Slide 1 - Hospital 9 de Julho

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Transcript Slide 1 - Hospital 9 de Julho

- 65% são decorrentes de trânsito (carros, motos e atropelamento) - 25% quedas banais (principalmente em idosos) - 10% queda de altura e acidentes industrias - Predomínio de pacientes do sexo masculino – 67% - Idade média – 37 anos

- 65% são decorrentes de trânsito (carros, motos e atropelamento) - 25% quedas da própria altura (principalmente em idosos) - 10% quedas de altura e acidentes industrias - Predomínio de pacientes do sexo masculino – 67% - Idade média – 37 anos Ref : Fraturas do anel pélvico: Estudo epidemiológico - 2004 Chueire/Carvalho Filho/Santos/Pockel

Burgess e Young

- Compressão Lateral - Compressão Ântero-Posterior - Compressão Vertical (Cisalhamento) - Mecanismo Combinado

Tile

Grupo A - Grupo B - Grupo C

Judet e Letournel

A - asa ilíaco - B - ílieo com extensão sacro-ilíaca - C - trans-sacral - D - sacral unilateral - E - sacroiliaca - F - acetabular - G - ramo púbico - H - ísquio - I - sínfise

Burgess e Young

- Compressão Lateral - Compressão Ântero-Posterior - Compressão Vertical (Cisalhamento) - Mecanismo Combinado

Tile

Grupo A - Grupo B - Grupo C

Judet e Letournel

A - asa ilíaco - B - ílieo com extensão sacro-ilíaca - C - trans-sacral - D - sacral unilateral - E - sacroiliaca - F - acetabular - G - ramo púbico - H - ísquio - I - sínfise

Burgess e Young

- Compressão Lateral - Compressão Ântero-Posterior - Compressão Vertical (Cisalhamento) - Mecanismo Combinado

Tile

Grupo A - Grupo B - Grupo C

Judet e Letournel

A - asa ilíaco - B - ílieo com extensão sacro-ilíaca - C - trans-sacral - D - sacral unilateral - E - sacroiliaca - F - acetabular - G - ramo púbico - H - ísquio - I - sínfise

        LC – I compressão lateral ◦ Fratura sacral do lado do impacto LC – II compressão lateral ◦ Fratura do ilíaco do lado do impacto LC-III compressão lateral ◦ Associação dos tipos I ou II com abertura de sacro-ilíaca AP-I compressão ântero-posterior ◦ Mínima abertura da sínfise e/ou da sacro-ilíaca anterior AP-II compressão ântero-posterior ◦ Abertura clara da sínfise e da sacro ilíaca anterior apenas AP-III compressão ântero posterior ◦ Abertura da sacro-ilíaca completa (incluindo posterior) VS – cisalhamento vertical ◦ Qualquer padrão de fratura que possibilite a ascensão de hemipelve CM – mecanismo combinado

A Fraturas estáveis

A1 : fraturas por avulsão A2 : fraturas estáveis da asa do ilíaco ou pouco deslocadas A2.1: isoladas da asa ilíaca A2.2: fraturas do anel sem ou com pouco deslocamento A2.3: lesões isoladas do anel anterior (4 pilares) A3 : fraturas transversas do cóccix e sacro A3.1: fratura do cóccix ou deslocamento sacro coccígeo A3.2: fratura transversa do sacro não deslocada A3.3: fratura transversa do sacro deslocada

B – fraturas parcialmente estáveis

B1: lesão em livro aberta (rotacionalmente instável) B2: lesão por compressão lateral B2.1: lesão anterior e posterior ipsilateral B2.2: tipo contra lateral (em alça de balde) B3: tipo bilateral

C fraturas instáveis

C1: lesão unilateral C2: lesão bilateral, um lado B e outro C3: lesão bilateral, ambas C C

         A asa ilíaco B ílieo com extensão sacro-ilíaca C trans-sacral D sacral unilateral E sacroiliaca F acetabular G ramo púbico H ísquio I sínfise

As fraturas foram classificadas de acordo com Tile em: - estáveis, em 55% (fraturas do tipo A) rotacionalmente instáveis, em 30% (fraturas do tipo B) - rotacional e verticalmente instáveis, em 15% (fraturas do tipo C) A fratura mais frequentemente encontrada foi a dos ramos isquiopúbicos

ATLS

◦ A - vias aéreas – com preservação da coluna cervical ◦ ◦ ◦ ◦ B - respiração C - circulação – incluindo investigação de sangramentos de grande volume D - déficits E - exposição com controle da hipotermia

