ambiente fluvial I parte

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Transcript ambiente fluvial I parte

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CCHLA - Departamento de Geografia
Curso de Especialização em Análise Ambiental
BACIA HIDROGRÁFICA
Profª Zuleide Lima
Bacia Hidrográfica
• Primeira Parte
– Conceitos
– Classificação
– Análise de Bacias
• Segunda Parte
– Bacias como Unidade de Planejamento
– Gestão e Uso das Águas
– Comitês de Bacias
BACIA HIDROGRÁFICA
Conjunto de canais de escoamento interligados.
A quantidade de água que atinge os cursos fluviais
depende:
•Tamanho da bacia
•Precipitação
•Regime de fluxo
•Infiltração
•Evapotranspiração
BACIA HIDROGRÁFICA
Conjunto de terras drenadas por um rio principal,
seus afluentes e subafluentes.
A idéia de bacia hidrográfica está associada
à noção da existência de nascentes, divisores de
águas e características dos cursos de água,
principais e secundários, denominados afluentes e
subafluentes.
Afinal o que é Bacia Hidrográfica?
É uma área de grandes superfícies, formada
por um conjunto de terras, por onde corre um rio
principal e seus afluentes, incluindo:
– cabeceiras ou nascentes
– divisores de água
– cursos d`água principais
– afluentes e
– subafluentes.
BACIA DO ITABAPOANA
Espírito Santo
FORMAÇÃO DA BACIA
Geralmente a água escoa dos pontos mais altos
para os mais baixos e a formação da bacia acontece
pelo desgaste que a água realiza no relevo de
determinada área, podendo resultar em diversas
formas:
– Vales;
– Depressões nas montanhas;
– Planícies mais ou menos largas;
– Maior ou menor quantidade de nascentes (tipo de
rocha).
Os vales podem ser classificados:
Depressões nas Montanhas
Planícies mais ou menos largas
Maior ou menor quantidade de nascentes
Características Físicas das Bacias Hidrográficas
CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS
Quanto ao escoamento global:
Exorréica
Endorréica
Arréica
Criptorréica
CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS
Quanto ao escoamento global:
EXORRÉICA => quando o escoamento das águas se faz de
modo contínuo até o mar ou oceano, isto é, quando as bacias
desembocam diretamente no nível marinho;
CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS
Quanto ao escoamento global:
ENDORRÉICA => Quando as drenagens são internas e não
possuem escoamento até o mar, desembocado em lagos ou
dissipando-se
nas areias do deserto, ou perdendo-se nas
depressões cárticas.
Grandes Lagos da América do Norte.
Lagoa dos Patos - RS
CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS
Quanto ao escoamento global:
CRIPTORRÉICA => Quando as bacias são subterrâneas,
como nas áreas cárticas. A drenagem subterrânea acaba por
surgir em fontes ou integrar-se em rios subterrâneos.
CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS
Quanto ao escoamento global:
ARRÉICA => Quando não há nenhuma estruturação em bacias
hidrográficas, como nas áreas desérticas onde a precipitação
é negligenciável e a atividade eólica nas dunas é intensa,
obscurecendo as linhas e os padrões de drenagem.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração:
dendrítica
paralela
treliça
radial
retangular
anelar
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração:
Dendrítica
Também é designada como
arborescente.
Utilizando-se
dessa
imagem, a corrente principal corresponde
ao tronco, os tributários aos ramos e as
correntes de menor categoria aos
raminhos e folhas.
Os tributários distribuem-se em
todas as direções, e se unem formando
ângulos agudos.
Esse padrão é tipicamente
desenvolvido sobre rochas de resistência
uniforme, ou em estruturas sedimentares
horizontais.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração: Treliça
Caracteriza-se pela presença de tributários principais
alongados e retos e aproximadamente paralelos entre si e
ao curso principal, sendo que os tributários secundários
entram nos tributários principais com ângulo reto.
Sugere materiais de resistências diferentes aflorando
paralelamente entre si ou estruturas paralelas.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração:
Retangular
Caracteriza-se pela presença de ângulos retos tanto no
curso principal como nos tributários.
A principal diferença para o padrão treliça é o não
perfeito paralelismo entre os cursos de água, sendo estes,
ainda, menos alongados.
