Transcript Rodrigo Fanton - I Seminário Internacional de Defesa
O Desenvolvimento de ARP/VANT no Brasil O caso da Harpia
I Seminário Internacional de Defesa
SEMINDE
Rodrigo Fanton
Santa Maria – RS – 18/Nov/2014
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Considerações Iniciais
• • • • • O desenvolvimento da indústria de SARP é estratégico para a soberania do Brasil (ref.: END) e para a manutenção da sua liderança aeronáutica. A capacitação Nacional em SARP é estratégica para Defesa e Segurança (ref.: FAB ROP 52, SISFRON, SISGAAz, ASTROS 2020, Polícia Federal, etc.) A capacitação de SARP é estratégica para a indústria aeronáutica brasileira, pois essas tecnologias certamente mudarão o panorama da Aviação tradicional pilotada Não existe espaço no Brasil para mais de uma empresa âncora no segmento de SARP de grande porte.
A sustentabilidade das empresas nacionais de SARP dependem de exportação.
Capital Social
51% + 40% + 9%
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Sobre SARP SARP (Sistemas Aéreos Remotamente Pilotados) é um sistema integrado complexo, composto basicamente de 4 partes
1 – VEÍCULO AÉREO (UAV) 2 – SENSORES 3 – ENLACE DE COMUNICAÇÃO (Data-link) 4 – ESTAÇÃO DE CONTROLE (GCS)
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Categorias de SARPs
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Orçamento Mundial
Fonte: Teal Group Orçamento dobrará até 2022: de US$ 6.6B para US$ 11.4B
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Produção Mundial (2014 – 2023)
(CAT 5) (CAT 4) (CAT 3)
Produção Mundial (10 anos): US$ 44B (UCAV não considerado) Fonte: Teal Group Harpia Sistemas Proprietary Information
Países Fabricantes por Capacidade
Fonte: Market Intel Group Capacidade produtiva concentrada em poucos países Harpia Sistemas Proprietary Information
O BRASIL PRECISA DE SARP Controle de Fronteiras Controle do Comércio Controle da Biodiversidade Controle Riquezas Oceânicas Busca e Salvamento Controle de Desastres Naturais
Desenvolvimento do SARP Nacional
Legado Acauã (Desenv. SNC) Aquisição FAB Hermes-450 (Doutrina) Requisito Operacional Conjunto Aquisição FAB Hermes-900 (Sensor multi-alvo) 2005 ROC Portaria Normativa Nº2.384/MD ROC Portaria Normativa Nº1.983/MD 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Desenvolvimento SARP Nacional Entrada no Capital da Harpia
Pendente Emissão Edital (RFP)
Legado ARP Falcão AVIBRAS Criação Harpia (Embraer + AEL Sistemas)
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Nível de Domínio Nacional Atual
Tecnologia GCS Comunicação AGE Plataforma Sistema de Missão Cerfificação Operação Produção Treinamento Sub-Tecnologia Hardware GCS Software de Missão GCS Link LOS Antena Link BLOS Intercom Equipamentos de testes Infra estrutura de apoio a operação Navegação e Controle Aeronáutica e Estruturas Comando de Vôo Propulsão e Combustível Sistema Elétrico Sensores de Vôo (GPS, ADC, INS,etc...) Comunicação (ATC) Comunicação Tática Identificação e Navegação (ATC - Transponder, TCAS, Sense and Avoid, etc) TDP, Freios, Sist. Hidráulico Proteção Contra Gelo, Chuva e ECS Software de Missão Embarcado Mission Computer EO/IR SAR/ISAR COMINT/SIGINT Comm Relay/Gateway Hyperspectral Interferometer (HSI) Magnetic Anomaly Detection (MAD) Certificação da Operação Certificação do Produto Doutrina Operacional Motagem Final Plataforma Aérea Grandes Conj. Estruturais GCS Simulador de vôo Ground School
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Legenda:
Domínio Completo Domínio Intermediário Domínio Básico ou Inexistente
Desenvolvimento de Baixo Risco
1. Alta Competência Agregada
• EMBRAER: sólida experiência e know-how em Plataformas Aéreas • ELBIT/AEL: sólida experiência e know-how em SARP (líder de mercado) • AVIBRAS: arquitetura e SW demonstrado em voo (Legado Nacional)
2. Escopo de desenvolvimento Reduzido
• Máximo aproveitamento do Legado Nacional (ex: SNC, ATOL), comprovado em campanha de ensaio em voo • • Desenvolvimento de tecnologias críticas (ex: datalink, SW missão) Utilização de tecnologias maduras e comprovadas no T.O.
3. Maturidade do Projeto
• • Anteprojeto detalhado do sistema (plataforma, sensores, datalink, GCS, GSE) Plataforma aérea definida com performance validada para múltiplas configurações de sensores Harpia Sistemas Proprietary Information
Desafios Desafios
Desenvolvimento do Setor
Regulação Base Industrial Políticas Setoriais
Desafios
Regulação
• • • • • Estabelecimento de regras de homologação de produto, visando segurança na operação (evitar danos físicos e materiais) e adequação aos padrões definidos de comunicação (compartilhamento de banda e não interferência com outros sistemas de comunicação) • ANATEL: Comunicação Sem Fio (Datalink) • ANAC: Veículo Aéreo e sistemas afins Estabelecimento de regras de homologação de empresa, garantindo qualidade e segurança continuada na operação (evitar danos físicos e materiais) Estabelecimento de regras de qualificação de pilotos e operadores de sensores Estabelecimento de regras de integração no espaço aéreo (DECEA) Agências dimensionadas para homologar, controlar e fiscalizar o setor: • Processos de Certificação • Auditorias Programadas e não Programadas • Autuações aos infratores 14
Desafios
Base Industrial
• • • • • Dominar tecnologias críticas: • Sistema de Navegação e Controle (SNC) • Pouso e decolagem automático (DPA) • Link de Comunicação com a Aeronave (segurança) • Estação de Solo e Software de Missão (“touch and feel”) • Sensores Adequação de seus produtos e serviços aos requisitos estabelecidos pelas agências reguladoras Fortalecimento da cultura aeronáutica junto aos fabricantes e prestadores de serviço Desenvolver treinamentos específicos para o setor: • Pilotos e operadores de sensor • Manutenção (pós venda) Garantir competitividade de seus produtos e serviços frente aos produtos importados
Desafios
Políticas Setoriais
• • • Tributação • Classificação Fiscal • • Impostos sobre insumos produtivos nacionais e importados Impostos sobre produtos nacionais e importados (evitar competição predatória) • Impostos sobre serviços • Recursos Econômicos e Humanos • Fundos para Pesquisa e Desenvolvimento • • Financiamentos (indústria e clientes) Formação de mão-de-obra especializada Fiscalização sobre Produtos e Serviços não homologados Infraestrutura de Telecomunicações • • Faixas de frequência (banda) Ofertas de serviços via satélite (controle/dados via SATCOM)
Sumário
• •
A SARP é estratégico para o Brasil grande potencial de exportação
•
Grandes desafios nacionais são oportunidades para o emprego de SARP, seja no emprego militar ou civil
•
Regulamentação garantirá operação comercial e segura (hoje a operação é proibida)
•
Desenvolvimento nacional permitirá domínio de Tecnologias Críticas
•
O desenvolvimento desse novo mercado depende de Políticas Setoriais
"As coisas são mais belas quando vistas de cima.“
Santos Dumont
OBRIGADO!
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