revisão para o enem - redação aula 2 24-10-12

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REVISÃO PARA O ENEM - REDAÇÃO
AULA 2
24-10-12
PROFESSORA FRANCIELE


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Confira os temas que já apareceram na redação do Enem
2011 - Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado
2010 - O trabalho na construção da dignidade humana
2009 - O indivíduo frente à ética nacional
2008 - Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o
desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de
desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar
2007 - O desafio de se conviver com as diferenças
2006 - O poder de transformação da leitura
2005 - O trabalho infantil na sociedade brasileira
2004 - Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de
comunicação
2003 - A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo
2002 - O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as
transformações sociais que o Brasil necessita?
2001 - Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses
em conflito?
2000 - Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio
nacional
1999 - Cidadania e participação social
1998 - Viver e aprender


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A banca do Enem pede que você apresente propostas de
intervenção, ou seja, medidas que podem amenizar uma situaçãoproblema. Avalie o papel do governo, da sociedade, do indivíduo e
da mídia, por exemplo, na tentativa de reverter panoramas que
podem ser melhorados ou amenizados. Apresentar propostas
realistas em lugar das vazias e assumir responsabilidades são
orientações para a prova. É o momento do aluno deixar claro que
não está alheio às questões apresentadas. O ideal é que a proposta
de intervenção contemple cada um dos pontos abordados na
argumentação.

• Portanto, concluir a dissertação mostrando indiferença é pedir para
receber nota baixa. Expressões como "não há nada o que ser feito
diante disso", "não adianta querermos mudar a situação", "o
mundo é assim desde que é mundo" ou "não há solução" são
improdutivas e, por isso, devem ser banidas do texto. A principal
orientação é simples: pouco importa se o candidato é contra ou a
favor de determinado ponto de vista – o fundamental é propor uma
forma de intervir no problema dado.


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• O Enem espera algo mais dos candidatos. Valoriza
propostas de intervenção particulares, ou seja,
soluções para questões específicas.
• Confira a seguir dois exemplos, uma proposta
vaga e outra mais elaborada, que tratam dos
desafios para a educação do Brasil:

1. "É fundamental que o país tenha uma
educação melhor"

2. "É fundamental melhorar o ensino básico
público, expandir o ensino técnico e facilitar o
ingresso de pessoas mais pobres ao ensino
superior"


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Entenda a diferença entre os dois tipos de propostas nos exemplos a seguir, que
tratam do combate à violência:
Propostas pouco efetivas








1. "A violência só será resolvida quando os cidadãos se convencerem de que são
todos irmãos e precisam respeitar uns aos outros."
2. “O governo precisa tomar providências quanto à violência, afinal pagamos
nossos impostos e temos o pleno direito de exigir o que nos é garantido por lei,
somos cidadãos brasileiros.”
3. Proposta efetiva
"Para combater a violência é preciso ampliar o número de policiais nas ruas, assim
como treiná-los de forma intensiva, tanto física quanto psicologicamente, para que
estejam aptos a amenizarem e não intensificarem atos violentos.
Tema do Enem 2011: "Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o
privado"
Exemplos de soluções:
1. O governo deve verificar se as informações publicadas na internet estão sendo
usadas de forma a não ferir a privacidade de cada um.


2. As pessoas devem sempre lembrar que uma informação publicada na internet
estará disponível a todo mundo e eternamente em circulação. Cabe, desse modo,
não só uma conscientização, realmente necessária, mas também um projeto que
inclua, desde as séries iniciais, disciplina no currículo escolar que almeje orientar o
uso indiscriminado da internet como um todo e principalmente das redes sociais a
fim de que possam ser instrumentos positivos.


