Transcript O espaço como coadjuvante da gestão do conhecimento: uma visão estratégica.

O espaço como coadjuvante da
gestão do conhecimento:
uma visão estratégica
Beatriz Azevedo
Luiz B. Telles
Marinete Costa
Rosana Telles
Outubro/2003
“As organizações que valorizam o aprendizado são mais
criativas, ágeis e flexíveis. O conhecimento compartilhado
em grupo promove o desenvolvimento individual, enriquece
a organização e confere embasamento e fluidez na busca de
seus objetivos”.
Peter Senge
Visão educacional : espaço com significado da biblioteca do
ensino básico da Escola Graduada
Cenário
• Instituição educacional privada, sem fins lucrativos
• Populações docente e discente caracterizadas por acentuada diversidade cultural
• Valorização da informação como fonte de aprendizado e crescimento individual
Visão educacional : espaço com significado da biblioteca
do ensino básico da Escola Graduada
Estratégia
• Comitê interdisciplinar: professores, bibliotecários e arquitetos
Objetivo
• Ampliar e flexibilizar o espaço existente
• Propiciar espaço para o desenvolvimento do ensino e do aprendizado
• Ampliar as possibilidades de obtenção de informação e
compartilhamento de conhecimento
Visão educacional : espaço com significado da biblioteca do
ensino básico da Escola Graduada
•
•
•
•
Ser aberto e ter limites
Ser acolhedor e carregado de significados
Convidar a voz do indivíduo e a voz do grupo
Celebrar as “pequenas” histórias dos alunos e as “grandes” histórias das
disciplinas e tradições culturais;
• Circundar a solidão – que deve ser validada – com os recursos da
comunidade
• Acolher tanto o discurso quanto o silêncio
Parker Palmer
Visão educacional : espaço com significado da biblioteca do
ensino básico da Escola Graduada
Conclusão
• É necessário criar espaços que:
– acolham e favoreçam a formação de redes humanas engajadas no processo
de aprendizado contínuo
– desenvolvam a capacidade de aprender em grupo
– propiciem o florescimento da reflexão e do auto-conhecimento
– facilitem o acesso à informação e estilumem a geração e compartilhamento
de conhecimento
Visão organizacional : trajetória do Centro de Informações
Técnicas Promon - CIT
Cenário
• Empresa brasileira de engenharia
- Desenvolvimento e implementações de soluções completas de
engenharia e integração de sistemas para os principais setores da
economia:
- telecomunicações
- tecnologia da informação
- óleo e gás
- indústrias de processo e manufatura
• Valorização da informação
• Valorização dos capitais humano e social
• Modelo societário inovador
• Capacidade de renovação
Visão organizacional : trajetória do Centro de
Informações Técnicas Promon - CIT
Cenário
• Unidades de Informação descentralizadas nos escritórios
- São Paulo
- Campinas
- Rio de Janeiro
- Salvador
• Fragmentação espacial
• Duplicação do acervo e das atividades gerenciais e técnicas
• Dificuldade no acesso à informação
Visão organizacional : trajetória do Centro de
Informações Técnicas Promon - CIT
Objetivo
• Implantação do CIT Virtual
- Disponibilização do acesso à informação de forma corporativa
- Desintermediação e autonomia no acesso à informação
- Maximização dos recursos disponíveis
- Unificação dos acervos pelo uso das tecnologias da informação
- Mudança do acesso físico para o acesso eletrônico
Visão organizacional : trajetória do Centro de Informações
Técnicas Promon - CIT
Resultados
• Disponibilização de novos serviços de informação
– Disseminação seletiva de informações
– Sumário de informações e calendário de eventos eletrônicos
– Criação do setor de pesquisa de mercado para suporte ao marketing
corporativo
– Acesso a bases de dados e entidades de pesquisa
•
•
•
•
Redução de custos
Redução do espaço físico
Falta de espaço dedicado às pessoas
Clientes internos passaram a consultar o acervo e a fazer solicitações
apenas de forma eletrônica
Visão organizacional : trajetória do Centro de Informações
Técnicas Promon - CIT
Conclusão
• Acesso virtual democratiza o uso da informação
• Valorização do virtual em detrimento do presencial prejudica o
relacionamento interpessoal
• Espaços com significados induzem as pessoas ao compartilhamento de
conhecimento
• Comprometimento da função social das bibliotecas e dos centros de
informação
- interesse pela busca de informação e leitura
- integração entre pessoas
- desenvolvimento pessoal e profissional
Visão social: biblioteca Central de São Paulo como
embrião de centro de conhecimento
Cenário
• Prefeito Olavo Setúbal doa terreno para a construção da nova Biblioteca CentralVergueiro
• Biblioteca Central concebida como embirão de centro cultural
• Previsão de áreas para atividades culturais
- teatro
- auditórios
- exposições
- discoteca
- pinacoteca,
- concertos, cursos, palestras
Visão social : Biblioteca Central de São Paulo como embrião
de centro de conhecimento
Objetivo
• Criar uma espécie de fórum público, edifício não monumental e de
grande flexibilidade
• Projeto user-centered
• Arquitetura como elemento facilitador da leitura e contemplação do
espaço
• Espaço integrado ao entorno urbano – diálogo com a cidade
• Localização estratégica - acesso fácil da comunidade
• Incorporação dos comportamentos, necessidades, desejos e aspirações
dos usuários
• Ênfase no aspecto lúdico
Visão social : Biblioteca Central de São Paulo como
embrião de centro de conhecimento
Resultado
• Grande centro de informação, caracterizado pelo livre acesso do acervo,
disponibilizado, sem distinção à população
• Rampas e amplas escadas levam o usuário a descobrir novos espaços
• Ausência de compartimentação definida por paredes
• Projeto de cultura sem barreiras
• Luz natural como elemento que promove variações sutis no espaço
• Acessibilidade universal
• Integração à paisagem urbana
Visão social : Biblioteca Central de São Paulo como
embrião de centro de conhecimento
Conclusão
• Primeiro Espaço multidisciplinar da América Latina
• Abertura de um espaço cultural sem cerceamento
• Conhecimento compartilhado adquirido pela equipe durante o processo
• Intuição, razão e sensibilidade da criação arquitetônica
Espaço e Conhecimento
A relação interpessoal, essencial ao compartilhamento do
conhecimento, demanda a disponibilização de espaços físicos que:
• acolham e promovam a diversidade
• harmonizem antagonismos e conflitos
• tenham a flexibilidade necessária para acompanhar o fluxo de
informações inerentes à busca, geração e troca de conhecimento
• contemplem configurações sustentáveis, que façam sentido tanto
econômica quanto social e culturalmente.