Palestrante: Marcos Formiga

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Tríplice Hélice – Fortalecimento
entre Academia, Governo e
Empresa.
Palestrante: Marcos Formiga – CNPq/UNB
“Estas paredes, aulas, salas,
Não sei com hei de suportá-las,
É tão restrito e augusto o espaço.
De verde não de vê pedaço.
E ficam-me nas aulas, bancos,
Pensar, ouvido e vista estanques”
Resposta e estudante a Metistófeles referindo-se a
Universidade.
Primeira parte do “Fausto” J.W von Goethe. Início do Séc. XIX
Modelo da Tríplice Hélice
Fonte: H. Etzkowitz – Triple Helix Groups – Newcastle University
Teses da Tríplice Hélice
 Universidade desempenha papel líder na sociedade baseada
no Conhecimento;
 Parte de esferas separadas ou dominantes para esferas
institucionais sobrepostas;
 Esferas de poder assumem papeis de outras:
- Universidades cria firmas (incubadoras)
- Governo como empreendedor
- Industria provê capacitação (educação corporativa).
Modelo Estático
Modelo Tríplice Hélice
Inovação Estimulada no Ponto Focal
Modelo Estático: Esferas Inclusivas
 Governo domina outras esferas;
 Coordenação burocrática de cima para baixo;
 Indústria: campeões nacionais;
 Universidade: instituição predominante de
educação.
Modelo Laissez-Faire: Esferas Separadas
 Universidade: pesquisa básica e forma Recursos
Humanos;
 Indústria: firmas ligadas pelo mercado;
 Governo: limita-se a preencher falhas do mercado;
 Empreendedor: mentalidade individualista (heroico);
 Atores (interfaces): fronteiras fortes e bem definidas
Origens do Modelo da Tríplice Hélice
 Anos 30: Inovação destrutiva (Schumpeter);
 2º Guerra Mundial: Esforço coletivo EUA;
 Pós guerra: fronteira sem fim;
 Modelos de Inovação: Linear, Reverso, Assistido e
Interativo
Organizador Regional da Inovação
 Autoridade regional: governamental ou quase
governamental (OSCIPs e OSs);
 Assume a liderança em criar espaço consensual,
convocar, e comprometer atores da Tríplice Hélice;
 Boas Práticas: Conselho da Nova Inglaterra;
União de Risco do Vale do Silício.
Espaço do Conhecimento
 Universidade e Institutos de Pesquisa;
 Potencial sub utilizado;
 Projetos de pesquisa com relevância econômica e
social;
 Transformar C&T&I em riqueza e desenvolvimento
socialmente inclusivo.
Espaço de Consenso
 Fóruns de geração de ideias e estratégias (Mapa
Estratégico, Financiamento e Política de Recursos
Humanos);
 Um local de encontro dos atores da Tríplice Hélice;
Exemplos: Parques Tecnológicos como São José dos
Campos, Florianópolis, São Carlos, Niterói Tecnópole;
Círculo de Conhecimento de Amsterdam.
Evolução das Atividades
Tríplice Hélice desde 1990
 Conferências Universidade – Indústria:
1991 – Encontro de Ciências da OTAN – Accafredda – Itália
1992 – CIT – UNAM – México
1994 – SUNY – Purchase – New York
 Conferências Internacionais de TH:
1996 – Amsterdam
2006 – Bristol
1999 – New York
2007 - Singapura
2000 – Rio de Janeiro
2002 – Copenhagen
2006 – Addis Abeba
Cenário atual no Brasil
Desempenho e Competitividade do Sistema Econômico
I) Índice de competitividade das nações – FIESP 2012
 37° posição (43 países) – responsáveis por 90% PIB mundial
 Identifica principais restrições da competitividade:
 Efeito do câmbio (10,7%)
 Carga tributária (14,3%)
 Juros
 Deficiências múltiplas (infraestrutura, burocracia e serviços–9,2%)
 Formação, qualificação e disponibilidade de Recursos Humanos
Cenário atual no Brasil
Desempenho e Competitividade do Sistema Econômico
II) Relatório de Competitividade Global - Fórum Econômico
Mundial (Davos) 2012/2013
 Classifica Brasil 48° lugar (144 economias) e define o País em
estágio intermediário (economia dirigida à maior eficiência e,
não, à inovação)
III) Índice Global de Inovação 2012 (UNESCO-INSEAD)
 Classifica o Brasil em 58° posição (141 países pesquisados)
Índice de Desenvolvimento Humano –
IDH












Calculado pelo PNUD mede nível DH 186 países (Edição 2012)
Considera 3 indicadores: Saúde, Educação, Renda. [0 a 1] cerca 1, maior IDH
1° lugar: Noruega 0,955
40° lugar: Chile (melhor América Latina 0,818)
BRICS:
55° lugar – Rússia com 0,788
85° lugar – Brasil com 0,730
101° lugar – China com 0,699
121° lugar – África do Sul com 0,629
136°lugar – Índia com 0,554
......................