ATLS

◦ A - vias aéreas – com preservação da coluna cervical ◦ ◦ ◦ ◦ B - respiração C - circulação – incluindo investigação de sangramentos de grande volume D - déficits E - exposição com controle da hipotermia A morte decorrente do trauma ocorre em três momentos: Pico 1 - nos primeiros segundos ou minutos após o trauma; raramente o paciente é salvo Pico 2 - nos primeiros minutos até várias horas após o trauma; o ATLS visa este pico Pico 3 - nos vários dias ou semanas passados após o trauma; decorre de complicações na evolução do paciente Divide-se o socorro ao paciente politraumatizado em duas fases: Fase pré-hospitalar: esta requer entrosamento entre a equipe de socorro e o hospital contatado, além de bom senso de ambos para que não se protele a ida deste a um hospital que sabidamente tenha condições de atendê-lo Fase hospitalar: é a fase que efetivamente se inicia após a chegada do paciente no hospital. No entanto, estando o hospital previamente avisado da chegada do(s) paciente(s), este deverá se organizar para tornar prontamente disponíveis pessoal e equipamentos.

Principais parâmetros clínicos que devem ser examinados:  Déficit neurológico envolvendo o PLEXO LOMBOSSACRAL  Contusões, equimoses e abrasões na pelve, nos flancos e no períneo  Sangue no meato uretral/hematúria  Sangue dentro ou ao redor da reto (toque retal)  Feridas abertas na virilha, nádega e períneo  Comprimento desigual de algum dos membros ou rotação externa de uma extremidade  Mobilização anormal da pelve em ântero-posterior ou lateral compressão EIAS e crista ilíaca  Manobras de compressão de bacia e sacro-ilíaca: compressão látero-lateral, ântero posterior, manobras de provocação da articulação sacro-ilíaca (Patrick-Fabere e Gaenslen)

EXAMES DE IMAGENS

 Avaliação inicial: radiografia em AP da Pelve  Incidências adicionais: inlet e outlet, alar e obturatriz  A TC é imperativa em qualquer suspeita de fratura de bacia

As incidências oblíquas alar e obturatriz completam a série de radiografias e avaliam as asas dos ilíacos e os acetábulos apropriadamente

Os procedimentos constam basicamente de métodos de estabilização óssea e diminuição do volume da pelve.

O espaço retroperitoneal pode se estender desde o tronco até a fossa poplítea, e o volume sanguíneo que pode ser acumulado nesse espaço virtual, quando aberto e dissecado, supera a volemia normal.

Os procedimentos constam basicamente de métodos de estabilização óssea e diminuição do volume da pelve.

O espaço retroperitoneal pode se estender desde o tronco até a fossa poplítea, e o volume sanguíneo que pode ser acumulado nesse espaço virtual, quando aberto e dissecado, supera a volemia normal.

O fechamento da bacia através de fixação externa é a primeira medida a ser adotada.

Os procedimentos constam basicamente de métodos de estabilização óssea e diminuição do volume da pelve.

O espaço retroperitoneal pode se estender desde o tronco até a fossa poplítea, e o volume sanguíneo que pode ser acumulado nesse espaço virtual, quando aberto e dissecado, supera a volemia normal.

O fechamento da bacia através de fixação externa é a primeira medida a ser adotada.

Caso essa primeira providência não surta efeito, podemos lançar mão de outros recursos. A embolização arterial pode ser conseguida com uma angiografia, porém é um recurso que muitas vezes não está disponível em muitos hospitais.

Os procedimentos constam basicamente de métodos de estabilização óssea e diminuição do volume da pelve.

O espaço retroperitoneal pode se estender desde o tronco até a fossa poplítea, e o volume sanguíneo que pode ser acumulado nesse espaço virtual, quando aberto e dissecado, supera a volemia normal.

O fechamento da bacia através de fixação externa é a primeira medida a ser adotada.

Caso essa primeira providência não surta efeito, podemos lançar mão de outros recursos. A embolização arterial pode ser conseguida com uma angiografia, porém é um recurso que muitas vezes não está disponível em muitos hospitais. Outra opção amplamente difundida na Europa e Estados Unidos da América, é a realização do tamponamento com compressas ( hemodinâmico do paciente.

pelvic packing

), com colocação de conjuntos de compressas na região retropúbica e sacroilíacas, provisoriamente, para conter o sangramento de forma mecânica, na tentativa de restabelecer o controle

 Grupo A: raramente necessitam de fixação interna.

  Grupo A: raramente necessitam de fixação interna. Grupo B: as lesões em “livro aberto acentuado” requerem fixação interna. Lesões por CL raramente necessitam de fixação interna (exceto: discrepância de MMII > 2cm ou deformidade em rotação interna).

   Grupo A: raramente necessitam de fixação interna. Grupo B: as lesões em “livro aberto acentuado” requerem fixação interna. Lesões por CL raramente necessitam de fixação interna (exceto: discrepância de MMII > 2cm ou deformidade em rotação interna). Grupo C: maioria delas requerem redução aberta e fixação interna.

    Grupo A: raramente necessitam de fixação interna. Grupo B: as lesões em “livro aberto acentuado” requerem fixação interna. Lesões por CL raramente necessitam de fixação interna (exceto: discrepância de MMII > 2cm ou deformidade em rotação interna). Grupo C: maioria delas requerem redução aberta e fixação interna. As fraturas dos ramos púbicos necessitarão de fixação interna se associados a lesão neurológica ou vascular, ou se estiverem totalmente desviadas ou irredutíveis.

     Grupo A: raramente necessitam de fixação interna. Grupo B: as lesões em “livro aberto acentuado” requerem fixação interna. Lesões por CL raramente necessitam de fixação interna (exceto: discrepância de MMII > 2cm ou deformidade em rotação interna). Grupo C: maioria delas requerem redução aberta e fixação interna. As fraturas dos ramos púbicos necessitarão de fixação interna se associados a lesão neurológica ou vascular, ou se estiverem totalmente desviadas ou irredutíveis. Pacientes com traumas pélvicos posteriores necessitam ficar sobre tração óssea (supracondilar ou na TAT) para manter a redução posterior.

A fixação externa é o método de eleição para uso na emergência visando a compensação do paciente:

1- reduz o volume pélvico 2- limita a possibilidade de dissecção por volume do espaço retro-peritoneal e adjacências 3- acrescenta pouca agressão cirúrgica 4- rápida execução 5- permite a implementação de medidas complementares (outros procedimentos cirúrgicos, mobilizações, etc.) quando necessário

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Fechamento da pelve por lençol Vestimenta Pneumática Antichoque (calça militar) Embolização arterial Clamp de Ganz “Atadura pélvica”

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Fechamento da pelve por lençol Vestimenta Pneumática Antichoque (calça militar) Embolização arterial Clamp de Ganz “Atadura pélvica”

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Fechamento da pelve por lençol Vestimenta Pneumática Antichoque (calça militar) Embolização arterial Clamp de Ganz “Atadura pélvica”

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Fechamento da pelve por lençol Vestimenta Pneumática Antichoque (calça militar) Embolização arterial Clamp de Ganz “Atadura pélvica”

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Fechamento da pelve por lençol Vestimenta Pneumática Antichoque (calça militar) Embolização arterial Clamp de Ganz “Atadura pélvica”

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Fechamento da pelve por lençol Vestimenta Pneumática Antichoque (calça militar) Embolização arterial Clamp de Ganz “Atadura pélvica”

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Fechamento da pelve por lençol Vestimenta Pneumática Antichoque (calça militar) Embolização arterial Clamp de Ganz “Atadura pélvica”

Zonas anatômicas para classificação dos hematomas retroperitoneais e suas relações com os órgãos e vasos maiores. Zona I, central/medial Zona II, peri-renal/flancos Zona III, pélvicos

(Modificado de Goins, 1997)

a angiografia tem uma utilidade muito limitada já que se demostrou que o maior sangramento tem origem venosa

Turan CH, Duben MA, Lecroy CM: Approach to the polytraumatized patient with musculoskeletal injuries. Journal American Academy Orthopaedic Surgery. 1999. 7: 154-165

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LESÕES VASCULARES PÉLVICAS

Os hematomas pélvicos são angustiantes para o cirurgião. A experiência determina que, se a lesão foi causada por um traumatismo contuso, em geral as veias pélvicas são os vasos sangrantes. A hemorragia venosa pélvica é controlada mais facilmente por métodos incruentos e a descompressão do hematoma pélvico pode resultar em sangramento torrencial.

É importante conhecer a anatomia das veias ilíacas internas, cujos ramos colaterais formam um plexo, onde uma laceração pode ter um efeito devastador, porque não há estruturas circunvizinhas que deem sustentação à tentativa de rafia; o tecido muscular é escasso e só há praticamente retroperitônio e pelve óssea .

Em 15% dos pacientes que apresentam lesões arteriais sangrantes com fraturas pélvicas, a embolização por cateterismo arterial é altamente eficaz. Assim, os hematomas pélvicos isolados associados a um traumatismo contuso e as fraturas pélvicas não são explorados, a não ser quando existe uma indicação clara de lesão de um dos grandes ramos da aorta, conforme mostrada pela exsanguinação e pela evidência clínica de isquemia nas extremidades inferiores.