Esse padrão é diretamente condicionado pelas diáclases
e falhas que se cruzam em ângulos retos .
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração:
Radial
Caracteriza-se pelo fato dos cursos de água
irradiarem-se a partir de uma área central e nem todos
divergem necessariamente entre si, podendo até
haver união de dos ou mais rios quando, em função
de irregularidades do declive inicial, eles correm
obliquamente, um em direção ao outro.
Sugere regiões com domos estruturais ou
vulcões.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração:
Anelar
Assemelha-se a anéis, são típicas das áreas
dômicas profundamente entalhadas, em estruturas
com camadas duras e frágeis.
A drenagem acomoda-se aos afloramentos das
rochas menos resistentes, originando cursos
subseqüentes, recebendo tributários obseqüentes e
resseqüentes.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração:
Paralelo
Caracteriza-se por uma série de cursos de
água que correm mais ou menos paralelos entre si
em uma extensão relativamente grande.
Sugere a existência de declives unidirecionais
extensos e suficientemente pronunciados ou cristas
lineares alongadas, constituídas por estratos
resistentes uniformemente inclinados.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração: Pinado
Representa uma modificação do padrão
dendrítico.
Os maiores cursos são de origem conseqüente
e são controlados pelo declive topográfico regional.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração:
Anastomótico
Representa mais uma modificação do padrão
dendrítico, com presença
de meandros,
pântanos, canais entrelaçados, característico de
áreas de planícies aluviais e deltas.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração:
Angular
Representa uma modificação do padrão
retangular e sugere a presença de sistemas de
falhas e diáclases com ângulos não retos.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração:
Retangular-Dendrítico
Sugere áreas com rochas homogêneas
cortadas por sistemas de fraturas intercruzadas com
malhas relativamente grandes.
O padrão dendrítico é implantado nos corpos
de rochas isolados pelas fraturas enquanto o padrão
retangular instala-se nos planos de menor
resistência.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração:
Centrípeto
Representa uma variação do padrão radial e é
característico de áreas com declives internos de
crateras e caldeiras e onde cristas topográficas
bordejam, circularmente, depressões, como no
caso de domos brechados e bacias estruturais.
Além das Bacias, os rios individualmente também foram
objetos de classificação:
William,
propôs
várias
designações,
considerando a linha geral do escoamento dos
cursos de água em relação à inclinação das
camadas geológicas.
– Conseqüentes;
– Subseqüesntes;
– Obseqüentes;
– Reseqüentes; e
– Inseqüentes;
S
C
O
R
I
Além das Bacias, os rios individualmente também foram
objetos de classificação:
Conseqüentes => são aqueles cujo o
curso foi determinado pela declividade da
superfície terrestre, em geral coincidindo com
a direção da inclinação principal das
camadas.
C
Além das Bacias, os rios individualmente também foram
objetos de classificação:
Subseqüentes => são aqueles cuja a
direção de fluxo é controlada pela estrutura
rochosa, acompanhando sempre uma zona
de fraqueza.
S
Além das Bacias, os rios individualmente também foram
objetos de classificação:
Obseqüentes => são aqueles que correm
em sentido inverso à inclinação das camadas
ou
à
inclinação
original
dos
rios
conseqüentes. Em geral, descem das
escarpas até o rio subseqüente.
O
Além das Bacias, os rios individualmente também foram
objetos de classificação:
Reseqüentes => são aqueles que fluem na
mesma direção dos rios conseqüentes, mas
nascem em nível mais baixos.
Em geral, nascem no reverso de escarpa
e
fluem
até
desembocar
em
um
subseqüente.
R
Além das Bacias, os rios individualmente também foram
objetos de classificação:
Inseqüentes => estabelecem-se quando não
há nenhuma razão para seguirem uma
orientação geral pré-estabelecida, isso é,
quando nenhum controle da estrutura
geológica se torna visível na disposição
espacial da drenagem.
São comuns em áreas planas e de
mesma composição litológica.
I
Além das Bacias, os rios individualmente também foram
objetos de classificação:
Em planta:
R
O
S
ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Abordagem quantitativa:
a) Hierarquia fluvial;
b) Análise linear da rede de drenagem;
c) Análise areal das bacias hidrográficas;
d) Análise hipsométrica;
e) Análise topológica.
ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Abordagem quantitativa:
a) Hierarquia fluvial;
b) Análise linear da rede de drenagem;
c) Análise areal das bacias hidrográficas;
d) Análise hipsométrica;
e) Análise topológica.
HIERARQUIZAÇÃO DOS RIOS
Uma bacia hidrográfica evidencia a hierarquização
dos rios, ou seja, a organização natural por ordem de
menor volume para os mais caudalosos, que vai das
partes mais altas para as mais baixas.
Tal procedimento
visa facilitar os estudos
morfométricos,
linear,
espacial e hipsométrico
das referidas bacias.
A) HIERARQUIA FLUVIAL
Consiste no processo de se
estabelecer a classificação de um
determinado curso de água no
conjunto
total
da
bacia
hidrográfica (Horton 1945).
Canais de 1ª ordem => não possuem
tributários;
Canais de 2ª ordem => somente
recebem tributários de 1ª ordem;
Canais de 3ª ordem => podem receber
um ou mais tributários de 2ª ordem, mas
também podem receber afluentes de 1ª
ordem;
Canais de 4ª ordem => recebem
tributários de 3ª ordem e, também os de
ordem inferior.
ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Abordagem quantitativa:
a) Hierarquia fluvial;
b) Análise linear da rede de drenagem;
c) Análise areal das bacias hidrográficas;
d) Análise hipsométrica;
e) Análise topológica.
B) ANÁLISE LINEAR DA REDE DE DRENAGEM
 Relação de bifurcação;
 Relação entre o comprimento médio dos canais de
cada ordem;
 Relação entre o índice do comprimento médio dos
canais e o índice de bifurcação;
 Comprimento do rio principal;
 Extensão do percurso superficial;
 Relação do equivalente vetorial, e
 Gradiente dos canais.
ANÁLISE LINEAR DA REDE DE DRENAGEM
 Será muito importante para modelagem.
ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Abordagem quantitativa:
a) Hierarquia fluvial;
b) Análise linear da rede de drenagem;
c) Análise areal das bacias hidrográficas;
d) Análise hipsométrica;
e) Análise topológica.
C) ANÁLISE AREAL DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS
 Área da bacia;
 Comprimento da bacia;
 Relação entre o comprimento do rio e a área da bacia;
 Forma da bacia;
 Densidade dos rios;
 Densidade da drenagem;
 Densidade de seguimentos da bacia;
 Relação entre as áreas das bacias, e
 Coeficiente de manutenção.
ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Abordagem quantitativa:
a) Hierarquia fluvial;
b) Análise linear da rede de drenagem;
c) Análise areal das bacias hidrográficas;
d) Análise hipsométrica;
e) Análise topológica.
D) ANÁLISE HIPSOMÉTRICA
 A curva hipsométrica;
O
coeficiente
de
massividade
e
orográfico;
 Amplitude altimétrica máxima da bacia;
 Relação de relevo, e
 Índice de rugosidade.
o
coeficiente
HIPSOMETRIA
• A curva hipsométrica é a representação gráfica do
relevo médio de uma bacia.
• Representa o estudo da variação da elevação dos
vários terrenos da bacia com referência ao nível
médio do mar.
• Para obtenção da curva hipsométrica utiliza-se os
dados fornecidos pela execução do Modelo
Numérico do Terreno (MNT).
• Semelhantes aos objetivos da representação em
curvas de nível, os MNTs são recursos para a
produção e análise do modelo planimétrico do
terreno.
ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Abordagem quantitativa:
a) Hierarquia fluvial;
b) Análise linear da rede de drenagem;
c) Análise areal das bacias hidrográficas;
d) Análise hipsométrica;
e) Análise topológica.
E) ANÁLISE TOPOLÓGICA
Maneira pela qual os vários canais se
encontram conectados, sem levar em conta as medida
de comprimento e área.
A rede de canais é entendida como apresentando
uma, e somente uma, trajetória entre 2 pontos quaisquer,
e na qual todo ligamento, em direção da montante,
conecta-se com 2 outros ligamentos ou terminais em uma
nascente. (Shreve, 1966)
VAMOS REVISAR?
