de Faraday;
3) Método da Esfera Rolante, Eletrogeométrico ou Esfera Fictícia.
Avaliação do risco de exposição
ABNT 5419:2005 Mapas de curvas isocerâunicas Brasil
Exemplo: Estudo realizado de Ensaio de continuidade elétrica em estrutura de
concreto armado de um edifício em construção, conforme o “Anexo E” da ABNT
NBR 5419:2005
•A construtora responsável pela obra
utiliza as ferragens estruturais como
subsistema de descida por dois motivos
principais: economia e ganho estético.
• A ferragem estrutural é conectada entre
si por meio de solda elétrica.
• As soldas são realizadas no trespasse
das ferragens horizontais de cada
pavimento e das ferragens dos pilares,
bem como com a malha de ferro da laje.
• As emendas entre barras horizontais
também são realizadas via solda.
• Dessa forma, tem-se a garantia da
continuidade elétrica e da
equipotencialização da estrutura.
Pontos de conexão na cobertura: (1) fachada principal, (2) fachada oposta, (3) e (4) sobre a
caixa d'água
George Schoenfelder e Sérgio Cabral - REVISTA O SETOR ELÉTRICO. Edição 61 - Fevereiro/2011
Obs: Aterramento de guindastes/gruas
Estruturas metálicas, com continuidade assegurada na vertical, tais como guinchos,
gruas, elevadores de carga e pessoas, etc., poderão ser usadas como elementos
naturais do SPDA. Para tal, deverão ser aterradas por uma malha de aterramento
ou simplesmente interligada ao aterramento do SPDA.
Do SPDA na obra:
• A decisão de Instalação depende do engenheiro de segurança e do
engenheiro eletricista da obra;
• Só aplicado, em geral, quando a estrutura se encontra em fase final de
construção;
•Se a construção for um silo, só na fase final.
MUITO OBRIGADO!