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O que você deve saber sobre

ARTIGO, NUMERAL, PREPOSIÇÃO E INTERJEIÇÃO

Artigo é a classe de palavra variável que indica o gênero e o número do substantivo, podendo também particularizá-lo ou generalizá-lo. Numeral é a classe de palavra variável que indica a quantidade de pessoas ou coisas ou marca sua posição em uma série. Preposição é a classe de palavra invariável cuja função é unir e relacionar dois termos de um período. Interjeição é a classe de palavra invariável empregada para exprimir emoções, avisos, desejos etc.

I. Artigo

   

O repórter chegou rapidamente.

A repórter chegou rapidamente.

Um repórter chegou rapidamente.

Uma repórter chegou rapidamente.

Classificação dos artigos

Artigo definido

Aquele é o prédio sobre o qual eu havia comentado com você.

Este é o técnico adequado para o nosso time.

Artigo indefinido

Um policial esteve aqui ontem.

Visitei uma cidade interessante no ano passado.

ARTIGO, NUMERAL, PREPOSIÇÃO E INTERJEIÇÃO

I. Artigo

O artigo e os gêneros dos substantivos

  

a banana (fruta) / o banana (indivíduo tolo, bobo) a capital (cidade) / o capital (dinheiro) a foca (animal mamífero) / o foca (jornalista novato)

ARTIGO, NUMERAL, PREPOSIÇÃO E INTERJEIÇÃO

I. Artigo

Valores semânticos do artigo

 

Ronaldo é o jogador.

(qualidade)

Paguei uns R$ 1.000,00 naquele aparelho de televisão.

(aproximação)  

Depois do almoço, eu tenho uma preguiça!

O garotinho machucou a perna.

(posse) (reforço, intensidade)

Artigo e grau superlativo

 

Paulo é o aluno.

(grau superlativo absoluto)

Não assistiremos a um jogo, assistiremos ao jogo.

(grau superlativo relativo)

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II. Numeral

 

Comprei duas motocicletas novas.

Aquele garoto é o primeiro da classe.

Classificação dos numerais

 

Tenho três irmãos.

A seleção brasileira de basquete ficou em terceiro lugar.

(ordinal) (cardinal)  

Espero receber o triplo com a nova promoção.

Um décimo dos trabalhadores recebe um bom salário.

(fracionário) (multiplicativo)

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II. Numeral

Flexão dos numerais

Variação em gênero

Duzentos mil candidatos compareceram para o concurso público.

Duas mulheres chegaram à primeira etapa do concurso.

Variação em número

Três milhões de reais foram desperdiçados naquela obra.

Sobraram-me apenas dois terços de meu salário.

Observação: os cardinais, quando substantivos, vão para o plural se terminarem em som vocálico.

Obtivemos dois dez e três cincos.

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III. Preposição

 

Gosto de uva.

Irei ao clube com você.

Locuções prepositivas

abaixo de, acerca de, a despeito de, a fim de, além de,

antes de, de acordo com, debaixo de, em frente de etc.

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III. Preposição

Classificação das preposições

Preposições essenciais

a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per,

perante, por, sem, sob, sobre, trás.

(apenas preposição)

Preposições acidentais

afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, menos, não obstante, salvo, segundo, senão, tirante,

visto.

(exercem função de preposição)

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III. Preposição

Valor semântico das preposições

     

Assustou-se com a buzina do carro.

A casa de João foi alugada.

(posse) (causa)

Aquela casa de madeira foi destruída pela ventania.

Fechou a porta com as chaves.

(instrumento)

Partiremos com os amigos.

(companhia)

A literatura brasileira é afim da portuguesa.

(matéria) (afinidade)

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IV. Interjeição

 

Ufa! Terminei o trabalho antes do tempo.

Ai, essa doeu!

Locução interjetiva

 

Minha nossa! Quase perdi a hora!

Por Deus! Preciso de ajuda!

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IV. Interjeição

Classificação das interjeições

   

Oba! Vou ganhar presente!

(alegria)

Af! Não aguento mais.

(impaciência)

Ui! Calma! Isso machuca!

Ah, como é bom! (prazer)

(dor)

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1 (UEG-GO, adaptado)

Menino que mora num planeta azul feito a cauda de um cometa quer se corresponder com alguém de outra galáxia.

Neste planeta onde o menino mora as coisas não vão tão bem assim: o azul está ficando desbotado e os homens brincam de guerra.

É só apertar um botão que o planeta Terra vai pelos ares...

Então o menino procura com urgência alguém de outra galáxia para trocarem selos, figurinhas e esperanças.

MURRAY, Roseana. Classificados poéticos. 2. ed.

Belo Horizonte: Miguilim, 1985.

Observe os trechos a seguir, retirados do texto.

a) “num planeta AZUL feito a cauda de um cometa”; b) “o AZUL está ficando desbotado”.

Escreva a classe gramatical das palavras destacadas.