Análise Morfométrica
(REVISÃO)
• A análise morfométrica é de grande importância no
estudo de bacias e sub-bacias de drenagem por que trata
de dados quantitativos, o que facilita sobremodo a
comparação de duas ou mais bacias ou sub-bacias.
• A disposição do número de ordem fluvial é o primeiro
passo para a realização de análise morfométrica de
bacias hidrográficas, como seja: linear, espacial e
hipsométrica, as quais são exaustivamente descritas por
Christofoletti (1980).
Análise Linear (REVISÃO)
• São considerados índices e relações ao longo das
drenagens, dentre os quais:
– relação de bifurcação;
– relação entre o comprimento médio dos canais de cada ordem;
– relação entre o índice do comprimento médio dos canais e o
índice de bifurcação,
– comprimento do rio principal,
– extensão do percurso superficial,
– relação do equivalente vetorial e gradiente dos canais.
PROPRIEDADES LINEAR (REVISÃO)...
• Envolve medidas relativas aos segmentos de
drenagem, as quais são importantes por que
possibilita quantificá-los e compará-los, facilitando
seus estudos quantitativo e qualitativo.
1 - Relação de bifurcação (Rb) => Razão entre o número de
canais de uma ordem e o número da próxima ordem mais
elevada.
2 - Relação do comprimento médio dos canais de cada ordem
(Rco) => Média aritmética dos canais de drenagem de cada
ordem.
3 - Relação do índice de comprimento médio dos canais e o índice
de bifurcação => (Rci) Razão entre Rb e Rco
Exemplos - Relação de Bifurcação (RB)
Representação esquemática do efeito da Relação de
Bifurcação à forma da bacia e sua descarga, inclusive com
implicações na litologia.
•
Fig. A
Para se calcular RB basta dividir o número
de canais de uma ordem com o da ordem
imediatamente superior.
– Então para a Fig. A temos 9
(primeira ordem) /4 (segunda
ordem) = 2,25; ao passo para a Fig.
B temos 12 (primeira ordem) /1
(segunda ordem) = 12.
– Neste caso é indicativo de
intercalação de sedimentos moles e
duros, bem retratado pela sua
forma
de
bacia
alongada
(Summerfield, 1991).
9
4 = 2,25
12 = 12
1
RB = 2,25
Fig. B
RB = 12
... PROPRIEDADES LINEAR (REVISÃO)
4 - Comprimento do rio principal (Crp) => Medida
do comprimento do rio de maior ordem (Strahler,
1952).
5 - Extensão do percurso superficial (Eps) =>
Distância média percorrida pela enxurrada entre o
interflúvio e o canal permanente.
6 - Relação do equivalente vetorial (Rev) => Média
aritmética do comprimento médio de cada canal de
cada ordem em linha reta.
7 - Gradiente dos canais (Gc) => Diferença máxima
de altitude entre o ponto de origem e o término do
canal.
Análise Espacial (REVISÃO)
• Constam de medições planimétricas e lineares,
incluindo os seguintes índices:
– área da bacia,
– comprimento da bacia,
– relação entre o comprimento do rio principal e a
área da bacia,
– forma da bacia,
– densidade de rios,
– densidade da drenagem,
– densidade dos segmentos da bacia,
– relação entre as áreas das bacias e
– coeficiente de manutenção.
Forma da Bacia (REVISÃO)
Lee & Salle (1970) apresentam um método para determinar a forma da
bacia de drenagem, que consiste em traçar uma figura geométrica
(círculo, retângulo, triângulo, etc), independentemente da escala,
cobrindo-a da melhor maneira possível.
Análise Topológica (REVISÃO)
• É importante por que permite comparar o
trajeto de duas ou mais drenagens e seus
afluentes, a qual pode indicar modificações
relativas aos tipos de terrenos percorridos.
Propriedades Espacial (REVISÃO)...
• Relação da bacia de drenagem com medidas lineares e
espaciais,
proporcionando,
em
duas
dimensões,
comparações, no que concerne à forma, área e suas
interrelações.
1 - Área da bacia (Ab) => Área da bacia drenada pelo
sistema fluvial.
2 - Comprimento da bacia (Cb) => Maior extensão na direção
longitudinal.
3 - Largura da bacia (Lb) => Maior extensão na direção
transversal.
5 - Índice de circularidade (Ic) => Área da bacia de drenagem
dividida pela área de um círculo com o mesmo perímetro
da bacia.