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TEMAS PARA DISCUSSÃO
TEMA 1
Cidades fazem obras que pioram os problemas de trânsito, afirma especialista Agência
Brasil
Obras como o alargamento de pistas ou a construção de viadutos,
estacionamentos e estradas podem dar uma falsa ilusão de que são as melhores
soluções para resolver os problemas de trânsito nas cidades. Para o especialista em
políticas públicas de transportes e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Artur
Morais, essas medidas acabam piorando a situação, já que estimulam ainda mais o uso
de carros. O Brasil ainda paga o preço de um pensamento errôneo do século 20,
quando políticos ganhavam votos fazendo estradas e viadutos. Houve casos em que até
presidentes falavam que governar é fazer estradas. Em vez de calçadas, cidades foram
construídas a partir de pistas.
Com o tempo, as ruas ficaram entupidas de automóveis e as pessoas passaram a
ter a falsa impressão de que o alargamento de pistas, a construção de viadutos e de
estacionamentos seria a solução. Segundo ele, essa é uma premissa falsa porque não
leva em consideração que tais obras acabam servindo como um convite para as pessoas
usarem cada vez mais os carros. Como solução, Morais aponta a adoção de medidas
que dificultem a vida de quem anda de carro. Mas enfatiza que essas medidas precisam
vir acompanhadas de alternativas, como a melhoria do sistema de transporte público,
com corredores exclusivos para os ônibus coletivos. Imagina um motorista parado no
trânsito e vendo os ônibus passarem livremente por essas pistas exclusivas. No dia
seguinte ele certamente cogitará deixar o carro na garagem e ir de ônibus para o
trabalho. Sou da opinião de que carro é para deslocamentos excepcionais ou para o
lazer.
(Adaptado
de:
http://www.diariodoscampos.com.br/cidades/noticias/42310/?noticia=cidades-fazemobras-que-pioram-os-problemas-de-transito-afirma-especialista, acesso em maio/2011)


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• Proposta. O texto acima apresenta a opinião
de um especialista em políticas públicas de
transportes sobre problemas de trânsito. Leiao, com atenção, e elabore um texto
dissertativo-argumentativo, registrando seu
ponto de vista sobre o tema exposto.
Apresente propostas de solução capazes de
resolver tal situação Use entre 20 e 30 linhas.
• Tese (sugestão): “O trânsito no Brasil é
deficiente tanto do ponto de vista físico
quanto humano.”


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Ideias para argumentação/ solução
Deu certo fora do Brasil
Os exemplos de outras grandes metrópoles
A capacidade das principais cidades do mundo de absorver mais carros há muito dá sinais de
esgotamento. A Europa perde 40 bilhões de euros anuais com os engarrafamentos. Nos
Estados Unidos, um cálculo feito em 2006 apontou um prejuízo de 65 bilhões de dólares
anuais com o desperdício de combustível e tempo. Cidades como Londres, na Grã-Bretanha,
e Estocolmo, na Suécia, não esperaram pelo caos: buscaram alternativas, que
necessariamente tinham como premissa o aumento da oferta e qualidade do transporte
público, entre outras providências. O que as cidades brasileiras podem aprender com as
demais cidades do mundo? Como o problema está sendo resolvido nesses lugares?

Londres, modelo de transformação
A cobrança de pedágio dos carros que circulam na região central começou em 2003. Apesar
de a capital ter uma malha de transportes públicos eficiente - com ônibus, trens, e mais de
400 quilômetros de linhas de metrô rápidos, confortáveis e integrados -, a preferência pelo
carro tornou-se perigosa para a fluidez do trânsito. Como as campanhas em favor do
transporte coletivo não surtiram o efeito desejado, Londres adotou mudanças profundas:
· Injetou mais de 110,5 milhões de libras da receita na melhoria dos transportes públicos.
· Taxou em 8 libras (cerca de 30 reais) por dia os motoristas que desejavam utilizar o espaço
público do centro expandido da cidade (de 45 quilômetros quadrados), entre 7h e 18h.
· Para garantir o cumprimento das regras, instalou câmeras nas principais entradas em
direção ao centro expandido. Elas controlam os veículos pelas placas. A precisão é de 90%.
· Facilitou o uso do novo sistema. Os moradores da área pedagiada têm desconto de 90% do
valor. O pedágio urbano londrino pode ser pago por SMS, telefone, correio, internet, em
lojas credenciadas e máquinas de auto-atendimento.
· Em 2008, uma nova regra: veículos poluidores acima de 12 toneladas terão de pagar 200
libras diárias (o equivalente a 690 reais) para trafegar na região metropolitana.