RESPOSTA: a) adjetivo; b) substantivo.

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4 (UFU-MG)

Circule as interjeições e locuções interjetivas das frases a seguir.

a) Meu Deus! Por que tanta injustiça?!

b) Você pode se machucar! Cuidado!

c) Gostei de ver! Muito bem!

d) Psiu! As crianças estão dormindo.

e) Vocês foram de muita ajuda. Obrigada!

f) Adeus, crianças!

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6 (PUC-SP)

Em uma peça publicitária recentemente veiculada em jornais impressos, pode-se ler o seguinte: Se a prática leva à perfeição, então imagine o sabor de pratos elaborados bilhões e bilhões de vezes.

A segunda oração que compõe a referida peça publicitária contém a expressão “pratos elaborados BILHÕES E BILHÕES de vezes”. Em recente declaração à revista Veja a respeito de seu filho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez a seguinte afirmação: Deve haver UM MILHÃO de pais reclamando: por que meu filho não é o Ronaldinho? Porque não pode todo mundo ser o Ronaldinho.

Veja, n. 1979, 25 out. 2006.

A respeito das expressões destacadas nos trechos acima, é linguisticamente adequado afirmar que: a) apenas em BILHÕES E BILHÕES, em que “bilhões” é essencialmente advérbio, existe uma indicação precisa de quantidade.

b) apenas em UM MILHÃO, em que “milhão” é essencialmente adjetivo, existe uma indicação precisa de quantidade.

c) em ambas as expressões, que são conjunções coordenativas aditivas, existe uma indicação precisa de quantidade.

d) em ambas as expressões, que são essencialmente numerais, existe um uso figurado que expressa exagero intencional.

e) apenas em BILHÕES E BILHÕES, em que “bilhões” é essencialmente pronome, existe um uso figurado que expressa exagero intencional.

RESPOSTA: D ARTIGO, NUMERAL, PREPOSIÇÃO E INTERJEIÇÃO — NO VESTIBULAR

8 (Cesgranrio-RJ) O império da lei

1 O desfecho da crise política deu uma satisfação a um anseio fundamental dos brasileiros: o de que a lei seja respeitada por todos. Estamos, agora, diante da imperiosa necessidade de dar prosseguimento ao processo de regeneração dos costumes políticos e da restauração dos princípios éticos na vida pública, que nada mais é do que se conseguir em novas bases um consenso em torno da obediência civil.

2 Existem reformas pendentes nas áreas política e econômica, lacunas constitucionais a serem preenchidas, regulamentações não realizadas, aprimoramentos da Carta que deverão ocorrer em datas já definidas. Mas estas tarefas não esgotam a pauta de urgências da cidadania. É indispensável inculcar no cidadão comum o respeito à lei.

3 Esta aspiração é antiga no Brasil. Capistrano de Abreu já sonhava com uma Constituição com dois únicos artigos: 1. A partir desta data, todo brasileiro passa a ter vergonha na cara; 2. Revogam-se as disposições em contrário. Num país que combina o furor legiferante à tradição de impunidade, o historiador compreendeu que o problema era menos a ausência de leis do que a generalizada e permanente tendência em desobedecê-las. Simplificar e cumprir foram suas palavras de ordem.

4 O sociólogo americano Phillip Schmitter se confessou abismado pela naturalidade com que os brasileiros transgridem as leis em vigor. É de se duvidar se uma Constituição como a de Capistrano “pegaria” no Brasil. Uma vez adotado o “cumpra-se a lei”, as normas vigentes não seriam suficientes? Caso não fossem, que mecanismos garantiriam o imediato cumprimento da nova lei? Mais: a desobediência à nova lei não aprofundaria ainda mais a desconfiança nas instituições? São questões que surgem espontaneamente num país cuja cidadania ainda não internalizou a lei.

Jornal do Brasil, p. 10, 1 o out. 1992.

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8

Aponte a opção em que a palavra em destaque pertence à mesma classe gramatical de O em: “(...) O de que a lei seja respeitada por todos.” (1 o parágrafo) a) “(...) deu uma satisfação A um anseio (...).” (1 (...).” (3 o parágrafo) o parágrafo) b) “(...) não esgotam A pauta de urgências (...).” (2 o parágrafo) c) “(...) que combina o furor legiferante À tradição de impunidade, d) “(...) e permanente tendência em desobedecê-LAS.” (3 o parágrafo) e) “(...) uma Constituição como A de Capistrano (...).” (4 o parágrafo)

RESPOSTA: E ARTIGO, NUMERAL, PREPOSIÇÃO E INTERJEIÇÃO — NO VESTIBULAR

10 (Fuvest-SP)

As duas manas Lousadas! Secas, escuras e gárrulas como cigarras, desde longos anos, em Oliveira, eram elas as esquadrinhadoras de todas as vidas, as espalhadoras de todas as maledicências, as tecedeiras de todas as intrigas. E na desditosa cidade, não existia nódoa, pecha, bule rachado, coração dorido, algibeira arrasada, janela entreaberta, poeira a um canto, vulto a uma esquina, bolo encomendado nas Matildes, que seus olhinhos furantes de azeviche sujo não descortinassem e que sua solta língua, entre os dentes ralos, não comentasse com malícia estridente.