6 - Relação entre o rio principal e a área da bacia (Ra) =>
Produto da extensão do rio principal e a área da bacia.
... Propriedades Espacial (REVISÃO)...
• 6- Relação entre o rio principal e a área da bacia (Ra) =>
Produto da extensão do rio principal e a área da bacia.
• 7 - Forma da bacia (Fb) => Relação da bacia com alguma
figura geométrica.
• 8 - Densidade de rios (Dr) => Relação entre o número de
rios e a área da bacia.
• 9 - Densidade de Drenagem (Dd) => Soma do
comprimento dos canais por unidade de área
• 10 - Densidade de segmentos da bacia (Dsb) => É a
quantidade de segmentos existentes por unidade de área.
• 11 - Relação entre as áreas das bacias (Rab) => Relação
entre áreas de duas determinadas ordem.
• 12 - Coeficiente de manutenção (Cm) => Inverso da
densidade de drenagem vezes 1 000.
• 13 - Relação de Elongação (Re) => O diâmetro de um
circulo da mesma área da bacia de drenagem dividida pelo
máximo comprimento da bacia medido desde a sua foz.
Propriedades Hipsométrica (REVISÃO)...
• Estabelece a relação da bacia nos planos
horizontal e vertical, dando uma idéia
tridimensional, daí a sua importância.
1 - Curva Hipsométrica (Ch) => Relação entre altitudes (ordenada) e a
área (abscissa).
2 - Coeficiente de Massividade (Cms) => Relação da altitude média e sua
área
3 - Coeficiente Orográfico (Co) => Produto da altura média pelo
coeficiente de massividade.
4 - Amplitude altimétrica máxima da bacia (Aab) => Diferença entre o
ponto mais alto e o mais baixo.
5 - Relação de relevo (Rr) => Relevo da bacia dividido pelo máximo
comprimento da bacia
6 -Índice de rugosidade (Ir) => Relevo da bacia multiplicado pela
densidade de drenagem.
Classificação das Bacia Hidrográfica...
As bacias podem ser classificadas de acordo com
sua importância:
Principais (as que abrigam os rios de > porte);
Secundárias e
Terciárias;
... Classificação das Bacia hidrográfica...
As bacias podem ser classificadas segundo sua
localização, como:
Litorâneas
Interiores
...Classificação das Bacia hidrográfica ...
As bacias podem ser classificadas segundo sua
inclinação:
Bacia de Inclinação
Acentuada
Bacias de Inclinação Baixa
Em bacias de inclinação acentuada como a do Rio Colorado,
nos Estados Unidos, o processo de busca do perfil de equilíbrio fluvial
tende a estreitar a área da bacia. De forma contrária, bacias de
inclinação baixa como a do Rio Amazonas tendem a ser mais largas.
Ambiente Fluvial
AMBIENTE FLUVIAL
Os rios representam, um dos mais
importantes
agentes
geológicos
que
desempenham papel de grande relevância
no modelado do relevo, no condicionamento
ambiental e na própria vida do ser humano.
RELEVO E AÇÃO FLUVIA...
A idéia do modelado do relevo pela ação fluvial
foi desenvolvida pelos pesquisadores do século
XVIII, mas algumas leis fundamentais foram
estabelecidas somente no século seguinte.
Rio Colorado
... RELEVO E AÇÃO FLUVIA
• Sorby, 1859 se preocupou com o estudo das
formas de leito, enquanto
• Powell, 1876 estabeleceu o conceito de nível
de base de erosão fluvial.
RELEVO E AÇÃO FLUVIA
• A partir do conceito de nível de base de
erosão fluvial, foi formulado a idéia do
ciclo de erosão que na etapa final,
causaria a peneplanização do relevo.
RELEVO E AÇÃO FLUVIA
• O conceito de ciclo de erosão foi
sistematizado por Davis (1899), que propôs
os estádios sucessivos de evolução
denominados:
• Juventude;
• Maturidade e
• Senilidade.
JUVENTUDE
• É caracterizada por vales
em “V”, fluxo torrencial,
carga sedimentar pouco
volumosa
mas
muito
grossa.
–É
encontrado
na
cabeceira,
que
é
caracterizado
pela
predominância
da
erosão.