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• Os resultados das medidas:
• · Redução de 21% do fluxo de automóveis e aumento de 43% o
número de bicicletas.
• · Os ônibus passaram a andar mais rápido.
• · centro livrou-se de uma frota de cerca de 53.000 veículos diários.
• · Entre cada dez engarrafamentos, três sumiram do mapa.
• · Houve diminuição de quase 20% nos níveis de gás carbônico.
• · Cerca de 47 acidentes diários são evitados. Além disso, os feridos
em acidentes sofreram redução de 8%.
• · número de táxis cresceu em 20% e a oferta de ônibus em igual
proporção.
• · uso de motos e bicicletas aumentou 30% cada.
• · tempo das viagens diminuiu, em média, 17% e a velocidade média
subiu de 14,3 para 16,7 quilômetros por hora.
• · Londres ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2012,
com elogios ao projeto para o trânsito.
• · As medidas ajudaram a reeleger o prefeito Ken Livingstone, em
2004.


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Outros exemplos no exterior
· Estocolmo, Suécia: Em referendo realizado em 2007, a população aprovou o
pedágio urbano, que estava em vigor de maneira experimental desde 2006, com o
objetivo de reduzir o tráfego e melhorar a qualidade do ar. A cidade também taxou
os carros que vão ao centro entre 6h30 e 18h29. O controle é feito por um
transmissor acoplado nos carros que emite um sinal quando passa debaixo dos 23
arcos metálicos com sensores a laser e câmeras de vídeo instalados nas vias que
levam ao centro. O valor pode oscilar de acordo com o horário (até 10 euros pela
manhã e entre 2 e 15 euros à tarde). Os pedágios mais caros são cobrados durante
o pico de trânsito, entre 7h30 e 8h29 horas e entre 16h e 17h29. A maioria dos
motoristas escolhe pagar por débito eletrônico. A taxa pode ser recolhida também
pelo portal do órgão da concessionária, usando um cartão de crédito ou débito,
nos bancos convencionais, pela internet, ou em lojas conveniadas. A mudança que
tem 55% de aprovação dos motoristas e estimulou os usuários a substituir o carro
pelo transporte público. Houve redução de 50% dos congestionamentos em 2006.
Atualmente, 20% dos carros não circulam mais pelo centro e as emissões de
poluentes caíram 14%.
· Cingapura: Em 1975, estreou pedágio urbano, das 7h30 às 19h30, de segunda a
sexta-feira. Reduziu o trânsito em 47% no período da manhã e de 34% no período
da tarde. A procura pelo transporte público cresceu 63% e o uso do automóvel
diminuiu 22%.
Adaptado de .
Acesso em outubro de 2012.


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PROPOSTA DE PRODUÇÃO DA SEMANA
Os textos a seguir abordam como tema o paradoxo existente entre o consumismo e a necessidade de se
preservar a natureza.
Texto 1
Meio Ambiente X Consumismo: mudança já!
A sociedade consumista foi fundada a partir da revolução industrial. A economia capitalista é um
buraco sem fundo, quanto mais consumirmos, mais temos que consumir, pois toda a estrutura da economia
capitalista é baseada no eterno “desenvolvimento sustentável”, contraditório por si só. Evidente que esse
comportamento não é natural, nós não nascemos consumistas doentios. E, esse consumo desenfreado, além
de graves diferenças sociais, causa montanhas de lixo, que ainda não sabemos o que fazer com elas. Para
atender às chamadas “nossas necessidades”, as indústrias que não têm medidas, investem cada vez mais em
tecnologia e muitas delas praticam os mais variados tipos de exploração: infantil, baixo salários, condições de
trabalhos aviltantes, exploração e degradação dos animais. Com o aumento descontrolado do consumo, os
recursos naturais vão se escasseando e como conseqüência acontece a total degradação ambiental.
Mas o que é o consumismo? Poderíamos dizer, de maneira simplista, que é tudo aquilo que você
compra sem necessidade, só para atender apelos das propagandas, mostrar status. E o que é degradação
ambiental? É a mudança (destruição) do meio ambiente através das nossas atividades. A degradação atinge
toda a biodiversidade, principalmente em áreas de alta densidade demográfica. E uma das principais
responsáveis por essa degradação são as imensas montanhas de lixo provocadas pelo consumismo. Existem
outros fatores responsáveis pela degradação ambiental como, o crescimento da população, a falta de
saneamento, os métodos usados na agricultura moderna, falta de esclarecimento e educação da maioria das
pessoas. Mudar nosso comportamento em relação ao consumo é fundamental e só através da Educação
teremos
alguma
chance
de
salvar
nossa
casa,
nosso
planeta.
Devemos começar a partir de pequenas mudanças, e a prática do consumo consciente já seria um bom
começo. A citação abaixo, tirada da CARTA DA TERRA, diz muito bem que chegou o momento de mudarmos:
“A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa
destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores,
instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o
desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais, não a ter mais.”
http://www.folha.uol.com.br/