QUEIRÓS, Eça de. A ilustre casa de Ramires.

No texto, o emprego de artigos definidos e a omissão de artigos indefinidos têm como efeito, respectivamente: a) atribuir às personagens traços negativos de caráter; apontar Oliveira como cidade onde tudo acontece. b) acentuar a exclusividade do comportamento típico das personagens; marcar a generalidade das situações que são objeto de seus comentários. c) definir a conduta das duas irmãs como criticável; colocá-las como responsáveis pela maioria dos acontecimentos na cidade. d) particularizar a maneira de ser das manas Lousadas; situá-las numa cidade onde são famosas pela maledicência.

e) associar as ações das duas irmãs; enfatizar seu livre acesso a qualquer ambiente na cidade.

RESPOSTA: B ARTIGO, NUMERAL, PREPOSIÇÃO E INTERJEIÇÃO — NO VESTIBULAR

11 (Fuvest-SP)

A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada, com uma portinha pequena. Logo à entrada, um cheiro mole e salobro enojou-a. A escada, de degraus gastos, subia ingrememente, apertada entre paredes onde a cal caía, e a umidade fizera nódoas. No patamar da sobreloja, uma janela com um gradeadozinho de arame, parda do pó acumulado, coberta de teias de aranha, coava a luz suja do saguão. E por trás de uma portinha, ao lado, sentia-se o ranger de um berço, o chorar doloroso de uma criança.

QUEIRÓS, Eça de. O primo Basílio. O segmento do texto em que a preposição DE estabelece uma relação de causa é: a) “ao pé de uma casa amarelada”.

b) “escada, de degraus gastos”.

c) “gradeadozinho de arame”.

d) “parda do pó acumulado”.

e) “luz suja do saguão”.

RESPOSTA: D ARTIGO, NUMERAL, PREPOSIÇÃO E INTERJEIÇÃO — NO VESTIBULAR

14 (UFSM-RS) Desejo de matar

RIO DE JANEIRO – A TV Globo estreou mais uma série importada que enaltece os grupos de extermínio. Esta agora chama-se Angel e conta a história de um vampiro bom que sai pela cidade eliminando vampiros maus. Para isso, o herói vampiro conta com a ajuda de três pessoas, uma delas delegada de polícia. Parece que esta série é apenas um tapa-buraco na programação da emissora, que nem fez muito alarde com o filme. Mas não é a primeira vez que a TV explora o tema. Teve uma, Justiça cega, em que um juiz, inconformado com as amarras da lei, fazia justiça com as próprias mãos.

O justiceiro passava o dia de toga examinando processos e à noite montava numa moto e saía matando os bandidos que tinha sido obrigado a inocentar por falta de provas.

A mensagem desses filmes é sempre a mesma. Não é possível combater o crime com os instrumentos que a sociedade coloca à disposição da Justiça e das polícias. É preciso montar polícias e justiças paralelas, que usem as mesmas armas e recursos imorais dos criminosos.

Angel e seus vampiros permitem várias interpretações. Uma delas é simples: o combate ao crime já não é tarefa para homens comuns. Os criminosos estão cada vez mais sofisticados. São seres mutantes. Juízes e policiais comuns, por mais bem preparados que estejam, não dão conta do recado.

A série é lixo e não tem a menor importância. O problema é na vida real, quando as empresas acham normal buscar formas de convivência com o narcotráfico. Quando o Estado acha normal que o crime organizado monte banquinhas de apostas no meio das calçadas. E quando o sistema penitenciário ajuda a organização dos presos para evitar rebeliões.

Pensando bem, não há por que se espantar com Angel e similares se as deformações que procuram legitimar fazem parte do nosso cotidiano.

BERABA, Marcelo. Folha de S.Paulo, 9 mar. 2001.

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14

Analise as preposições destacadas nos seguintes contextos.

I. (...) inconformado COM as amarras da lei, fazia justiça COM as próprias mãos.

II. (...) buscar formas de convivência COM o narcotráfico.

As preposições destacadas indicam, respectivamente: a) causa – instrumento – companhia.

b) modo – modo – instrumento.

c) referência – causa – companhia.

d) instrumento – referência – causa.

e) companhia – causa – modo.

RESPOSTA: A ARTIGO, NUMERAL, PREPOSIÇÃO E INTERJEIÇÃO — NO VESTIBULAR

16 (Unifesp)

Em “... e correr uns bons 20 km!”, o termo UNS assume valor de: a) posse. b) exatidão. c) definição.

d) especificação.

e) aproximação.

RESPOSTA: E

O Estado de S.Paulo. 1 o maio 2003 (Adaptado.)

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