FIBRA ALIMENTAR OU FIBRA DIETÉTICA

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FIBRA ALIMENTAR OU FIBRA DIETÉTICA

UNINOVAFAPI ENFERMAGEM DISCIPLINA: NUTRIÇÃO GERAL Profa : Andréa Fernanda Lopes 1 Andréa Fernanda Lopes

Considerações Iniciais

 “A industrialização do mundo contemporâneo tem produzido grandes alterações nos hábitos alimentares nos mais diversos grupos culturais das mais diferentes regiões do globo”.

Thompson e col, 1992 2 Andréa Fernanda Lopes

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 “A modificação dos hábitos alimentares tem sido caracterizada , sobretudo, pela utilização cada vez mais frequente de uma dieta rica em lipídios, carboidratos oligoméricos e pobre em fibras alimentares”. 3 Andréa Fernanda Lopes

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 Esse padrão alimentar associado a outras variáveis presentes em uma sociedade moderna, pode ter forte associação com o perfil epidemiológico das doenças crônicas não transmissíveis ( obesidade, diabetes, hipertensão arterial, câncer) 4 Andréa Fernanda Lopes

FIBRA ALIMENTAR OU FIBRA DIETÉTICA

5  “ É a parte comestível de plantas ou carboidratos análogos que são resistentes à digestão e absorção no intestino delgado de humanos com fermentação completa ou parcial no intestino grosso de humanos. Inclui polissacarídeos, oligossacarídeos, lignina, substâncias associadas de plantas. Promove efeitos fisiológicos benéficos, como laxação, atenuação do colesterol sanguineo e/ou atenuação da glicose sanguínea”.

AACC, 1999

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FIBRA ALIMENTAR ou FIBRA DIETÉTICA

 “ É descrita como uma classe de compostos de origem vegetal, constituída principalmente, de polissacarídeos e substâncias associadas, que quando ingeridos, não sofrem hidrólise, digestão e absorção no intestino delgado de humanos” –

definição de natureza essencialmente fisiológica

Andréa Fernanda Lopes Colli et all, 2005

Propriedades Físico-Químicas das Fibras Dietéticas

     Viscosidade Capacidade de sequestrar água Absorção de Nutrientes Ligação com sais biliares Degradação microbiológica das fibras.

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Viscosidade

     Pectinas, gomas e β-glicana são capazes de formar uma solução altamente viscosas.

Aumento da viscosidade está associado com a redução na taxa de esvaziamento gástrico, diminuindo a taxa de liberação do bolo alimentar para o intestino delgado.

Redução da velocidade do trânsito intestinal.

Aumento da saciedade e plenitude pós prandial Efeito na curva glicêmica e insulinêmica.

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Capacidade de sequestrar água

   Habilidade relacionada com a solubilidade do polissacarídeo = Fibras soluveis.

Essa propriedade, juntamente com a solubilidade em água, influencia a viscosidade, a degradação biológica da fibra e o aumento do volume fecal.

Uma maior hidratação das fibras, pareçe favorecer a penetração dos microorganismos da flora intestinal na estrutura do polissacarídeo = ÁGUA NAS FEZES.

AUMENTO CRESCIMENTO DA FLORA e AUMENTO DE Andréa Fernanda Lopes

Absorção de Nutrientes

10    A taxa de absorção de nutrientes é dependente do tempo de trânsito intestinal.

Goma guar e e pectina tem efeito na redução da absorção de glicose no ID de ratos.

Fibras hidratadas formam uma matriz viscosa e aumentam a espessura da barreira de difusão entre o lúmen e a borda em escova na mucosa intestinal, dificultando a absorção de glicose e ácidos graxos.

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Ligação com sais biliares

 Farelo de trigo, farelo de aveia, goma-guar e isolado de lignina são capazes de se ligarem aos sais biliares no intestino delgado, reduzindo a circulação êntero hepática.

 Efeito hipocolesterolêmico 11 Andréa Fernanda Lopes

Degradação microbiológica das fibras

    Flora bacteriana , metabolismo anaeróbico.

Produto final:Ácidos Graxos de Cadeia Curta.

As fibras são fermentadas no cólon e removidas do bolo fecal.

Produção de Dióxido de Carbono, Hidrogênio, Metano e Ácido Graxos de Cadeia Curta, Ácidos Graxos de Cadeia Curta 12 Andréa Fernanda Lopes

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    AGCC = Acetato, Propionato e Butirato.

Acetato é quantitativamente o principal AGCC.

Buritato, constitui-se como fonte primária de energia para as células do cólon distal em humanos.

Propionato - efeito no metabolismo hepático dos lipídios. Associado a efeitos de inibir a síntese hepática de colesterol ( efeito hipocolesterolêmico) 13 Andréa Fernanda Lopes

CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS

• SOLÚVEIS Pectina Gomas e Mucilagens Betaglicanas 14 • INSOLÚVEIS Celulose Lignina Hemiceluloses Andréa Fernanda Lopes   Fermentáveis Viscosidade  Fermentáveis Não são viscosas

Fibras Solúveis

 Pectinas e goma-guar  Fornecem cerca de 3,5 kcal/g  Fermentadas formando AGCC - Ácidos Graxos de Cadeia Curta.

  Úteis em doenças sistêmicas (obesidade, dislipidemia e diabetes mellitus) 15 Andréa Fernanda Lopes

Fibras Insolúveis

    Celulose e algumas hemiceluloses  Encontradas na maioria de vegetais, (vegetais folhosos).  Não fornecem energia nem AGCC  São úteis em doenças do TGI ( Trato Gastro intestinal) como constipação intestinal, cancer cólon.

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FIBRAS

Benefícios das fibras

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Fibras - funções

 Fontes de energia para os colonócitos (especialmente o ácido butírico)  Têm efeitos reguladores na proliferação celular do cólon (de um lado estimulam e favorecem a cicatrização de feridas e suturas cirúrgicas, de outro inibem o crescimento de tumores) 20   Aumentam o fluxo sanguíneo no cólon (que auxilia também na cicatrização)  o pH do cólon e influenciam o crescimento e a composição da flora bacteriana Andréa Fernanda Lopes

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 Melhoram a absorção de água e sódio (através da melhora do trofismo e da funcionalidade dos colonócitos), o que é vantajoso nas diarréias   volume, secreções pancreáticas, ativa sistema nervoso intrínseco e extrínseco, liberação de hormônios do trato digestivo e, eventualmente, regula o trânsito intestinal.

 21 Andréa Fernanda Lopes

EFEITOS FISIOLÓGICOS

FIBRAS SOLÚVEIS GEL Retardam o esvaziamento gátrico Inibe moléculas de  -amilase 22  Saciedade Retarda absorção de glicose e Aas Andréa Fernanda Lopes 

[ ] de Glicose no sangue

FIBRAS SOLÚVEIS  a perda fecal de ác. biliares  a produção dos ác. biliares no fígado a partir do COLESTEROL  a síntese de AGCC: Propionato, Acetato e Butirato  Síntese de COLESTEROL no fígado 

COLESTEROL sérico LDL colesterol

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Distribuição alimentar diária

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