Transcript da palestra

ECOCARDIOGRAFIA NA
CARDIOPATIA ISQUÊMICA
Vamos relembrar da fisiologia da contração e
do relaxamento e da fisiopatologia das
anormalidades segmentares isquêmicas, para
melhor entendermos as possíveis respostas a
determinados fármacos, manobras e aos
tratamentos de reperfusão (Stent ou CABG),
principalmente da artéria culpada.
Contração - Relaxamento
Cardiopatia Isquêmica
Ecocardiografia/card. isquêmica
Extracelula
r
Ca 2+ 10 -3 M
CONTRAÇÃO
Intracelular
10-5
M
Ca 2+
CITOSOL
Intracelular
Ca 2+ 10 -3 M
Extracelular
10-7
M
RELAXAMENTO
PKA/AMPc Ca++ Calm.K
Ph
Modificado de Opie, 1998. In Opie ed: The Heart 3th EDITION
Troponina I
ATP
PKA/AMPc
Troponina C - Ca2+
Modificado de Opie, 1998. In Opie ed: The Heart 3th EDITION
Contração - Relaxamento
Cardiopatia Isquêmica
Ecocardiografia/card. isquêmica
Redução Fluxo Coranário
•
•
•
•
•
•
Reduções repetidas com artéria pérvea
Oclusão com recanalização expontânea
Oclusão com recanalização - trombólise/PTCA
Oclusão com fluxo retrógrado - circ. col.
Obstrução fixa com redução constante
Obstrução sem fluxo anterógrado ou retrógrado
(sem patência da micro-circulação)
Isquemia aguda
Endotélio
(inst. Placa)
(trombose)
Necrose miócito
Destruição colágeno
Isquemia crônica
Glicólise x Ac. Graxos
ATP
Prótons
 AMPc (PKA)
Alt. Síntese Proteica
Fat.der. Endotélio
Fat.Neuro-humorais
RSP
TpI-Ca2+
Remodelamento
(miócitos)
(matriz extracelular)
Remodelamento Ventricular
Perda definitiva da função Bomba
Neuro-humorais
Alt. Sint. Proteica
Redução do fluxo coronário
Alteração Relaxamento/Contração segmentar
Instalação / Localização / Extensão
 FE regional / global / falência bomba
•
•
•
•
Instabilidade hemodinâmica
Hipertensão venocapilar pulmonar
Choque cardiogênico
Morte
Alteração contratil segmentar
Necrose miócito / Destruição do colágeno (I/III)
Via -adrenérgica- AMPc/RSP/Trop-Ca2+
Glicólise x Ácidos Graxos ( prótons)
Remodelamento miocítico /matriz extracelular
Contração - Relaxamento
Cardiopatia Isquêmica
Ecocardiografia/card. isquêmica
Ecocardiografia
Cardiopatia Isquêmica
1) Convencional (TT/TEE)
2) Ecocardiografia de Estresse
3) Ecocardiografia Contraste (microbolhas)
4) Ecocardiografia Estresse & Contraste
5) Ecocardiografia Estresse & TDI *
Strain rate, Track Srain, TSI, Sp. tracking
6) Ecocardiografia Estresse & VVI (vector velocity imaging)
Ecocardiografia
Convencional - transtorácica e transesofágica
Diagnóstico e Prognóstico
Estresse e Associações
Diagnóstico e Estratificação de Risco
Diagnóstico  Dor Precordial
Anormalidade contrátil segmentar
Aneurisma da aorta
Dissecção da aorta
Pericardite
Diagnóstico do Choque
Embolia pulmonar
Ecocardiografia
Convencional
Diagnóstico
Disfunção VE
Disfunção/ruptura MP
CIV
Pseudoaneurisma
Tamponamento
Cor-pulmonale agudo
Convencional
Sindrome Isquêmica aguda
Choque & Falência Ventricular aguda
Pseudoaneurisma
IM anterior extenso com trombo
Aneurisma com Insuficiência Mitral
CIV
Sindrome Isquêmica Aguda
Estratificação de risco
Estratégias tratamento
Estenose residual (AC)
Extensão da área de risco
Novas áreas de risco
Viabilidade
Reserva contrátil
Ecocardiografia
Estresse
Estratificação Risco
Estratificação de risco
Prognóstico
Fração de ejeção
Escore de parede
Resposta isquêmica
Reserva contrátil
Mecanismos de ação dos Indutores de
Estresse
• AUMENTO DA OFERTA - Vasodilatação sem roubo: > reserva
coronária = baixas doses Dipiridamol / Adenosina
• DIMINUIÇÃO DA OFERTA - Vasodilatação com roubo = altas
doses Dipiridamol /Adenosina.