196° lugar – Niger (último lugar) 0,304
Índice de Democracia - 2012 (I)
Ranking: 4 categorias




1) Democracia plena (11% da população mundial)
2) Democracia falha
3) Regime híbrido (misto de democracia e autoritarismo)
4) Regimes autoritários (sem democracia 2.6 bi de habs.)
Características:





1) Processo eleitoral e pluralismo
2) Liberdades civis
3) Funcionamento do governo
4) Participação política
5) Cultura política
 Fonte: EIU – Unidade de Inteligência The Economist
Índice de Democracia- 2012 (II)
Brasil ocupa 44° lugar em 165 países e dois territórios
- Está na 2 ° categoria “Democracia Falha” obteve notas altas nos itens 1 e 2,
média no 3, e baixas itens 4 e 5.
- 10 Países nas primeiras colocações em Democracia Plena:
1) Noruega
6) Austrália
2) Suécia
7) Suíça
3) Islândia
8) Canadá
4) Dinamarca
9) Finlândia
5) Nova Zelândia
10) Holanda
Programa Inova Empresa –
Aumento da competitividade e produtividade
Objetivo: Transformar a inovação em pilar efetivo e transversal às
múltiplas políticas públicas e privadas
-
- Recursos previstos: R$ 32,9 bilhões para o biênio 2013/2014
- Papel crucial da Ciência, Tecnologia e Inovação para ultrapassar o
estágio atual de paroxismo (6° economia mundial X 85° posição IDH)
- Criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial –
EMBRAPII, orçamento inicial de R$ 1 bilhão
Provedores Universitário
Igreja – Séc. XI (Bolonha, Paris e Oxford);
Estado – Séc. XIX (Grandes Écoles, Reforma
Canabis, França);
Empresa – Séc. XX (Educação Corporativa GE-EUA).
Missões Acadêmicas Primordiais
 Primeira: Universidades de Ensino – Século XI, fundada
por ordens religiosas;
 Segunda: Universidade de Pesquisa – Humboldt –
Século XIX;
 Terceira: Universidade de Serviços, Século XX (extensão
indutora do desenvolvimento socioeconômico e
inovação tecnológica). Pós Comissão Flexner;
 Quarta: Internacionalização, Séc. XXI – Pós Processo de
Bolonha.
Tendências na População Discente
 Tradição continuará importante, em especial, adolescentes e jovens
adultos para vivenciar experiência universitária;
 Tende robustecer procura por adultos (no mercado de trabalho) ainda
sem oportunidade de obter grau universitário. Clientela buscará cursos
online para "casar“ com experiência profissional;
 Estudantes internacionais - últimas décadas cresceu estudantes fora pais
origem para agregar valor formação universitária. Na Coreia, China e
Índia passa a ser exigência. Vide Brasil Programa CsF;
 Desprofissionalização e novas especializações. Avanço conhecimento e
revolução tecnológica impactarão formação. Empregabilidade mais
importante que formação profissional. Crescer por campos de saber,
invés de disciplinas. Ex.: Especialista informação saúde, energia,
sustentabilidade, humanidade, etc.
Tendências em Tecnologias da
Aprendizagem
 Aumento oferta cursos online, majoritariamente em instituições
superiores que visam lucros, facilitada pela internet. Irão atrair
tanto jovem universitário quanto profissional mais idade;
 Adesão crescente Universidades conhecido prestígio a cursos
que utilizam softs abertos e livres. Cenário internacional
considera mais disruptiva tendência "status quo“ médio e longo
prazos. Vide fenômeno MOOCs (Massive Online Open Course).
Tendências em Tecnologias da
Aprendizagem
 Novas tecnologias impressão/publicação irão redefinir livros textos na
Universidade e modificar papel professor (de ator em cena para
orientador ao lado). Investimentos na área serão abundantes;
 Evolução tecnologia informação (TIC’s) terá crescente uso gestão
acadêmica/universitária com aumento "staff" envolvido no "website“;
 Pressão estudantes acesso banda larga pelo crescimento ferramentas
digitais. Segundo CEPAL conexão banda larga custa:
 US$ 25 América Latina
 US$ 5 Europa
 US$ 0,05 Coréia do Sul
Fonte : John R. Dew in WIR 2012
Futuro da Educação Superior I
Algumas Tendências em implementação no Exterior que
chegam ao Brasil
 Crescente escassez de recursos financeiros para Educação
Superior;
 Aumento contínuo de benefícios aos professores e servidores;
 Redução no financiamento público da pesquisa;
 Endividamento do estudante (autofinanciamento);
 Internacionalização da Universidade e importância da
Cooperação Internacional.