MATURIDADE
• É atingida com a diminuição do gradiente e com
vales mais largos.
• É encontrado na porção intermediária do vale fluvial,
com equilíbrio aproximado entre a erosão e
sedimentação
SENILIDADE
• Corresponde a amplos vales e extensas planícies de
inundação.
– Ocorre na desembocadura, com predominância da
sedimentação.
PERFIL LONGITUDINAL
• Perfil longitudinal ao longo de um vale fluvial,
das nascentes na região montanhosa até o
seu deságüe em lago ou oceano.
• Em cada trecho o rio exibe estádios
diferentes
de
maturidade,
originando
depósitos sedimentares com propriedades
peculiares.
RELEVO E AÇÃO FLUVIA X DEPOSIÇÃO
Juventude
Maturidade
Senilidade
CONCEITO DE RIO
Em termos geomorfológicos, rio é
uma denominação empregada somente
ao fluxo canalizado e confinado.
Por outro lado, dependendo do
suprimento de água, os rios podem ser:
– Efêmeros (ou temporários, ou intermitentes);
– Perenes (ou permanentes).
RIO X DISPONIBILIDADE DE ÁGUA
Efêmeros
Perenes
RIOS EFÊMEROS
• Correspondem a rios ou trechos de rios,
cujas águas fluem em função direta das
chuvas, somente durante parte do ano.
• Em geral, representam rios influentes, isto é,
que perdem água para a zona de saturação,
porque o seu leito situa-se acima do lençol
freático de água subterrânea.
• Nas regiões de climas semi-áridos, é comum
a existência desses rios.
RIOS PERENES
• São rios ou trechos de rios, cujas águas
fluem durante o ano todo, como a maioria
dos rios brasileiros.
• Comumente correspondem a rios efluentes,
isto é, que recebem água proveniente da
zona de saturação, porque o seu leito situase abaixo do lençol freático de água
subterrânea.
PADRÕES DE CANAS FLUVIAIS
• São definidos pelas suas configurações em
planta e representam os graus de
ajustamento dos canais aos seus gradientes
e as suas seções transversais.
PADRÕES DE CANAS FLUVIAIS
A grande maioria dos pesquisadores admite
3 padrões fundamentais:
Entrelaçados
Retilíneos
Meandrantes
CANAIS RETILÍNEOS
• São muito raros na natureza, pois, em geral eles exibem uma
sinuosidade desprezível devida ao desenvolvimento de barras
laterais.
• Os talvegues (linha formada pela união dos pontos de maior
profundidade do canal) determinam locais com maiores
velocidades de água no canal.
• O perfil transversal é irregular e as seções transversais exibem
um canal profundo e grosseiramente simétrico.
• Esse padrão é mais comum em rios com baixo volume de carga
de fundo, alto volume de carga em suspensão e baixo declive
como, por exemplo, em canais distributários de deltas
construtivos do tipo alongado (rio Mississipi atual).
CANAIS RETILÍNEOS
Rio Mississipi
Canais Entrelaçados
• São excepcionalmente bem desenvolvidos em planícies de
lavagem, leques aluviais e deltaicos.
• São caracterizados por sucessivas divisões e reuniões de
canais, que controlam barras arenosas de sedimentos aluviais.
• As barras formadoras dos múltiplos canais podem ficar
expostas durante as estiagens e submersas nas enchentes.
• São típicos de rios com excesso de carga de fundo em relação
à descarga líquida.
• As seções transversais dos seus vales evidenciam canais rasos
e grosseiramente simétricos, enquanto o perfil longitudinal, ao
longo do talvegue, salienta cavidades relativamente profundas e
saliências irregulares.
Canais Entrelaçados
Canais Meandrantes
• É considerado quando a sinuosidade do canal for
superior a 1,5.
• A sinuosidade do canal aumenta, em geral, de
montante para jusante, em consonância com a
diminuição da declividade e aumento da freqüência
de sedimentos pelíticos na carga sedimentar.
• Quando visto em seção transversal, o canal
meandrante é, assimétrico e esta característica é
mais acentuada em trechos mais curvos e menos
evidente nos segmentos mais retilíneos.
Delta do Parnaíba
ALGUMA PERGUNTA ?
Agora
Zuleide
CCHLA – Sala 509
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