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23.6 – A energia interna de um gás ideal
Gás ideal monoatômico (exemplos: He, Ne, Ar,…)
Energia interna = apenas energia cinética de translação
3
Por molécula: K kT
2
Energia interna de um gás de N moléculas:
Eint N K
3
3
3
NkT nN A kT Eint nRT
2
2
2
Energia interna de
um gás ideal
monoatômico
(depende apenas
da temperatura)
Gases diatômicos e poliatômicos: moléculas podem armazenar energia de
outras formas (vibrações e rotações)
Teorema da Equipartição da Energia (Maxwell):
Uma molécula tem f graus de liberdade (modos
independentes de armazenar energia). Cada grau de
liberdade contribui com kT/2 por molécula (ou RT/2 por
mol) para a energia interna
f
Eint nRT
2
Gás de moléculas monoatômicas
3 graus de liberdade de translação (x,y,z): f=3
y
x
E
3
Eint nRT
2
1 2 1 2 1 2
E mvx mvy mvz
2
2
2
Gás de moléculas diatômicas
3 graus de liberdade de translação (x,y,z)
2 graus de liberdade de rotação (em torno de x e y):
f=5
1 2 1 2 1 2 1
1
mvx mvy mvz I x x2 I y y2
2
2
2
2
2
Eint
5
nRT
2
Gás de moléculas poliatômicas
3 graus de liberdade de translação (x,y,z)
3 graus de liberdade de rotação (em torno de x, y e z):
f=6
E
1 2 1 2 1 2 1
1
1
mvx mvy mvz I x x2 I y y2 I z z2
2
2
2
2
2
2
Eint 3nRT
Variações de energia interna de um gás ideal: Eint
f
nRT
2
23.7 – Capacidades térmicas de um gás ideal
Capacidade térmica molar a volume constante:
V = constante
p
f
T+ΔT
i
T
Q nCV T
V
Pela 1a. Lei:
Q
Eint Q W
W 0
f
Q nCV T Eint nRT
2
CV : Capacidade térmica molar a
volume constante
Volume constante:
CV
f
R
2
f
CV R
2
Gás monoatômico:
Gás diatômico:
Gás poliatômico:
CV 3R 2
CV 5R 2
CV 3R
Comparação com experimento:
A temperaturas baixas, apenas as
translações parecem “ativas”
A temperaturas intermediárias, as
translações e rotações estão ativas
Nossa predição
teórica
A temperaturas muito altas os graus de
liberdade de vibração são ativados
Motivo: Física quântica. É preciso energia
finita para ativar rotações e vibrações (níveis
quantizados)
Capacidade térmica molar a pressão constante:
p
i
f
T+ΔT
T
V
V+ΔV
V
Q
Q nC p T
C p : Capacidade térmica molar a
W pV
pressão constante
Pela 1a. Lei:
Eint Q W
Eint nCV T (depende apenas da
diferença de temperaturas)
nCV T nC p T pV
nCV T nC p T pV
Gás ideal: pV nRT pV nRT (pressão constante)
nCV T nC p T nRT C p CV R
Gás monoatômico: C p 5R 2
Gás diatômico:
Gás poliatômico:
C p 7R 2
C p 4R
23.8 – Aplicações da 1a. Lei da Termodinâmica
Processos adiabáticos:
recipiente
com
paredes
adiabáticas
1a. Lei (processo infinitesimal):
dEint dQ dW
Processo adiabático: dQ 0
dEint nCV dT ; dW pdV nCV dT pdV
nCV dT pdV
Gás ideal: pV nRT
pdV Vdp nRdT
Lembrando que: C p CV R
pdV Vdp
ndT
C p CV
pdV pdV Vdp
1
1
Vdp
pdV
C C
CV
C p CV
CV
C p CV
V
p
Cp
pdV Vdp
CV
Cp
Definimos:
1 pdV Vdp dp dV 0
CV
p
V
Integrando: ln p ln V constante
pV constante
ln pV constante
(processo adiabático)
Cp
Gás monoatômico:
CV
Gás diatômico:
5 / 3 1,67
7 / 5 1,40
Gás poliatômico:
4 / 3 1,33
Processos isotérmicos:
W nRT ln
Vf
Vi
Pela 1a. Lei:
Eint Q W
Como a energia interna depende apenas da
temperatura, que não varia:
Eint 0 Q W
Q nRT ln
Vf
Vi
Calor não causa aumento da
temperatura, mas sim
realização de trabalho!
Expansão livre:
Q0
(paredes adiabáticas)
W 0
(expansão livre)
Então:
Eint 0
Como a energia interna depende apenas da
temperatura: T 0
Expansão
livre
O estado final do sistema encontra-se
ao longo da mesma isoterma, mas
por não ser um processo reversível,
não pode ser traçado no diagama p-V.
Ao contrário do processo isotérmico,
não há transferência de calor ou
realização de trabalho!
Processo isotérmico