Apresentação 7 - Avaliação Funcional
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Transcript Apresentação 7 - Avaliação Funcional
Avaliação Funcional e
Processo Incapacitante
Curso “Doenças Crônicas nas
Redes de Atenção à Saúde”
Ministério da Saúde
A capacidade de tomar decisões e a de
autogoverno podem ser comprometidas
por doenças físicas e mentais ou por
restrições econômicas e educacionais.
A avaliação funcional, é uma etapa
importante no processo de cuidado das
pessoas idosas e com comprometimento
físico e / ou neurológico.
Trata-se de um processo
sistematizado de avaliar
objetivamente os níveis no qual
uma pessoa está funcionando
numa variedade de áreas utilizando
diferentes habilidades.
Representa uma maneira de medir
se uma pessoa é ou não capaz de
desempenhar
as
atividades
necessárias para cuidar de si
mesma.
Caso não seja capaz, verificar se
essa necessidade de ajuda é parcial,
em maior ou menor grau, ou total.
A Capacidade Funcional é avaliada
no desempenho das atividades
cotidianas ou atividades de vida
diária.
Essas atividades são
subdivididas em:
a) Atividades de Vida Diária (AVD)
São
as
relacionadas
ao
autocuidado e que, no caso de
limitação
de
desempenho,
necessitam a presença de um
cuidador para auxiliar.
Fonte:BRASIL, 2007
São elas:
Alimentar-se
Banhar-se
Vestir-se
Mobilizar-se
Deambular
Ir ao banheiro
Manter controle sobre
necessidades fisiológicas.
Fonte:BRASIL, 2007
suas
b) Atividades Instrumentais da Vida
Diária (AIVD)
São
aquelas
relacionadas
à
participação do individuo em seu
entorno social e indicam a
capacidade do mesmo em levar
uma vida independente dentro da
comunidade.
Fonte:BRASIL, 2007
São elas:
Utilizar meios de transporte
Manipular medicamentos
Realizar compras
Realizar tarefas domésticas leves e
pesadas
Utilizar o telefone
Preparar refeições
Cuidar das próprias finanças
Fonte:BRASIL, 2007
As avaliações funcionais dão ênfase às
Atividades de Vida Diárias (AVD).
A primeira escala desenvolvida, e mais
utilizada, é a Escala de Katz, que mede a
habilidade da pessoa em desempenhar
suas atividades cotidianas de forma
independente,
determinando
as
necessidades de intervenções de
reabilitação.
Posteriormente, foi proposto por Lawton
um outro instrumento para avaliar as
Atividades Instrumentais de Vida Diária
(AIVD) (consideradas mais complexas e
cuja independência para desempenho está
diretamente relacionada com a capacidade
de vida comunitária independente).
A capacidade em realizá-las torna as
pessoas mais autoconfiantes para a
vida em comunidade.
Fonte:BRASIL, 2007
Outro instrumento de avaliação
funcional que tem sido utilizado, é
denominado Medida de
Independência Funcional (MIF) que
procura quantificar a ajuda
necessária ao individuo, por isso,
tem se mostrado muito útil no
planejamento assistencial.
Fonte:BRASIL, 2007
Diferença entre desempenho e capacidade
funcional.
Desempenho avalia o que o idoso, ou
individuo com comprometimento físico ou
neurológico realmente faz no seu dia-a-dia.
A capacidade funcional avalia o potencial que
a pessoa tem para realizar a atividade, ou seja,
sua capacidade remanescente, que pode ou
não ser utilizada.
Fonte:BRASIL, 2007
Por exemplo: quando o indivíduo mora em
uma casa que possui escada e não a utiliza
porque a família teme que ele caia. Logo,
não desempenha a função de descer e subir
escada por limitação da família, mas, possui
capacidade funcional para executá-la.
Fonte:BRASIL, 2007
O processo incapacitante corresponde à
evolução de uma condição crônica que
envolve fatores de risco – demográficos,
sociais, psicológicos, ambientais, estilo
de vida, comportamentos e
características biológicas dos indivíduos.
Fonte:BRASIL, 2007
Estruturação do processo incapacitante:
Fatores de
risco
Processo Incapacitante
Ambiente
Doença
Déficit
Limitação Funcional
Incapacidade
Pessoa
Fatores intra e
extra individuo
Fonte:BRASIL, 2007
Dentre as consequências do processo
incapacitante destacam-se a
hospitalização e a institucionalização,
que influenciam a qualidade de vida das
pessoas idosas e/ou com dependência
funcional.
Três conceitos apresentam-se
interligados e interdependentes
quando se discute o processo
incapacitante. São eles: autonomia,
independência e dependência.
Fonte:BRASIL, 2007
Autonomia
Pode ser definida como auto-governo e se
expressa na liberdade para agir e para
tomar decisões.
Independência
Significa ser capaz de realizar as
atividades sem ajuda de outra pessoa.
Dependência
Significa não ser capaz de realizar as
atividades cotidianas sem a ajuda de outra
pessoa.
Fonte:BRASIL, 2007
Muitas pessoas mantêm sua autonomia
(capacidade de decisão) embora sejam
dependentes (incapacidade física para
executar uma determinada ação).
Por exemplo: um idoso que após um AVE
apresenta limitação em sua mobilidade e
requer
auxílio
para
tomar
banho
(dependência), mas pode ser perfeitamente
capaz de decidir o horário do banho, a roupa
que prefere vestir (autonomia), etc.
Fonte:BRASIL, 2007
A avaliação funcional determinará,
necessariamente, o grau de dependência e os
tipos de cuidados que serão necessários, além de
como e por quem os mesmos poderão ser mais
apropriadamente realizados.
Nos próximos slides, apresentamos alguns
instrumentos que possibilitam a avaliação do grau
de independência:
Fonte:BRASIL, 2007
Continuação...
Para ter acesso à versão
completa desses e de outros
instrumentos, acesse o material
no acervo do curso do caso José
Clemente!
Referências Bibliográficas
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa
idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde,
2007. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf