Alimentação e Nutrição
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Alimentação e Nutrição
1. Introdução:
1.1.Finalidades da Alimentação: nutrição (energia, construção
e manutenção de tecidos, crescimento e reprodução).
1.2. Universalidade da dependência da luz solar
1.3. Aspectos do estudo da função de alimentação e
nutrição
1.3.1. Captação e ingestão dos alimentos
1.3.2. Digestão: solubilizar e tornar menor
1.3.3. Nutrição: quanto e o que comer (energia e
nutrientes essenciais)
1.3.4. Defesa química: ...tornando-se
indesejáveis...
Métodos de captação e ingestão de
alimentos
1.
Captação ao nível celular
1.1. absorção de nutrientes através da superfície
corporal (endoparasitas como platelmintos,
protozoários, invert aquáticos)
1.2. Endocitose (fago ou pinocitose): molécula se liga à
superf. invaginação tubo endocítico
(protozoários, revestimento do TD de metazoários).
2.Captação por filtração: os animais dependem das correntes de água
trazerem pequenos organismos, capturados de várias maneiras:
• Esponjas: água flui através da esponja. Também os flagelos em células
especiais (coanócitos) criam correntes de água.
2. Captação por filtração (cont.)
Bivalves:
Os cílios drenam a água através de sifões
inaladores e exaladores.
As brânquias atuam como filtros, os cílios das brânquias
movimentam partículas para dentro da boca.
Animais móveis (larvas de anfíbios , flamingos e baleias):
Eubalena glacialis
3. Ingestão de fluidos
Perfurando e sugando: platelmintos,
nematodeos, anelídeos e artrópodes.
Sugadores de sangue (uso de
anticoagulantes): sanguessugas e insetos
3. Ingestão de fluidos (cont.)
Liquefação das vísceras da vítima por
enzimas proteolíticas (platelmintos)
Sucos vegetais:
Cortando e lambendo: moscas, lampréias,
morcegos vampiros
4. Captura da presa (diferentes métodos e apêndices:
dentes, bicos, membros anteriores modificados
de artrópodes)
Filtração no kril
Universalidade da dependência da luz solar?
Aberturas térmicas (270-380°C): profundidade (2.500m), ausência de luz,
poucos nutrientes, alta pressão (250 atm) e abundância de animais(> 300
espécies novas desde 1977).
• a cadeia alimentar depende da quimiossíntese bacteriana
•Animais se alimentam das bactérias, abrigam bactérias em seu corpo ou
comem outros animais que se alimentam das bactérias.
• As bactérias oxidam sulfetos que saem dos gêisers e os transformam em
energia (quimiossíntese) - são capazes de fixar C a partir de CO2 em
carboidratos p/ usar como fonte de energia com ATP bacteriano.
• A Hb (que transporta H2S para as bactérias) torna os vermes vermelhos
Fumaças negras
Vermes tubulares gigantes
(bactérias simbiontes nos
trofosomas)
Digestão
1. Finalidades (tornar menor e solúvel)
Digestão intra- e extracelular
Digestão enzimática: comparação entre
vertebrados e invertebrados (hidrólise)
2. Proteínas: proteases (endoproteases = pepsina,
tripsina, quimotripsina, enteroquinase;
exoproteases = aminopeptidase e
carboxipeptidase)
Digestão (cont.:)
3. Lipídios (ácidos graxos, monoglicerídeos,
triglicerídeos, esteróis e fosfolipídios)
- Lipases
Digestão
4. Carboidratos (enzimas: carboidrases =
glicosidases e polissacaridases)
Monossacarídeos-(glucose, frutose, manose
etc)
- prontos para absorção
Dissacarídeos (lactose, maltose, sacarose etc)
– enzimas ligadas à membrana intestinal :
lactase, maltase, sacarase etc
Polissacarídeos (amido, glicogênio, celulose
etc)- enzimas: -amilase,….celulase etc
4. Carboidratos: Digestão da celulose em vertebrados
(ruminantes e não-ruminantes: ungulados, bicho
preguiça, marsupiais, tartaruga verde marinha, iguana
comum, etc) e invertebrados (caracóis, teredinídeos,
camarão, traças, térmitas etc).
5. Importância dos simbiontes para a Nutrição animal
(celulose, ceras, vitaminas, coprofagia em roedores,
lagomorfos, marsupiais, primatas pró-símios etc).
Sistemas Digestórios de Animais Representativos
Nutrição
Problemas com que lida o estudo da nutrição
animal
Quantidade de alimento: energia para atividade
externa e manutenção interna.
Qualidade do alimento: substâncias específicas para
manutenção e crescimento: aminoácidos essenciais,
vitaminas, ácidos graxos essenciais e minerais.
Suprimento de energia
Regulação da ingestão de alimentos
Necessidades Nutricionais específicas
Proteínas e aminoácidos
Nutrientes acessórios: vitaminas
Nutrientes acessórios: minerais e elementos traço.
Eqüilíbrio Calórico
1.
Eqüilíbrio calórico Ingestão de energia = gasto de
energia
2. Quando ingestão > gasto excesso é guardado na
maioria como gordura.Em alguns, como
glicogênio:pode ser usado em condições anóxicas.
3. Quando ingestão < gasto uso das substâncias do
corpo, primariamente gordura armazenada.
4. Controle da ingestão de
alimentos
4.1. Mamíferos - controle central (hipotálamo)- experimentos
- controle periférico (grau de preenchimento do
estômago + dor da fome, que coincide com ↓glicemia –
experimentos) (Fig. 4.7)
4.2. Outros vertebrados também apresentam controle da
ingestão calórica [e.g. peixe dourado experimentos com dieta
diluída aumenta da ingestão; diminução da Ta da água
diminuição da ingestão]
Fontes de Energia
1.
Proteínas aminoácidos metabolismo intermediário
CO2 + H2O + ATP + produto nitrogenado (amônia, uréia e ácido
úrico)
2. Carboidratos (polisacarídeos e dissacarídeos) monossacarídeos
metabolismo intermediário CO2 + H2O + ATP
3. Lipídios (TG) e correlatos (ceras) ácidos graxos metabolismo
intermediário CO2 + H2O + ATP
Esses compostos orgânicos são interconversíveis no metabolismo
energético, porém com algumas limitações (ver Fig.6.2-Metabolismo
energético)
Cérebro humano: glucose
Maioria dos outros órgãos: pode usar AG (principal combustível dos
músculos)
Músculo do vôo da Drosophila: carboidratos (gordura para outros
processos
Gafanhoto migratório: gordura como combustível
Substâncias Específicas
1. Proteínas e aminoácidos
crescimento, desenvolvimento e manutenção
Schoenheimer, 1964- experimentos com dietas contendo 15N
Aminoácidos essenciais: muita similaridade na essencialidade entre as
espécies de peixes, insetos e protozoários.
2. Ácidos graxos essenciais
A maioria dos animais não necessita de uma fonte de lipídio
Há alguns animais que não conseguem sintetizar alguns AG (e.g. ratos:
linoleico, linolênico e araquidônico; homem: linolênico,linoleico.
3. Vitaminas e compostos relacionados
Nutrientes acessórios: reguladores do metabolismo
Requerimentos baixos (g a mg)
Variável com a espécie animal ( capacidade de síntese implicaçoes
evolutivas
4. Minerais e elementos traço (Fig. 4.8-Tabela periódica)
5. Outros [colesterol e outros esteróis são essenciais para alguns
invertebrados]
Importância dos Simbiontes
em Nutrição
1.
2.
3.
4.
5.
Aproveitamento da celulose [alguns mamíferos ruminantes
(ungulados) e não-ruminantes (bicho-preguiça, quokka, macaco
langur), insetos (cupins), aves (cigana, tetrazes), moluscos
(caracóis?, teredinídeos?), crustáceos (camarão Mysis), répteis
(iguana comum, tartaruga marinha verde)]
Aproveitamento da cera [alguns animais da cadeia alimentar
marinha (peixes que comem copépodes, aves marinhas), aves
terrestres (pássaro guia-do-mel) e insetos (larva da mariposa da
cera)]
Independência de aae dos ruminantes (Loosli et al., 1994)
Suplementação de proteína em insetos que se alimentam de
madeira (dietas pobres em N)
Fontes importantes de vitaminas (e.g. vitamina K e B12 para o
homem e outros mamíferos; complexo B para ruminantes etc)
Defesa Química
1.Componentes Tóxicos das Plantas (alcalóides,
glicosídeos, taninos, óleos e resinas, ácido oxálico,
inibidores de enzima, compostos com ação
hormonal, compostos que afetam a reprodução
animal).
2. Uso dos venenos da dieta pelos animais (peixe baiacu
armazena a tetrodotoxina. O gastrópode Aplysia guarda
toxinas de algas)
3. Uso de seus próprios venenos (serpentes, escorpiões,
aranhas, abelhas e vespas).
Usando o veneno já pronto
Alguns grupos de animais que se alimentam de plantas ricas em
metabólitos secundários recebem benefício extra, de grande
importância ecológica.
Lagartas da borboleta monarca: comem plantas que contêm
glicosídeos cardíacos – não degradam esses compostos, que
protegem a planta contra a maioria dos herbívoros. Ao invés,
armazenam em corpos adiposos as borboletas, em todos os
estágios de desenvolvimento, ficam protegidas contra predadores.
Um pássaro que come a monarca rapidamente vomita e daí para
frente passa a evitar o tipo preto-laranja que caracteriza esta
borboleta.
Defesa Química
Insetos que se alimentam de plantas venenosas são geralmente
coloridos (coloração de aviso).
Alguns animais marinhos, como certos nudibrânquios adquirem
substâncias químicas ou células de defesa de sua presa.
Hidróides lançam essas células em animais que se alimentam
deles. Ex. O grande nudibrânquio Aplysia se alimenta
seletivamente de algas do gênero Laurencia que é protegida pelo
elatol (sesquiterpeno halogenado), um poderoso inibidor da
divisão celular.
Peixes não se alimentam de Aplysia
Pesquisas com animais marinhos,algas e plantas como fonte de
novas drogas contra o câncer e outras doenças ou como fonte de
antibióticos.
Manufaturando seu próprio veneno
Animais também manufaturam muitas substâncias químicas que
utilizam para sua defesa.
Serpentes (neurotoxinas, hemotoxinas, citotoxinas,
bungarotoxinas etc)
Lagartos (Heloderma suspectum e Heloderma horridum)
Peixes
Abelhas, vespas, insetos predadores, escorpiões, aranhas e
muitos outros artrópodes possuem substâncias químicas que
utilizam para se defender e matar a presa.
Monstro Gila