• AUMENTO DO CONSUMO: >formação AMPc > catecolamina
exógena = Dobutamina (Beta 1)
• AUMENTO DO CONSUMO ->formação AMPc -> catecolamina
endógena (NE) - Exercício.
Dipiridamol
(adenosina)
Mobilidade
% Engrossamento
Vol. Sist. final
Fração de ejeção
Reserva contrátil
Estresse
Resposta normal
Dobutamine / Exercício
( AMPc)
 Mobilidade
 % Engrossamento
 Vol. Sist. final
 Fração de ejeção
 Reserva contrátil
Dipiridamol
(adenosina)
 Mobilidade
 % Engrossamento
= Vol. Sist. final
/= Fração de ejeção
-/=Reserva contrátil
Estresse
Resposta Isquêmica
Dobutamine / Exercício
( AMPc)
 Mobilidade
 % Engrossamento
 Vol. Sist. final
 = Fração de ejeção
 = Reserva contrátil
Discinergia pós IAM
Viabilidade?
Estenose residual (AC)?
Um ou mais vasos?
Angiografia pós IAM
(% estenose residual artéria culpada)
Coronária NL / < 30%
Estenose residual 40% - 60%
14%
38% **
Estenose residual 70% / total
TIMI 0-1 / Circ. Colateral
Estenose vaso único
36%
12%
57%
Trombolítico
57% - 65%
Barros RA - Arq Bras Cardiol 1993;61(supl II):II-71
Viabilidade & Trombólise
PTCA/CABG (49)
19
10
11
9
C / Viab
S / Viab
C / SK
S / SK
IAM
ÁREA DE RISCO
>
<
RECUPERÁVEL
NECROSE
DISCINERGIA
NÃO RECUPERÁVEL
ATORDOADO
>
<
RECUPERÁVEL
Isquemia aguda
Ação agonista
Necrose miócito
Destruição colágeno
Isquemia crônica
Glicólise x Ac. Graxos
ATP
Prótons
 - adrenérgica
 AMPc
RSP
Ativação
Reserva Coronária
TpI-Ca2+
Remodelamento
(miócitos)
(matriz extracelular)
Remodelamento Ventricular
Perda definitiva da função Bomba
Piora da Discinergia Basal - Pós IAM (DipSE)
&
Melhora da Contratilidade (Viabilidade)
Melhora 10 dias - 23 %
146 segmentos
"Discinergicos"
Melhora 30 dias - 53 %
Melhora 60 dias - 14 %
Hipocinesia
58 seg.
Acinesia
84 seg.
Discinesia
04 seg.
Responsivos
42 seg.
Responsivos
22 seg.
Responsivos
00 seg.
+ Contratilidade
31seg.
+ Contratilidade
18 seg.
+ Contratilidade
00 seg.
Sensibilidade - 96 %
Especificidade - 84 %
Valor Pred. + - 76 %
Valor Pred. - - 97 %
Acurácia
- 88 %
Barros RA - Arq Bras Cardiol 1993;61(supl II):II-71
Melhora Discinergia basal - Pós IAM - DobSE
&
Melhora contrátil (Viabilidade)
(ATCP/RM-11 e Clínico-8)
19 pac. IM anterior -159 seg.
(48 hs pós IAM)
DSE baixa dose
10 dias - 3 meses pós
Melhora expontânea
10 dias - 26%
3 meses - 51%
Sensibilidade - 86%
Especificidade - 80%
Castini D - G Ital Cardiol 1998;28(11):1215-24
Melhora Contratil pós IAM- Dip x Dob
(49 pac. ATCP/RM)(seguidos 2 meses)
Dobutamina Dip. (Bar.) Dip. (Pic.)
Sensibiliade
96
92
79
Especificidade
76
95
100
V. Pred. +
84
96
100
V. Pred. -
94
91
81
Acurácia
88
91
88
Barros RA - Rev Bras Ecocard 1995;
Ecocardiografia de Estresse
(Dipiridamol)
Resposta Isquêmica com baixa dose - Estenose crítica.
Resposta Isquêmica com alta dose - Estenose >70%.
Melhora discinergia com baixa e piora com alta - Viabilidade & estenose residual >70%.
Piora com dose alta - viabilidade & estenose 70%.
Melhora sustentada - viabilidade & estenose < 70%
Ecocardiografia de Estresse
(Dobutamina)
Resposta Isquêmica c/ baixa dose - estenose crítica
Resposta isquêmica c/ alta dose - estenose >50%.
Melhora c/ baixa/piora c/ alta dose - Viabilidade & estenose
> 50%.
Melhora sustentada - viabilidade c/ estenose < 50% *
Piora c/ dose alta sem melhora c/ baixa - estenose > 50%
Viabilidade ??
Melhora com baixa & disf. VE severa - qualidade de vida
e sobrevida (fila de transplante).
Melhora Contratil /Viabilidade - DobSE
Dobutamina dose baixa
x
Tomografia Emissão Positron
17 pac. IAM anterior (trombolítico)
PET mioc. viável 11 pac.
perfusão normal - 5
WMSI - 12  7,8 (P<0,001)
melhora contrátil
hipoperfusão - 6
=WMSI - 1412 (P=0,05)
melhora contrátil - 1 pac.
Resultados Concordantes
79%
PET mioc. não viável - 6
WMSI 15  14,7 (P = NS)
melhora contrátil - 00 pac.
Piérard LA - Lam Coll Cardiol 1990;15(5):1021-31
Estratificação de Risco pós IAM - DipSE
(seguidos 3 anos)
539 pac.  118 eventos
morte - 11
reinfarto - 12
RM - 95
DET + precoce (204) eventos (83) 41%
DET + tardio (082) eventos (21) 26%
DET (253) eventos (14) 06%
Picano E- Circulation 1989; 80(3):450-7
Estratificação de risco pós IAM - DipSE
(10 dias IM) (seguidos 14 meses) (EPIC)
925 pac. (dip 0,84 - 10 min)
morte - 34
reinfarto -37
angina classe III/IV- 104
recascularização- 149
Preditores Eventos
Piora/ext. discinergia
Novas áreas discinergia
Morte
DET - 2 %
DET + tardio - 4 %
DET + precoce - 7 %
Sicari R - J Am Coll Cardiol 1997; 29(2):254-60
Estratificação de Risco Pós IAM - DobES
(7,4  4,6 meses)
125 pac.  47 eventos
Morte - 09
Reinfarto - 05
Rev. mioc. - 10
ICC - 02
Piora da discinergia
&
Eventos (P<0,0001)
DSE negativo
Melhora da discinergia sustentada
Melhora com baixa / piora com alta dose
Piora da discinergia homo e/ou heterozonal
de la Torre M del M - Vev Esp Cardiol 1999;52(4):237-44
Estratificação de Risco Pós IAM - DobSE
(FE < 0,40% - 18 meses)
350 pac.  76 eventos
Morte - 59
Reinfarto - 11
Morte/reanimação - 6
FE< 0,40 c/ Resp. isquêmica
&
> eventos - trat. clínico
Resposta bifásica & Morte
Melhora sustentada (clínico) - (04/83) 05%
Fibrose /cicatriz
(clínico) - (13/99) 13%
Resposta isquêmica (clínico) - (53/90) 59%
Resposta isquêmica (Revasc) - (06/78) 08%
bifásica - 104 pac
piora discinergia - 64
Smart SC - J Am Coll Cardiol 1999;33(2):512-21
Melhora Qualidade de vida / GF- DobES
(FE 0,28  0,07) (pós RM)
63 pac. ICC
VE/isq.- 83%  18% seg.
Melhora baixa dose
Piora/extensão com alta dose
Piora / extensão
&
 Qualiddade vida
 GF/cap. Exercício
Viabilidade DES - 43  18% &  Qual.Vida/GF (r=0,23)
Marwick TH- J Am Coll Cardiol 1999; 33(3):750-8
Resumo
• Ecocardiografia de estresse  PET (< sensib.),
• DipSE (> esp) e DobSE (> sensib)- resultados ,
• Piora da discinergia- pred. melhora contratil e estenose residual
limitante de fluxo da AC,
• Melhora contrátil não pode ser observada em significativo número
de pacientes, na fase precoce, pós IAM.
• Piora/extensão/novas áreas/WMSI- preditores de eventos,
• Melhora sustentada - < eventos *
• FE baixas- resposta isquêmica & > mortalidade e WMSI &
melhora da capac. funcional pós RM.
Tape II- Eco Estresse
Isquemia funcional
Isquemia & Viabilidade
Viabilidade em PO tardio
Viabilidade & Isquemia pós IM 30 dias
Patência
da
Microcirculação
>Sensibilidade
Viabiliadade Miocárdica
Melhora a identificação
Endocárdio e Miocárdio
Contraste
Microbolhas
Fração de ejeção
Score de parede
Resposta isquêmica
>Sensibilidade
Resposta Isquêmica
Viabiliadade Miocárdica
TSI (tissue sinc. image)
VVI (vector velocity image)
avaliação temporal da
contração e do relaxamamento
avaliação da
fração de ejeção regional
melhora avaliação da fração
de ejeção global e do escore
de parede
Sala Emergência
Unidade Coronária
Unidade de dor torácica
Pós IAM
Disfunções crônicas do VE
Definição estratégias de tratamento
Estratificação de risco novos eventos
Melhorando o prognóstico da
Cardiopatia Isquêmica