A decisão de explorar o hematoma na pelve, produzido por feridas penetrantes é individualizada. As lesões associadas a traumatismos pélvicos penetrantes são comuns, incluindo reto, bexiga, útero, vagina e ureter. A exploração completa da área da lesão na pelve costuma ser necessária para tratar essas feridas (Mullins, 1986).

LESÕES VASCULARES PÉLVICAS

Os hematomas pélvicos são angustiantes para o cirurgião. A experiência determina que, se a lesão foi causada por um traumatismo contuso, em geral as veias pélvicas são os vasos sangrantes. A hemorragia venosa pélvica é controlada mais facilmente por métodos incruentos e a descompressão do hematoma pélvico pode resultar em sangramento torrencial.

É importante conhecer a anatomia das veias ilíacas internas, cujos ramos colaterais formam um plexo, onde uma laceração pode ter um efeito devastador, porque não há estruturas circunvizinhas que deem sustentação à tentativa de rafia; o tecido muscular é escasso e só há praticamente retroperitônio e pelve óssea .

Em 15% dos pacientes que apresentam lesões arteriais sangrantes com fraturas pélvicas, a embolização por cateterismo arterial é altamente eficaz. Assim, os hematomas pélvicos isolados associados a um traumatismo contuso e as fraturas pélvicas não são explorados, a não ser quando existe uma indicação clara de lesão de um dos grandes ramos da aorta, conforme mostrada pela exsanguinação e pela evidência clínica de isquemia nas extremidades inferiores.

A decisão de explorar o hematoma na pelve, produzido por feridas penetrantes é individualizada. As lesões associadas a traumatismos pélvicos penetrantes são comuns, incluindo reto, bexiga, útero, vagina e ureter. A exploração completa da área da lesão na pelve costuma ser necessária para tratar essas feridas (Mullins, 1986).

LESÕES VASCULARES PÉLVICAS

Os hematomas pélvicos são angustiantes para o cirurgião. A experiência determina que, se a lesão foi causada por um traumatismo contuso, em geral as veias pélvicas são os vasos sangrantes. A hemorragia venosa pélvica é controlada mais facilmente por métodos incruentos e a descompressão do hematoma pélvico pode resultar em sangramento torrencial.

É importante conhecer a anatomia das veias ilíacas internas, cujos ramos colaterais formam um plexo, onde uma laceração pode ter um efeito devastador, porque não há estruturas circunvizinhas que deem sustentação à tentativa de rafia; o tecido muscular é escasso e só há praticamente retroperitônio e pelve óssea .

A arteriografia e embolização estão indicadas quando permanece a instabilidade hemodinâmica após a fixação externa da bacia.

 ◦ ◦ ◦ ◦ Uma grande quantidade de pacientes (54%) possuem outras lesões associadas: ◦ 15% pacientes necessitaram de laparotomia exploradora ◦ 2% destes apresentavam lesões em grandes vasos pélvicos 13% outros traumas abdominais variados 7% com trauma torácico 12% com traumatismo crânio-encefálico (TCE) 50% apresentavam outras fraturas associadas, sendo 18% destas, fraturas de acetábulo.

 23% necessitaram de transfusão sanguínea nas primeiras 48 horas. Uma média de cinco unidades de sangue por paciente, variando de duas a dez unidades.  ◦ ◦ ◦ Segundo Biffl e Demetriades, lesões associadas com fraturas do anel pélvico: ◦ 63% lesões de tórax (contusão pulmonar, fratura de costela e hemo pneumotórax) ◦ 50% teve fratura de outro osso longo 40% lesão de cabeça ou cérebro 40% lesão de órgão sólido (baço ou fígado) 25% algum tipo de fratura da coluna .

        Como complicações imediatas foram encontradas: síndrome compartimental em coxa tromboses venosas profundas (TVP) embolia pulmonar neuropraxias do nervo ciático, femoral, obturatório, outros óbitos hemorragias pélvicas: lesões de artérias e veias lesões da uretra e da bexiga lesões de reto e vagina

Exemplos

 As fraturas da pelve são lesões relativamente raras, porém com capacidade de causar extrema instabilidade hemodinâmica e até a morte, visto que a taxa de mortalidade gira em torno de 10 a 15% lesões fechadas, e a até 50% nas expostas.

O rápido diagnóstico, entendimento da lesão e tratamento adequado, são essenciais para a sobrevida dos pacientes e para o bom resultado funcional.