Futuro da Educação Superior II
Algumas Tendências em implementação no Exterior e que
chegam ao Brasil.
a) Internacionalização da Universidade
Globalização-Regionalização: Integração econômica política e cultural
União Europeia
CPLP
Bacia do Pacifico
União Andina
MERCOSUL
BRICS
NAFTA
G20
b) Cooperação Internacional torna Universidade menos provinciana, menos auto
centrada e menos deslumbrada com o sucesso local.
Oportunidades:
- Complemento educacional para estudantes jovens todos níveis em país diferente
(mobilidade);
- Agrega competências individuais-grupo de fertilização cruzada equipes pesquisa
(diversificação);
- Manancial troca experiências aferição instrumentos e métodos avaliação resultados
em todos campos universitários (intercâmbio e comparabilidade).
UM PROGRAMA ESPECIAL DE MOBILIDADE
INTERNACIONAL EM CIÊNCIA,
TECNOLOGIA e INOVAÇÃO
Política industrial articulada com C,T&I
Exemplo da Coréia do Sul
4,00
Ano base: 2007
Investimento em P&D (%PIB)
3,50
Países com > 30 M/hab
Japão
Coreia 2007
3,00
Alemanha
EUA
2,50
França
2,00
União Européia
Coreia 1990
1,50
China
1,00
Canada
Brasil
Brasil 2007
2000
Espanha
Rússia
Reino
Unido
Itália
India
Argentina
0,50
Coreia 1976
México
Fonte: OCDE e MCT
0,00
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
PIB per capita (US$ PPP)
35.000
40.000
45.000
50.000
Número de artigos brasileiros publicados em periódicos científicos indexados pela
Thomson/ISI e participação percentual do Brasil no mundo, 1992-2008
13ª posição mundial em produção de conhecimento, com 2,7% dos artigos publicados
em revistas indexadas
Patent Registration and Innovation
Still with a Slow Pace in Brazil
Elaborado por : Carlos Brito Cruz - FAPESP
Áreas Contempladas
• Engenharias e demais áreas
tecnológicas
• Ciências Exatas e da Terra
• Biologia, Ciências Biomédicas e da
Saúde
• Computação e tecnologias da
informação
• Tecnologia Aeroespacial
• Fármacos
• Produção Agrícola Sustentável
• Petróleo, Gás e Carvão Mineral
• Energias Renováveis
• Biotecnologia
• Nanotecnologia e Novos
•
•
•
•
•
materiais
Tecnologias de Prevenção e
Mitigação de Desastres
Naturais
Biodiversidade e
Bioprospecção
Ciências do Mar
Indústria criativa
Novas Tecnologias de
Governança
Comitê de Acompanhamento e
Assessoramento
(governo + empresas)
Comitê Executivo
CCivil+ MCTI + MEC + MRE
Operação
CAPES
CNPq
Modalidades de Bolsas e
Metas Globais (2011 – 2015)
Modalidades de Bolsas
Metas
Graduação-sanduíche no exterior (1 ano)
30.460
Doutorado-sanduíche no exterior (4meses a 1 ano)
24.600
Doutorado Pleno no exterior (3 a 4 anos)
9.790
Pós-doutorado no exterior (1 a 2 anos)
8.900
Brasil Jovens cientistas de grande talento (3 anos)
860
Pesquisador Visitante Especial no Brasil (3 anos)
390
Total de bolsas do governo
Total de bolsas do setor produtivo (distribuídas entre as modalidades)
Total de bolsas
75.000
26.000
101.000
Cenário em Janeiro/2013
Metas e Resultados para 2011/2012
Modalidade
Meta Concedidas % da modalidade
Graduação-sanduíche no exterior
8.500
15.126
178%
Doutorado-sanduíche no exterior
7.700
3.594
47%
Doutorado Integral no exterior
2.690
822
31%
Pós-doutorado no exterior
3.960
2.334
59%
Jovem cientista de grande talento
420
265
63%
Pesq Visitantes Especiais
160
355
222%
23.430
22.496
96%
• Chamadas (SWG): 16 (CAPES) e 21 (CNPq) = 37
• Outras Chamadas: 12 (CNPq)
• Fluxo contínuo BE: 3 (CNPq)
•Acordos assinados com empresas: 14
• Países participantes: 19
•Equipe técnica CsF (CNPq): 16
Impacto do CsF no CNPq
Crescimento
de 1.600%
Acordos com Setor Produtivo
EMPRESA
Número de bolsas
Febraban
6.500
CNI
6.000
ABDIB
5.000
Petrobras
5.000
Eletrobras
2.500
VALE
1.000
TOTAL
26.000
Natura, BG, SAAB, Boeing, Hyundai, 3M, GSK, TIM, entre outras.
Perspectivas
Obrigado pela atenção!
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