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TEXTO 2
O Consumismo e o Meio Ambiente
O consumismo é outra característica da sociedade contemporânea que produz
impactos preocupantes sobre o ambiente natural e construído. A sociedade
capitalista industrial criou o mito do consumo como sinônimo de bem-estar e meta
prioritária do processo civilizatório. A capacidade aquisitiva vai, gradualmente, se
transformando em medida para valorizar os indivíduos e fonte de prestígio social. A
ânsia de adquirir e acumular bens deixa de ser um meio para a realização da vida,
tornando-se um fim em si mesmo, o símbolo da felicidade capitalista (Buarque, 1990;
Gorz,
1968;
Fromm,
1979).
Para a lógica capitalista de produção o principal objetivo é atender ao
consumidor e estimular necessidades artificiais que promovam uma maior
rotatividade e acumulação do capital investido. Naturalmente, nesta lógica as
categorias de consumidor e indivíduo/cidadão são diferentes. Consumidor é toda
pessoa dotada de poder aquisitivo, capaz de comprar mercadorias. O mercado e as
mercadorias não são destinados a satisfazer toda e qualquer necessidade das
pessoas,
mas
sim
dos
consumidores.
É por esse motivo que assistimos, frequentemente, por exemplo, o Brasil
investir na exportação de soja para alimentar o rebanho animal europeu, enquanto
grandes contingentes da população brasileira não tem feijão para comer e os
produtos alimentares básicos - conhecidas como culturas de pobre, como mandioca e
feijão - não são atendidos com investimentos de pesquisa. Assistimos, também,
diariamente, ao crescimento simultâneo do mercado de rações animais e do número
de menores abandonados nas ruas. Isto porque o mercado no capitalismo é um
eficiente instrumento para alocar recursos, para indicar os caminhos da maior
rentabilidade econômica, mas não foi programado para perceber e responder a
necessidades e problemas sociais.


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A natureza intrínseca do capitalismo exige, para sua sobrevivência, acumulação e investimentos
crescentes, o que inevitavelmente aponta para a estimulação do sistema de produção/consumo. O sistema de
produção que satisfaz as necessidades dos consumidores é o mesmo que as cria; seja por processos de
competição entre consumidores, pelo estímulo do sistema de valores e prestígio social, seja através da
publicidade e marketing. Observa-se, assim, que a teoria econômica, historicamente, defendeu o crescimento
do sistema de produção/ consumo de forma completamente desvinculada de considerações éticas entre meios
e fins. Os economistas, grosso modo, se atinham à satisfação dos consumidores sem se perguntar pela
relevância, justiça, legitimidade ou pela racionalidade das necessidades atendidas (Galbraith, 1987; Buarque,
1990).
São, portanto, evidentes as conseqüências do consumismo sobre o meio ambiente e sobre a qualidade da
vida social. Tal tendência conduz, por um lado, ao desperdício no uso de recursos naturais e energéticos e, por
outro, agrava os problemas de geração e processamento de lixo. Do ponto de vista cultural e econômico,
aprofunda os processos de alienação e exploração do trabalho e cria irracionalidades como a indústria bélica, a
proliferação de supérfluos e a obsolescência planejada. Representa, enfim, um tipo de comportamento e de
ideologia que alimenta o processo de degradação, tanto das relações sociais em si quanto das relações entre
sociedade e natureza.
http://www.folha.uol.com.br/

Proposta:
Considerando os textos da coletânea, redija um texto dissertativo- argumentativo no qual se posicione em
relação ao seguinte tema:
COMO CONCILIAR CONSUMO E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE?
- Caso julgue necessário coloque um título em seu texto;
- Apresente em sua argumentação desenvolvimento de propostas de solução que respeitem os direitos humanos;
- Use no mínimo 07 e no máximo 30 linhas.