doença renal crônica estadiamento e detecção precoce da lesão renal
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Transcript doença renal crônica estadiamento e detecção precoce da lesão renal
M.V: João Henrique A. de Carvalho Leite
DOENÇA RENAL CRÔNICA
Morbidade/mortalidade
Lesões irreversíveis, progressivas – evolução
Glomérulo, túbulo, interstício, vasculatura
Perda da função do néfron
Causas: glomerulonefrites, neoplasias, litíases, desordens
túbulo-intersticiais e degenerativas.
Muitos animais assintomáticos!!!!!!!
DOENÇA RENAL CRÔNICA
Padrão de resposta renal a injúria – RESERVA FUNCIONAL
Perda progressiva de néfrons
Hipertrofia
Hiperfiltração
Hipertensão glomerular
Aumento do consumo oxigênio
Estresse oxidativo
MECANISMOS COMPENSATÓRIOS
MECANISMOS PERPETUANTES
DOENÇA RENAL CRÔNICA
HISTÓRICO
Terminologia ampla:
Indefinições- falta de padronização
Doença renal precoce
Insuficiência renal terminal
insuficiência renal incipiente
DOENÇA RENAL CRÔNICA
International Renal Interest Society (IRIS)
20 veterinários nefrologistas
10 países diferentes
Objetivos:
1. padronizar terminologia
2. melhorar a comunicação
3. auxílio diagnóstico, monitoramento
4. informações sobre prognóstico
DOENÇA RENAL CRÔNICA
Sistema de estadiamento da doença renal
crônica:
Adoção gradual
Sociedade americana/européia
Adendos: Hipertensão/Proteinúria
DOENÇA RENAL CRÔNICA
Estabelecimento de 4 estágios DCR
Concentração da creatinina sérica é fator determinante
Categorização do animal após exclusão/tratamento
causas pré e pós renais.
Estágios da Doença Renal Crônica
ESTÁGIO
CREATININA mg/dl
1
< 1,5 cães
< 1,6 gatos
2
1,6 a 2 cães
1,6 a 2,8 gatos
3
2,1 a 5 cães
Comentários
Não azotêmico.
Inabilidade na concentração
urinária
Proteinúria.
Azotemia renal leve
IRC clássico
Sinais clínicos ausentes
Azotemia renal moderada
Sinais clínicos presentes
2,9 a 5 gatos
4
> 5 cães e gatos
Azotemia renal severa
Estágios da Doença Renal Crônica
Estágio 1
Função renal: 100 a 33%
Não azotêmico
Assintomáticos
Prioridade:
INVESTIGAÇÃO!!!!!
Correção das anormalidades encontradas
Conscientização do proprietário
MONITORAÇÃO PERÍODICA
Estágios da Doença Renal Crônica
Estágio 2
Função renal: 33 a 25%
Azotemia discreta + inabilidade em concentrar urina
IRC clássico : assintomático, sinais clínicos brandos,
Terapia = retardo na progressão da doença
Valor da dieta
Diagnóstico precoce = Maior sucesso em retardar
progressão.
Estágios da Doença Renal Crônica
Estágio 3
Função renal: 25 a 10%
Azotemia moderada
Sintomáticos
Maioria dos pacientes atendidos.
Menor efetividade na redução da progressão.
Estágios da Doença Renal Crônica
Estágio 4
Função renal: < 10%
Azotemia intensa- terminal
Magros/anorético-balanço energético negativo
Vômitos/diarréia
Distúrbios endócrinos importantes
TRATAMENTO SINTOMÁTICO: suporte nutricional,
fluidoterapia, transfusões sanguíneas.
Sub-estadiamento da DRC
Proteinúria- UP/C
ESTÁGIO
UP/C
Não proteinúrico
(NP)
< 0,2 cães e gatos
Suspeito
(S)
0,2 a 0,5 cães
0,2 a 0,4 gatos
Proteinúrico
(P)
> 0,5 cães
> 0,4 gatos
Sub- estadiamento da DRC
Pressão arterial
Risco
PAS mmHg
Mínimo (RM)
< 150
Baixo (RB)
150- 159
Moderado (RM)
160- 179
Alto (RA)
> 180
DOENÇA RENAL CRÔNICA
Correlação estágio/sub-estágio da DRC
Paciente X:
UP/C 0,7
PAS 120 mmHg
creat 3,4 mg/dl
Classificação: P, RM, III
Paciente Y:
UP/C 0,35 PAS 210 mmHg
Classificação: NP, RA, II
creat 2,0 mg/dl
DOENÇA RENAL CRÔNICA
Importância do estadiamento
Monitorar
Prognóstico
Expectativas para o proprietário
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Biomarcadores.
Constituição.
Pesquisa.
Classificação: Lesão tubular
Taxa de filtração glomerular
Lesão glomerular
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Marcadores de lesão tubular
NAG- n-acetyl-B-glucosaminidase
GGT- gamma-glutamyl-transpeptidase
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Lesão renal aguda.
Alterações tóxicas/isquêmicas
Degeneração hidrópica
Produção de ATP
Rompimento celular
Túbulo contorcido proximal mais acometido
Aumento de creatinina, proteinúria, cilindrúria, cilindros hialinos,
cilindros granulosos
PROBLEMAS!!!!!!
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Marcadores de lesão tubular
NAG- n-acetyl-B-glucosaminidase
Histórico: medicina humana 1970 (DANCE E PRICE)
Localização
Interpretação
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Aumento associado com necrose tubular em casos de
HEC-piometra
Correlação com alterações histopatológicas
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
SATO, R.; SOETA, S; M.; SYUTO, B.; SATO, J.; YAMAGISHI, N.; NAITO, Y.
Urinary excretion of N-acetyl B glucosanaminidase and its isoenzimes n cats with
urinary diseases. J.VET. MED.SCI. 64(4) 367-371, 2002.
SATO, R.; SOETA, S.;MIYAZAKI, M.; SYUTO, B.; SATO, J.; MYAKE, Y.; YASUDA,
J.;OKADA, K.; NAITO, Y. Clinical availability of urinary N-acetyl B glucosanaminidase
índex in dogs with urinary diseases J. VET. MED.SCI. 64(4) 361-365, 2002.
Sobredosagem de sulfonamidas
Insuficiência renal crônica
Não correlaciona com alterações no trato
urinário inferior
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Marcadores de lesão tubular
GGT- gamma glutamyl-transpeptidase
Localização
Interpretação
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Maior sensibilidade creatinina,
uréia, urinálise
Dano tubular precoce na
leishmaniose, dirofilariose,
intoxicação por metais pesados.
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Marcadores da taxa de filtração glomerular.
Cistatina C
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Creatinina sérica:
Limitações:
Superestima TGF:
20 % de sua eliminação ocorre por
mecanismo de secreção tubular
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Limitação:
Relação não-linear Creat X TFG
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Marcadores da taxa de filtração glomerular.
Cistatina C
Origem
Interpretação
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Comparação com a creatinina
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Marcadores de lesão glomerular
Proteína – urinálise tipo I
> 30 mg/dl
Microalbuminúria – < 30 mg/dl
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Microalbuminúria
Excelente indicador de dano
precoce
Detecção da microalbuminúria 8 a 23 semanas
16 semanas antes da detecção na urinálise
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Microalbuminúria
Indicador precoce
Biópsia renal
Dano glomerular
Proliferação mesangial e glomeruloesclerose
DETECÇÃO PRECOCE DO DANO
RENAL
Com biomarcadores:
Classificação de pacientes de risco
Detecção precoce de lesão
Identificação do segmento mais afetado
Melhorar prognóstico e sobrevida